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História O Amor Se Fez Presente - Seja Forte


Escrita por: Keh_Rainha

Notas do Autor


Antes de tudo, eu tenho um pedido especial.
leiam esse cap ouvindo Human da Christina Perri, mas se n tive n tem problema.(eu escrevi o cap inteiro ouvindo ela, por isso queria q vcs lessem ouvindo tbm)
bjs bjs tchau tchau

Capítulo 41 - Seja Forte


Anteriormente

Entro em casa e me jogo no sofá, liberando todas as lágrimas que estavam presas na minha garganta.

Ele se foi.

Talvez para não voltar mais.

........

 

Me levanto do sofá, chorar não ia fazer o tempo voltar atrás, limpo o rosto, antes completamente molhado em lágrimas. Vou até o meu quarto, percebo que não foi uma decisão muito pensada quando vejo o buquê de girassóis jogado encima da cama, aquela vontade de chorar voltar, mas eu não vou chorar, não mais.

Talvez o meu relacionamento com ele não fosse para dar certo mesmo. Talvez ele realmente não seja “o cara certo". Talvez... Não, Matheus definitivamente também não é esse cara, não depois do que fez, e ele muito menos estava certo em relação ao Gustavo. Gustavo. Agora tenho que me acostumar a chamar ele de Gustavo e não de Gusta ou Amor. A partir de hoje somos o que disse que ele não era, apenas dois colegas de trabalho, ele o empregado e eu a chefe.

Pego o buquê, são lindos de mais para serem jogados fora, mas ao mesmo tempo dói mais ver elas aqui. Olho para o quarto e as lembranças de nós dois vieram na minha memória, de repente ficar nesse quarto também se torna uma dor.

O barulho da porta me chama atenção, me viro e ela estava lá, como da última vez. Não tinha ouvido ela chegar, mas isso não me importava no momento. Ela abriu s braços e me chamou para um abraço, fez a mesma coisa quando me viu chorando quando o Rafael foi embora, mas agora era diferente, agora doía mais.

Ké: Ele se foi.

Zeiva: Eu sei.

Ela caminha em passos lentos na minha direção, ainda com os braços abertos, não resisto e nem quero, deixo ela me abraçar e começo a desabar. Era como se estivessem arrancando o meu coração fora e depois esmagando ele até virar pó. Ela começa a fazer um cafune na minha cabeça. As lembranças de anos atrás invadem a minha memória. A gente exatamente nessa mesma posição, eu chorando, pedindo colo a ela e ela, como sempre fez, tentando tirar um pouco da minha dor. Dói, muito mais que antes, por que eu sei que agora a culpa foi minha, que não foi um erro dele, essa dor eu mesma causei.

Eu podia ir correndo atrás dele, falar que não, que eu não iria e que ficaria por ele, mas e o resto? Ele não sabe da minha gravidez, era para eu ter contado mas fiquei insegura, como sempre. O patinho feio da escola está a tona novamente, novamente pedindo colo para a mamãe, novamente chorando, novamente doendo.

Zeiva: Vai passar, assim como da última vez.

Ké: Não vai ... Não com a mesma facilidade de antes.

Zeiva: E por que você acha isso?

Ké: Por que dessa vez a culpa foi minha e não dele.

Zeiva: A culpa não foi sua, ninguém tem culpa nessa situação.

Ké: Eu me isolei durante o aviso de perigo, não tive coragem de pedir ajudar e fiquei sozinha de novo.

Zeiva: Você não está sozinha, não se esqueça de mim, da Bruna, da Marisa, do seu padrasto. Estamos todos aqui por você.

Ké: Mas ele não está mais.

Zeiva: Ele vai voltar.

Ké: Como a senhora tem tanta certeza?

Zeiva: Eu vi o jeito que ele te olhava no jantar, e não pensei que eu não percebi que toda vez que o Matheus falava alguma coisa a senhora apertava a mão dele, ele te deu força em um momento de tensão, se controlou para não estragar o momento por que sabia que era importante para você. Ele vai voltar.

Ké: E se não voltar?

Zeiva: Vai por mim, ele vai, mãe sempre sabe das coisas.

Ké: Eu to grávida, mãe.

Zeiva: Eu também sei disso.

Ké: Como?

Zeiva: Aquelas meninas não saber guardar um segredo desses, já estavam discutindo quem vai ser a madrinha e quem ficaria com o bebê nos finais de semana, mas é claro que essa criança vai ficar comigo, eu sou a avó.

Pela primeira vez me permitir sorrir, me permiti deixar um pouco dessa dor de lado e aproveitar a notícia. Eu vou ser mãe. Obvio, o medo de eu não ser uma boa mãe toma conta de todo o meu corpo, mas a alegria de poder sentir um vida se formando em mim me domina muito mais. Ainda continuo abraçada a minha mãe, era tão reconfortante me sentir protegida, me sentir novamente uma criança que caiu de bicicleta e ralou o joelho.

Zeiva: Eu acho melhor você ir no banheiro limpar esse rostinho.

Ké: Ta me expulsado do seu abraço dona Zeivanez?

Zeiva: Claro que não bebê, mas você não pode se estressar.

Ké: Você sabe que eu não sou mais um bebê, não sabe?

Zeiva: Você sempre vai ser o meu bebê.

Eu a apertei com um pouco mais de força e ela fez o mesmo, retribuindo o abraço. Respirei fundo e a soltei, olhei para ela, que tinha os olhos avermelhados e uma pequena lágrima saindo dos olhos, dei um sorriso amarelo e ela retribuio. Suas mãos limparam o meu rosto das lágrimas e me dá um beijo na testa, como sempre fazia, fazendo eu me sentir mais amada e protegida ainda. Respiro fundo mais uma vez e vou até o banheiro, escuto ela falando que iria estar na sala junto com as meninas e entro.

Encaro o meu reflexo no espelho e vejo o quão destruída eu estou, os olhos vermelhos e inchados por conta das lágrimas, as bochechas num tom rosado e o rosto completamente molhado. Passo as mãos no meu cabelo e o prendo em um coque frouxo, apenas para não molhar. Ligo a torneira e pego uma quantidade razoável nas mãos, levando as mesmas até o meu rosto, limpo todo e qualquer resquício das lágrimas que estavam no meu rosto e volto a me encara no espelho, agora com alguns poucos fios grudados no meu rosto completamente molhado.

Ké: Seja forte, não por você, mas por todos que estão com você. Seja forte pela essa criança que vai precisar de você todos os momentos e que precisa de uma mãe inteira, sem nenhum caco sobrando, uma mãe inteira para ela, somete para ela, seja forte. Mesmo que doa ver ele todos os dias no trabalho, mesmo que você veja ele seguir em frente, mesmo que seu mundo desabe caso isso aconteça, seja forte. Forte de um jeito que você nunca foi.

Ergo a minha cabeça e desligo a torneira, pego uma toalha e seco o meu rosto. Me olho uma última vez antes de voltar para sala, os olhos ainda avermelhados e inchados, o rosto ainda vermelho e agora percebo os lábios levemente inchados, voltaria mesmo assim. Seria forte a todo o custo. Construiria muros ao redor de mim, impedindo a entrada de mais alguém. Impedindo que mais alguém me machuque, além de mim mesma


Notas Finais


Iai? O q vcs acharam?
Será que ela vai conseguir ser forte?


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