História O acordo perfeito - Férias

Eu tenho muita falta de sorte, depois que eu e Castiel conseguimos escapar daquela Empusa e chegamos até as bandeiras ainda ouvimos um belo de um sermão da diretora por termos nos arriscado, obviamente não ganhamos a corrida de orientação, e também não tenho ideia de quem ganhou..

-Você tem o dom de se meter em confusão não é mesmo?– perguntou Vilu sorrindo.

-Parece que sou atraída por ela– falei sem graça.

-Você ainda teve sorte de não escutar O sermão da diretora, tens sorte– falou Dake.

-Meu Zeus!- me exasasperei -se aquilo não foi O sermão, não quero nem imaginar como seria.

-Pode ter certeza de que quando você ouvir vai querer ficar um mês sem falar com ninguém– disse Alexy gargalhando.

-Então gente... Vocês sabem quem ganhou essa corrida?– perguntei.

-Não tenho a menor ideia– falou Rosa –tenho certeza de que eu não fui– riu.

-Eu muito menos– disse Armim sem tirar os olhos do console novo.

-Já planejaram as férias de vocês?

-Eu e a Villu vamos passar um tempo no Havaí– Dake falou imitando uma dança de Hula Hula, o que fez me fez rir.

-Eu vou passar um tempo com meu namorado, já faz um bom tempo que não o vejo– disse Rosa.

-Eu e o Armim vamos passar um tempo com a nossa mãe em Bahamas.

-Ah me leva– falei com carinha de cachorro pidão.

-Essa sua carinha não vai te arranjar passagens pra lá- Armin riu, dei de ombros.

-E você Ize– olhou para mim –Onde vai passar as férias?

-Acho que vou ficar na casa da minha tia, ela é a única família que eu tenho fora dessa barreira– falei em tom brincalhão.

-Queria poder te levar no lugar do Armim– Alexy gritou já que estava indo pegar a comida.

-Haha muito engraçado senhor Alexy– disse irônico.

-Olá meninas– Melody nos cumprimentou se aproximando.

-Olá Mel– falei fazendo-a sorrir.

-Meninas como vamos todas embora amanhã resolvi fazer uma festa do pijama na minha casa, não precisa levar nada.

-Eu não vou perder por nada- falei pegando a maçã de Armim- que horas começa?

-Às 20h, bom levem seus pijamas para trocar lá.

-Okay, até mais tarde então Mel.

-Até– falou e foi embora.

-Então? As senhoritas vão ou não vão comer?- perguntou Armim me vendo com a maçã dele na mão, eu sorri sem graça.

-Claro– disseram em coro. Depois de um tempo eu, Villu, Rosa e os rapazes seguimos para o lago, eu não entrei  assim como da última vez fiquei sentada conversando com Kentin que estava passando por lá.

-Então Kentin, qual sua história?

-Ahn? História?

-Sim sua história, todos aqui tem algo para contar, você deve ter também.

-Tenho mesmo– ele sorriu fitando o lago –Bom acho que cheguei aqui em dezembro de 2007- também? –Minha mãe soube que estavam atacando os filhos dos 12 deuses do Olimpo e achou melhor me trazer pra cá, mesmo assim fomos atacados– olhou para mim –mas não foi nada grave – suspirou e olhou para o lago –Eu não tenho muitos amigos, na verdade somente um– disse tristemente –sempre que tem algum recesso ou feriado eu vou para casa da minha mãe, não gosto de deixar ela sozinha por muito tempo.

-Entendo perfeitamente– falei me abraçando -O que fazia? Digo, antes de vim para cá?

-Bom... Eu estudava em uma escola de tempo integral, Garden Office.

- Garden Office? Tem certeza?

-Sim, você até me lembra uma garotinha que sempre ficava sozinha brincando de...

-Quebra-cabeça?

-Sim, exatamente, como sabe? Espera você é a garotinha? - ele percebeu.

-Sim- eu ri de sua reação -não é pra tanto, então Kentinho– brinquei.

-Ah não– riu –Qualquer tortura menos essa– ele se fingiu ofendido.

-Nossa, é bom ter alguém que eu conheça a mais tempo aqui.

-Digo o mesmo, ter só um amigo é bem chato, como você aguentava ficar sozinho?

-Não sei– sorriu fraco dando de ombros.

-Então... Como esta a tia gata?

- Pelos deuses- eu ri -há muito tempo eu não escuto isso.

-Era assim que a chamávamos– sorri ao lembrar isso.

-Verdade.

-Lembra do Ângelo?– perguntou.

Ah sim, claro que lembro. É só o idiota que me humilhou na frente de todos da escola.

-Lembro sim, e digamos que minha relação com ele não é a das mais amigáveis.

-Até imagino... ele não era flor que se cheire.

-Não mesmo, depois que você saiu aquele lugar virou um caos.

-Imagino, bom– ele se levantou –Vou dar um mergulho, quer vim comigo?

-Ah não obrigada, eu não sei nadar– dei de ombros.

-Me faz um favor então?

-Claro, o que precisa?– perguntei sem rodeios.

-Repara minhas coisas enquanto isso.

-Beleza, sem problemas.

Eu me deitei um pouco sob o pano que havia trazido, fiquei observando as estrelas por um tempo, a lua estava tão bonita quanto à deusa Selene, acabei fechando os olhos absorvendo a energia da lua, até que senti alguém se deitar ao meu lado e como estava com os olhos fechados, não vi quem era, mas descobri assim que ouvi aquela bela voz.

-Está dormindo?

-Não– falei ainda de olhos fechados.

-Espero que não fique brava comigo, mas contei ao Castiel sobre seu pai.

-Por que fez isso?– perguntei abrindo os olhos surpresa –Já não basta a Debrah saber?

-Debrah? – pelo tom de voz dele parecia algo não muito agradável.

-Sim, ela descobriu, embora eu ainda tenha esperança que você não tenha contado.

-Louise eu juro que não fui eu, só contei a Castiel e ele jurou manter segredo.

 -Ainda não me respondeu– falei o fitando –por que contou?– perguntei-lhe o encarando nos olhos, mas me arrependi instantes depois ao me deparar com aqueles lindos olhos bicolores.

-Porque queria que o Castiel percebesse o grave erro que cometeu ao julgar você– disse sorrindo.

  Ah Zeus!

-Obrigada Lysandre– eu falei fechando os olhos novamente e sorrindo.

-Não tem dique senhorita Louis- seu tom era brincalhão.

 -Eu vou indo, tenho que arrumar minhas coisas para amanhã, tenha uma boa noite.

-Você também senhor Lysandre.

Depois de um bom tempo, todos saíram da água e vieram pegar suas coisas Kentin se despediu de mim com um beijo na testa, Melody ligou para Rosa cancelando a festa do pijama, e disse que ia remarcar, enfim fomos todos para nossas casas. Por sorte o dia seguinte chegou logo e fomos todos para o ônibus depois do café da manhã, chegamos à cidade um tempo depois, desci na minha parada junto de Rosa e Lysandre, nos despedimos e fomos para nossos caminhos e quando cheguei em casa...

-Não acredito– falei angustiada.