História O Amor Se Fez Presente - Cara Certo

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Uma parte de mim estava gritando que sim, que eu deveria aceita a proposta, mas a outra parte estava pensando em outra coisa. Gustavo. Se eu aceitasse teria que me mudar para Vancouver, começar uma vida do zero por lá, seria muito egoísmo da minha parte querer que ele vá junto? Talvez, já quele tem família aqui, mas então... Como a gente ficaria?

...........

Já era tarde, eu ainda estava na minha sala, Gusta tinha me avisado que havia chegado minutos antes de Rodrigo ter saído da minha sala, mas não fui no estúdio, inventei uma emergência e disse que não poderia ir. Lu já havia me dito que estava de saída, como sempre, e também que eu teria uma reunião marcada para amanhã com todos os sócios da revista às 09:39am.

Tanta coisa se passava pela monnha cabeça que eu nem percebi que mal havia comido hoje, tinha sentido um náusea antes do almoço causada pelo estresse. Escuto algumas batidas na porta, é ele, eu tenho certeza, não nos falamos direito hoje e eu não saí para almoçar.

Ké: Pode entrar.

Abaixei a cabeça e respirei fundo, escutei a porta se abrir e senti o cheiro do perfume dele invadir a sala. Ele parou na minha frente, sabia que ele estava me olhabdo, podia sentir seus olhos me queimando.

Gusta: Ké? Você ta bem?

Ké: Só to cansada, nada de mais - Levantei a cabeça, dando um sorriso forçado.

Gusta: Já passou da hora, não acha?

Ké: Já to saindo, só estava terminando de arrumar eses papéis aqui - Organizo tudo e coloca da segunda gaveta, me levanto e solto um suspiro cansado - Pronto.

Gusta: Vamos, eu te levo para casa.

Ké: Não precisa, você não tem nada lá, pode ir, eu pego um táxi

Gusta: Eu posso muito bem simplesmente te deixar lá, não vai me custar nada, vem.

Ké: Gusta, não... (Interrompida)

Gusta: Eu faço questão Ké, vamos.

Por mais que eu negasse ele não iria mudar de ideia, então eu aceitei, contra a minha vontade, mas aceitei. O trânsito não estava muito lento o que fez a gente chegar mais rápido em casa, fomos o caminho inteiro em silêncio, ele percebeu a minha distância mas preferiu respeitar o meu espaço. Minha cabeça estava começando a doer, mas as perguntas não saíam da minha cabeça "O que vai ser da gente se eu aceitar a proposta?", "E se eu não aceitar?", "E se eu aceitar e não dee certo por lá!", "E se eu aceitar e não der certo mais entro eu e o Gusta?". E se....

Gusta: Tem certeza que você ta bem?

Ké: Tenho sim, por que?

Gusta: Você parece distante.

Ké: É só o trabalho, nada que você deva se preocupar.

Gusta: Devia deixar o trabalho no trabalho, levar isso para casa pode te deixar mais estressada ainda.

Ké: Prometo que eu vou descansar, não se preocupa.

Gusta: Tudo bem, mas sabe que eu to aqui, para tudo, viu?

Ké: Eu sei, amor.

Ele desviou o olhar para mim por um segundo, deu um sorriso amarelo e ele logo voltou sua atenção para a rua. Já estávamos perto do meu prédio quando meu celular tocou, tirei ele da bolsa. Matheus. Esse era outro nome que eu não queria ouvir, não queria ver ele nem pintado de ouro.

Gusta: Não vai atender?

Ké: Não.

Desliguei o celular e guardei de volta na bolsa, Gusta estacionou o carro na porta do prédio e ficou parado me olhando, ele sabia que tinha alguma coisa de errado e eu devia contar, mas alguma coisa me impedia, o medo.

Ké: Obrigada por me trazer.

Gusta: Ké eu não fiz nada de mais, ta acontecendo alguma coisa?

Ké: Eu só preciso descansar, domir pouco essa noite e trabalheinmuito de manhã, desculpa.

Gusta: Tudo bem, se quiser posso subir com você, prometo te deixar descansar hoje.

Ké: Desculpa Gusta, se importa de dormir na sua casa hoje?

Gusta: Não, claro que não, tudo bem

Ké: Obrigada.

Me aproximei dele e dei um beijo rápido nele, saí do carro antes que ele pudesse falar qualquer outra coisa. Minha cabeça ainda doía, eu só queria uma banho quente e manhã cama, provavelmente precisaria tomar um remédio mas nada de mais. Ass que sai do elevador dou de cara com Matheus sentado na frente da linha porta.

Ké: Ta fazendo o que aqui?

Matheus: Queria falar com você, você não me atendeu, não respondeu minhas mensagens. -Disse já se levantando.

Ké: E por que você acha que eu não fiz isso?

Matheus: Eu não sei, foi por causa do jantar? Porque se foi, me desculpa tá?

Ké: Aida pergunta se foi por causa do... Por que você foi naquele jantar?

Matheus: Eu queria entender

Ké: Entender o que Matheus?

Matheus: O que ele tem que eu não tenho

Ké Do que você ta falando?

Matheus: Que eu te amo, Ké! Que eu não aguento te ver com ele, que eu não quero ficar sem você. Por favor Ké, me da uma chance.

Ké: Matheus eu também te amo, mas não dessa maneira.

Matheus: Ké eu to te pedindo uma chance. Uma chance de mostrar que eu sou o cara certo pra você.

Ké: Esse é o problema Matheus, eu já encontrei o cara certo pra mim e ele não é você.

Andei até a porta e entrei em casa, deixando ele lá, parado. Fechei a porta atrás de mim e fiquei ali, encostada, respirando e de olhos fechados.

Matheus: Isso não vai ficar assim Ké, eu vou provar que EU sou o cara certo e não ele, você ainda vai ser minha. Minha.

Escutei o barulho do elevador chegando e indo embora segundos depois. Se já tinha cois demais na minha cabeça, essa conversa com o Matheus não me ajudou.

Agora eu tenho mais um problema, Matheus não é daqueles caras que desiste fácil, mas por mais que ele tente nada vai mudar, eu amo o Gustavo. Eu sei que a minha relação com ele foi rápida, mas é no nosso tempo, não duvido dos sentimentos dele por mim e sei que ele não dúvida dos meus, mas Matheus não sabe nem a metade do que eu sinto.

Me direcionei para o banheiro, precisava de um banho e assim eu fiz. Deixei a água levar meus problemas embora e senti uma estranha vontade de chorar, não sei porque. Teminei meu banho e me vesti, não estava com fome, então só tomei um remédio para dor e fui dormir. Ou pelo menos tentar.