Capítulo XV
Norfolk, Virgínia
O dia estava realmente lindo, o sol brilhava, desta vez não tinha Dean dirigindo ao meu lado, a presença do Castiel era algo que por si só já destruía grande parte do meu dia.
-- Então vou conhecer Virgínia, estou tão animada! – Falei tentando quebrar o silencia assustador.
-- Não estamos indo para nos divertir e sim para conhecermos alguém que pode explicar a sua raça para todos! – Falou Castiel com um olhar serio.
-- É eu sei, mas isso não me interfere de conhecer a cidade, não é? – Falei tentando me animar.
-- Você acha mesmo que vou te perder de vista. – Respondeu tirando os olhos da estrada por alguns instantes. – Escuta aqui, você vai até lá para ser estudada e compreendida, sei que esta usando seus poderes com o Dean, mas ele é meu amigo e não vou deixar você fazer isso.
Isso doeu o bastante para fazer com que eu perdesse o controle.
-- Escuta aqui Castiel, eu já estou farta dessas suas acusações, entenda que eu e o Dean nos amamos, sei que sente inveja afinal sua espécie e limitada a não ter tais sentimentos, mas é melhor parar de tentar me incriminar. – Falei com tanta raiva que deixei com que as lagrimas rolassem.
-- É isso que não entendo, se você não é humana, então por que ama, chora e sente dor, isso não faz sentido? – Ele se perguntou em voz alta. – É isso que quero entender.
Eu me calei, só queria estar com o Dean, com certeza me faria esquecer tudo o que acabei de ouvir.
-- Chegamos. – Falou Castiel parando em frente a uma velha casa, mas bonita.
Ele desce do carro e vai andando até a porta da casa, eu desci do carro e fique observando-o, ele se vira e nota que não estou aonde deveria.
-- Venha logo. – Falou com uma cara de bravo.
Então voltei a mim e fui até ele, ele bateu na porta e então uma voz que conseguia me causar certo medo falou observado nós pela janela.
-- Quem é?
-- Sou eu Castiel e esta é minha amiga que lhe disse. – Castiel respondeu.
“Nunca serei sua amiga”, pensei na privacidade de minha mente.
A porta se abriu lentamente, então pude ver um homem que deveria ter uns 45 ou 47 anos com roupas simples e de uma aparência bondosa.
-- Entrem. – Falou o homem. – Agora pode me chamar de Felipe. – Se direcionou a Castiel.
Castiel apenas confirmou.
-- Nunca diga nunca senhorita. – Falou me observando.
“O que ele quer dizer? Será que é?”, me perguntei.
-- Sim, os pensamentos entregam as pessoas sabia. – Sorriu. – Bem, Ariel é exatamente como Castiel me descreveu.
-- Você também é um anjo? – Perguntei.
-- Não, na verdade as informações dos seus amigos estavam erradas eu ajudei os homens de letras em uma pesquisa durante um período de tempo, mas o meu apelido era alguma coisa com anjo, não me lembro ao certo, por isso seu amigo se confundiu.
-- Homens do que? – Perguntei, quero dizer lembro-me dos rapazes terem comentado, mas nunca dei à mínima.
-- Deixa para lá. – Falou Castiel. – Vamos ao que interessa.
-- Claro. – Falou Felipe. – Sentem-se.
Sentamo-nos, ele então olho fundo em meus olhos.
-- Quando ajudei os homens de letras aprendi muitas coisas. Bem a única da espécie Nefilim que achamos era uma garota filha de um anjo com um humano, pelas pesquisas ela não era nenhum perigo, tinha poucos poderes e era pouca coisa fora do normal. – Parou para respirar, se aproximou lentamente de mim. – Mas você é muito diferente. Lembra de algo?
-- Nada. – Respondi. – Posso beber um pouco de água.
Ele pegou o copo ao seu lado e me alcançou, tomei alguns goles e voltei minha atenção para ele.
-- Pelo que descobri, ela não é como a garota que pesquisaram. – Falou Castiel.
-- E por que não? – Perguntou Felipe.
-- Por que ela não tem nenhum parentesco humano. – Completou Castiel.
-- Como é? – O homem parecia confuso, tomou certa distancia. – Esta querendo me dizer que ela é filha de um anjo junto a um demônio?
-- Não posso confirmar ao certo, mas temos grandes pistas que levam a acreditar que sim. – Disse Castiel.
O homem voltou para perto de mim, tocou sua mão em meu rosto e sorriu.
-- Sabe Castiel você tem razão ela não é igual a nada que você já tenha visto. – Felipe falou seu tom de voz agora tinha mudado.
Minha visão ficou pesada e apenas vi quando ele atacou Castiel. Quando abri meus olhos eu estava sentada no sofá, me levantei e fui ate a cozinha onde vi Castiel amarado em uma cadeira corri para solta-lo.
-- Por favor, senhorita. – Era Felipe. – Sente-se.
Jogou-me na cadeira e segurou meus ombros mantendo-me sentada.
-- Olha vou lhe amarrar apenas por um instante, pois seu novo pai tem grande interesse com você. – Falou rindo, e me amarrando.
-- Do que esta falando? – Perguntei confusa, estava tudo tão assustador.
-- Bem Castiel, responderei sua duvida lhe fazendo uma pergunta, esta bem? – Falou sorrindo. – Qual o paradeiro da filhe perdida de Lúcifer?
Isso me deixou ainda mais confusa, mas Castiel parecia assustado. O homem que antes era Felipe agora gargalhava bem alto de maneira assustadora, ele se aproximou de Castiel e tirou sua mordaça, de repente um outro homem apareceu como mágica.
-- O que você pensa que esta fazendo? – Falou.
-- Crowley. – Castiel gritou, seu olhar era de raiva.
-- Não se preocupe, vim apenas buscar o que é meu! – Falou. – Mas antes vou dar uma lição neste imbecil.
-- Não senhor. – O homem implora, mas o tal Crowley o mata.
Ele se vira para mim e solta um sorriso.
-- Então minha querida, vai querer ir com o papai ou ficar aqui com esse patético anjo e seus amiguinhos? – Falou se aproximando de mim.
-- Eu me lembro de você, lhe vi em meus sonhos. – Falei me lembrando.
-- Claro, sou o seu pai, vamos minha filha, venha conhecer o seu reino esqueça esses fracassados. – Ele estende a mão e sorri.
-- Não posso esquecê-los, muito menos o Dean. – Falei.
-- O que? – Parecia surpreso. – Não acredito que deixou se convencer pelo Dean, ele não vai amá-la minha querida.
Crowley se aproxima do meu ouvido.
-- Acredite, só quero o seu bem, sou seu pai. – Sussurrou. – Mas se decidir ficar, não posso permitir, seu lugar não é aqui e sim comigo no inferno, na quer ver seus amigos morrerem, ou quer?
Eu neguei com a cabeça.
-- Então venha comigo e eu os pouparei. – Continuou.
-- Não. – Falei em um tom que pode assustar até a mim.
Em frações de segundo me vi livre da cadeira, nem precisei tocá-lo para vê-lo colidir junto a parede. Ele parecia surpreso, fui a sua direção eu não podia me controlar, eu estava enlouquecida, estava matando-o.
-- Ariel. – Era o Dean.
Tudo parou em mim, olhei em sua direção, tinha voltado ao normal, quando olhei de volta para Crowley ele já não estava mais lá. Dean chegou perto de mim e então me abraço, a calmaria do seu coração sempre me acalmava, mas desta vez se coração parecia apavorado, quando olhei para minhas mãos avia sangue e isso me deixou assustada.
-- Perdão Dean? – Eu repeti isso durante horas, mas ele não sabia o que responder.
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