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História O Amor Não Precisa De Palavras - Lembranças


Escrita por: FlorDoDeserto1 e annacurly99

Notas do Autor


Olá meu belos leitores!
Aqui lhes trago o quarto capítulo de O Amor não precisa de palavras.
A história pode estar andando a passos de camelo, mas quando pegar ritmo ninguém segura :v
Esse capítulo em questão, mostra só o desenvolvimento, mas no próximo, que postarei amanhã, vocês terão uma surpresa o/

Capítulo 4 - Lembranças


Fanfic / Fanfiction O Amor Não Precisa De Palavras - Lembranças

"Você realmente é muda?"

A azulada fitou a mensagem por alguns minutos... Jogou o celular em algum canto da cama e se pôs a pensar...

Só ouvira essa pergunta uma vez.
 

***************************Flashback****************

 

- Não se preocupe, pequena... - Sentiu uma mão em seu ombro. Lágrimas escorriam de maneira incontrolável pelo seu rosto.

-…

"Você nem sabe o que está dizendo", pensou. "Pare por favor, não diga mais nada"...

- Meus pêsames... - Observou o homem ir embora. Uma vez sozinha, colocou as mãos sobre a cabeça e voltou a chorar. No outro lado do cômodo, um corpo com um lenço branco cobrindo a face estava inerte, sem vida.




 

Um tempo depois, quando estava saindo do colégio, uma garota lhe deteve com um olhar sarcástico. A mestiça se mostrou indiferente e séria.

- O que? - A garota disse. Era mais alta que ela. - Deixaram a menina muda de lado? Ohh, que pena...

-... - Marinette apertou os punhos. "Cala a boca, você não sabe do que fala".

- Eh? Então é verdade? - A observou analiticamente. - Você realmente é muda? - Sorriu maldosa. - Ou finge ser para as pessoas terem pena de você? - A azulada sentiu seu rosto arder, a garota havia lhe batido. - Sim, sim, realmente é verdade... - Lhe segurou pelo pescoço, levantando-o um pouco. Marinette começava a ficar sem ar, conseguiu somente seguras as mãos da sua agressora, mas sem conseguir se soltar.

Com isso, duas novas pessoas apareceram.

- A garotinha rica é muda... Era verdade! - Riu. - Isso será muito divertido.

Mari não pôde fazer nada. Estava muito triste e fraca para se defender.

Faltou dois dias seguidos no colégio. Quando retornou notou que todos sussurravam coisas as suas costas... Alguns a olhavam como se fosse um bicho estranho.

Aquilo lhe doeu. Mas como sempre, guardou tudo para si própria...




 

**************************Final de flashback************************

 

-…

Adrien se perguntou se havia sido uma boa escolha enviar aquela mensagem a garota. Talvez estivesse sendo intrometido e não queria acabar com o pouco que havia conseguido se aproximar de Marinette.

Mas esta era uma dúvida que estava lhe deixando incomodado demais.

- Talvez eu devesse ter perguntado a ela frente a frente..

"Pode pensar o que quiser"

-… - Droga, havia estragado tudo.

Não valia a pena continuar a escrever. Então resolveu dar o assunto como encerrado e decidiu ir dormir...
 

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Segunda pela manhã Adrien e Nino chegaram cedo a universidade.

Enquanto Nino se encontrara pelo caminho com Alya e começaram a conversar, o loiro foi direto a sua sala, encontrando-se com a figura da mestiça descansando com a cabeça na mesa, escondida parcialmente entre os braços. O Agreste se sentira um pouco incômodo, mas não podia fazer nada. Só se aproximou do seu lugar e sentou ao lado dela.

A azulada, ao sentir o movimento perto de si, olhou de soslaio para o lado, reconhecendo as madeixas douradas na mesma hora. O loiro tinha o olhar preso no celular. Pouco a pouco os demais universitários foram chegando, até que o professor Daniel apareceu pela porta.  Retirou os fones do ouvido e voltou a esconder a cabeça entre os braços. 

- Bom dia classe.

- Bom dia professor!

- Ah, essa palavra soa tão bem!

A verdade era que aquele professor era muito estranho, aos olhos de todos.

- Bom, primeiro que tudo. - Se sentou em sua mesa. - Quero que a medida que eu for chamando, me respondam uma pergunta. Imagino que todos tenham lido o que eu pedi...  - Mais de um se repreendeu mentalmente por ter se esquecido daquilo. - Bem. Começando por... Suow...

- Sim?

- Se a vacina do autismo sempre foi eficaz. Por quê muitos pensavam que ela causava efeitos colaterais?

-… Bem…

- Silêncio. -  O pobre rapaz procurou  entre suas memórias, mas não encontrou nada que pudesse ajudá-lo. Daniel suspirou. - Sente-se, Suow... -  Mandou. - Se vocês pretendem ser aprovados na minha matéria precisam ler mais. Não é por nada a Biologia está presente em suas cargas horárias... Além do mais, eu não costumo dar recuperação facilmente. - Todos prestaram atenção. O professor sorria maleficamente. - Os que não me responderem direito hoje vai ter 2,0 pontos retirados do projeto... E o minimo para ele ser aceito é 7,0. 

- Não é justo!

- Se vocês não facilitam, eu também não vou... Deixa-me ver... Pode continuar... Ivii Volpina.

- Pode dizer.

- Como foi comprovado que a vacina não fazia mal?

- Por... Pesquisas? - Daniel apertou o olhar.

- Que pesquisas?

- As... As que fizeram para descobrir isso.

- Senta-se. - Mandou. - Nós começamos mal...
 

Pouco a pouco as perguntas foram aumentando, até que enquanto uma aluna falava, seu olhar recaiu em Marinette, logo no Agreste... Estava a ponto de pedir para que o loiro retirasse os óculos, mas o toque do seu celular fez com que voltasse sua atenção a classe.

- Com licença. Coloquem seus trabalhos sobre minha mesa. Na próxima aula nós discutiremos sobre eles.

A garota tirou da sua pasta algumas folhas em que estava melhor escrito todas as ideias do projeto. As entregou a Adrien, para que ele levasse ao professor.

- Vocês já podem sair! Exceto, você, Agreste.

Ainda tinham uma hora de aula com Daniel. Marinette estranhou esse pedido, mas saiu. O loiro se aproximou do professor, que agora se encontrava lendo um livro...

- O que foi, professor?

- Você não pode usar óculos de sol na minha aula.

- Eh? Ah... Me desculpe, eu me esqueci.

- Como vai a dupla? Com a Dupain-Cheng?

- Bom, vai bem... O que quer que eu responda?

- Tem sorte que eu não perguntei sobre o projeto a ninguém hoje, mas espero muito de vocês dois. Você tem boas recomendações, Agreste.

- Obrigado.

- Pode ir. Que o do óculos não aconteça novamente.

- Não vai.

Ao sair da sala Adrien se deparou com a azulada parada do lado de fora da sala.

- Olá...

-... - Ela passou por ele sem cumprimenta-lo.

Só suspirou e se dirigiu a área verde. Poucas pessoas iam ali. Se sentou em baixo de uma árvore. Retirou um livro da bolsa, mas poucos minutos depois o deixou de lado.

- Será que é isso...? - Sussurrou.
Com seu celular, procurou encontrar algo que esclarecesse sua dúvida.


 

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Marinette se havia dirigido ao telhado de um dos prédios da universidade. Há alguns dias havia encontrado esse lugar aberto e desde então havia se transformado em seu canto de tranquilidade. Ficou pensando em várias coisas, até que o tema do projeto chegou a sua mente... Por que tinha escolhido aquilo? Agora se batia internamente. Quem dera o professor reprovasse a ideia.

A vibração do seu celular calou seus pensamentos.
 

"Ei, Marinette... Você pode escutar bem?"

-… - "Que tipo de pergunta é essa?"
 

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Adrien lia outra vez o que ele mesmo havia escrito. Escutar? Claro que escutava bem!  Como então ouviria música ou teria discutido tanto com ele na biblioteca no sábado?

“Claro que sim. Por que?"

"Só para saber"

Não tirou os olhos da tela do celular...

Alguém que tinha boa audição podia ser muda? Ela disse que sim, então... O que poderia causar essa deficiência se não fosse a falta de audição? Por acaso não tinha cordas vocais? Dali se origina a voz...

Procurou na internet e encontrou... Sim, era possível ser mudo sem ser deficiente auditivo. Seriam os pulmões então? Marinette era fumante? Nasceu muda? Talvez pudesse ser isso. Parecia difícil, mas talvez esse era o motivo para que ela se comunicasse tão bem sem voz. Já deveria estava acostumada...

A realidade era exaustiva.  O modo de agir e o silêncio da garota o intrigavam. Nunca havia conhecido alguém que fosse mudo e era um pouco estranho. Ao mesmo tempo começava a sentir que Marinette era uma pessoa digna de merecer respeito e admiração.
 

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O resto do dia transcorreu tranquilamente e sem nenhum imprevisto.

Na terça, quando Daniel entrou na sala, a azulada notou que o loiro havia retirado os óculos e lhe dado as costas... De que cor seriam seus olhos? Ainda não conseguira vê-los. Era realmente muito desatenta... Adrien sentava praticamente todos os dias ao seu lado e ainda não tinha se dado conta de algo tão simples.

Tocou o ombro do Agreste, quando este se volveu Marinette, sem poder evitar, acabou ficando surpresa.

- O que foi? Aconteceu alguma coisa?

- ... - "São verdes".

Adrien a olhava com um pouco de incômodo, já que a mestiça estava muito perto e de certa maneira, com um olhar estranho.

  - Agreste e Dupain-Cheng, prestem atenção. - A atenção da sala se voltou a dupla. Enquanto Adrien se mostrava demasiado confuso, Mari virou a cabeça para a parede envergonhada. - Obrigado. Agora, Lahiffe, Césaire, se aproximem.

O que tinha acontecido ali? O que foi aquilo? Olhou de soslaio para a mestiça e viu como ela ainda fitava a parede como se fosse a coisa mais interessante do mundo, logo após, repousou sua cabeça entre os braços.

Marinette sentia seu rosto arder. Seu coração palpitava com força por causa do nervosismo.

Os olhos do loiro eram mais bonitos do que esperava... como duas esmeraldas, profundas... Só poderia compara-los com dois poços sem fundo,  que você não pode entender mesmo que queira. Nos segundos que pôde ficar cara a cara com ele, notou que ali não havia só beleza... A tristeza também ocupava lugar em suas ires... Por que haveria tristeza na luz? Quem poderia ter feito aquilo?... Era incompreensível, não entendia...  Entendia menos ainda porque isso lhe importava.

- Agreste, Dupain-Cheng, venham até aqui.

A voz de Daniel despertou a garota. Se dirigiram a mesa do professor.

- Estou... Impressionado...

- Obrigado. - Adrien disse, Marinette só assentiu.

- Eu gostei do tema e de vários pontos que vocês ressaltaram. Minha observação é: façam algo diferente. Algo grande. Já que é um projeto tem que ser um trabalho completo.

- Tenho algumas dúvidas.

Após as perguntas serem respondidas e estarem no caminho certo para começar, os dois retornaram aos seus lugares em silêncio.

- Uma testemunha... - Adrien sussurrou. - Você acha que devemos começar agora e ir adiantando? No final das contas, somos os últimos.

- ...

- Ei, estou falando com você. - Ela tinha o olhar preso no celular. Segundos depois sentiu o seu vibrar.

"Vamos dar um tempo. Tenho trabalho, mas irei te avisar assim que puder".

- Sim, eu te entendo. Eu também trabalho. E ainda nos resta três meses...

"Não vamos deixar para a última hora."

- Claro que não, estarei livre no domingo.

"Então nos encontramos na biblioteca."

- Por mim tudo bem...

- Antes que vocês saiam . Preciso lhes comunicar que os clubes de atividades extras já estão abertos. Eu recomendo que escolham logo em qual pretendem entrar. Se inscrevam em pelo menos um. - Aconselhou. - Quero um manuscrito sobre a origem da vida  para a próxima terça. É individual e não quero copias.

"O que você acha dos clubes?"

"Não me interessam... E você?"

Ambos se dirigiram a saída. Iam em direções diferentes enquanto ainda falavam pelo celular.

"Não sei, tenho que ver que tipo de oficinas ten aqui".

"Não poderei vir na segunda. Me leve as anotações que tiver e logo falaremos".

"Sim, claro, por favor, de nada, obrigado. Essas palavras não matam, Marinette".

"Que seja".

"Mal educada".

"Estranho".

"Magricela".



 

- Seu tema foi aceito? - Nino perguntou uma vez que chegaram ao apartamento.

- Sim, e o seu?

- Não, teremos que começar outra vez... Qual é o tema do trabalho de vocês?

- Não vou dizer.

- Oh, obrigado pela confiança. - Sorriu sarcástico. - Amanhã é meu dia livre.

-  O meu também amanhã... Alguma ideia?

- Talvez...


Notas Finais


Relembrando, amanhã tem surpresa o/


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