História O amor de Dean - Capítulo IV: John esta morto, o que farei?

Capítulo IV

Lebanon, Kansas

Levantei-me, podia ouvir os dois discutindo, decidi que não precisava deles, eu precisava era de John e estes dois estavam apenas me atrapalhando, sai do quarto com cuidado para que não notassem, o lugar parecia um labirinto, corredores todos iguais, não sabia o que era o que, entrei em qualquer porta quando ouvi os dois me chamando, estava tudo escuro, não passou muito tempo e Dean me acho.

-- Ariel? – falou acendendo a luz do quartinho. – Sammy a achei!

Ele me puxou pelo braço, me arrasou para um lugar, me sentou na cadeira e amarrou-me, o local era bem bonito, tinha duas mesas grandes, muitos livros, eu amei aquilo.

-- Esta bem, Ariel? – Perguntou Sam sentando ao meu lado.

-- Não, por que me amarraram? – Gritei encarando Dean, que estava escorado na mesa.

Ele se aproximou de mim, colou seu rosto ao meu.

-- Escuta aqui garota! – Seu tom de voz era serio. – Você quer nossa ajuda ou não? Tem que para com essa mania de fugir, além do mais que este lugar não é tão fácil assim, para qualquer um fugir.

-- Vocês estão me atrapalhando eu tenho que achar aquele cara, só ele pode...

-- Ele esta morto! – Falou Dean me interrompendo.

-- Me ajudar. – sussurre, finalizando minha frase. – Como assim? Não pode ser?

-- Olha, ele morreu. – Sam falou de modo mais calmo.

-- Ele não pode, eu preciso dele! – Falei deixando escapar uma lagrima de ódio. – Passei muito tempo atrás daquele maldito, para descobri que ele esta morto, não pode ser verdade, como vocês sabem? – Eu lutava contra essa historia, para mim só podia ser mentira.

-- Sabemos por que aquele maldito é nosso pai. – Disse Dean de modo grosseiro.

Eu não sabia onde me esconder, me senti muito confusa e envergonhada.

-- Me desculpem... – Não sabia o que dizer, foi a única coisa sensata a se fazer.

Dean se afastou de mim, Sam me olhou de maneira bondosa.

-- Tudo bem, Ariel. Nós vamos lhe ajudar, pode ficar conosco ate acharmos o teu suposto pai, tudo bem? – Falou ele com um sorriso um tanto forçado.

Dean parecia um pouco bravo, os dois se encararam – parecia discutir pelo olhar, mas Dean demonstrou após alguns segundos aceitação.

-- Esta bem, mas com uma condição. – Falou com um olhar serio.

Eu desviei meus olhos.

-- Como assim? – perguntei.

-- Você precisa de nós e decidi que você vai ficar aqui no Bunker enquanto a gente trabalha, mas se não quiser, sinta-se a vontade de enfrentar aqueles homens, sozinha. – Soltou um sorriso que me deu raiva.

Sam sentiu minha raiva, se aproximou.

-- Olha Ariel, não entenda mal, mas aquele homem poderia ter matado você! – Explicou de maneira carismática. – E como disse, certamente virão mais além daquele.

-- Na verdade não sei como sobreviveu durante tanto tempo. – disse Dean de modo debochado.

-- Escute aqui, eu não to nem ai, eu sobrevivi porque sei bem como me defender, acham que passei todo esse tempo encarando o mundo sem aprender nada? – Já estava farta deste tal Dean, nojento. – Agora vocês têm que me explicar tudo isso, ou eu não vou ficar aqui? Bunker? Homem do mal, como assim?

Dean puxou uma cadeira para perto de mim, até de mais, respirou fundo grudou seus olhos em mim, então falou tentando ser o mais calmo possível:

-- Bem, Ariel. Meu pai John, eu e meu irmão somos caçadores e antes que você torre mais a minha paciência, não somos simples caçadores, caçamos vampiros, lobisomens, demônios e muitos outros monstros, coisas que você já mais imaginaria. O cara que estava atrás de você era um demônio e precisamos que nos conte tudo o que aconteceu em sua vida, precisamos saber por que seu suposto pai trabalha com demônios, você não pode e nem deve mentir para nós, somos a única escolha que você tem, agora quem decide é você!

Depois desta longa conversa, Dean saiu da sala, apressado e com raiva.

-- Pense bem Ariel, somos a única escolha que você tem. Sei que meu irmão foi um pouco grosseiro, mas tente relevar! – Falou Sam me soltando daquela cadeira.

-- Tudo bem, eu vou pensar nas minhas poucas escolhas, morrer por supostos demônios ou aturar seu irmão grosseiro e viver, não são as melhores. – Falei de modo sarcástico, de fato não havia escolha.

Sam soltou uma pequena risada.

-- Ariel, já esta um pouco tarde, não que descansar? – Falou Sam.

Confirmei com a cabeça, ele me levou até uma porta.

-- Pode se acomodar aqui, esta bem? – Falou acendendo a luz. – Não é nem uma quarto de luxo, mas é o que temos.

-- Tudo bem, passei bom tempo dormindo em lugares piores. – Disse com um sorriso forçado.

Ele deu um sorriso constrangido e se retirou.

-- Dean esta no quarto ao lado, se precisar! – Falou se distanciando.

-- Prefiro morrer. – falei em um tom baixo.

Entrei no quarto, fechei a porta e observei tudo ao meu redor, de fato era um quarto pequeno, meio improvisado, mas para quem não tinha nada. Deitei-me na cama, não sentia sono, ficava pensando no que aqueles dois me contaram, até um tempo atrás seria duro de encarar isso, eu era indefesa, uma freira criada isolada em um convento, rezando para um deus que agora me gerou muitas duvidas, os dois tem razão, preciso deles e vou usa-os da melhor forma possível.