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História O Amigo do Meu Crush - Jungkook, a pessoa maravilhosa que ninguém vê


Escrita por: NamieK

Notas do Autor


OPAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA Chegou o meu cap favorito já escrito <3 <3 <3
To ansiosa demaisssssss <3 <3 <3 Finalmente o capítulo com a surpresa, bonitinho e maravilhoso.
Ai, mano, eu quero muito que vcs gostem :') Porque eu amei demais.
Nem demorei, certo?

Boa leitura!

Capítulo 15 - Jungkook, a pessoa maravilhosa que ninguém vê


Foi bem difícil de dormir depois que Jungkook me provocou de uma forma tão... tão... tão ele. Eu literalmente rolei na cama sem conseguir me concentrar em fechar os olhos e sonhar com algo. E se eu sonhava, era pior ainda.

Por quê?

Porque o maldito simplesmente entrava em meus sonhos e me fazia ficar duro que nem pedra. E isso eu não admito nunca, até em sonhos ele me perturba. Então, a noite foi bem movimentada e eu pude ouvir meu colega de quarto resmungar uns "para de fazer barulho, eu quero sonhar com meus zumbis, mas não dá com você se remexendo toda hora".

É, foi complicado. Eu tive que me esgueirar pelos corredores para não ter chance de me encontrar com o demônio, e passar mais vergonha. Por isso, uma simples água me tomou meia hora. E meu tempo restante foi tentando conseguir cochilar um pouquinho só que fosse.

Eu devo ter acordado como um zumbi, porque Baekhyun ficou me elogiando dizendo que meu cosplay estava certinho e que ganharia várias competições. Foi mais um xingamento, mas eu me contento em ganhar competições que possa me dar algum prêmio.

Mas eu estava só o pó. Cansadíssimo, com vontade de me jogar no campus e dormir no chão mesmo. Mas, porém, todavia, entretanto, eu não sei o que deu nas pessoas hoje. A situação é a seguinte, aparentemente, as pessoas acharam que hoje seria uma boa se amontoar em volta de duas pessoas. E segundo Taehyung, seu boy estava ali no meio, sendo perseguido pelas pessoas que queriam roubá-lo dele.

E olha só, Jungkook estava ali no meio. Que maravilha.

Nem comento nada, Taehyung me puxou com força só para ter certeza de que a integridade, e provavelmente os lábios, de Hoseok estivem em segurança. Ciumento do caralho, hein.

E eu literalmente fui feito de escudo para que ele pudesse passar sem ser empurrado pelas meninas e meninos loucos. Eu era a pessoa sendo esculachada para que ele ficasse seguro.

Enfim, estávamos ali no meio. Jungkook estava com um cara tão mal-humorada que parecia o demônio em pessoas, e era, mas as meninas loucas, apaixonadas, continuavam a implorar para conversar com ele. E isso acarretou que a metade das pessoas foram indo embora, devido ao medo, e nos deixando com cara de tacho. Ele literalmente levantou uma faca para que elas se afastassem tão rápido.

Porém, ainda tinha duas meninas ali com eles, praticamente pulando no colo deles. Ah, duas garotas extremamente gostosas. Eu gostaria tanto de tirá-las dali apenas para ver suas reações.

E, opa, foi isso que Taehyung fez. Ele puxou a garota pelo braço com força, ouvindo um grito assustado dela, e depois fazendo Hoseok se levantar.

Oh, o bicho atacou ele.

— Isso já é demais, garota, eu preciso dele agora — Ele soltou um sorriso educado, mas eu sabia que estava apenas se forçando a fazer tal ato. Suas pálpebras tremiam suavemente quando estava gritando de raiva por dentro, e bem, eu o conhecia demais.

A menina bufou e saiu quando percebeu que não teria nada ali, e nada poderia fazer já que meu amigo estava puxando Hoseok com ele. Provavelmente protegendo ele mesmo de perder o boy recém conquistado, e eu nunca havia visto esse lado dele. Obscuro, talvez eu tire alguma vantagem disso mais tarde ao relembrá-lo do ocorrido.

— Seu amigo por acaso é talarico?— Jungkook riu, debochado como sempre, e afastou sua perna de perto da outra garota.

Senti pena dela.

— Acho que já deveria saber que Hoseok é louco por Taehyung, e eu não quero me meter no meio deles.

Ele arqueou a sobrancelha, e só faltou ficar pasmo.

— Simples assim?

— Simples assim, algum problema?

— Nenhum — Ele balançou a cabeça, com um mini sorriso — Mas eu estava certo desde sempre.

— Certo sobre o quê? — Entortei minha feição quando a garota tornou a ficar querendo tocar o demônio. Será que ela não sabe o risco que está correndo?

— Sobre não gostar de Hoseok. Eu te disse que não sentia nada por ele, e agora eu tenho plena certeza sobre isso.

— O que te faz pensar que eu realmente nunca gostei dele?

Me senti ofendido.

— Fala sério, você não faz ideia de como é gostar alguém? — Ele mais uma vez se afastou da garota insistente — Se gostasse não entregaria ele tão facilmente assim para seu amigo.

Faz sentido. Merda.

E captei outra coisa também... Ele já havia gostado de alguém? Impossível.

— Taehyung merece, e sim, você tem razão — Suspirei — Eu devo ter confundido as coisas e achei que gostava dele. Sou um besta.

— Tão besta que não esconde sua vontade de matar essa ruiva aqui do meu lado.

Como é que é?

— Jungkook, será que só sabe falar merda? — Fuzilei-o — Eu não quero matar ninguém, seu ridículo.

Olhei para a menina, e sim, eu queria matá-la. Desgraça, é tão insistente e fica pegando no braço dele toda hora sem saber que nas horas vagas fica me atiçando, me fazendo gozar e gemer seu nome. Me fazendo ter sonhos impuros e imaginar coisas. Ah, inferno.

— Tem certeza?

Será que ele faria ela se retorcer em prazer como faz comigo? Mas que merda é essa agora?

— Plenamente.

Lógico que não. Eu queria me matar também, por estar pensando nessas coisas.

DEMÔNIO RIDÍCULO DO CARALHO.

Me faz perder a calma que tanto custo a ter.

— Não parece, sabe, acho que está incomodado com o modo como ela está tão perto.

Ele ainda estava olhando feio para ela, incomodado também, mas parecia querer mais mexer com a minha cabeça do que, de fato, tirá-la dali. Talvez para ver minha feição irritada.

Certo, eu queria sim estourar os miolos dela, mas Jungkook parecia uma opção melhor. Eu queria tanto explodir os miolos dele, quem sade dar de presente para o meu amiguinho adorador de zumbi.

Prendi minha respiração e tentei acalmar meus nervos, mostrei meu maior sorriso elegante e mostrei meu dedo do meio. A menina se espantou, fazendo uma careta, mas o demônio apenas riu. Riu largamente como se fosse exatamente aquilo que ele queria. Que eu demonstrasse o quanto ele conseguia entrar em minha cabeça apenas com algumas palavras e um motivo para me desequilibrar.

E ele sabia. Sabia porque era um demônio manipulador que consegue tudo o que quer. Eu posso simplesmente jogar tudo para o alto e ligar um foda-se para meu orgulho?

Lógico que não, eu morreria se fizesse isso e caísse exatamente em seu joguinho.

— Você não vai conseguir fazer nada nela se apenas ficar fuzilando-a com os olhos — Indagou — Sugiro que use suas mãos para afastá-la de mim e sua boca para dizer o quanto sente ciúmes, ou quem sabe outras coisas.

PORRA.

— Eu não sinto ciúmes — Cerrei meus dentes, soltando tudo com um ódio descomunal — Eu só sinto repulsa, seu babaca. E essa ruiva aí deveria saber que a fruta dela não é sua preferida.

Opa, eu disse mesmo isso. Escapuliu.

Jungkook arregalou os olhos, espantado, e abriu a boca para dizer algo, mas permaneceu quieto.

Oh, eu devo ter feito merda.

— Como assim minha fruta não é a preferida dele? — A menina perguntou, se pronunciando pela primeira vez — É lógico que é, é a de todo mundo.

Sonsa.

— Você acha é? — Mirei ela, sendo tomado pelo momento. Eu iria me arrepender muito. Muito mesmo — Então por que ele está se afastando de você? Jungkook simplesmente prefere outra coisa, como essa aqui em baixo — Apontei para meu pênis. Que vergonha, mas eu não conseguia parar — Então para de ser tonta, e enxerga que esse corpinho aqui é o que ele gosta.

QUÊ? Eu vou morrer depois de ter dito isso.

Jungkook inspirou fundo, fechou os olhos e permaneceu assim. Acho que eu vou morrer, porque acabei de dizer à ela que o crush dela tem possibilidades de ser gay e não querer nada com ela por causa disso.

Fiz merda.

Fiz merda.

Fiz merda.

Eu estava me preparando para sair, com a cara roxa de vergonha, já com medo da expressão raivosa de Jungkook, quando ele explode. Sim, explode. Só que em risadas.

Altas risadas, chamando a atenção de todo mundo. E quando eu digo todo mundo, é todo mundo mesmo. Todos pararam para apreciar essa cena dele rindo, porque era raro. Ele nunca ria, ou sorria. E uma gargalhada é coisa nova para eles. Até pra mim.

— Jimin... Você está discutindo com uma garota sobre eu ser gay? — Perguntou — Está mesmo com ciúmes ao ponto de achar que eu daria trela pra ela?

— Eu não estou com ciúmes — Me emburrei, fechando minha cara — E sim, eu estou discutindo com ela sim. Pare de se intrometer.

— Pois bem — Ele se virou para a garota, que estava com os punhos cerrados e querendo pular em meu pescoço até que eu morresse sufocado — Eu gosto mesmo é de pinto, pau, entendeu? Eu não gosto de seio, eu gosto é daquilo ali — Mano, ele apontou para mim.

E não só isso. Ele apertou minha bunda com uma pegada tão forte, mas tão forte, que eu quase gemi de satisfação.

E merda, eu não deveria estar assim. Eu deveria tê-lo deixado com a ruiva e permanecido quieto. Não era pra insinuar que eu estava com ciúmes. 

— Não faça isso, demônio — Me afastei, o campus estava bem atento em nós — Não na frente de todos.

Não na frente de todos? Eu acabei de dar uma brecha sem perceber. Maldição. Era pra sair "nunca mais faça isso".

— E por que não? Nem parece que se retorce todo com meus toques e minha boca em sua nuca — Sorriu, traíra, mas pelo menos estava sussurrando apenas para mim — Nem parece que goza apenas com tão pouco. Jimin, você não pode negar, me deseja e sabe disso.

Sim, infelizmente, eu sei.

E então, ele puxou meu pulso. Ele me puxou ao ponto de cair sobre suas pernas, ou seja, em seu colo. A ruiva arregalou os olhos e não acreditou quando Jungkook agarrou minha cintura e me fez ficar preso ali. EM CIMA DE SEU PÊNIS COBERTO PELA CALÇA.

Ofeguei, dando graças ao ver que quase ninguém mais estava ali, mas ainda sim constrangido com o pouco de pessoas presentes. 

Jungkook alisou meu rosto com seu nariz, inspirando meu cheiro.

— Daqui a pouco estará rebolando e sequer irá perceber — Sussurrou em meu ouvido — Sabe que não resistirá.

Ele movimentou sua cintura, fazendo com que eu movimentasse a minha e consequentemente rebolasse um pouco. E tendo ele ali, em baixo, com as penas abertas e eu sobre ele... Me causou um pane geral no cérebro. Apertei a gola de sua camisa branca e mordi meus lábios com força, reprimindo um gemido.

Seus braços aos poucos me conduziram a movimentar minha pélvis contra a sua, e esse foi o meu fim. Eu me fodi legal, porque passei a rebolar nele. Meu membro estava tão duro que eu queria que essa dor passasse, e as opções eram me esfregar nele. Me apoiei em seu ombro e fui para frente e para trás, friccionando nossos membros, deliciosamente.

Soltei gemidos fracos, mas constrangedores, e ele incentivou-me sem tirar seus braços de mim. A ruiva nem devia mais estar ali, e eu não liguei também. Me foquei em me satisfazer, ouvindo-o suspirar também, jogando sua cabeça para trás.

Eu definitivamente não deveria estar fazendo isso. Minha aula estava prestes a começar e eu precisava retomar minha sanidade o quanto antes.

[...]

Passei o dia ensaiando com Namjoon e Jin. Era minha melhor ideia até o momento, não dirigir o olhar para Jungkook. Eu não iria prestar atenção nele, não iria olhar, falar, nem ouvir. Eu me focaria nos dois em minha frente e os faria os melhores dançarinos do campus.

Impossível passar Jungkook e Hoseok, mas mesmo assim. Eles seriam OS dançarinos. E eu tive que pegar um pouco pesado para isso. Tive que forçá-los a tentarem mais e mais, sem parar. Pequenas pausas e nada mais. Repassamos tudo, deviam estar tinindo até a apresentação.

Eles reclamaram? Reclamaram, mas no momento eu seria um Jungkook dois. 

Eu teria que me focar neles se quisesse não surtar. Literalmente. 

— Você está estranho — Namjoon se apoiou em seus joelhos e tentou recuperar o fôlego — Está descontado sua aflição na gente.

— Me desculpem, eu realmente preciso me distrair — Tomei um  gele generoso de água — E vocês são a minha opção.

— Eu agradeço por estar nos ajudando, mas eu sou de carne — Jin fez um bico — Daqui a pouco eu caio morto e apodreço nesse chão sujo de suor.

Eu ri, batendo em suas costas para que continuássemos a ensaiar. Ele foi, massageando seus braços e pernas.

É, eu sei ser malvado quando eu quero. E agora eu sei como Jungkook se sentiu quando me fez passar por isso. É muito gostoso ter o poder em mãos.

E assim foi. Horas e horas de puro suor. Eu gostei, os dois se empenharam de um modo que me senti comovido. Eu era praticamente um Deus para conseguir fazê-los dominarem quase tudo em apenas dois dias.

E então, em um momento de descuido, eu olhei para onde Jungkook estava. Os meninos com ele também estavam conseguindo.

E isso me fez lembrar de algo. 

Me fez lembrar de como ele me ensinou, com pouca paciência, mas insistência. Ele usou seu corpo sobre o meu para que eu pudesse aprender. Colou seu quadril no meu e conduziu a dança de um modo que fluiu bem.

E se eu for parar para pensar... E se ele estivesse fazendo isso com os outros? Colando seus corpos, friccionando-se para que pudessem aprender.

Então... Eles conseguiriam aprender perfeitamente e não precisariam mais de mim. Nunca mais me chamaria para ensaiar porque Jungkook já havia achado um modo melhor de ensinar. E meu corpo não seria mais o único que grudaria no seu, porque seria inútil de minha parte achar que eu era o único.

E esses pensamentos me confundiam. Eles me diziam que eu me importava, que queria exclusividade por algo sem noção. Significava que eu o queria por perto, me provocando, e apenas a mim. Que ele me deixava entrar em sua vida porque era diferente e os outros não tinham essa sorte.

Mas, afinal, o que estava acontecendo?

Eu não sabia.

[...]

— Todo mundo junto — Jungkook gritou — Não temos tempo a perder.

Pela primeira vez eu vi como todos dançavam em conjunto e não separadamente. Eu me juntei à eles, e por fim, a coreografia estava completa. Era complicada, sim, muito, mas era muito linda. O momento solo de alguns, e pares de outros... Eu não imaginaria que poderia gostar tanto. 

E Jungkook era meu par na maior parte do tempo, quando todos iam para o fundo ou para o lado. Eu não sei porque ele fez isso, mas gostei. Eu me senti animado por estar ali com ele, demonstrando o quanto eu aprendi.

E também era a primeira vez que eu via Hoseok se empenhando tanto. E o mais estranho era que eu podia desviar meus olhos com tanta facilidade que eu jamais diria ter gostado dele um dia. O mais improvável aconteceu porque quem realmente conseguia minha atenção... Era o demônio.

O sorriso que ele mantinha em seus lábios, o brilho no olhar e a felicidade ao ver que todos estavam se aperfeiçoando.

O dia estava chegando, e logo estaria sendo palpável a tensão que dominava a todos. Inclusive a mim.

Dois dias... Se passando tão rápido que eu pirei um pouco. Minha consciência começou a me alarmar que uma platéia inteira estaria ali para me ver, me julgar e analisar. Eu comecei a acordar um pouco mais cedo o que usual porque ficava me preocupando demais com a dança.

E a cada três horas eu tinha que tomar água para me acalmar. Goles enormes de água.

Quando eu menos esperei, o dia havia chego. Em apenas algumas linhas, dois dias se passaram tão rapidamente que eu travei.

Eu fiquei com medo de atrapalhar todos a quem eu ajudei e, principalmente, estragar o momento de Jungkook. Um momento que ele se preocupou tanto ao ponto de chorar, mesmo que ele não admitisse.

Eu repensei em todos os ensaios, a forma como eu não me preocupei com o fato de estar ao ponto de me mostrar para uma porrada de pessoas. Tudo porque conseguir o perdão de Jungkook era muito mais importante que o meu medo de palcos.

Porque o momento era importante para ele ao ponto de se tornar o meu também.

E estar ao ponto de surtar era algo que não acontecia sempre, era algo que eu contive a muito tempo quando desisti de meu curso de dança. E ter que encarar isso novamente... Me causou um sentimento nauseante em meu estômago.

Eu senti meus dedos formigarem quando saí de minha cama nessa manhã, eu senti meu corpo pesar terrivelmente, querendo me esconder do mundo. E quando Jungkook abriu a porta de meu quarto, ele parou na porta. Ele parou porque percebeu algo errado, possivelmente viu o medo em meus olhos.

Porque ele não me provocou, não riu, não foi grosso e muito menos foi estúpido. Ele pegou a minha roupa arrumada, e me acompanhou até o carro que nos levaria ao lugar da apresentação.

Ele não falou comigo pelo caminho porque sabia que eu vomitaria se abrisse minha boca. E acreditem, todos estavam tensos naquele momento, preparados para ganharem uma competição maravilhosa.

Eu consegui me manter direito até um bom tempo, mas eu sabia que surtaria. Eu sabia que faria tudo errado e destruiria a chance de Jungkook provar ao seu pai seu potencial.

— Pessoal, hoje é o momento — Hoseok começou, tentando aliviar o momento — Faltam apenas alguns minutos e logo seremos nós ali no palco, brilhando mais que todos. Entenderam?

Todos soltaram palavras contentes, a animação em seus rostos. E quando nos arrumamos, eu percebi que logo o momento chegaria. Quando o grupo em nossa frente entrou no palco, e aquela salve de palmas preencheu o local, meu coração acelerou.

Eu paralisei, o som abafou assim que eles começaram a dançar, e eu só pude ver o pessoal ao meu lado pulando de ansiedade, com frio na barriga. Eu apenas consegui arregalar meus olhos, apertar meu peito e ficar parado. Se eu me mexesse provavelmente infartaria. 

Eu me descontrolei e o pânico me tomou. Minha boca secou, e os segundos pareceram horas. Meu corpo tremia, eu não conseguia pará-lo, mexiam-se sozinhos. Meus olhos se encheram de lágrimas sem, de fato, soltá-las, e se petrificaram em algum ponto desnecessário.

Não conseguiria, iria dar errado.

Jungkook parecia estar em minha frente, mas eu não tinha certeza. Eu não queria me mover, estava com medo de cair, de morrer ou sei lá o quê.

Ele me chacoalhou, e eu ergui meu rosto até o dele. 

— Jimin — Ele me chamou, claramente preocupado — Meu Deus, Jimin, por que não me disse que tem pânico de palcos? 

Eu não o respondi, minha língua travou, minha saliva sumiu. Era como se eu me engasgasse com o próprio ar. Uma sensação horrível.

— Jimin, olhe para mim — Sua voz soava um pouco abafada, eu não conseguia me concentrar nele. Parecia longe — Preste atenção apenas em mim.

Eu não conseguia, meu coração saltou ao ponto de doer. Apertei meu peito, ofegando, sem conseguir respirar. Eu pensei que morreria. Jungkook pegou em meu rosto, dando batidinhas para que eu acordasse.

Mas não dava. Eu simplesmente surtei.

— JIMIN — Ele gritou, sem efeito algum em mim.

Eu me lembrei dos dias que passei por isso, indo parar no hospital porque havia quase acelerado tanto o meu coração ao ponto de fazê-lo parar por segundos.

Mas antes que isso acontecesse, algo me acordou. Meus olhos agora fechados pelo medo se abriram em um susto. Minha boca trombou com a sua.

Suas mãos grandes estavam em meu rosto ainda, segurando-me como eu seu pudesse despencar. E eu iria se não fosse por ele.

Eu me acalmei aos poucos, sentindo sua língua reconfortar minha boca. Meus braços estavam largados ao lado de minha cintura, sem forçar para puxá-lo mais para perto.

Mas eu queria tanto. 

Ele continuou a me beijar, com seus lábios tocando os meus com compaixão. Era diferente da primeira vez... Era gostoso e delicado. Era o necessário para que eu me acalmasse, contivesse minha respiração e voltasse ao normal.

Sua saliva umedeceu minha boca seca, e eu agradeci internamente por isso. Ele aprofundou mais o contato carinhoso levando sua palma até minha nuca, puxando-me até ele, conduzindo-me com maestria.

Eu senti sua vontade fluir pelo meu corpo, seu aperto me dando segurança, me protegendo, me incentivando.

Ele separou nossos lábios com a respiração tão ofegante quanto a minha. E eu o encarei curioso, totalmente alheio em suas expressões.

Ele estava com o cenho franzido, com a boca vermelha e um pouco inchada por me beijar. Realmente preocupado. Eu me acamei, senti que estava apto para tudo.

Mas a sensação de seus lábios contra os meus, sua língua acariciando a minha, sua temperatura quente me aconchegando... Foi muito melhor do que jamais pude imaginar.

— Não se acostume com isso.

Ele me envolveu em seu corpo, deixando minha cabeça pender nele e fechei meus olhos aliviado. Ele me ajudou em meu momento mais difícil, com um simples beijo e um abraço caloroso e gentil.

E agora, com as pessoas batendo suas palmas umas nas outras, era a nossa vez de dançar. 


Notas Finais


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
Eu surto muito com isso, mano, Kitris, minha divosa, vc já desconfiava que esse seria o jeito dele de acalmar o Jimin?
E vcs pessoal? Imaginaram que iria rolar esse beijo fofo? <3
Esse foi o maior capítulo da fic até o momento *u* agradeço imensamente aos 200+ favoritos :3

Eu estou muito ansiosa para os comentários, quero saber de todas as opiniões de cada um de vcs :3 Irei responder todos como sempre <3 <3 <3 <3 <3

Safiras (vhope): https://spiritfanfics.com/historia/safiras-9846302
Pra quem quiser conversar comigo pelo twitter: https://twitter.com/_NamieK

Bjkas no heart de todos <3 <3 <3 <3


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