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História O amor do rei - Despedida, por enquanto.


Escrita por: robertinha73

Notas do Autor


Desculpem a demora da postagem do novo capítulo, espero que gostem do desenrolar da história, bjs!

Capítulo 7 - Despedida, por enquanto.


Fanfic / Fanfiction O amor do rei - Despedida, por enquanto.

   Ayla ficou desacordada por mais um dia, quando Elrond chegou a examinou junto com o médico real.

   -- Ela está dormindo profundamente, foi uma forma que seu corpo encontrou para se recuperar. O ferimento está quase curado, tenho certeza que quando o corte estiver fechado ela acordará.

   -- E quando acordar? -- perguntou o rei.

   -- Só saberemos quando acontecer. Provavelmente ela se lembrará de pouca coisa, mais devemos pensar em algo para que esse fato não se repita, ela pode se machucar seriamente ou até pior. Esse episódio já aconteceu outras vezes?

  -- Somente uma vez, mais isso foi a algum tempo. -- Thranduil já não tinha mais dúvida que tinha sido Ayla que curara seu cervo.

  -- Você poderia treiná-la para controlar esse poder Elrond.

  -- Se ela quiser, posso. Você realmente se preocupa com a garota!

  --Não mais doque qualquer outro de meu reino. Eu entreguei Ayla aos cuidados de servos leais, enquanto estava com eles nada lhe aconteceu, mais quando vem para cá isso acontece. Pelo visto meu toque continua venenoso.

   Elrond olhou para o velho amigo, poucos sabiam de todo o sofrimento que Thranduil tinha passado ao longo de sua vida.

   Ele mantinha sempre essa atitude distante e fria de todos, mais Elrond sabia quem ele era e seus temores.

   -- Thranduil isso não é sua culpa, ela já nasceu com esse dom! Provavelmente você a esta salvando novamente. Se ela estivesse com os homens, provavelmente já estivesse morta pelo abandono ou por terem sugado todo seu poder curando a outros.

     Pegando a mão de Ayla com a marca Elrond continuou:

   -- Você vê a marca?

   -- Sim , ela já nasceu com a marca da lua.

   -- Essa marca mostra seu dom, a meia lua diz que ela já nasceu com os poderes curativos. Nunca descobriu filha de quem ela é?

   -- Não , depois de um tempo parei de procurar.

   -- Bem ela tem a marca dos altos elfos curandeiros, e também do clã de dos feiticeiros do norte, mais lá suas curas são feitas através da necromancia, de onde é mais provável que ela pertença, já que é uma humana. Bem e melhor que ela esteja aqui, imagine oque os necromantes fariam com esse poder!

   -- Ninguém fará nada, nem com o poder nem com ela. Eu na permitirei!

   Observando a atitude protetora de Thranduil, Elrond concordou:

   -- Com certeza não deixará meu amigo.

 

 

 

   Ayla acordou faminta, parecia que fazia meses que não bebia ou comia algo.

   Sentou-se devagar, e a primeira pessoa que viu foi Thranduil, ele estava próximo a janela, olhando para fora, estava tão parado que parecia uma estátua, nem sua respiração era perceptível, seus traços estavam tensos , sem nenhum adorno, com os cabelos soltos jogados para trás e um manto simples sob sua vestimenta.

   -- Por quanto tempo vai ficar me observando Ayla?-- falou com sua voz grave e levemente rouca, -- Sente-se melhor?

   Ayla piscou algumas vezes, e se deu conta que estava quase hipnotizada com a imagem do rei.

   -- Sim, meu senhor.-- disse puxando o lençol até o queixo. -- A quanto tempo estou aqui?

   -- Você esta dormindo a três dias. -- a olhou Thranduil,-- Deve estar com fome.-- saindo do quarto Thranduil olhou para trás, -- Elrond está aqui, vai querer falar com você, temos muito oque descobrir Ayla! -- e saiu rapidamente.

   Por Erù, oque tinha acontecido com ela? E porque o rei estava em seu quarto, velando seu sono?

    Ayla tentou levantar da cama mais sentiu uma tontura que a obrigou a deitar novamente. Não demorou muito sua mãe entrava no quarto com uma bandeja, seguida por seu pai.

    -- Ayla, finalmente acordou! Oque ouve com você querida?

    -- Ammë, ada!Me digam vocês , oque aconteceu? Só me lembro do ferimento que causei em Sylne.

    -- Recupere suas forças querida, coma , depois lhe contamos tudo! --disse Eldir ,-- Vou chamar lord Elrond, ele pediu para ser avisado assim que acordasse.

    -- Já estou aqui Eldir, Thranduil mandou chamar-me assim que ela despertou. Como se sente Ayla?

    -- Acho que bem, estou tonta e minha perna dói. Porque minha perna dói? -- rapidamente tirou o lençol e olhou a perna nua,-- Que corte e esse na minha coxa? Como foi que me feri?--falou assustada.

    -- Bem vamos começar com você comendo mocinha, sua tontura e por causa da sua fraqueza, só consegui lhe alimentar com caldo, para que não se afogasse. Coma primeiro, se fortaleça, aí lord Elrond lhe contará tudo.

    Ayla suspirou e se sentou na cama, sua mãe pôs uma bandeja em seu colo com frutas ,leite e mingau.

    -- Eu gostaria de um pouco de vinho ammë.

    -- Vinho? Desde quando você bebe vinho?

    -- Sempre tomo um pouco de vinho destemperado no jantar.

    Elrond sorriu e balançou a cabeça.

    -- Pelo visto os hábitos de seu rei estão tornando-se os seus!

    -- Não meu senhor o rei só me deixa tomar um pouquinho!

    -- Pois bem, --retrucou Thanys -- nem um pouquinho e nem nada, tome seu leite e não reclame.

    Thanys virou para Eldir, -- Você ouviu? Ela está tomando vinho!

    -- E porque está assustada? Nos já bebíamos vinho na idade dela, e sem estar destemperado. Seu pai me deu vinho na primeira vez , não está lembrada?

    -- Sim , mais ela é humana, não tem a nossa resistência!

    -- Por isso o vinho com água Thanys!

    -- Vocês dois vão ficar cochichando aí no canto? Já terminei, não vão me dizer oque aconteceu?

    Elrond sentou-se ao pé da cama de Ayla e lhe contou tudo oque tinha acontecido.

    -- Sylne está bem?

    -- Sim, pelo visto você a curou quando transferiu o ferimento para você, sabe como fez isso Ayla?

    -- Não meu senhor, eu só lembro de ter colocado minhas mãos sobre o ferimento, como o príncipe me pediu, aí senti uma descarga elétrica em meus braços e apaguei.

    -- Bem pelo visto você é uma curadora psíquica. Seu poder cura ou ajuda a curar ferimentos e doenças. Você transfere o ferimento para si, e depois cura seu corpo, só  não sei dizer se em ferimento grande ou uma doença mais seria você consiga se recuperar. Tenho certeza que o rei quer que eu lhe de respostas, mais pra isso eu preciso da sua ajuda.

    -- E onde está o rei?

    -- Descansando. Thranduil passou os últimos três dias neste quarto, não se afastou de você em nenhum momento.

    Ayla olhou para os três elfos que a encaravam.

    -- Não deviam ter deixado fazer isso. Ele não precisava ficar aqui.

    -- Thranduil tem muito apreço por você , não a deixaria até você estar bem e consciente.

    -- Mais meu pai ficou aqui não?

    -- Não querida, eu não fiquei. Porquê?

    Ayla ficou pensativa,será que era Thranduil que falará com ela enquanto dormia?

    -- Por nada ada, só pensei que você estava aqui.

    -- Achamos melhor deixá-la o mais tranquila possível. Agora que você já se alimentou é melhor descansar, seu corte ainda está cicatrizando, precisa reunir forças para ficar boa logo!

    -- Seu pai tem razão -- concluiu Elrond -- Ao final da tarde venho vê-la novamente, agora descanse.

    Todos concordaram e saíram do quarto, Ayla levantou devagar e foi até a mesma janela que Thranduil estava.

             " Elen síla lumém ' omentielvo" ( Não se perca na escuridão, volte pra mim!)

     Essa era as palavras que escutara em seu sono. Mais quem as tinha dito?

 

 

 

 

 

      Legolas observava seu pai se trocar, Thranduil estava tenso, mais não perguntará de Ayla em nenhum momento, bem , ele conhecia seu pai, sabia que por trás da indiferença, um turbilhão se passava pela sua mente. Ele lembrava quando Ayla tinha sido encontrada, e da ligação que tinha criado com o rei. Era tudo muito intenso entre os dois, desde que ela era uma garotinha, nunca os olhos de Thranduil estavam em outro lugar, era como se tudo os ligasse. E agora que estavam mais próximos, faíscas de eletricidade estavam no ar o tempo todo.

      Quando Legolas tinha partido, Ayla tinha dez anos, mais já mostrava uma personalidade forte, e agora que estava na adolescência, estava se tornando uma oponente perfeita para o gênio de seu pai.

      Os elfos eram conhecidos por serem seres que não demonstravam seus sentimentos, por várias vezes era ditos como práticos e calculistas. Isso não era como descreveria Thranduil, por baixo daquela camada de frieza ele sabia que seu ada era muito temperamental, suas emoções eram intensas sempre escondidas sobre uma superfície de gelo. Ele reconhecia esses sentimentos em si, ele não conseguia ser indiferente ao sofrimento, raiva, alegria ou ao amor, não conseguia disfarçar como Thranduil fazia,ele não era como os outros elfos, essa era a herança de seu pai, que ele tinha que aprender a controlar.

      -- Vou ver Ayla, vem comigo ada?

      -- Não, vou ceiar com Elrond, temos assuntos que não podem ser adiados para resolver.

      -- É sobre oque aconteceu com Ayla?

      -- Sim, assim que ela estiver melhor ,partirá com Elrond .

      -- Ela já sabe?

      -- Não , mais ficará feliz, isso era oque ela queria. Parece que de um geito ou de outro ela consegue oque quer.

      -- Vai deixá-la partir então?

      Thranduil virou-se para o filho e o encarou.

      -- Porque me pergunta isso Legolas?

      -- Bem, você nunca quiz se afastar dela e agora a manda embora ?

      -- Porque agora é preciso! Ayla precisa de ajuda ou pode se ferir seriamente , não posso permitir que isso aconteça!

      -- Então você já decidiu.

      -- Sim, quando estiver melhor ela parte.

 

 

 

 

 

     Legolas saiu do quarto de seu pai, no mesmo corredor em que ficava o seu , e agora o de Ayla, ela tinha sido transferida dos quartos comuns para a ala real desde o acidente.

     Quando entrou no quarto Ayla estava trançando a cabeleira rebelde.

     -- Vejo que já está mais disposta!

     -- Olá, achei que não vinha falar comigo!

     -- E porque eu faria isso?

     -- Eu não sei, sua família e meio imprevisível!

     -- Minha família? Você quer dizer meu pai. Pois bem, eu não sou o rei Thranduil, e não vim antes porque não me foi permitido, mais como ja atesta reclamando, isso quer dizer que já está melhor! -- sorrindo Ayla concordou.

     -- Como tudo realmente aconteceu meu senhor?

     -- Me chame de Legolas, afinal eu já a vi sem calças! -- disse levantando uma sombracelha exatamente como Thranduil.

     --  Que? Como assim?

     -- Bem ,você estava desmaiada e sangrando, e eu não sabia onde era o ferimento e nem como tinha acontecido, tirei sua calça para saber onde era o machucado, nem percebi que o corte de sua perna era o mesmo que o de Sylne , só que em posição inversa. Quando cheguei aqui correndo com você sangrando e sem calças, meu pai surtou, eu tinha sangue em minhas roupas e não sabia explicar oque tinha acontecido , e você estava desmaiada, meu pai a tomou de meus braços e saiu correndo com você para ala médica . Depois que ele consegui se acalmar veio falar comigo.

     -- Então eu tenho mesmo esse poder?

     --Acredito que sim, senão como explicar tudo isso!

     -- E agora? Oque vai acontecer comigo?

     -- Bem , lord Elrond e meu pai estão discutindo sobre isso, mais que importa é que está bem. Tem que se recuperar logo, não esqueça que me prometeu a primeira dança do baile!

    -- Vou ficar bem feliz se puder só comparecer!

    --Você irá, nem que eu tenha que carregá-la novamente!

    Rindo Legolas deu um beijo em sua testa e saiu.

    Como era bom conversar com ele, com certeza devia ter mais de quinhentos anos, ou muito mais, nossa quantos anos tinha Thranduil então? Bem indiferente da idade élfica, Legolas parecia ter vinte um ou vinte e dois anos humanos.

     Perdida em suas divagações Ayla terminou de fazer sua trança e abriu a janela que dava para o pequeno terraço. De lá podia ver a copa das árvores e sentir o perfume da floresta que tanto amava.

     -- Senhorita Ayla?

     Olhou para traz e viu Cathus.

    -- Já está de pé! Fico feliz.

    --Obrigado Cathus!

    -- O rei e lorde Elrond desejam lhe falar.

    -- Claro, pode dizer que venham.

    Cathus fez uma reverência e saiu, ele era a maior prova da descrição élfica.

     Não demorou muito e Elrond junto com Thranduil adentraram o quarto, Legolas estava junto com eles.

    -- Ayla , já está de pé! Isso é um ótimo sinal!

    -- Sim meu senhor Elrond, tenho que me movimentar para ter firmeza novamente!

    -- Isso e muito bom! Ayla eu e Thranduil tomamos uma decisão sobre tudo que aconteceu.

    Ayla olhou para Elrond e depois para Thranduil que estava em pé, olhando para fora do terraço.

    -- E qual foi a decisão meu senhor Thranduil?

    Thranduil virou-se mais não a olhou, Elrond os observava em silêncio.

    -- Ayla esse poder que você manifestou, requer muito cuidado, pode ser muito perigoso para você, então decidi que assim que melhorar, irá com Elrond para Valfenda, para aprender a controlar seu dom, e não se machucar mais.

    -- Quer que eu vá embora senhor?

    -- E não era isso que você queria? Pois bem agora conseguiu. Elrond vai lhe ensinar oque for necessário e útil a você.

    -- E se eu não quiser ir?

    Thranduil se aproximou de Ayla,ficou tão perto que ela pode perceber todo o poder que emanava dele. O poder físico, pois ele era muito mais alto que ela, seu corpo emanava força, e o poder emocional, ele a olhava com tanta intensidade que ela deu um passo para trás.

     --E porque você não iria? Seus desejos estão sendo realizados! Você irá com Elrond para o seu próprio bem, e isso se encerra aqui. Quando estiver melhor você irá, e só retornará quando estiver no controle de seu dom!

    -- Está me exilando senhor? -- disse tristemente mais sem desviar os olhos do rei.

    -- Não. Só estou decidindo oque e melhor para você! Elrond -- disse sem desviar a atenção de Ayla -- Converse com Ayla, e resolvam como tudo vai ser.

    Saindo do quarto, Thranduil chamou Legolas, deixando Ayla com Elrond.

    -- É sempre assim entre vocês? Essa intensidade de emoções?

    -- Bem, o rei não é fácil.

    -- E acredito que você também não! Ayla não serei seu tutor , mais sim um mestre, quero lhe ensinar tudo que for possível da arte da cura, com sorte vou poder ajudá-la com seu dom.

    -- Obrigado senhor, e quando partimos?

    -- Depois de amanhã, esteja pronta.

 

 

    O dia seguinte passou muito rápido , ela não viu nem o rei e nem Legolas, ja seus pais não saíram de perto dela . A noite chegou e Ayla estava muito cansada, estava jantando em seu quarto quando Thranduil entrou, infelizmente como ele era rei, achava que podia entrar em qualquer lugar sem avisar.

    --Meu senhor Thranduil, em que posso servi-lo? -- disse engolindo a comida rapidamente.

    -- Eu lhe trouxe uma lembrança.

    Thranduil abriu uma caixinha de madeira finamente talhada, e tirou dela um objeto estranho.

     -- Oque e isso senhor?

     Ele tirou da caixa uma joia com fios de ouro tão delicados e pequenas safiras incrustadas. Quando Ayla pegou em sua mão percebeu que tinha o formato de uma orelha élfica.

    -- Para que você não precise mais usar folhas.

    -- É maravilhosa!

    Thranduil pegou de sua mão e a colocou em sua orelha, Ayla correu para o espelho para ver a jóia.

    -- Não posso aceitar senhor! -- tirou-a e devolveu a caixa.

    -- Pois não é isso que seus olhos dizem, fique , é um presente para que não se esqueça de Mirkwood. Boa noite Ayla, e que Erú a proteja em sua jornada!

    Thranduil saiu do quarto deixando Ayla com a joia na mão e o coração cheio de incertezas.

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

 

   

 


Notas Finais


Então? Oque estão achando? Espero ter agradado, até o próximo capítulo !


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