História O acordo perfeito - Pobres Crianças

Ela disse e para a surpresa de todos ‘banhou-se’ da roupa de sua mãe, mas em questão de segundos ela mudou para um vestido curto com uma cauda média, branco com detalhes dourados assim como o bracelete no braço direito. Ela lançou uma rajada do raio de seu pai na direção do Tifão que gritou agoniado.

-Desgraçada!– ele esperneou e como um raio foi parar em cima de Louise. Percebendo o movimento da fera se esquivou e lançou outra rajada começando a correr, Castiel e Dake a ajudavam lançando pequenos golpes de grande efeito a criatura começava a ficar atordoada.

-Castiel preciso que chame a Peggy– ela disse com urgência –Temos que fazer uma armadilha de metal.

-Uma armadilha de metal? Mas pra quê precisa da Peggy?– ele perguntou apressado e agoniado.

-Armadilha de metal é um feitiço e eu não consigo fazer sem a Peggy– ela disse o empurrando –Vá logo Castiel!– ela gritou e o mesmo correu para procurar Peggy -Lety, esteja preparava.

-Louise, o que pretender fazer?– Dake gritou.

-O que eu já devia ter feito.

~Quebra de tempo~

Peggy e Louise, com ajuda de Lety, montaram a armadilha com rapidez só precisavam atrair o Tifão até lá.

-Peggy consegue fechar a armadilha?

-Em qual sentido?

-Nos dois sentidos, em volta e por dentro.

-Louise isso é muito arriscado, se eu fechar nos dois sentido eu posso acabar sentindo o mesmo efeito do Tifão– Peggy olhou para Louise com certo desespero.

-Entendi- ela respirou profundamente -Lety os espaços temporais estão prontos?

-Sim, quando for a hora Castiel terá que usar todo seu poder de fogo.

-Certo.

 Louise, Dake e Castiel começaram a atrair a criatura para a armadilha, enquanto Peggy se camuflava nas árvores aguardando o sinal de Louise. Logo os três se aproximaram mais e mais, até o Tifão ficar dentro da armadilha.

 -Peggy agora!– com o sinal de Louise e Peggy prendeu a criatura na armadilha de metal –Lacem seu melhor poder. Lety!– Louise se dirigiu a Dake e Castiel, logo os três lançavam seu poder total num buraco que Lety criou no ar, a criatura gritava desesperada, Peggy conseguiu calar a fera dentro da armadilha, ao mesmo tempo que Lety fazia o poder dos  três, assim que o Tifão virou cinzas Peggy sumiu virando fumaça.

-Conseguimos?- Dake perguntou olhando as cinzas do Tifão sem fôlego.

-Conseguimos – Louise falou com falta de ar caindo exausta, por sorte Zeus a segurou antes de a mesma cair no chão, seu olhar protetor despertou a atenção de Lety. Três horas depois da morte do Tifão, o acampamento começou a se reorganizar, todos os feridos foram para a enfermaria e os que estavam menos machucados foram para suas casas descansar, a diretora e os professores presentes  organizaram a bagunça com ajuda de alguns feitiços. Zeus, Hefesto e Poseidon cuidaram dos corpos das criaturas mortas e das cinzas do Tifão, que foi guardada em um jarro e seria encaminhado para o porão dos deuses, no Olimpo. Rosalya, Lysandre e consolavam Alexy e Nina. Armim, Dajan, Peggy, Ambre, Debrah e Fernanda morreram durante o ataque e foram homenageados de forma simples. Nathaniel ficou em choque com a noticia da morte da irmã. Derek, Kim e Jade ajudavam Jack e Jill na enfermaria. Castiel, Dake e Louise ficaram desacordados depois de vencer o Tifão, os três estavam em casa. Macária apareceu para cuidar do irmão, Violette ficou cuidando de Dakota e Hora desceu do Olimpo para cuidar da filha.

 -E então?– a diretora se dirigiu a Hora.

-Ainda permanecem desacordados– disse Hora tristemente –Talvez só acordem em alguns dias, lembro que Zeus ficou apagado por um dia inteiro após derrota-lo uma vez.

Shermanks encarou Hora de modo delicado e se retirou, a porteira voltou a afagar o cabelo da filha. Dois dias se passaram desde a queda do Tifão, era um dia de domingo. O acampamento havia voltado ao normal e boa parte dele havia sido reconstruído. Castiel, Dake e Louise acordaram no sábado de noite, Derek fez uma pequena comemoração com muito, muito vinho.

 -E então – Louise começou –  que perdemos? – perguntou alternando o olhar entre Rosalya, Alexy e Lysandre.

-Bom– Alexy hesitou um pouco –Depois que vocês apagaram foram logo levados para um check-up de Jack, registramos as baixas e fizemos uma homenagem simples.

-E?– perguntou Castiel –Quais foram às baixas?

-Armim, Dajan, Peggy, Ambre, Debrah e Fernanda– Lysandre falou num tom calmo e ensaiado. Louise engasgou ao ouvir os nomes.

-Ei relaxa aí– Dake deu uns tapinhas na costa dela. Zeus, Hefesto e Poseidon que continuavam no acampamento deram olhares curiosos no círculo de amigos –Que tal a gente mudar de assunto, só um pouquinho – Dake sugeriu olhando discretamente para Castiel que estava pálido.

-Bom, descobrimos que Nina vai mudar de acampamento – Alexy se pronunciou.

-Hum. Entendo– Louise murmurou.

 -Eu não – Derek deu as caras –Que cara de enterro é essa?– ele perguntou com o cenho franzido –Não quero esse clima de funeral aqui, não vai mudar o que passou – ele disse sério.

-Não acredito que vou dizer isso,mas você tem razão – Louise falou se levantando –Vou pegar uma coisa em casa e já volto– ela falou saindo do círculo de amigos. Lysandre parecia preocupado e Derek ficou com medo de ter magoado a amiga. Quando chegou em casa Louise deu de cara com Hora, sua mãe.

 -Hum, a quanto tempo está aqui?– perguntou com a sobrancelha erguida. Hora somente sorriu e puxou a garota para um abraço.

-Desde que você apagou– a mulher desfez o abraço e segurou os ombros da jovem –Estava com tanta saudade.

 Louise encarou a mulher, e percebeu suas semelhanças, as duas tinham cabelos compridos e escuros, Hora vestia uma roupa simples, estava do mesmo jeito que a foto que Louise tinha.

 -Hum, isso é estranho – Louise observou –Você não tem uma fênix?– a mulher sorriu e assobiou e Bartolomeu apareceu.

-Viu só Hora- falou a fênix -sua filha que nem me conhece se importa mais comigo do que aquele deus dos raios irritante– Hora balançou a cabeça e Louise riu.

-Ah então é isso que pensa de mim Bartolomeu? – Zeus apareceu na porta e entrou,  Bartolomeu ficou com uma expressão séria.

-É feio ouvir a conversa dos outros deus irritante– Louise começou a rir e Bartolomeu e Zeus começaram a discutir. Louise e Hora sentaram na cama.

-Então... – Louise começou –Não vou fazer perguntas do tipo “como se conheceram?”, “como isso, como aquilo”. Só vou perguntar uma coisa, por quê?

-Ah Louise, você deve saber o quanto foi difícil te ver crescer de longe, quando seu pai adotivo morreu naquele acidente cuidei dele minutos antes do último suspiro. Ele me pediu, implorou para cuidar de você, pedi pra sua tia Ágata cuidar de você, afinal como ela está? – perguntou sorrindo para Louise que se perguntava se ela não sabia.

-Morta– falou sem rodeios sentindo tonturas –Uma criatura invadiu a nossa casa e a matou– ela disse lembrando-se do dia,um rápida falta de ar lhe afligiu.

 -Louise– Zeus falou pela primeira vez – Sei que me culpa pela morte dos seus parentes, eu não tenho como os trazer de volta, mas posso proteger os que restaram, posso reparar meus erros e deslizes para com você– Louise o encarou e se virou para ele.

-Os que restaram? Refere-se a quem?– Louise perguntou impaciente –Tia Ágata morreu meu tio, minha prima e meu... – Louise engoliu as palavras, Zeus suspirou.

-Seu pai não é?– Louise concordou e se pôs de pé.

-Esquece, nada pode trazê-los de volta agora, e mesmo que fosse possível eles morreriam de novo e eu não quero isso– suspirou cansada e logo em seguida sorriu triste.

-Louise eu peço desculpas por tudo que te aconteceu de ruim, prometo te ajudar sempre, te apoiar e... – Louise não o deixou terminar de falar e lhe deu soco no ombro, Zeus ficou tão surpreso com o ato que congelou.

-Não tem com o quê se desculpar, só não me peça pra te chamar de pai tão cedo– ele sorriu. Hora ficou feliz, e deixou uma caixa na cama e foi embora deixando Bartolomeu confuso.

-Bom, então?

-Então eu te desculpo. Você não é inteiramente o culpado– ela sorriu –Mas vou te culpar pro resto da vida se não me deixar em paz pelo próximos mês.

-Tudo bem, eu vou indo, mas se precisar é só gritar pros céu – Louise sorriu.

-Certo– Louise pegou um pen-drive que estava em cima da mesa. Quando voltou para o grupo de amigos puxou Alexy pelo braço, que a seguiu aturdido.

-O que foi?– ele perguntou confuso.

-Esse lugar está muito desanimado – ela disse pegando o pen-drive –E a gente vai resolver isso.

 Alexy e Louise deram um jeito nas caixas de som e conectaram o aparelho ao computador que processou as músicas que começou a deixar o ambiente mais animado.

-Alexy, vai pra lá vou colocar uma música muito maravilhosa– Louise esperou Alexy se afastar e colocou Forever stuck in our youth.

 Quando a música começou todos estavam espalhados conversando, alguns estavam no lago se divertindo, Louise pegou um copo de vinho e foi para o lado de Lysandre que sorriu para ela. No final da tarde ao pôr do sol todos se juntaram em volta a uma fogueira, Louise pegou seu violão e se sentou entre Lysandre e Rosalya.

-E então? Que música você vai tocar?– Rosalya perguntou batucando o violão.

 Hum, não sei. Sugere alguma?

-Ah eu sugiro– Jade disse se sentando ao lado de Rosa –Que tal aquela da Gabrielle Aplin?

-Home? Eu já não toquei isso? – perguntou tentando lembrar – ah, quer saber tanto faz – Louise pegou o violão e começou a tocar e cantar, ao redor todos começavam a se sentir mais a vontade, uns começaram a dançar lentamente somente balançando o corpo. No fianl da música todos começaram a cantar.

-Cause they say home is where your heart is set in stone Is where you go when you’re alone, Is where you go to rest your bones, It’s not just where you lay your head, It’s not just where you make your bed, As long as we’re together, does it matter where we go? Home, home, home, home.

 No final da música todos aplaudiram e Lysandre puxou Louise para um beijo inesperado. E assim terminou a tarde deles, a diretora Shermanks os observava de longe sabendo o que iria por vim, e temendo o futuro deles, ao seu lado estava Selene, a deusa da lua.

-Pobres crianças.