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História O amor em cada alma - Boa noite, amorzinho


Escrita por: clockworkpcss

Notas do Autor


CAPÍTULO NOVOOO!

Capítulo 8 - Boa noite, amorzinho


Ele se inclinou e pressionou seus lábios contra os dela, que grudou os dedos por entre seus cabelos. Prendeu seu lábio inferior por entre os dentes e ouviu um som grave e selvagem brotar de sua garganta. Quando abria a boca, ele imitava seus movimentos; suas respirações estavam entrelaçadas com o tão pouco espaço que havia entre eles...
             O médico limpou sua garganta, chamando a atenção deles.
             Ele ainda estava ali?
             Leon e Violetta se afastaram rapidamente ao ouvir o som que o médico emitiu, constrangidos.
             - Hum... eu... Eu vou dar um tempinho para que vocês possam conversar. - gaguejou o médico, com o rosto todo vermelho de vergonha.
             Os dois se olharam e não puderam conter as risadas.
             - Coitado! - falou Violetta, limpando algumas lágrimas dos olhos.
             Depois de tanto gargalhar, Leon perguntou:
             - Você está bem?
             - Estou muito melhor do que antes.
             Leon pegou-lhe a mão e ficou admirando as veias azuis visíveis nela.
             - Me desculpe. - falou, a voz sendo um pouco mais que um sussurro.
             - Pelo o quê?
             - Por tudo isso. Se eu tivesse te deixado quieta, nada disso teria...
             - Isso não foi culpa sua, Leon, foi apenas um acidente, pode acontecer com qualquer um.
             Eles ficaram quietos; Leon ainda segurava a sua mão. Violetta recordou-se do momento do acidente... Se bem que... não fora um acidente, fora uma tentativa de homicídio. Ela pode sentir aquela mão agarrar seu tornozelo, que pulsava com a força que aquela mão lhe apertava. Lembrou da sensação de não poder respirar, de engolir água e mais água. Ela estremeceu à todas essas cenas que apareceram em sua cabeça.
              - O que foi? - perguntou Leon, percebendo a sua mudança de humor.
              Ela pensou em contar-lhe a verdade, mas notou que seus olhos estavam cansados, sua palidez dizia que ele não havia se alimentado direito nesta manhã. Não queria deixá-lo mais preocupado do que já estava, talvez... talvez aquilo não aconteça novamente, certo? Quando voltarem para casa tudo voltará a ser com antes.
              - Nada, - respondeu-lhe, depois tocou seu rosto. - eu só percebi que você não dormiu nada bem, está pálido e parece cansado.
              - Pois é, estive dois dias sem dormir me preocupando com a senhorita.
              - Como assim dois dias?
              - Na verdade, um dia e meio...
              - Eu fiquei todo esse tempo inconsciente?! - perguntou ela, aflita.
              - Pois é. - diz Leon, num tom irônico.
              Ela não conseguia acreditar; como uma anestesia poderia durar tanto assim?
              - Mas o importante é que você acordou e está bem.
              Ela o encarou, impressionada com o seu otimismo. Talvez ela devesse pensar assim também, eu acordei e estou bem, pensou com sigo mesma. Agora é a sua vez de preocupar-se com Leon.
              - Já que eu estou acordada e estou bem, você deveria ir dormir um pouco. Volte para o hotel e tome um banho.
              - Não vou te deixar aqui sozinha.
              - Deixe de ser bobo, Leon. Eu estou bem. E aqui não tem nada de se preocupar.
              Ele hesitou por um momento e depois concordou.
              - Ok. Mas eu só vou ir tomar um banho e comer, daqui a pouco estarei de volta.
              - Tá bom. Mande trazerem comida para mim, tá? - ele assentiu.
              Ele se despediu com um beijo em sua testa e ela com um sorriso. Ela o acompanhou com o olhos até a saída da sala.
              Alguns minutos depois, a enfermeira Mariane entrou no quarto com uma bandeja cheia de comida. Havia sandwiches, maçãs, um cachinho de uvas, um copo cheio de suco de laranja  e uma pequena barrinha de chocolate.
              - Você deve estar faminta. - comentou a enfermeira, colocando a bandeja encima da mesinha que havia ao lado da cama.
              Seu estômago roncou alto, confirmando o comentário da mulher. Elas riram.  
              - Mesmo estando com muita fome, não sei se vou conseguir comer tudo isso. - falou Violetta.
              - Que isso menina! - brincou Mariane - Está tentando manter o corpitcho, é?
              - Na verdade, não. - falou Violetta, rindo. Ela pegou um sandwich e começou a devorá-lo imediatamente.
              - Se importa de eu me sentar aqui? - perguntou Mariane, puxando uma poltrona para perto da cama de Violetta.
              Violetta fez que não. Mariane jogou-se na poltrona e respirou fundo.
              Mariane era uma bonita mulher de olhos castanhos claros, seus cabelos eram lisos e pendiam sobre os ombros; ela aparentava ter uns 30 anos de idade.
              - Ai, menina - falou ela - você não sabe o quanto estou cansada. Acabamos de fazer um transplante de rim... o bagulho é intenso, pode acreditar! O Wesley estava um pouco nervoso, ele é novo nessas coisas. Você lembra dele, não é? Um moreninho bonitinho. - Violetta vasculhou por suas memórias procurando por ele, mas só conseguiu reconhecer o nome, não lembrou do rosto do rapaz. Negou com a cabeça para a mulher. - Ah, que pena. Ele é adorável! Eu tenho meio que uma quedinha por ele, sabe? Mas ele namora uma loira azeda que um dia foi sua paciente; ela o hipnotizou com o seu olhar de cobra. Mas você vai ver, um dia vou conseguir separar aqueles dois... 
             Violetta se surpreendeu com a intimidade da mulher com ela. Mariane contou sobre seu louco amor por Wesley durante meia hora até que a chamaram para atender um outro paciente. Ela ficou aliviada por isso, finalmente um pouco de paz e silêncio.
             Fechou os olhos e concentrou-se em sua respiração; não havia nada mais do que somente ela naquele quarto.  Pegou num sono facilmente daquela maneira. Em seu sonho estava somente ela e Leon deitados na areia da praia em frente ao mar. Os dois se beijavam, trocavam carícias e palavras bonitas um para o outro. Leon  tatuou com a mão da cintura até o ombro dela, massageando-o suavemente, depois escorregou as mãos para o seu pescoço, acariciando-o. Leon os envolveu, apertando-o mais e mais até chegar ao ponto de sufocá-la...
               Ela abriu os olhos. Um homem apertava seu pescoço fortemente com as mãos. Violetta tentou livrar-se delas, mas não tinha forças o suficiente para isso. Tentou gritar, mas não encontrava fôlego para fazê-lo. Uma espuma branca corria pela boca do homem, seu rosto retorcido pela fúria.
               - Está ficando difícil de te matar hein, amorzinho. - falou entre dentes.
               Os olhos dela se arregalaram, seu rosto ficando cada vez mais pálido. Suas pernas foram perdendo as forças lentamente, parando de se debater. O homem afrouxou um pouco as mãos, mas apertou-as novamente empurrando-a para baixo. Ela sentiu uma ardência nas costas e um líquido quente começou a sair de lá. Alguns pontos da cirurgia se abriram. O homem deu uma risada de satisfação.
                - Agora você não passa de hoje. - Ele soltou suas mãos do pescoço dela e tirou algo de seu bolso da calça. Um canivete. Ergueu-o e mirou-o direto para o pescoço dela - Boa noite, amorzinho.
    
     


Notas Finais


Vocês devem tar querendo me matar de tanto judiar da Vilu, né gente?😅😅 Mas até eu fiquei com dó, coitada. A MUIÉ NÃO CONSEGUE TER UM MINUTO DE PAZ, GENTE!!😱😱😱

Mas enfim, o q acharam do capítulo?


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