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História O Acordo - A MINHA HISTÓRIA - o início


Escrita por: Solarion

Notas do Autor


A história foi feita com o coração. A maioria dos personagens e fatos que são descritos realmente existem e aconteceram. Sua opinião é realmente importante, porque pode definir se continuar escrever é uma boa opção pra mim.
Boa leitura.

Capítulo 1 - A MINHA HISTÓRIA - o início


Fanfic / Fanfiction O Acordo - A MINHA HISTÓRIA - o início

Todos nós temos segredos. Alguns simples e outros que nos aterrorizam pelo resto da vida. Eu tenho o meu. E só posso dividir com certas pessoas.

Meu nome é ARTHMES e minha história é muito antiga. Lembro quando Lúcifer nos convocou e disse que poderíamos ter uma alma, livre arbítrio e decidir sobre o bem e o mal. Que éramos mais que os Seres Humanos. Porém para ter estes direitos deveríamos conquistá-los e não pedir porque eles o tiveram de graça, mas a nós foi negado.

Então nos lançamos e a Batalha do Céu começou.

É. Sou um anjo e apoiava Lúcifer.

Quando tudo terminou estávamos derrotados. Tivemos muitas baixas, mas Miguel Arcanjo que estava do outro lado também teve. Vi bons amigos desaparecerem e comecei a pensar se tudo aquilo tinha valido a pena. Mas já era tarde, tínhamos sido derrotados. Cortamos o céu como estrelas cadentes e fomos precipitados na Terra. Um outro plano, um outro reino.

No início pensamos que “ELE” havia se enganado nos enviando para a Terra mais não, continuávamos sem alma e os mortais nunca nos aceitariam. Então por vingança passamos a influenciar e a tentar os Seres Humanos. Seriamos melhores pois podíamos decidir agora. Tornamo-nos especialistas em: ganância, egoísmo, orgulho, raiva, medo, ódio e todas as coisas consideradas negativas pela humanidade.

Estranhamente muitos mortais fizeram tratos conosco. A maioria das vezes para conseguir coisas materiais.

Nos deram nomes e aspectos assustadores, principalmente os ocidentais. Nós ríamos disso enquanto a quantidade de seguidores aumentava a cada dia. Conheci as várias religiões do Mundo e os chamados grandes homens. Mas gostávamos mesmo é dos pequenos homens, sempre em lugares de destaque para o povo mas por trás: egoístas ambiciosos, interessados apenas em poder a qualquer preço. Certa vez um desses grandes homens me chamou a atenção, o que não era normal, eu comecei a acompanhá-lo depois dos 40 dias no deserto, ouvi suas bem aventuranças e vi seu sorriso várias vezes até o dia em que foi crucificado. Os outros demônios disseram que apesar deste mensageiro o Ser Humano não mudaria porque tem medo de se tornar igual a ele e compartilhar do mesmo destino. Preferem continuar no protegido lugar de filhos esquecendo que todos um dia se transformam em pais e tomará decisões que afetarão o destino de todo este planeta.

A partir daí eu e os “outros” tivemos épocas de grandes colheitas e com certeza a chamada Santa Inquisição foi a melhor para aumentar nossas fileiras.

Mais espere!

Não confunda. Não estou falando das pessoas queimadas como bruxos e feiticeiras mais dos clérigos e políticos que as mandavam para a fogueira. Guerras do Velho Mundo, guerra do Novo Mundo, guerra entre nações, 1ª e 2ª grandes guerras e outras menores. Faz quase 2.000 anos que eu escutei o mensageiro e agora um imenso tédio estava tomando conta de mim. Já não executava as tarefas com tanto prazer e Lúcifer... já não era o mesmo. Não havia pretensões de melhoras como no início, apenas vingança. Cada mortal tinha a seu lado um anjo e um demônio. Um anjo da guarda e um demônio pessoal e daí o Homem exercia seu livre arbítrio. Nosso trabalho se resumiu a manter e consumir a energia que os mortais nos enviavam com seus pensamentos e suas mortes. Na verdade cansei de tudo aquilo, de uma eternidade sem metas e sem sorrisos. Estranho. Tudo que é feito para proveito próprio sempre tem um fim.

Lúcifer me chamou a sua presença e ficamos nos encarando sem dizer nada. Ele virou-se para trás eu o acompanhei com o olhar. Vimos tudo que tínhamos construído. Ele tornou a olhar para mim. Mirei fundo em seus olhos verdes e ele nos meus, então virei-lhe as costas e saí dalí sabendo que com esta atitude jamais poderia voltar. Fui para uma alta montanha perto do mar e ali pela primeira vez em muitos séculos olhei o Mundo sem vingança e sem rancor. Então... comecei a sorrir, não havia “outros”. Eu estava só. Lembrei-me de tudo que havia ocorrido desde que decaímos e fiquei alguns anos naquele lugar até a noite que o Mundo faria 2.000 anos do nascimento do mensageiro. Nesta noite terminei minhas tristes lembranças. Foi quando senti algo em meu rosto mas... não podia ser! Não sentimos nada, dor, fome, sede, nada! Passei a mão no rosto e havia uma... lágrima! Por um instante fiquei olhando aquela gota que brilhava como um cristal. Não conseguia dizer nada era... impossível.

- Impossível! – Falei em voz baixa e incrédulo.

Senti então uma poderosa presença atrás de mim. Vagarosamente olhei e lá estava ele com todo seu resplendor. Como no dia em que decaímos, Miguel. Ele fez um sinal para o seguir e eu fui. Faltavam poucos minutos para o Ano Novo mortal. Miguel e eu passamos por vários países como estrelas cadentes e vimos suas comemorações. Quando o Sol nasceu estávamos em uma praia deserta. Miguel de costas para o mar olhava para mim.

- Já faz muito tempo Miguel. – Ele não me respondeu. Quando falou sua voz parecia vir de todos os lados preenchendo o local.

- O Senhor dos Mundos me enviou. “ELE” que é onipresente e sabe tudo o que acontece em todos os lugares do infinito Universo também conhece suas criaturas. “ELE” é a justiça e também o amor, as duas medidas sempre serão equivalentes. Arthmes! Tu que já fizeste parte das Luzes Celestiais e das Hordas Infernais, o Senhor te chama para se redimir ante aqueles que mais prejudicou. Você aceita? –

- O que tenho que fazer? –

- Até o final deste ano mortais abrirão uma porta para o Mundo do Astral e um demônio pessoal entrará para esta realidade. Seu trabalho é trazê-lo de volta. –

- Como poderei fazer isso? – Mas ele continuou.

- Perderá metade de seus poderes, sentirá dor, mais não morrerá por nenhum ferimento, não terá fome ou sono, não realizará milagres, será visto e ouvido e terá que se deslocar de um lugar para outro como todos os mortais. –

- E o outro? –

- O demônio é limitado como você. Não pode matar com as próprias mãos mais seu poder de persuasão é muito grande como você deve saber. –

É. Eu realmente sabia ao que ele estava se referindo. Por séculos me utilizei desse poder para a sedução dos mortais.

- Você aceita? – Perguntou novamente Miguel.

- Já faz muito tempo meu amigo. –

Senti que a frase emocionada o desnorteou. Anjos tem afinidade vibracional e são formados de amor. Uma energia de transformação eternamente em movimento, a própria essência divina. Mas não sabem o futuro ou o que vamos dizer. Só o sabem quando “ELE” permite.

- Sim Miguel – completei. - Eu aceito. –

Teria sido impressão? Achei que Miguel tinha suspirado de alívio pela minha resposta e dei uma risadinha com aquilo. Anjos não riem, são felizes, demônios riem mais não são felizes.

Miguel abriu os braços e olhou para o mar na direção do Sol nascente.

- Que o acordo com a Luz seja agora aceito. – Disse Miguel em voz alta e mãos postas.

O Sol que estava a sua frente começou a ficar com um brilho mais intenso. Primeiro escondeu a imagem de Miguel depois o Mundo ao seu redor. A luz era branca com raios dourados e mesmo de olhos fechados eu conseguia vê-la, a música das esferas preencheu todo o lugar e senti uma grande energia saindo de mim, mas também um grande poder entrando como se estivesse sendo lavado e ao mesmo tempo recuperando uma parte minha a muito perdida. E o acordo foi feito.

Todos nós temos segredos. Alguns simples, outros que nos aterrorizam pelo resto da vida. Já pertenci a dois reinos e agora não sou de nenhum. O que eu tive: o primeiro por graça o segundo por merecimento, não tenho mais. Agora tudo deve ser conquistado. Este é o meu segredo e só posso dividir com certas pessoas.

- É? E por que justamente comigo? -  

América do Sul 25 de Setembro do ano 2.000

- Não sei. –

- Há! Me deixa adivinhar. O todo Poderoso veio até você e disse: “Vai até aquele bar imundo, lá encontrará na última mesa um bêbado, um escritor frustrado com nome de anjo. Pegue ele, leve pra casa e quando acordar diga: - Sou um anjo! – Aliás não sei bem o que você é, já esteve lá em cima e também embaixo mais... - Sou um anjo e quero conversar com você para juntos destruirmos o anticristo!!!!"

 



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