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História O Amor da Lua - A guarda da Cruz


Escrita por: RyusthLunyia

Notas do Autor


Estou de volta! <3
Antes de começarem a leitura, quero apenas dizer que a foto de capa é para vocês terem uma ideia de como os cetros são.
Boa leitura! ^^

Capítulo 7 - A guarda da Cruz


Fanfic / Fanfiction O Amor da Lua - A guarda da Cruz

 

   - É UMA ARMADILHA! – ele gritava, enquanto o chão abaixo de seus pés desabava, e a escuridão por baixo os engolia logo em seguida.

   Segundos e todos se encontram com o chão. Mal se conseguia enxergar um palmo a sua frente, Eclaire havia ganhado um corte abaixo do olho, Ezarel uma contusão no pé esquerdo, Nevra e Valkyon reclamavam de dores nas costas.

   - Estão todos inteiros? – o faeliano perguntava sua única confirmação de que estavam vivos eram os gemidos preguiçosos que soltavam.

   - Como vamos fazer pra sair daqui? – o elfo se apoiava no vampiro para poder andar, mas naquela escuridão eles não ousavam se mover.

   - Tem uma saída mais pra frente. – Eclaire os informava.

   - Como sabe?

   - O som da direção dela é diferente.

   - Pode nos guiar?

   - E como vou fazer isso?

   - Faça um barulho constante.

   - Certo. – ela se levantava, tirava a poeira do corpo e estalava a língua. Assim que teve confirmação de que eles entendiam o som, ela começou a andar na direção da saída.

   Metros e metros eles andavam, estavam quase desistindo quando enxergam uma luz fraca, ela parecia sair de outra sala. Se aproximavam devagar, temerosos de que caíssem em outra armadilha.

   Dessa vez nada aconteceu, Nevra e Valkyon examinavam cada canto do cômodo para ter certeza de que era seguro, Ezarel se apoiava em Eclaire enquanto tentava achar alguma poção de cura no que ele chamava de “mochila pra toda hora”. Finalmente encontrara, a garota então o ajuda a se sentar para poder esperar o efeito da poção.

   - Essa é uma câmara de tesouro... – Nevra murmurava.

   - O que isso quer dizer?

   - Quer dizer que aqui deveria ter um dos 7 cetros de Hamuara. Mas não está aqui.

   - Nevra confira os corpos que estão aqui. – o faeliano ordenava, sem perder tempo o vampiro o fazia. Sem muita dificuldade ele encontrava colares com os símbolos dos Illuminatis.

   - Eles levaram... Mas qual o cetro que deveria estar aqui?

   - O de terra.

   - Foi a lua que lhe disse? – podia parecer ironia, mas aquela era uma resposta típica da garota, se fosse mais uma resposta da tal lua, ele deveria ter sua confirmação, porém para sua surpresa a resposta foi negativa.

   - Estamos muito abaixo do nível normal do solo. – ela fazia uma pausa rodando a cabeça como se olhasse em volta. – A aceleração que ganhamos numa queda aumenta por segundo, e caímos por quase 2 segundos, ou seja, a altura é maior do que parece. A câmara se concentra bem abaixo do chão, é como se estivéssemos enterrados...

   Ezarel engole em seco ao ouvir a frase “é como se estivéssemos enterrados”, ele tinha um pequeno pavor de ser enterrado vivo e odiava quando se sentia sufocado. Imaginar o fato de que estavam abaixo da terra lhe dava calafrios.

   - O cetro da água e da terra... Quantos mais será que eles possuem? – Nevra indagava para si mesmo, era mesmo uma missão mais complicada do que parecia. – Eclaire consegue sentir alguma coisa?

   - Não, sinto muito.

   Valkyon e Nevra então começavam a procurar por uma saída, tinham certeza de que não conseguiriam escalar o buraco de onde caíram, ainda mais com Ezarel tendo ferido o pé. A poção o ajudaria, mas não era milagrosa. A única chance era escapar por aquela câmara. Mas... Havia uma saída?

   - O que foi isso? – os rapazes a encaravam, estatizados como se o menor movimento pudesse desencadear um terrível desastre. – Você fez um barulho engraçado quando pisou ali atrás. – ela ria.

   - Aqui?! – ele retrucava refazendo seus passos. Ela balançava a cabeça ao ouvir o som estranho novamente.

   O vampiro tinha os sentidos apurados, porém não havia escutado nenhum som vindo dali, em nenhuma das vezes que tinha pisado no bloco. Imaginava o quão atentos os sentidos da garota eram para ouvir cada minucioso som.

   Se agachando ele limpava a poeira para revelar uma marca desconhecida. Analisava-a cuidadosamente, poderia ser aquela pista que os tirariam dali.

   - Valkyon, há uma marca aqui. – o mesmo também a analisava. Ele percebe em poucos segundos que o chão formava um circulo no centro. Rapidamente eles começam a limpar o chão com as mãos, afastando o máximo de poeira que conseguiam para terem uma visão melhor do que estava encoberto.

   - Parece uma...

   - Enorme...

   - Maçaneta... – um completava a frase do outro. – Nevra me ajude aqui.

   O faeliano entregava a Nevra uma lança que estava jogada ali e pegava uma para ele. Posicionando em uma das marcas eles tentavam girar aquela “maçaneta”. Em vão, as lanças se quebram por estarem velhas demais, e fazer isso com as próprias armas seriam como pedirem para serem atacados.

   - Talvez eu possa ajudar. – Eclaire se levantava e ia para perto do centro da sala. Tomando o máximo de fôlego que conseguia abre a boca como se fosse gritar, mas nenhum som sai de sua boca.

   - Ahrg. – Nevra tampa os ouvidos enquanto rosnava. O som que a loira fazia era baixo demais para ouvidos comuns, já para o vampiro era como um apito estridente e alto.

   Com esse som, as partículas de sujeira na sala se movimentavam, incluindo aquelas que prendiam a roda. Quando ela termina pede para que Valkyon e Nevra tentem novamente empurrá-la. Dessa vez, sem a necessidade de tanta força, a maçaneta gira e abre uma porta do lado oposto da sala.

   - Como você fez isso? – eles perguntavam em uníssono. Ela simplesmente ria.

   - Eu não sei, só sei que fiz.

   Sem mais perguntas, não adiantava, ela nunca sabia como fazia, respostas eram impossíveis de se obter através dela. Todos já haviam se conformado com isso, por hora...

   Sem dificuldades eles encontraram a sala principal pelo qual entraram. Teriam agora que escolher outra porta até que conseguissem pegar todos os cetros. Uma a uma, eles entravam, se deparavam com armadilhas e salas vazias. Ao menos estavam mais atentos, e não sairiam feridos das armadilhas.

   - Seis salas... –Ezarel contava em voz alta.

   - E em nenhuma delas havia sequer sinal dos cetros de Hamuara.

   - Será que todos eles foram levados pelos Illuminatis? – Eclaire se perguntava na inocência.

   - Provavelmente.

   - Temos que ser otimistas. – ela ficava de frente para eles. – Pode ser que os cetros estejam seguros em algum outro lugar.

   - O otimismo não vai nos ajudar a ter os cetros. – Valkyon a chamava atenção.

   - É claro que vai, se conseguirmos pensar positivo e encontramos ao menos um cetro já vai ser um ponto a nosso favor.

   - Dessa vez eu tenho que concordar com ela. – o vampiro se pronunciava.

   - Eu estou com o Valkyon, o otimismo não vai fazer os cetros aparecerem magicamente na nossa frente. – o elfo estava largado no chão, a dor no tornozelo persistia e o cansaço o derrubava.

   - Bom, de qualquer forma ainda resta uma última sala para olharmos.

   - É inútil! Assim como todas as outras não vai haver nada lá.

   - Mas temos que averiguar.

   - Eu te dou todos os meus potes de mel se acharmos alguma coisa de interessante lá dentro.

   - Levante logo seu preguiçoso. – uma longa discussão correu até que o elfo cedera e entrara junto aos outros na última sala.

   Esta diferente das outras não possuía armadilhas e era bem maior que todas as salas que eles já haviam entrado. Do lado oposto um objeto cintilava em roxo e estava sendo segurado por uma estátua.

   - Você me deve todos os seus potes de mel. – Nevra debochava do elfo incrédulo ao seu lado. Não podia acreditar que na última sala haviam encontrado um cetro. E lá se iam embora todos os seus potes do tal amado mel por causa de sua maldita boca grande.

   - Só pode ser brincadeira...

   Quando iam dar um passo rumo ao seu objetivo, eles escutam algo se rastejar, no mesmo instante sacam suas armas. De repente tudo começa a escurecer, parecia que a noite havia caído e dessa vez não haveria nem mesmo as estrelas para lhes guiarem.

   Algo consegue derrubar os três homens ao chão de uma vez. A escuridão impedia que Valkyon e Ezarel pudessem fazer alguma coisa, era inútil tentar atacar no escuro, literalmente. Mesmo Nevra não conseguia distinguir onde seu oponente estava, o silêncio que ele conseguia fazer era impressionante.

   Em contrapartida Eclaire desviava bem dos golpes que eram desferidos contra seu grupo. Num movimento rápido ela pegava impulso nas paredes para chegar aos cipós pendurados no teto. Tinha todo o ensinamento de Astaroth fresco em sua memória.

   Fechando os olhos ela se concentrava ao que estava a sua volta, pelos sons conseguia saber que seu inimigo era uma espécie de salamandra negra, alta, robusta e com uma velocidade absurda. O barulho que ela fazia era mais do que suficiente para saber onde estava e o modo de atacar.

   Esperava o momento certo para agir, a cautela era sua maior arma, não iria lutar, não queria machucar ninguém. Mostraria para Lua e para Astaroth que era sim possível fazer as coisas sem precisar ferir ninguém.

   A salamandra ainda não havia notado a sua ausência no meio daquela batalha, estava sendo tão silenciosa que ela mesma mal podia se ouvir. Sabia o quanto os rapazes iriam aguentar, mas não sabia o quanto aquela criatura era resistente, nem mesmo conheciam sua força total.

   Finalmente chegara. O momento perfeito para agir. A criatura estava distraída pensando ter encurralado a todos. Com cautela e agilidade ela escorrega pelas paredes e corre para onde o cetro estava.

   A salamandra negra percebe uma movimentação atrás de si, mas quando se vira é tarde, o cetro das trevas de Hamuara já estava sendo mirado para si. O metal preto se encontrava a poucos centímetros de seu focinho. Tamanha a surpresa que recebera deixou sua respiração descompassada.

   - Não o levará. – a criatura vociferava.

   - Não conseguiu o proteger, então agora ele é nosso. – ela sorria vitoriosa. Sua única resposta era a bufada que ele soltava. Ao fim ele concordou, a contra gosto, que levassem o cetro.

   Missão cumprida bastava apenas voltar para o QG. Se tudo fosse tão fácil assim... Ao saírem da tumba de Hamuara se viram cercados por um grupo de humanos.

   - Não levarão esse cetro, ele não os pertence. – uma mulher gritou, ao que parecia ela era a líder.

   - De zero a dez, qual a probabilidade disso acontecer? – o elfo se inclinava para o lado do vampiro e sussurrava em seu ouvido.

   - Com a gente? Onze. – debochava.

   - Entreguem logo o cetro! – a mulher ainda gritava. Os rapazes se viam cercados, completamente sem saída. Por um segundo a mulher encara o cetro, se indagava como eles haviam pego o cetro das trevas sendo que nenhuma organização até hoje havia conseguido tal feito. – De qual organização vocês são?

   - Não somos de nenhuma organização. Não vê que não somos humanos?

   - Vocês... – ela se surpreendia, eles realmente não sabiam de uma informação dessas? – São da guarda de Eel?

   Eles afirmavam com a cabeça, mas ela os observava atentamente, como se quisesse confirmar por si mesma a informação recebida. Com um movimento com a mão todas as armas que eram apontadas para o grupo são abaixadas.

   - Algum de vocês é líder da guarda reluzente?

   - A líder da guarda reluzente não está presente, mas eu sou líder da guarda Absinto. – o elfo tomava as rédeas.

   - Então nos levem até o líder da Reluzente.

   - O que te faz pensar que tem toda essa autoridade?

   Uma veia saltava da testa da mulher, ser contrariada na frente de seus subordinados era algo que não suportava. Mantendo a postura ela jogava os longos cabelos negros para trás e sorria sarcástica.

   - Pois eu sou o comandante da maior organização contra contrabando de itens mágicos de Eldarya, a guarda da cruz.

   - Nunca ouvi falar. – todos respondiam desinteressados e em uníssono, até mesmo Eclaire.

   - Oras como ousa-

   - Acalme-se Cassandra, se você os assustar eles não vão nos ajudar. – um homem que aparentava ser mais velho do que ela tomava controla da situação. – Como minha companheira disse somo a guarda da cruz, trabalhamos para deter contrabando de itens mágicos em Eldarya.

   - E como já dissemos nunca ouvimos falar.

   - Não é surpresa que não nos conheçam, nós agimos em silêncio para que as outras organizações não saibam de nosso paradeiro e nossos planos. Costumamos pegar os objetos e devolve-los para seu povo de origem e oferecer proteção extra, mas pelo que vemos nesse caso a vila de Handu foi completamente destruída.

   - Pelo seu povo! – o faeliano não tinha paciência alguma quando se tratava de humanos.

   - Exatamente por esse motivo a cruz foi criada, para impedir que coisas assim aconteçam, seu idiota. – Cassandra vociferava.

   - Cassandra. – o homem chamava sua atenção. – Queremos falar com o líder de Eel para pedir ajuda em nossa missão de manter os tesouros de Eldarya a salvo.

   Ezarel pigarreava a cada palavra dita pelo grupo de humanos. Haviam concordado de levá-los a Miiko, contanto que houvesse apenas conversa, qualquer movimento suspeito ou ato de violência e eles revidariam. O cetro de Hamuara permanecia nas mãos daquela que o havia conseguido pegar.

   Uma longa caminhada depois e estavam de volta ao lar. Por onde passavam eram alvos de olhares curiosos e cochichos indevidos. Mesmo estando cansados levaram seus “companheiros” para a sala do cristal, onde Miiko provavelmente estaria, era a coisa mais certa a se fazer.

   Assim que adentraram o lugar Ezarel chama a atenção de Miiko.

   - Miiko, temos companhia.

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3
Vejo vocês em breve! ^^


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