História O acordo perfeito - Filho do vinho

-Você também já percebeu não é mesmo?– Debrah perguntou para Ambre.

-Sim, pretende fazer algo quanto a isso?– Ambre perguntou.

-Primeiro pretendo falar com uma pessoa– ela olhou para Melody –depois irei pega-lo para mim, talvez ele me seja útil– olhou para Louise e Castiel.

-Pretende faze-lo prisioneiro?

-Não exatamente, mas a questão é você ira me ajudar?– olhou para Ambre.

-Pode contar comigo, faço o possível para vê-la bem longe daqui, alias eu tenho uma ideia bem melhor para você– Debrah se aproximou de Ambre.

-Pode dizer– falou interessada.

-Por que você não o faz prisioneiro no corpo dela só podendo se manifestar quando você permitir?

-Agora sim– sorriu Ambre –essa é a filha de Atena – Ambre riu –mas como faço isso?

-Simples– Ambre ficou relaxada na mesa –A deusa Melione fez uma visita ao acampamento uns anos atrás– começou a explicar –E eu fiz um pedido a ela, em nome de Nina, filha dela, e consegui isso– puxou o colar escondido e entregou a Debrah –coloquei isso em Louise e o fantasma não fará nada até que alguém tire, e tenha certeza que quando tirar ele estará uma fera– sorriu de canto.

-Tenho que admitir, você se superou dessa vez– Ambre revirou os olhos e sorriu –Quanto ao resto deixe comigo, farei a própria Melody entregar a ela.

Ambre se retirou da mesa e Debrah esperou Melody ficar sozinha para seguir com o plano.

~Quebra de tempo~

Louise estava em casa cumprindo a suspensão quando alguém bate a porta, ela se levantou da cama e foi ver quem era, mas quando chegou lá não tinha ninguém somente uma carta, de Ártemis.

Cara Louise,

Devo admitir que fiquei surpreendida por você ter ido ao tártaro, apesar de ter ajuda. Mas não é sobre isso que quero falar, e sim sobre sua flauta, presente de Apolo. Querida tenha cuidado ao usá-la, não deixe que ninguém saiba que você tem ela em suas mãos, esconda junto de sua roupa de proteção.

Eu e Apolo achamos melhor você manter segredo, até para Lysandre, somente por precaução, use somente em caso de última opção. Tenha cuidado minha querida.

De sua amada deusa da caça, Ártemis.

Louise ficou estarrecida com a carta, mas resolveu não questionar, guardou bem a carta para ninguém encontra-la, mas resolveu queimar para ser mais seguro, quando terminou de fazer o ato, alguém bate a porta, desta vez era Melody que estava lá

-Oi Ize.

-Oi Mel, deseja alguma coisa?– perguntou intrigada.

-N-não só quero lhe entregar isso– mostrou o colar –um presente, por me salvar do tártaro– disse nervosa.

Louise um tanto receosa aceitou o colar e Melody foi embora, entrando em casa ela colocou o colar e sentiu uma forte dor de cabeça e acabou caindo no chão derrubando um copo de vidro, a cor de seus olhos, que estavam mudando para violeta, ficou novamente o azul- esverdeado, sua cor natural. Ainda tentando entender o que aconteceu Louise estava no chão sentada com a cabeça doendo e cacos de vidros espalhados pelo tapete, tentou levantar, mas sem sucesso, pois a dor voltava. Escutou alguém bater a porta.

-Céus, hoje é o dia de visita?- murmurou.

-Louise, você está aí?– perguntou Castiel que foi identificado logo.

-Pode entrar– disse tentado se levantar mais uma vez, e quando Castiel abriu a porta caiu novamente. Ele foi ajuda-la e sua feição de preocupado era notável, ele a colocou no sofá que tinha na sala

-Obrigada– falou calmamente.

-O que aconteceu?– ele perguntou.

-Exatamente? Eu não sei dizer– riu sem jeito –Mas o que veio fazer? – perguntou curiosa o ruivo suspirou.

-Louise é verdade que você vai para o acampamento de Diana?

Louise pensava em várias coisas, mas o que mais vinha em sua cabeça era "Por que o Lysandre não mantém a boca fechada"?

-Sim é verdade – antes de Castiel falar alguma coisa uma agitação e barulheira foi ouvida pelo lado de fora –O que diabos será isso?- perguntou Louise

-Não sei, vamos lá ver– disse Castiel se levantando e indo para porta, Louise ainda estava tonta e quando chegou perto de Castiel se desequilibrou um pouco.

-Tem certeza que você está bem?

- Eu não disse que estava- ela resmungou fazendo uma careta. Castiel riu e ajudou a leva-la até o lado de fora, os dois foram até o local onde praticamente todos do acampamento estavam, Rosa que voltava do tumulto foi chamada por Castiel.

-Rosa, o que está havendo?– perguntou.

-Ah! Adivinhe quem chegou ao acampamento– percebendo que nenhum dos dois sabia, respondeu –o filho de Dionísio, Derek Montenegro– suspirou e foi embora. Louise sabia que com a chegada dele coisas boas não aconteceriam, ela suspirou cansada.

-Finalmente achei você senhorita Louise– Diana disse desgostosa –preciso falar com você – olhou para Castie l–a sós– disse seca. O ruivo ficou meio relutante antes de deixar Louise encostada em uma árvore e se retirou.

-Como ainda não deve saber– começou a falar –sempre que alguém é mandado ao meu acampamento eu permito essa pessoa fazer uma visita a sua família, por três dias deixarei você ir, poderá ir hoje à noite, afinal pode ser a última vez que você pode vê-los– sorriu sarcasticamente. Louise sentiu um calafrio e com um pouco de dificuldade foi para sua casa arrumar suas coisas, pegou algo bem simples, algumas roupas, já que na casa de sua tia tinham algumas roupas. Depois que já estava tudo pronto fechou a janela de sua casa e foi na direção da porta, mas algo lhe chamou atenção, a caixa que sua mãe deixou, pegou a caixa e fitou o livro, resolveu levar consigo. Já se passavam das sete da noite quando ela se foi, falou com Lysandre e Jade antes de sair e pediu para ele falarem caso alguém perguntasse por ela. Terpsícore apareceu para acompanhar Louise até sua casa e ficar com ela, as duas foram a pé para a cidade, o caminho foi um pouco longo e cansativo, mas logo as duas chegaram a cidade e foram para casa de tia Ágata. Mas resolveram fazer uma pausa. Logo quando amanheceu Louise seguiu seu caminho, Terpsícore já havia ido embora ao amanhecer.