História O Amor Se Fez Presente - Almoço

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Solto um sorriso e andamos ainda abraçados até a cama, não aconteceu nada de mais, ele ficou fazendo cafuné no meu cabelo, acabo dormindo com tanto... Carinho do Gusta?

......

Acordo meio sonolenta, mas logo me levanto quando venho que já é meio dia. Eu me levantei tão rápido que quase acordei o Gusta, peguei meu celular e vi que tinha uma notificação no whatsapp.

Mensagem ON

Xxx: Ainda vai querer sair?

Ké: Desculpa, mas quem é?

Xxx: Paloma.

Ké: Eu não tinha adicionado o seu número.

Paloma: Não tem problema. Vim saber se você vai querer sair, para a gente conversar...

Eu ainda não sabia direito se eu queria isso ou não, até porque nem pensei, passou esse tempo todo dormindo mesmo, mas ela não sabia disso e eu tenho que dar uma resposta.

Ké: Tudo bem.

Paloma: Que tal um almoço? Já que já é meio dia ...

Ké Só tenho que me arrumar.

Paloma: Daqui a pouco eu te mando o endereço do restaurante.

Mensagem OFF

Mas que merda eu acabei de fazer? Aceitei almoçar com a minha ex- melhor amiga que me traiu junto com meu ex. Eu definitivamente não funcionou sobe pressão. Pressão? Você estava falando com ela pela whatsapp Keféra!

Já que não tem mais jeito, respiro fundo e vou tomar um banho, na minha cabeça foram só cindo minutos, mas no relógio mundial esse banho durou uns quinze. Coloco uma calça jeans preta e uma blusa branca solta, coloco uma bota de cano curto preta. Seco o cabelo e decido deixar ele solto mesmo, faço uma maquiagem leve, até por que minha alma ainda está dormindo. Vejo que Gusta ainda está em um sono profundo e por um momento sinto inveja disso, não quis acordar ele, então deixei um recado na geladeira, pego minha bolsa e jogo meu celular dentro. Antes de sair vejo o endereço do restaurante, saio de casa, pego um taxi na rua e falo para onde ele deve ir.

Já teve aquela sensação de que tudo está muito devagar no memento que você quer que isso passe o mais rápido possível? É horrível. Parecia que o taxista estava indo em 5km/h e isso estava me irritando. Depois de desbloquear e bloquear meu celular algumas vezes finalmente chego na porta do restaurante. Pago a corrida e desço do táxi, meu coração pare que vai sair pela minha boca.

Entro no restaurante e para piorar o meu nervosismo não vejo a Paloma. Procuro ela por mais um tempo e finalmente vejo um mulher, de cabelos curtos e loiros dando um leve sorriso em minha direção. Caminho até ela e a mesma se levanta para me dar um abraço.

Paloma: Pensei que não ia vim mais...

"Por pouco eu não vinha"

Ké: Você queria conversar e eu vim aqui ouvir. -Digo já me sentando na cadeira de frente para ela.

Paloma: Vai querer pedir alguma coisa agora?

Ké: Agora não.

Por um tempo não se ouvia a voz de nenhuma de nos duas, parecia duas pessoas que acabaram de se conhecer e não tem nenhum tipo de assunto. Silêncio torturante.

Ké: Sua filha é a sua cara. - "Que porra foi essa?".

Paloma: Obrigada, ela gostou de você.- Ela sorri fraco - Ficou tentando falar o seu nome o dia todo.

Ké: Também, um nome fácil desse...- Acabo rindo da situação e imaginando uma criança de dois anos tentando falar meu nome.

Paloma: Bom... Er...

Ké: Isso é bem estranho...

Paloma: Nem me diga... Por que não esquecemos por um momento o que aconteceu no passado? Eu realmente não quero falar sobre aquilo.

Ela abaixa a cabeça e eu entendo o porquê. Concordei com a sugestão dela e conseguimos ter um almoço agradável, mais ou menos. Ela me contava algumas histórias sobre a Clara e eu acabava rindo.

Paloma: Outro dia eu fui almoçar com um amigo e tive que levar ela, justamente nesse dia ela não quis ficar quieta, queria correr e pular pelo restaurante inteiro, eu não fazia ideia de como fazer ela parar.

Ké: Meu Deus...

Paloma: Agora imagina eu tentando fazer ela fica quieta, coitado do Gusta...

Ké: Gusta?

Paloma: Meu amigo, o nome dele é Gustavo, mas ele prefere ser chamado de Gusta.

Puta que me pariu. Caralho. Não pode ser o Gusta... Poder pode, mas sério?

Bom, mas não teria como ele saber que a Paloma é a Paloma, mas ele viu a Clara naquele dia que eu encontrei com o Rafa.

Paloma: Ké? Você ta bem?

Ké: Hã? Sim

Paloma: Você ficou pálida.

Ké: Eu tenho que resolver um assunto de trabalho.

Paloma: Mas você nem terminou...

Saí rápido do restaurante. Ok, isso foi muito estranho, mas a minha cabeça começou a doer um pouco e eu comecei a ficar meio tonta. Chamei um táxi e voltei para casa, entrei e me joguei no sofá, quase morri de susto quando escuto a voz do Gusta entrando na sala.

Gusta: Como foi o almoço?

Ké: No começo foi bom, mas depois eu acabei saindo correndo.

Gusta: E por que?

Ké: Porque ela disse que te conhecia.

Gusta: Me conhecia?

Ké: Paloma

Gusta: Você almoçou com a Paloma?

Afirmo com a cabeça e ele apenas levanta as sobrancelhas, respirei fundo e tentei o máximo possível não me sentir culpada por ter deixado a Paloma no restaurante sem entender nada.

Gusta: Não sabia que vocês se conheciam.

Ké: Desde crianças na verdade.

Gusta: Ela é aquela menina que ficava com você e a Bruna?

Ké: Sim

Por um lado, eu fiquei feliz agora por que mostrou que o Gusta realmente ouviu o que eu falei hoje mais cedo, hoje de madrugada na verdade, mas por outro lado eu fiquei meio chateada por ter deixado minha "amiga" de infância no restaurante.