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História O Alvorecer de Um Novo Sol - A Certeza De Uma Missão


Escrita por: Marimachan

Notas do Autor


Olá, meus gafanhotos e gafanhotas. ♥
Mais um capítulo! No Flash Back eu quis colocar a preocupação de Zoro quanto à guerra e consegui encaixar um momento do outro OTP bem fluffy. :p
E nesse capítulo tmb, apresentei qual o parentesco de Hana com Seion. ~Finalmente~
Não o editei, por falta de tmp. :/
Boa leitura! ;)

Capítulo 24 - A Certeza De Uma Missão


17 anos e 9 meses antes...

Hoje.

Os últimos cinco anos se resumiam àquele dia.

Era esse o pensamento que alojava os neurônios de Roronoa Zoro naquela madrugada gelada. Seus braços levantavam aqueles pesos como se fossem apenas pedrinhas de beira de lagos, mesmo que fossem absurdamente pesados. A questão aqui é que seus músculos muito bem definidos até podiam estar ali, no mundo físico, treinando mais e mais; sua mente, no entanto, estava, se possível, em outra dimensão. Estava no dia que amanheceria dali algumas horas.

― Não concorda que o melhor que você faria em uma madrugada que antecede uma verdadeira guerra, seria dormir bem ao invés de treinar? ― A voz tranquila da arqueóloga do Sunny o trouxe de volta à esse mundo.

― Assim como concordo que também é o que você deveria estar fazendo, ao invés de ler a noite toda. ― Respondeu simplesmente, baixando os instrumentos de treino pesados.

Ela se aproximou com um sorriso suave no rosto.

― Touché. ― Brincou, já se recostando na beirada do Ninho da Gávea, observando o mar escuro dali de cima.

A brisa gélida transpassou entre os dois, fazendo os longos cabelos da morena esvoaçarem e um curto arrepio surgir pelo peito desnudo do espadachim, fazendo-o sentir a diferença de temperatura entre ele e o ambiente.

― Parece preocupado. ― Robin cortou o silêncio que havia se instalado, virando-se de frente para o namorado.

― Bem. Temos bastante coisa em jogo aqui. ― Ele começou. Simplesmente precisava falar com alguém sobre aquele incômodo e não teria outra pessoa mais adequada do que a mulher ao seu lado. ― Não é só o destino do mundo que está em nossas mãos durante essa guerra, mas também o do Luffy e consequentemente o do bando. Tsc, aquele idiota. ― Disse à seu modo irritado de sempre, recostando-se à parede externa do ninho.

Robin riu tranquilamente. Sempre se divertia com o modo único que o homem expressava seu carinho e preocupação com os amigos.

― Bem... Realmente temos bastante coisa para pensarmos, embora não ache que isso vá ser de alguma ajuda durante a batalha.

― E adianta de alguma coisa sabermos disso? ― Ele sorriu ironizando. ― Eu sei que não vai adiantar nada pensar nisso, mas se tiver alguma forma de parar, então me diga agora, porque eu não sei.

― É só pensar em outra coisa que você automaticamente para de pensar nisso. ― Explicou com sua postura ainda calma.

― Eu acabei de dizer que não consigo pensar em outra coisa! ― Exclamou já irritado.

― É realmente muito interessante ver sua expressão ao ficar irritado. ― Ela comentou sorrindo divertida.

― Você é realmente irritante, sabia? ― O espadachim encarou a arqueóloga, indignado, o que a fez rir gostosamente.

― Só porque gosto de te provocar.― Sorriu de forma doce.

― Tsc. ― E virou a cara para o outro lado emburrado.

“Essa mulher...”

O silêncio se instalou por mais alguns minutos, quando novamente foi a voz tranquila da morena que o interrompeu.

― Será que somos tão capazes quanto ele? ― Perguntou vagamente, deixando o de cabelo verde confuso.

― Ele quem e capazes de quê?

― Luffy. ― Ela voltou novamente seu olhar para o namorado. ― Ele salvou cada tripulante desse navio, de alguma forma. Sempre. Será que somos capazes de salvá-lo também?

Zoro sorriu de lado.

― Então não sou apenas eu que não consigo pensar em outra coisa. ― A morena devolveu o sorriso.

― Parece que não. ― Deu de ombros suavemente.

― Não sei. ― Robin lançou um olhar indagador, pedindo a certeza de que ele estava voltando à pergunta que ela fizera. ― É a minha resposta. ― Zoro caminhou até a beirada do Ninho da Gávea e ali apoiou seus cotovelos, fazendo Robin seguir o gesto. ― Essa é a pergunta que eu venho me fazendo há cinco anos. Bem... Talvez eu até saiba a resposta, só não queira admiti-la.

― Eu estou preocupada com outra coisa além disso...

― O quê? ― Encarou-a, curioso.

― Nami. Eu ainda não tenho certeza da reação dela caso não sejamos.

Silêncio.

― Ela irá ficar bem. ― Tentou ser o mais indiferente possível, mas não deu muito certo, o que o fez desistir e assumir de uma vez. ― Eu farei pra que seja assim. Foi o que eu prometi para aquele idiota, não foi?

― Sim. Foi. ― Ela sorriu gentilmente.

Mais silêncio.

― Robin... ― Zoro chamou em um sussurro audível o suficiente para que somente ela ouvisse. Ela o olhou em resposta. ― Tome cuidado... Durante toda a confusão. Por favor. Já será insuportável o suficiente perder meu melhor amigo. Não quero que isso se repita com você e essa criança.

Oh! Aquilo sim era surpreendente.

― Roronoa Zoro externando seus sentimentos? Isso é um marco histórico. Eu, como arqueóloga, tenho que me lembrar disso pelo resto da minha vida. ― Ela brincou de forma tranquila.

― Tsc. É tão difícil assim não me provocar? ― Ele virou o rosto para o outro lado, voltando a ficar emburrado.

Ela riu baixinho. Nunca resistia, mesmo depois de quase dez anos junto daquele bando. Zoro sempre fora seu alvo preferido.

― Desculpe, mas sim, é muito difícil.

De repente a voz dela estava mais próxima?

O espadachim virou novamente seu rosto para encará-la e só então percebeu o quanto ela estava perto.

Aquela mulher maldita com aquele perfume maldito. Ele já havia jurado pra si mesmo que um dia cortaria aquele vidro de perfume ao meio só para não ter mais que cair na armadilha que ele sempre armava pra cima dele.

― Eu prometo que vou tomar cuidado. Afinal... Agora tenho que tomar a responsabilidade de uma mãe, certo? ― Cada palavra era um centímetro a menos.

― Eu já te disse hoje o quanto você é insuportável? ― Sua voz não passava de um sussurro.

― Essa é a décima vez.

Mais uma vez ela sorriu e então colou seus lábios aos dele. Afinal, aquele era o “Eu te amo” de Roronoa Zoro e ele já havia dito dez vezes naquele dia.

Merecia uma recompensa por isso, não acha?

(...)

As águas estavam calmas no mar do North Blue. Algo surpreendente se considerado que há minutos antes aquelas mesmas águas estavam turbulentas e escuras por conta da tempestade que pairava sobre aquele ponto.

Hana estava recostada sobre a borda do convés do navio, observando um pequeno cardume de peixes coloridos que acompanhavam a corrente causada pelo meio de transporte pesado. Seu corpo e seus olhos estavam ali, ao contrário de sua mente que estava muito mais longe. Seus pensamentos viajavam pelo mais perigoso dos mares ― mesmo após de tantos anos e toda a mudança a nível mundial: o Novo Mundo. Ela teria que navegar mais uma semana para entrar naquele território e ainda esperar mais alguns dias para chegar ao seu destino final: o Quartel General da Marinha.

O QG da marinha... Céus. Só agora ela sentia o peso de sua missão caindo sobre os ombros. Ela estava indo em direção ao maior exército do mundo pra que assim fosse encaminhada ao líder mundial.

O líder mundial...

Não tinha muitas lembranças de Mokey D. Dragon. Ela só lembrava-se de três visitas. Provavelmente era um cara ocupado demais pra isso ou simplesmente não queria estar no meio das pessoas que o remetiam a lembranças de sua esposa falecida. Afinal, ela lembrava que em todos os momentos nos quais alguém citou o nome dela, Dragon simplesmente ignorava e não abria a boca até que mudassem de assunto. Ele era um homem bem curioso, na verdade. Tinha momentos em que brincava, ria e se divertia como uma criança alegre; havia outros, porém, que se fechava em seu próprio mundo e não dizia uma única palavra. Perdido em sabe-se lá o quê.

Nami vivia dizendo que o líder sabia ser chato quando queria, o que fazia Hana rir um bocado, já que ao falar sobre o sogro, a ruiva automaticamente também falava sobre seu antigo capitão, o qual ela demonstrava amar ao mesmo tempo em que o xingava de todos os nomes possíveis. Nas palavras da ruiva, Luffy só podia ter puxado a mãe, porque poucas eram as características que aproximavam Monkey D. Dragon e Monkey D. Luffy.

Hana queria ter conhecido sua chara. Seu pai sempre disse que ele tinha a tia mais maluca de todos os tempos. Ele ainda se lembrava de quando era pequeno e convivia com toda a família em Mariejoa, como escravos domésticos dos Tenryuubitos. Teve tempo o bastante para chegar àquela conclusão. Ele dizia ainda, que quando Hana conseguiu fugir com Dragon, a falta que ela fazia era enorme, já que estava tão acostumado a ter sua tia por perto.

Exatamente por ser tão apegado à Hana, foi que escolheu dar o nome de sua querida tia a própria filha, como uma verdadeira homenagem a mulher “mais divertida e doce que eu já conheci na minha vida”.

Os pensamentos da morena foram interrompidos pelo capitão do navio mercante gritando.

Um sorriso confiante surgiu em sua face.

Todos aqueles devaneios sobre sua família a fez ter ainda mais certeza de sua missão. Pessoas do mundo todo, as quais eram como a tia de seu pai, como Seion e até mesmo Dragon ― que por mais estranho que fosse, era uma pessoa maravilhosamente incrível ― esperavam, mesmo que inconscientemente, pela conclusão dela.

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Aí está a Árvore Genealógica dos Haruki D.. Ignorem que eu pulei o 12. X]

https://drive.google.com/file/d/0B5KAiVC6WY1HVXJKcE5lS3Z5dUE/view

1 - Haruki D. Raiden

2 - Mary Soul

3 - Haruki D. Kazumi

4 - Haruki D. Hana (Olívia)

5 - Monkey D. Dragon

6 - Monkey D. Luffy

7 - Nami

8 - Monkey D. Seion

9 - Yoko Kogoyo

10 - Haruki D. Kazuo

11 - Haruki D. Yumi

13 - Naomi Kasher

14 - Haruki D. Hana


Notas Finais


Até mais! :)


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