Capítulo V
Lebanon, Kansas
-- Já estou farta de ficar aqui dentro, apenas observando o teto. – Falei me atirando na cama. – Aqueles dois não estão me ajudando, ficam “caçando” enquanto eu fico aqui trancada.
Ouvi a voz de Dean, pulei mais do que depressa da cama e corri para a sala. Lá estava ele, acabará de sentar-se à mesa.
-- Sentiu minha falta? – Falou de modo debochado.
-- Nunca! – Respondi seria, me aproximei dele. – Eu estou farta de ficar trancada aqui dentro, já se passaram três meses e até agora não conseguimos nenhuma notícia sobre meu suposto pai, quando vamos fazer algo?
-- Escuta aqui garota...
-- Escuta aqui você “Dean”, esta ficando difícil ficar aqui, eu tenho os meus talentos, mas vocês não estão vendo isso, passei muito tempo me virando sozinha e acho que estou estorvando você. – Falei interrompendo-o.
Retirei-me do local assim que finalizei minha frase.
-- As coisas não são tão fáceis, garota! – Ele gritou.
Corri para o meu quarto. “O que eu fiz, não tenho chance alguma com aqueles demônios, sequer sei como lutar contra eles”, pensei me jogando na cama, as lagrimas rolaram do meu rosto, “Preciso daqueles dois”.
Então alguém bate na porta.
-- Ariel sou eu, Sam! – Falou de modo simpático.
-- Pode entrar Sam. – Falei enxugando as lagrimas.
Ele entrou, sentou-se.
-- Sei que esta entediada aqui, mas precisa entender que aqui você esta segura. – Falou ele, na tentativa de fazer com que eu muda-se de ideia. – Não podemos deixar que nada lhe aconteça.
-- Olha Sam eu entendo, mas eu sei me virar da maneira que posso, só estou pedindo para me darem uma chance, posso mostrar meus talentos, se continuarem me trancando aqui vou enlouquecer. - Falei tentando convence-lo. – Por favor, apenas uma chance?
-- Sammy, por que a gente trouxe essa garota junto? – Falou Dean olhando para a estrada.
-- Dean, apenas desta vez, esta bem? – Sussurrou Sam. – Nada vai dar errado!
-- Como você tem certeza e se acontecer algo? E se ela morrer? – Perguntou Dean com um tom de voz muito forte.
-- Escutem aqui, eu estou ouvindo, tentem ser mais discretos quando falam de alguém que esta no mesmo carro que vocês! – Falei brava. – Idiotas...
Então o carro ficou em silêncio, finalmente, pude apreciar a paisagem.
-- Então onde estamos indo? – Perguntei sem desgrudar os olhos do céu.
-- Wisconsin. – Disse Sam que não desgrudava os olhos de alguns papeis.
-- E o que tem lá? – Perguntei curiosa.
-- Bem aparente mente três garotas desapareceram, sem deixar rastros. – Disse Sam.
-- Mas se elas desapareceram sem deixar rastros como vamos encontrá-las? – Perguntei afinal isso sera muito difícil.
-- Bem, isso é o que fazemos garota. – Falou Dean. – Além do mais temos uma pista, um jovem disse ter visto-a desaparecer do nada junto com um homem.
-- Então já não é um desaparecimento sem rastros. - Afirmei. – Não é tão complexo assim.
Dean solto um som de irritação, depois de algum tempo já entediada dentro do carro finalmente chegamos a um bar.
-- Ótimo, chegamos! – Falei animada.
-- Não, a senhorita vai ficar aqui, deixa com os profissionais, fique quietinha! – Falou Dean de maneira debochada, mas com um tom serio no fundo.
Dean e Sam descem do carro andam em direção ao bar.
-- Droga, aquele idiota! – Falei sozinha. – De que adianta me trazer junto se não posso descer do carro?
Passou alguns minutos e Dean voltou, entrou no carro e saiu.
-- Mas e o Sam? – Perguntei.
-- Ele vai visitar a policia e nós vamos à casa da ultima moça desaparecida. – Disse ele dirigindo. – Parece que o filho do dono do bar a viu desaparecer, não disse muita coisa, disse apenas que mal viu o homem.
Logo chegamos, a moça morava em um prédio muito feio e não era muito longe do bar. Ele parou o carro e me olhou.
-- Já sei, não desça do carro. – Eu falei com muita raiva.
Ele apenas confirmou com a cabeça e desceu do carro.
Atirei-me para trás e o observei entrando no prédio.
-- Esse idiota, eu não posso fazer nada. – Falei com raiva. – Eu não vou ficar aqui.
Desci do carro e entrei no prédio também, como eu esperava tudo era um lixo, não tinha ninguém para atender então decidi subir as escadas, estava tudo em degradação. Cheguei no primeiro andar, na verdade o prédio parecia abandonado.
-- Ei gata, o que faz aqui perdida. – Disse uma voz estranha, segurou meu braço com muita força, soltou uma curta gargalhada. – Parece que hoje vai ser um dia muito divertido.
Ele veio para cima de mim, lhe dei um soco e corri em direção as escadas, ele segurou minha perna e eu cai contra os degraus, neste momento não pensei em mais nada.
-- DEAN... – Eu gritei com todas as minhas forças.
O homem estava me arrastando para o seu apartamento, foi quando o Dean apareceu.
-- Largue a garota! – Ele gritou. – Ela é minha, você não esta a fim de apanhar logo pela manha, esta?
O cara me soltou, Dean me puxou pelo braço, saímos daquele prédio.
-- Você esta louca? – Ele perguntou com muita raiva. – O que eu tinha lhe dito?
-- Para ficar dentro do carro. – Respondi. – Mas estava tudo sobre controle.
-- Claro que estava, consegue imaginar o que aquele homem iria fazer com você? – Ele falou com raiva. – Olha garota você tem que parar de procurar confusão.
-- Desculpa. – Eu tive que dar o braço a torcer, afinal ele me salvou. – Muito obrigado Dean!
O telefone de Dean toca.
-- Alô Sammy! – Falou atendendo. – Esta tudo bem aqui, não achei nada e você? – Esperou enquanto Sam falava. – Esta bem, nos encontramos lá.
Nos hospedamos em um Hotel próximo ao prédio da garota desaparecida. Me atirei na cama.
-- Por que estamos aqui? – Perguntei ao Dean.
-- Estamos esperando o Sam. – Ele respondeu.
Eu me sentei na cama, Dean estava muito quieto. Finalmente Sam chega, senta na mesa, ele e Dean começam a cochichar. Me levanto e vou até eles.
-- O que esta acontecendo, eu também tenho que saber! – Falei com raiva por eles estarem escondendo algo.
Os dois desviaram o olhar, Dean puxou a cadeira ao lado para que eu me senta-se.
-- Olha Ariel, aparentemente o suposto sequestrador tem um padrão. – Disse Dean.
-- Como assim, que padrão? – Perguntei curiosa. – Quanto mistério, digam logo!
-- Bem todas as vitimas tem em media a sua idade e todas são ruivas. – Falou Sam. – Alem disso todas não tem família, nem parentes próximos.
-- Isso se parece com uma descrição minha. – Falei surpresa. – Vocês acham que?
-- Bem suponho que seu suposto pai esta atrás de você de qualquer maneira. – Respondeu Sam.
-- Mas se ele esta pegando qualquer garota ruiva, então quer dizer que ele não lhe conhece. – Falou Dean. – Você vai ficar aqui no hotel enquanto a gente investiga, não saia daqui!
Eu confirmei com a cabeça, isso tudo era muito louco. Dean e Sam saíram atrás da suposta próxima vitima. “Desta vez vou ficar aqui, esse homem que esta atrás de mim é um monstro”, pensei enquanto me deitei na cama. Estava pensando no momento em que o Dean me salvou, quando a porta voou longe.
-- Não é que ele tinha razão, a senhorita esta com os Winchesters. – Disse aquele homem assustador.
-- Quem é você? – Perguntei assustada.
-- Vim apenas lhe buscar, Ariel! – Ele falou gargalhando.
-- Você sabe meu nome, então sabe quem sou? – Perguntei.
-- Claro que sei, por que não saberia? – Ele disse sorrindo
-- Então por que pegou todas aquelas garotas? – Perguntei. – O que fez com elas?
-- Ah, aquelas garotas insuportáveis, foram apenas distrações, eu não queria os Winchesters por perto! – Ele falou se aproximando de mim. – E quer saber o que eu fiz com elas, bem eu as matei da forma mais brutal possível. E até deixei um bilhete para os teus amiguinhos, agora vamos para o seu verdadeiro lar. – Terminou a frase me agarrando pelo braço.
Dean e Sam entram no quarto, mas tudo escurece.
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