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História O amor obscuro - Cap. 23


Escrita por: DanGomez

Notas do Autor


Hey hey hey.

Tó tipo Katy Perry hoje! Mais um capítulo, e esse é o PENÚLTIMO. Dedicado a vcs, my babies.

Boa leitura! 📖💻📱

Capítulo 23 - Cap. 23


Fanfic / Fanfiction O amor obscuro - Cap. 23

James Rodríguez:


— Foi o Álvaro quem fez isso em seu rosto? — Pergunta Juan, referindo-se aos hematomas em meu rosto.


— Sim, mas não dê muita importância. Já estou acostumado a panhar assim.


Ele distância seu olhar de mim. Talvez eu não devesse ter falado isto, porém não pude perder essa oportunidade de ser irônico.


O piloto nos dá o sinal para irmos. Entramos eu e Sergio no helicóptero e sentamos em nossos respectivos lugares. Colocamos os fones de ouvido e apertamos os cintos.


Posso ver Juan um pouco cabisbaixo de fora do helicóptero. Espero ser a última vez a vê-lo.


                     ***


Leva umas duas horas para finalmente chegarmos em Es Cargols, Mariorca.


— Não estamos muito longe do local — Fala Sergio olhando para o mapa.


— Melhor nos apressarmos.


Caminhamos pela areia da praia, já é noite, o que torna mais difícil a busca. Porém depois de um tempo caminhando finalmente encontramos o local, mas a imagem que vemos não é a mais agradável.


Chamas, há chamas por todos os lados. O desespero toma conta de mim e a tensão se espalha pelo meu sistema nervoso.


— Sergio, faz alguma coisa! — Eu grito, e o que ele pode e faz é me abraçar. O que mais ele poderia fazer?


Não, não pode ser verdade, isso não pode estar acontecendo. Alguém tem que ir lá e esse alguém sou eu.


Meu estômago embrulha, mas saio correndo em direção a casa. Sergio tenta me conter, mas não consegue, eu adentro no local. Caminho pela casa enquanto o calor das chamas faz minha pele arder. Tento ao máximo não ingerir muita fumaça e procuro por ele por cada canto que passo.


Meu corpo estremece quando o vejo deitado no chão, desacordado, imóvel; tão vulnerável ao perigo que o rodeia.


É inexplicável, mas ponho tudo de mim nisto. Forço-o a ficar sobre meus ombros  e caminho rumo a porta. Quase sem forças para continuar, sinto minhas pernas ficarem bambas e ainda assim persisto mais alguns passos. E logo Sergio aparece e me ajuda a carregá-lo para fora da casa em chamas.


Nos atiramos na areia da praia quando saímos, e enquanto isso a casa é demolida pelo incêndio. Sinto vontade de chorar e agora me rendo as lágrimas, porque chorar por salvar alguém que amamos é realmente digno.



Cristiano Ronaldo:


A luz forte me faz piscar os olhos algumas vezes até me acostumar com a claridade. Me dá ânsia quando descubro que estou em um hospital. Mas fico feliz quando olho para à direita e encontro o meu colombiano maluco deitado em um leito.


Começo a me lembrar de todo o acontecido: de James ter sido sequestrado por Álvaro; de Álvaro ter me dopado; e até mesmo do momento em que Álvaro disse que preferiria me ver morrer do que me ver com o James. Sinto uma forte dor de cabeça ao lembrar das chamas provocadas por ele.


Logo Sergio irrompe na porta, seu braço está enfaixado, ele sorri para mim e retrebuo o gesto.


— Pensei que dormiria mais. — Diz ele.


Logo James começa a se mexer em seu leito, e seus olhos abrem lentamente, igual como quando estávamos na viagem em Miami.


Sorrio com a lembrança e me repreendo: como posso ter demorado tanto tempo para descobrir que o amo?


É neste exato momento que percebo que basta a presença de James para me sentir feliz, abobado, igualmente a um adolescente virgem apaixonado pela primeira vez. Tudo nele me atrai: seu olhar descontrolado, seu rosto vermelho de vergonha, sua mania de fingir algo que não consegue, seu sorriso e até mesmo suas lágrimas. Tudo nele me encanta e não posso pensar em mais ninguém, porque tudo o que mais quero é tê-lo ao meu lado.


— Bom dia, James! — Digo.


— Bom dia, Cris! — Ele responde sorrindo, mas logo se contorce. Algo deve tê-lo doído.


— James, o herói do momento! — Exclama Sergio, que logo vai até ele e sela sua testa com um beijo casto.


Ainda não gosto de ver isto, porém deixo passar em branco.


— Deixa disso, Sergio, você também ajudou. — James fala, com as bochechas coradas.


— Mas foi você quem foi louco o suficiente para entar naquela casa em chamas. E graças a sua loucura você está com queimaduras, mas o Cristiano está a salvo.


Sorrio em vê-lo falando tudo isso de uma vez.


— Éh… eu sou um ferrado mesmo. Só vivo apanhando, sofrendo acidentes de carro, me queimando… — Ele para e logo prossegue: — Bom herói sou eu.


Sergio sorri descontroladamente e não me limito a sorrir também. Um médico irrompe na sala.


— Gostaram de ter dormido por dois dias? — O médico fala.


— Quê? — Dizemos eu e James em uníssono.


— Acalmem-se, é brincadeira. Foi apenas um dia. — Diz ele.


— Não é como se isso fosse mais tranquilizante. — Fala James novamente, fazendo com que todos sorriam.


— Sou o dr. Hernandez e tenho duas notícias para vocês, uma boa e uma má. Qual delas querem ouvir primeiro?


— A má notícia. — Respondo rapidamente, impedindo que alguém diga uma outra coisa.


— Bem, a má notícia é que levará algum tempo para as queimaduras sararem e a boa é que vocês já estão de alta do hospital. Já podem voltar para Madrid.


Sorrio com a idéia, quero muito voltar para Madrid e rever meu filho.


— James, vamos para casa? — Pergunto.


— Vamos — responde ele.


— Aleluia! — Exclama Sergio e as risadas preenchem novamente o local.


                      ***


— Pai! — Cristiano Ronaldo Junior exclama assim que me ver. Eu corro para os seus braços e o aperto como nunca fiz antes. — Por que não foi me resgatar?


— Eu posso responder isso depois? — Retruco.


— Só se prometer que vai mesmo responder. — Diz ele de forma tão fofa que me rendo a mais alguns abraços e beijos.


— Está bem, eu prometo. Nunca mais irei por algo, qualquer coisa que seja entre nós dois. Está bem para você?


Ele assente.


— Obrigado por cuidar dele, Cida. — Diz James à senhora em nossa frente.


— Disponha, David. — Ela fala e loga caminha em direção à cozinha.


Ela o chamou pelo segundo nome. É estranho ouvir alguém se referindo a ele como David.


Sergio foi para casa, ele estava cansado. Chega a ser inacreditável o que passamos juntos, tudo deve estar sendo traumatizante para ele assim como está sendo para mim.


— Junior, que tal ir na frente para o carro? — Falo, roçando os dedos em seus fios de cabelo.


— Está bem. Tchau James! — Fala o garoto.


— Até mais amigão! — James se despede e logo Junior atravessa a porta da saída.


James me encara com um olhar profundo, um tanto indecifrável, queria poder saber o que se passa naquela cabecinha, mas ao invés de esperar que diga algo, corto o espaço que há entre nós, entrelaço um de meus braços  seu corpo, ponho uma mão em rosto e o beijo calmamente, apreciando o calor do momento. Nossos lábios roçam uns nos outros em um movimento calmo, e a passagem me é concebida. Agora posso sentir o seu gosto novamente, a sua vibração, a intensidade de seu beijo profundo. Oh, como James é delicioso.


Acho que fiz bem em não deixá-lo dizer algo, e também não dizer nada, tive medo de que qualquer palavra que algum de nós falasse estragasse tudo. Eu, provavelmente surtaria se não sentisse o prazer de beijá-lo novamente.


Infelizmente tenho que partir nosso contato, ainda permaneço abraçado a ele, só que agora beijo sua bochecha e cheiro seu pescoço. Sim, eu o amo, não há como negar, e quero ao máximo que ele saiba disso, que não pense mais que quero enganá-lo, porque agora tenho um sonho e ele é estar ao lado de James para sempre.


Notas Finais


O próximo é o último capítulo, e ele está caprichado. Logo depois vem o Epílogo. Até lá, amores.

Ah, ia me esquecendo:
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