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História O Amor proibido de Kim Taehyung - O amor proibido de Kim Taehyung


Escrita por: UnwiseP

Capítulo 1 - O amor proibido de Kim Taehyung


Esse sonho começou quando conheci os doramas, as típicas novelas asiáticas. Elas são bem diferentes das que estamos acostumados, não tem foco em sexo e sim no enredo romântico. Foi assistindo esses doramas que comecei a sonhar com a Coréia. Os lugares lindos que sempre eram mostrados enchiam meus olhos de vontade de está em locais tão lindos como existem lá. Eu trabalhava como dançarina coreógrafa profissional no Brasil,  anos depois me mudei para os Estados Unidos onde fiz carreira no ramo. Fiquei famosa e logo despertei interesse de um estúdio coreano que desejava o meu talento para suas bandas de Kpop. Eu estava animada, realizaria meu sonho. Já havia estudado o idioma por anos e, morava com uma colega de quarto coreana que sempre falava em seu idioma natal afim de que eu aprendesse a falar fluentemente.

No início, eu estava muito feliz e ansiosa que nem ao menos cogitei que não seria muito fácil morar em um país de cultura tão fechada como a Coréia. Apesar de admirar  as músicas e tendências americanas, principalmente dos negros americanos, os coreanos mantinham-se fechados quando a mistura de etnias. Era como se fosse permitido sonhar, mas não realizar. Isso me deixava com medo, principalmente quando comecei a andar nas lojas e shoppings do país e não via nenhum produto voltado para o meu tipo de pele. Mesmo que em Seul, onde resido atualmente, tenha pessoas de vários países, inclusive negros. Eu poderia tirar isso de letra, mesmo chamando a atenção das pessoas quando andava na rua com meu cabelo Black cacheado com tons castanhos dourados. Tinha aquelas pessoas que tiravam fotos de mim como se eu fosse algum tipo de celebridade, algumas até me pediam para tirar selfie com elas. Demorou um pouco para me acostumar, nas primeiras semanas, eu evitava sair de casa.

Eu fui patrocinada pela empresa que trabalharia que me deu casa e carro para morar na Coréia. Particularmente, eu vivia melhor do que vivia no EUA. Fiz amizade rápido, principalmente com dançarinas coreanas que estavam ansiosas com o que eu poderia ensiná-las. Porém, meu foco era auxiliar um coreógrafo famoso e muito conhecido internacionalmente que trabalhava com a maior banda de kpop da empresa em questão. O Bts.

Confesso que eu era fã dos garotos, porque eles executavam as coreografias com leveza e muita precisão. Para um coreógrafo consegui ver seu trabalho bem feito é muito gratificante. Fui apresentada aos garotos um mês depois da minha chegada. Eles me receberam muito bem, mas era notável a maneira que me  olhavam diferente, por conta da minha cor e cabelo. O mais falante e sincero entre eles foi o Kim Taehyung, como eu sou mais velha que ele, ele me chamava de Noona.

— Noona, seu cabelo é maravilhoso. Você parece à rainha da selva, sua presença é intimidadora.

Eu ri, e fiquei sem graça com sua comparação. Sei que ele não queria me ofender e estava realmente animado com meu cabelo. Por volta e outra, eu o sentia tocando nos meus cachos no meio do treinamento ou quando eu estava a conversar com algum membro do grupo. Parecia uma obsessão. Passou-se três meses treinando com eles, e cada vez eu e o Tae ( como eu o chamava)  ficávamos mais próximos. Havia muita coisa em comum entre a gente, além de gostar de dançar e de música. Sempre nos pegávamos conversando ou trocando olhares sem que os outros notassem. Eu sentia que a nossa aproximação estava ficando perigosa. Meu contrato era explicito que eu não poderia me envolver com nenhum membro das bandas que eu fosse trabalhar. Mas, eu sentia que o que estava acontecendo comigo e com o Tae não era somente amizade.

Quando terminava os treinos e íamos embora, ele sempre me enviava mensagens pelo celular e ficávamos conversando por horas. Às vezes, ele me telefonava e ouvir sua voz próxima ao meu ouvido fazia meu coração acelerar. Eu acho que ele percebia isso, porque por várias vezes sussurrava meu nome enquanto falava de forma tão sexy que eu ficava sem graça e desligava a ligação. Só atendia de novo depois de fazê-lo jurar que não iria fazer mais aquilo.

Uma noite ele me ligou com a voz triste, parecia que havia chorado isso me deixou preocupada. Convidei-o para vir até minha casa para conversamos melhor. Prometi preparar um chá bem gostoso com os biscoitos de aveia que eu preparava e eles adoravam. Ele assim fez. Por volta de onze horas da noite a campainha da minha casa tocou, olhei pela câmera de segurança e ele estava lá todo encapotado e usando uma máscara cirúrgica no rosto para não ser reconhecido. Antes de abrir, pensei se seria realmente certo deixá-lo entrar na minha casa com o clima que havia entre a gente. Moro sozinha, só tenho de companhia um gato malcriado chamado Mimo. Como já havia convidado, não poderia deixá-lo plantado na frente da porta principalmente porque fazia muito frio. Abri a porta como se fosse abrir o meu coração para ele, em minha mente as palavras “você está muito encrencada” não paravam de ecoar.

— Olá. — disse sentindo meu rosto ficar quente de vergonha.

— Olá. Posso entrar? Está frio aqui fora.

— Claro, por favor.

Ele retirou o sapato que calçava, pegou o chinelo para visitas usarem dentro de casa e, com as mãos ainda nos bolsos do casaco, ele ficou me aguardando passar em sua frente para me seguir. Levei-o para a sala e o fiz sentar, passava um dorama na TV que eu acompanhava antes dele chegar. A cena do casal se beijando me deixou constrangida.

— Você quer beber o chá agora?— perguntei ainda em pé.

— Sim, por favor.

— Você está tão educado hoje. O que aconteceu?— perguntei seguindo para a cozinha que nada mais era que uma copa cozinha. Então, eu conseguia vê-lo na sala e escutá-lo também. Enquanto preparava o chá, ele olhava para mim de forma triste.

— Noona, eu tive um pesadelo hoje e fiquei muito triste com ele.

— Alguém morria em seu pesadelo?

— Não, mas a sensação era a mesma.

— Deve ter sido um pesadelo muito ruim para fazê-lo chorar.

— Como sabe que eu chorei?

— Sua voz estava estranha no telefone e vejo que em volta dos seus olhos está vermelho.

— Ah...— deixou escapar como se tivesse perguntado algo óbvio.

— Mas então, do que se tratava o seu pesadelo? — perguntei levando para ele o chá e os biscoitos que havia preparado meia hora antes dele chegar.

Ele tomou um gole do chá e comeu alguns biscoitos antes de me responder.

— Eu sonhei que você ia embora por descobrir meus sentimentos por você.

— Ahn?!— exclamei surpresa.

Era impressão minha ou ele estava de declarando para mim?

— Nonna, eu gosto muito de você. Nunca gostei de uma garota assim antes. Sei que sou mais novo do que você, mas gostaria que levasse meus sentimentos a sério.

— Tae.. Taehyung... Eu e você somos de mundos totalmente diferentes...

— Ignore isso! — me pediu cortando o que eu continuaria a falar— Se eu não fosse um cantor famoso, se você não fosse a minha coreógrafa, se fôssemos somente um homem e uma mulher que se conheceu em um momento qualquer. Você aceitaria meus sentimentos por você?

— Eu... Eu não sei...— eu estava desconcertada com sua declaração e o jeito carinhoso e meigo que ele me olhava.

Ele veio até onde eu estava sentada, ajoelhou-se aos meus pés e segurou minhas mãos.

— Eu pensei que estava sendo suficientemente claro sobre o que eu sentia. Sou apaixonado por você desde a primeira vez que nos vimos. Por muito pouco eu quase não consegui disfarçar no primeiro dia. Você é única em todos os sentidos. O jeito que sua pele brilha e seu cabelo me faz lembrar uma linda árvore de outono me deixa encantado. Eu amo o seu sorriso, e sua paciência com minhas infantilidades. Como se esforçou para realizar seu sonho. Tudo em você me admira, Nonna. Não quero mais que me veja como um garoto e sim como um homem. — sua voz era forte e firme, eu tremia de nervoso.

         Não sei quando ou como ele me fez ir até ele e nossos rostos ficaram frente a frente. Eu sentia o calor e perfume da sua respiração, seus olhos estavam um pouco lagrimejados, meu coração disparou loucamente dentro do meu peito. Eu poderia estar cometendo um enorme erro, mas eu não conseguia mais negar que compartilhava dos meus sentimentos que ele. Fechei meus olhos e senti nossos lábios tocaram-se pela primeira vez. Foi doce, quente, longo. Levantamos sem nos desgrudarmos um do outro. Ele envolveu minha cintura com seus braços fortes e eu me senti segura.

Sinto um enorme medo do que essa situação futuramente poderá nos causar. Sei do forte preconceito que a Coréia tem com as pessoas de minha cor, assim como sei que a indústria de entretenimento não aceita casais que os fãs não concordem. Sei que terei que viver isso com ele escondida dos holofotes, não poderemos sair de mãos dadas em uma linda tarde de sol, ou passearmos de bicicletas no cair das folhas de cerejeira. Teremos que fingir não sentir nada um pelo outro quando estivermos juntos; e aceitar todo o tipo de relacionamentos fictícios que suas fãs e a mídia criarão com cantoras ou atrizes que melhor combine com ele, uma combinação bem longe do meu perfil. Mas, como eu o amo aceitarei ser seu segredo.

 



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