História O amor de Dean - Capítulo XX: Revelando um segredo!

Capítulo XX

-- Senhorita! – Fala Anna entrando em meu quarto, parece assustada.

-- O que aconteceu? – Perguntei pulando rapidamente da cama.

Ela se aproximou de mim olhou em meus olhos e falou de maneira calma:

-- Seu pai sumiu, já faz alguns dias. Ouvi boatos que ele esta com os Winchesters, então eu vim aqui para lhe oferecer uma chance de vida nova. – Parou para observar minha reação.

Eu fiquei confusa, ela falou aquilo tão rápido que mal consegui assimilar as coisas.

-- Bem, sente-se e me explique às coisas! – Falei caindo sentada na cama.

Ela se sentou junto de mim, podia sentir que ela estava decidida e confiante.

-- Senhorita, Seu pai Crowley sumiu já faz uns três dias, não lhe contei nada, pois não quis lhe preocupar. – Parou para respirar. – Ouvi boatos que ele esta com os Winchesters. Eu decidi que vou lhe ajudar, claro que, se a senhorita quiser.

-- De que maneira pretende me ajuda? – Perguntei ainda meio assustada. -- E por quê?

Ela descansou suas mãos sobre as minhas e sorriu.

-- Senhorita Ariel, presumo que esse é o nome que você atendia, sei que o inferno não é lugar para você, pois tem um bom espírito. Então vim lhe oferecer uma chance de ter uma vida diferente, não pense só em você, mas no que me contou aquele dia, não deixe isso acontecer aqui e saiba que ainda manterei minha promessa.

-- Mas como pretende fazer isso? – Eu perguntei, confesso que senti um pouco de animo ao ouvir aquilo e queria muito sair daqui.

-- Eu tenho um amigo que necessita de alguém que possa ajudá-lo e tenho certeza que vai adorar você, não se preocupe, ele é um ótimo homem e de muito bom coração. – Falou sorrindo. – Se quiser posso te levar até ele, mora bem distante da vista de Sam e Dean. E você vai estar bem protegida com ele.

Eu aceitei e me alegrei.

Só de saber que iria ter a chance de ter uma vida!

Cinco anos depois

  Twin Falls, Idaho

-- Olá senhor Manuel! – Falei entrando em casa. – O dia esta muito bonito!

O senhor Manuel estava sentado como de costume em uma velha cadeira próximo a janela.

-- Posso sentir, realmente deve estar lindo! – Ele respondeu contente.

O senhor Manuel era cego, nunca me contou detalhes de sua vida, mas já faz cinco anos que ele me acolheu e me ajudou, de fato ele era um homem de muito bom coração e espírito.

-- A pequena princesa já acordou! – Falou o Sr. Manuel.

-- Mas a casa esta tão silenciosa? – Falei já me assustando.

-- O que você acha? – Ele me perguntou sorrindo. – Tem que achá-la!

-- Claro! – Me lembrei. – Onde será que minha pequena princesa esta?

Fui em direção às escadas, já sabia onde ela estaria, parei então na porta de seu quarto, lentamente abri a porta e já podia ouvir sua risadinha vinda do armário.

-- Onde será que a pequena princesa esta escondida? – Falei fingindo procurar pelo quarto.

Então ela abre a porta do armário pulando em mim e gritando.

-- Buuuuu!! – Ela começa a gargalhar. – Te peguei de novo mamãe.

-- Como sempre não é meu amor? – Falei sorrindo. – Agora vamos descer, não acredito que ainda esta de pijama!

-- Esta bem mamãe! – Ela falou voltando para o armário, desta vez para escolher sua roupa.

-- Querida vou descer para preparar o almoço, tenho uma surpresa para você, mas só depois do almoço, esta bem? – Falei indo em direção a porta do quarto.

-- Esta bem. – Respondeu muito contente.

Vou preparar o almoço, em frente as panelas ouço os paços de Manuel, me viro de pressa e vejo ele escorado na porta da cozinha.

-- Você me assustou! – Falei debruçando a mão sobre o peito.

-- Sabe que não precisa mais temer nenhum ataque. – Ele falou. – Ninguém vai lhe encontrar aqui!

-- É eu sei! – Respondi tentando me acalmar. – Meu medo em particular era que o senhor se machucasse!

Ele sorriu e aos poucos soltou uma leve gargalhada.

-- Ora minha querida, a cegueira já mais vai me machucar! – Respondeu. – Então, o que fará para o aniversario de cinco anos da pequena Agatha?

-- Eu estava pensando em levar ela para escolher um belo vestido para ela e para a senhorita Lee! – Respondi sorrindo.

Ele também sorriu.

-- Certamente ela vai ficar muito contente! – Falou ele.

Agatha era uma menina que se contentava com tudo, qualquer coisa a fazia sorrir e sem duvida era o que mais amava nela era esse jeito simples, eu decidi dar esse nome para ela em homenagem ao senhor Manuel, a única coisa sobre ele que eu sabia é que sua filha se chamava Agatha, mas morreu a muitos anos e ele sempre se negou a contar detalhes sobre isso. Então por tudo que ele fez eu presenteei minha pequena filha com o nome dela.

Agatha desce as escadas correndo.

-- Querida cuidado nas escadas! – Gritei.

Ela parou e sorriu.

-- Desculpa mamãe! – Falou andando com mais calma.

Nos sentamos na mesa como de costume, todos juntos, fizemos nossos agradecimentos e então começamos a comer.

-- Mamãe! – Falou Agatha, fazendo aquele olhar igual.

-- Sim meu amor? – Perguntei como quem não quer nada.

Ela ficou com carinha de brava.

-- A senhora disse que tinha uma surpresa, o que é? – Ela perguntou, seus olhinhos brilhavam.

-- Bem achamos que hoje a Dona Lee esta fazendo aniversario não é? – Falou o senhor Manuel. – Será que tem mais alguém completando anos hoje?

Ela deu um pulo e gritou sorrindo.

-- Sim, mas eu também to!

-- Isso querida, por esse motivo eu decidi te levar par escolher dois vestidos, para as duas aniversariantes mais lindas do mundo! – Falei sorrindo.

Ela começou a pular de alegria e rir muito, realmente estava muito contente, afinal nestes cinco anos vai ser a primeira vez que ela vai para a cidade.

-- Mas, a senhorita pode me ajudar com a louça antes de sairmos! – Falei antes que ela corresse para o quarto.

Ela concordou sorrindo.

A gente morava bem longe da cidade, Agatha era à base da minha vida e tinha muito medo que algo de ruim acontecesse com ela.

Depois de tudo limpo fomos para a cidade, ela basicamente pulou para dentro da camioneta.

-- Nem acredito mamãe! – Ela repetia isso cada vez mais contente. – Esse vai ser o melhor aniversario de todos!

Duas horas de viagem e finamente entramos na cidade, Agatha parecia abismada com tudo, aquilo tudo era inovador, chegamos em uma pequena e charmosa loja, ao entrar de cara ela achou um vestido que a encanto, de fato era encantador, um vestido de cor branca com detalhes em vermelhos, florzinhas, realmente quando a vi dentro dele era como ver uma pequena princesa.

-- Mamãe! – Falou fazendo aquela carinha, já implorando sem ainda nem ter pedido. – Eu quero esse!

-- Você ficou muito linda minha querida! – Falei sorrindo. – Vou levar! – Confirmei a vendedora.

Depois de comprarmos o vestido dela fomos até uma costureira perto que disse que faria o vestido em algumas horas, as duas bonequinhas ia usar o mesmo vestido. Para esperar decidi levar ela até o parquinho e depois tomamos sorvete, o sol estava quase se pondo quando pegamos a versão minúscula do vestido, voltamos ao carro e fomos rumo a nossa casa.

Estávamos chegando quando notei que a porta estava estourada, senti que era algo errado, parei o carro um pouco afastado peguei meu celular e dei para Agatha.

-- Querida, se eu não voltar ligue para esse número diga o nome da mamãe. – Falei colocando-a escondida na caçamba da camioneta. – Aconteça o que acontecer não saia daí de jeito nenhum, esta bem?

Seus olhos se encheram de lagrima, ela sentia algo ruim e eu também.

Quanto mais me aproximava sentia que não veria mais minha pequena Agatha, parei em frente a porta que parecia ter sido explodida, meu corpo não queria entrar, mas eu tinha, não posso deixar o senhor Manuel sofrendo,finalmente tomei coragem e coloquei meu pé dentro do que um dia foi minha casa, assim que entrei avistei o senhor Manuel caído no chão, no meio da sala, acho que ele tinha tentado ir até a porta, corri até ele.

-- O que aconteceu? – Perguntei vendo seu corpo coberto de sangue. – Meu Deus!

-- Fuja... Ariel... – Ele falava com dificuldades. – Eles vão... Te matar...

-- Eles quem? – Perguntei.

Então ouvi uma voz.

-- Olá queridinha!

Lebanon, Kansas

Dean esta sentado junto com Sam os dois tomando uma cerveja.

-- Dean, você sabe que ela não vai voltar? – Fala Sam.

-- Já se passaram cinco anos, mas sabe cara ainda sinto saudades dela! – Falou Dean, seu rosto parecia triste.

-- Você tem que se concentrar em outras coisas! – Fala Sam. – Ela nunca gostou de você Dean.

-- Você sabe que não é verdade, ela partiu depois que viu aquela cena, você sabe muito bem! – Dean parecia mais irritado agora.

Ele se levanta e vai para o quarto, no caminho vê o quarto onde Ariel ficava então ele entra e se deita na cama dela, se afunda em suas lembranças, em tudo o que eles passaram então seu celular começa a tocar e quebra seu momento de recordações.

-- Alô! – Ele atende com um tom meio irritado.

Escuta do outro lado uma voz de choro.

-- Ariel... – Fala baixinho.

-- Quem esta falando? – Ele pergunta.

-- Me chamo Agatha! – A menina se identificou. – Ariel precisa de ajuda!

Dean congelou naquele instante.

-- Como? – Perguntou confuso.

-- Ariel.... – Ela foi interrompida por algo, ouviu um barulho estranho.

-- Alô? – Dean sentiu que essa menina também estava em perigo.

Foi até Sam que ainda estava sentado.

-- Pegue suas coisas vamos salvar uma garota em perigo! – Falou.

-- Como assim? – Sam parecia confuso.

Dean deu o celular para Sam.

-- Rasteie esse numero ela me ligou, mas parece que foi pega por alguém, vamos lá salvar ela! – Falou Dean.

Sam parecia confuso por Dean estar tão determinado a salvar uma garota que  mal conhece ultimamente isso não acontecia.

  Twin Falls, Idaho

Dean para o carro atrás da camioneta, a casa não esta muito longe, seu coração dispara, pode encontrar sua amada Ariel, eles vão em direção a casa, ao entrar Dean avista Ariel caída no chão e uma menina deitada por cima dela, ele se aproxima. A menininha se levanta e começa a gritar.

-- Foi você que fez isso com a minha mamãe! – A menina gritou, suas lagrimas rolavam incontrolavelmente.

Dean se aproxima devagar.

-- Acalme-se, eu recebi uma ligação e vim atrás de você! – Explicou ele. – Foi você quem me ligou?

Ela confirmou com a cabeça.

-- O que, Dean você veio até aqui por causa da Ariel? – Sam parecia furioso. – Vou dar uma olhada pelo local!

Dean se aproxima de Ariel, vê seu corpo coberto com sangue, seu mundo desaba, ele cai de joelho ao seu lado.

-- Ariel! – Fala tentando segurar suas lagrimas.

Ela segura sua mão.

-- Dean você sabe que eu não vou sobreviver, mas tenho que lhe contar algo. – Ela respira de vagar.

-- Poupa suas forças, vamos te levar para um hospital. – Ele fala.

-- Não. Só queria te pedir perdão por ter sumido e dizer que eu te amo, antes de morrer! – Ela fala deixando rolar uma lagrima dos seus olhos. – Dean eu queria ter tido a vida que sempre sonhamos, mas não podia arriscar, mas durante todo esse tempo eu tive um segredo!

-- Como assim? – Ele estava paralisado, já não continha as lagrima.

-- Dean essa é Agatha, minha filha. – Ela falou Dean agora estava mais confusão do que nunca. – Nossa filha, prometa que vai cuidar da nossa filha, por favor, meu amor?

Ele estava perplexo, seu coração batia assustado.

-- Só vou morrer em paz sabendo que você vai protegê-la! – Ela falou, podia ver seu sofrimento. – Prometa para mim que vai cuidar da nossa filha, Dean?

Ele confirmou com a cabeça, ele encostou seus lábios aos dela e quando soltaram ela olhou em seus olhos e disse sorrindo.

-- Eu amo vocês dois! – E com essas palavras ela deixou de respirar.