Capítulo IX
Key West, Flórida
-- Que caso agora? – Perguntei para Sam.
-- Bem vamos para Key West na Flórida! – Respondeu Dean, já não consigo olhar em seus olhos. – Eu e Sam conversamos e a gente acha que você ainda merece um dia para descansar e recuperar sua memória, então vamos tirar um dia de folga!
-- O que? – Falei surpresa. – Isso é verdade?
-- Sim, escolhemos um ótimo local para você relaxar a beira mar. – Falou Sam.
-- Legal, mas e as caçadas? – Perguntei.
Ele ficaram em silencio que permaneceu toda a viagem. Eu fiquei observando o céu durante toda a viagem que durou longas horas, estava contando os segundos para conhecer a Flórida, mesmo empolgada não venci o sono e me deitei no banco para dormir.
“—Você não deve amar, isso vai causar sua morte. – Cantarolou uma voz feminina.
Ouvi choro de bebê, Dean gritando.
Tudo esta escuro, abro os olhos e vejo o rosto de Dean perto de mim, tão perto que sinto sua respiração, sinto uma dor, vejo sangue.”
Acordo assustada.
-- Ei cinderela acorde. – Falou Dean me sacudindo pelo ombro. – Chegamos!
Escapei meu ombro de suas mãos, desviei o olhar, já não dava mais para olhar em seu rosto. Sai do carro e podia ver o sol se pondo e refletindo no mar, uma cena tão linda, nos hospedamos em um belo local, muito luxuoso, a entrar no quarto reparei que tinha só uma cama. “Legal vou ficar sozinha!”, comemorei.
-- Parece que esse é o único quarto vago no momento. – Falou Dean invadindo minha felicidade.
-- Eu te falei para reservar antes. – Disse Sam.
-- Tudo bem esse quarto é gigantesco e já estou vendo um sofazinho aconchegante ali! – Falou apontando para um belo sofá bege e logo se atirou no mesmo.
-- Não acredito que vamos todos ficar neste quarto! – Falei emburrada. – Vou tomar um banho. – Falei entrando no banheiro.
Aquele lugar era realmente muito luxuoso, o banheiro era lindo, enchi a banheira e relaxei, era eu fechar meus olhos e ele aparecia aquele maldito, seu sorriso.
-- O que aconteceu naquela noite? – Me perguntei olhando para as minhas mãos. – Não pensei em nada alem de salva-lo então aquela luz estranha saiu da minha mão, eu já não sei mais o que esta...
-- Ei garota não demora que a gente vai jantar em um lugar especial! – Gritou Dean batendo na porta.
-- Idiota. – Falei. – não tem um pingo de educação, aquele bruto.
Sai da banheira, afinal a fome estava me vencendo, coloquei meu vestido vermelho, simples mas é o mais bonito que eu tinha, então sai do banheiro e lá estava ele sentado no sofá com um ar entediado, seus olhos me percorreram e então ele se levantou.
-- Uau, você esta uma gata! – Deixou escapar o elogio. – Pena que não tem nem um pingo de educação não é, ursa faminta? – Se corrigiu sorrindo.
-- Você é um idiota! – Respondi.
Ele se aproximou de mim, lentamente sorriu, olhou no fundo dos meus olhos eu quis desviar o olhar, mas não consegui, seu rosto chegou perto do meu.
-- Vamos de uma vez, tenho uma surpresa para você, ursinha! – Falou descansando sua mão em minha cabeça e sorrindo.
Aquele idiota fala como se eu fosse um bichinho, faz isso comigo, meu coração estava disparado, eu apenas senti o seu perfume e já estava assim, naquele instante passou em minha cabeça um flashback daquela noite.
-- Vamos logo garota! – Gritou ele parado na porta do quarto, interrompendo meu flashback.
-- C-claro! – Respondi indo atrás dele.
Saímos do hotel e direção a beira mar, ao chegar fomos caminhando próximo o mar até chegarmos a um restaurante a beira mar muito lindo tudo naquele lugar era luxo e classe, ao entrarmos eu me senti um pouco desconfortáveis com os olhares das pessoas, nunca entrei em um lugar tão sofisticado, nos sentamos próximo a janela. O garçom nos atendeu de maneira um pouco desconfortável depois de fazermos os pedidos, então ficamos a sós infelizmente, pois era algo constrangedor.
-- Então o que achou do lugar? – Perguntou Dean sorrindo daquele jeito.
-- Muito luxuoso, mas bonito. – Falei demonstrando estar me sentindo mal por estar naquele lugar.
Ele reparou.
-- Aconteceu algo? – Perguntou.
-- Nada, só estou me sentindo um pouco mal por esses olhares. – Respondi de maneira tímida.
-- Que olhares garota? – Falou rindo.
-- Eu não sou acostumada a tudo isso, me desculpa Dean! – Falei saindo do restaurante.
Corri para longe, em direção oposta ao restaurante e o hotel.
-- Espera Ariel! – Gritou Dean tentando me alcançar, ele já estava bem perto eu não queria parar. Mas então em um pequeno pulo ele me alcançou, me agarrou e caímos na arria. Agora era um passo para o beijo, mas eu não podia deixar isso acontecer, virei meu rosto e tentei empurrá-lo para longe de mim.
-- Me deixe Dean. – Falei com meus olhos cheios de lagrimas.
-- Só queria dizer que preparei algo melhor para nós. – Falou. – Vem comigo.
-- Eu não quero. – Falei tentando escapar.
Ele me agarrou com força, seu olhar estava focado em mim.
-- Espera garota, se você não gosta a gente volta para o hotel, esta bem? – Ele falou, senti seu corpo fazia meu coração disparar.
Então decidi dar uma chance e fomos para o plano B de Dean, estávamos chegando perto do restaurante quando vi aquilo, a nossa mesa estava do lado de fora com duas velas vermelhas iluminando e com o nosso jantar esperando.
-- O que achou? – Perguntou sorrindo.
-- Isso foi... - Não sabia o que dizer, aquilo era muito lindo.
-- Bem como você não se sente bem com aquelas pessoas achei que iria gostar de ver o céu enquanto jantamos então falei com o garçom para prepara isso enquanto eu caçava a ursa maluca! – Explicou sorrindo.
Como ele joga sujo, seu rosto ao luar a fica ainda mais lindo do que o comum, mas eu não vou deixá-lo fazer isso comigo, não sou como essas garotas que ele usa para se divertir.
Estávamos comento quando nossas mãos se encontraram.
-- Cadê o Sam? – Perguntei tirando minha mão de perto da dele.
-- Ele foi para um caso, mas não podemos deixá-la sozinha então eu fiquei para tomar conta de você. – Falou como se eu precisasse de babá.
-- Não preciso de babá e por que ele não ficou? – Perguntei.
Ele fechou o rosto abaixou a cabeça.
-- Você o prefere, não? – Perguntou. – Sou muito irritante!
-- Não é isso.
-- O que te perturba Ariel. – Perguntou.
-- Bem, Dean tem algo que preciso te contar. – Falei. – Ando tendo uns sonhos estranhos eu vejo a minha morte, sinto que vou morrer isso me assusta.
Ele olhou no fundo dos meus olhos e segurou minha mão.
-- Ei isso não vai acontecer, isso é apenas um sonho. – Falou. – Nunca vou deixar nada acontecer com você!
-- Mas na noite em que você quase morreu, eu tive um sonho com você quase morto em meus braços, foi por isso que cheguei a tempo. – Contei para ele.
-- O que? – Ele falou assustado. – Por que não contou isso antes? – Perguntou.
-- Sei que devia ter falado, mas eu fiquei tão assustada. – Respondi. – Poxa eu quase te perdi. – Terminei a frase e reparei o que tinha dito fiquei tão nervosa.
Ele ficou me olhando sem falar nada.
-- Vamos voltar para o quarto, por favor? – Falei me levantando.
Ele se levantou, chegou perto de mim e então me abraçou.
-- Escute bem eu não vou para lugar algum e não vou deixar nada acontecer com você. – Falou enquanto me abraçava, eu podia sentir seu coração, seu cheiro, achei que meu coração fosse explodir.
Voltamos para o quarto, eu me deitei na cama e tentei dormir, mas só de saber que ele estava tão perto já fazia meu coração acelerar. Fechei meus olhos e podia ouvir seu coração.
“-- Ariel! – Ele me chamou.
Sento-me na cama, ele pula em cima de mim, sua boca finalmente me toca, suas mãos tocam meu rosto, eu o abraço sinto seu cheiro, ele continua me beijando.”
Pulo da cama assustada.
-- Foi só um sonho, isso não vai acontecer. – Falei sentada.
-- Ariel! – Ele me chama.
Assusto-me.
-- O que foi? – Perguntei.
-- Você esta bem? – Ele me perguntou.
Confirmei com a cabeça, ele se levanta, se aproxima de mim, senta do meu lado.
-- Eu estou aqui, vou te proteger esta bem? – Falou tocando meus cabelos então eu esquivei de sua mão.
-- Esse é o problema. – Sussurrei.
-- O que foi? – Ele perguntou. – Acha que não sou capaz de te proteger?
-- Sei que é. – Falei. – Não sei se eu sou capaz de me proteger.
-- Como assim? – Falou confuso.
-- Você se lembra da noite em que te salvei? – Perguntei.
-- Pouca coisa. – Falou.
-- Eu fiz algo que não devia, estava muito assustada então eu...
-- Dean! – Falou uma voz masculina que tinha acabado de invadir nosso quarto.
-- Castiel? – Falou Dean. – O que esta fazendo aqui?
-- Então é verdade. – Falou ele.
-- Como assim? – Perguntei assustada.
-- Você tem que ir comigo! – Falou tal Castiel apontando para mim.
-- Do que esta falando Castiel. – Perguntou Dean.
-- Dean você tem que me deixar levá-la, eu vim aqui buscar ela. – Falou Castiel se aproximando de mim.
-- Você só vai sair daqui depois que me explicar. – Exigiu Dean.
-- Não temos tempo. – Falou Castiel. – Eles estão chegando, Dean vá para o Bunker, encontro vocês lá e então tudo será explicado.
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