História O Agente - Relacionamento conturbado

           Justin Bieber

   Kendall andava de um lado para o outro desesperadamente. Seu rosto estava vermelho, a fúria tomava conta de seu ser. A taça que a mesma bebericava um vinho caro foi lançada contra a parede. Olhei para ela de forma assustada, suas crises de ciúmes estavam cada vez piores. 

— Eu não aceito! — esbravejou. — Não aceito essa vadia sobre o mesmo teto que você!

   Estávamos na casa da família Kardashian-Jenner comemorando seis meses de namoro. Contei calmamente sobre a  investigação calmamente, no fundo já esperava a reação agressiva da minha namorada. Faziam exatamente duas semanas que nós não nos víamos. Nossos horários nunca se batiam.

— Amor entenda, preciso cumprir com o meu trabalho — falei carinhosamente. Levantei e fui até ela, acariciando seus ombros. — Vamos aproveitar o tempo que temos.

   Nosso namoro era cheio de idas e voltas. A família dela sempre interferia em uma alguma coisa, eram insuportáveis. Kris me adorava por causa do meu dinheiro, vivia jogando indiretas para eu me casar com sua filha. Apesar do bom tempo junto com Kendall, não conseguia amá-la. Ela era mimada e gostava de coisas luxuosas, enquanto eu, preferia ocultar o fato da família Bieber ser milionária. O carinho que sentia por ela era o suficiente para continuar nosso relacionamento, porém, não para um casamento, por exemplo.

— Deixo você cuidar desse caso com uma condição — ergueu as sobrancelhas. — Me leve para morar com você, ou então, está tudo acabado!

   Arregalei meus olhos e engoli em seco. Um policial não era um homem para se morar junto. Não tinha tempo nem para fazer compra de mantimentos, quem dirá para uma mulher.

— Você querendo ou não resolverei o caso!

   Kendall tirou minhas mãos de seus ombros bruscamente. O seu show de infantilidade não me convenceria de forma alguma.

— Mas... — calei sua boca com um beijo selvagem. Fazia duas semanas que não dava uma boa foda, não perderia a oportunidade.

   O único jeito de acalmá-la era com sexo. Minha vida sexual com ela era incrível... uma verdadeira puta na cama. 

— Vamos para cima — sussurrou ousada. — Kylie e Tyga estão em casa.

— Devem estar fodendo gostoso — retruquei de forma sexy. — Mas nunca como nós.

   Subimos as escadas até chegar em seu quarto. A morena me empurrou na cama, e começou a tirar a blusa de forma sexy. Seus seios rosados foram descobertos, o piercing em ambos os deixavam ainda mais atraentes. Kendall tirou sua saia, exigindo uma calcinha minúscula vermelha. Essa mulher era gostosa demais.

— Gostosa — murmurei mordendo os lábios.

— Estou doida para te dar — falou. Ela se aproximou e sentiu no meu colo. — Essas semanas não foram fáceis sem você.

                  (...)

— Você literalmente acabou comigo — A morena sorriu, deitada em meu peito.

   Seus cabelos estavam bagunçados, e seus olhos brilhavam. Já se passavam das meia-noite.

— Senti sua falta — beijei sua testa. — Sua bunda estava sempre em meus pensamentos.

   Eu nunca fui um cara romântico. Meu lado safado sempre se despertava. Acho que nunca amei alguém de forma intensa, apenas vivenciei paixões passageiras.

— A filha de Josh é bonitinha — Kendall falou com repúdio.

   Não tinha reparado na garota. Talvez porque ao meu ver ela era uma adolescente imatura, e poderia ser uma psicopata também. Só me lembro de seus olhos levemente puxados e castanhos me observando intimidada.

— Conhece ela? — perguntei fingindo desdém.

— Ela foi na festa de aniversário da Lucy.

— Lucy, a filha da estilista? — perguntei.

— Sim, pelo que me disseram elas são bastante amigas — revirou os olhos. — Gigi me disse coisas estranhas sobre a família Mitchell.

— Me conta.

— Dizem que Josh batia na filha e na esposa — engoli em seco. — Além disso traía Katherine e, deixava Shannon trancafiada em casa. Ela nunca sequer pisou em um colégio, tinha apenas professores particulares. A mãe dela tentava protegê-la. 

   Essa revelação fez Shannon ser mais suspeita do que nunca. Se não foi ela quem matou com as próprias mãos, um assassino teria sido contratado. Mas, por que ela mataria Katherine Mitchell?

             Kendall Jenner

   Justin havia acabado de ir embora, Tyga estava dormindo no quarto da minha irmã. Kylie descia às escadas com um semblante risonho.

— Kendall, ainda acordada? — sentou-se ao meu lado no sofá. — Justin estava aqui?

— Sim, não consigo dormir — fui sincera. Precisava desabafar com alguém. 

— O que está havendo? — perguntou preocupada.

— Eu não sei se ele realmente gosta de mim — passei as mãos sobre o rosto.

   Escutei um suspiro fundo da minha irmã caçula. Ela sempre foi contra as regras de Kris. Seu namorado não era tão rico e influente, e nem fazia parte do padrão Kardashian-Jenner.

— Ele não te ama, todos da família sabem disso — retrucou. — Mas futuramente ele pode amá-la, pense positivo. 

— Kris me pressionou muito para ficar com ele — respondi amargurada. — Lembra do caso da filha do senador que te contei?

  Kylie apenas balançou a cabeça afirmando. Sua sinceridade me impressionava e ela, me dava sempre os melhores conselhos. Nossa cumplicidade como irmãs era algo invejável.

— Ela vai ficar sob a guarda dele durante pelo menos um mês — A caçula arregalou os olhos. — Não sei se aceitarei.

— Você sabe que ele está cumprindo com sua obrigação, afinal, é o principal investigador do caso — acariciou meu rosto. — Justin tem uma profissão séria. Você terá que apoiá-lo.

   Sei que meu namorado não perderia seu trabalho por minha causa. Eu por exemplo, não deixaria de ir desfilar em Milão por ele... no fundo o entendia. Apesar de Justin não precisar trabalhar, amava sua profissão e, não aceitava que a criticassem. 

          Narrador

— Deu um susto na garota como eu lhe pedi? — a voz grossa ecoou do outro lado da linha.

— Sim chefe — respondeu — Será impossível matá-la... descobri que ela ficará na casa do Agente Bieber, aquele desgraçado.

— Você tem acesso a casa dos Agentes, dê um jeito — a voz se alterou. — Terá que se parecer com um suicídio, lembre-se. Justin também morrerá.

— O otário do Jones acha que a garota assassinou os pais — gargalhou. — Chefe, tudo indica que o enterro dos Mitchell será amanhã.

— Já sei! — gritou eufórico. — Seduza a garota. Tente ganhar a confiança dela. Vá ao enterro amanhã e ofereça apoio.

— Sim, todos os policiais irão.