História O amor sempre vence! - Uma nova vida começava!

   Cheguei em casa, coloquei minha bolsa na mesa, chamei todos na sala e avisei que o assunto era sério, todos já vieram correndo saber o que era.
   Meu vô e minha vó já estavam preocupados, Nicole não saia do quarto des que veio da escola, sem ao menos sair pra comer ou ir ao banheiro.
   Minutos depois, estavam todos na sala, apaguei a televisão e comecei a falar.
-Nicole, vem aqui por favor. Ela veio, sentou no meu lado e baixou a cabeça.
   Naquele momento só estava com medo de uma coisa, meu vô mandar embora Nicole, ele Era do tempo antigo, sexo?     Só depois do casamento, Namoro? Só em casa...
- Minha neta, o que tem de tão sério para falar? Meu vô perguntou.
- Então, fui chamada na escola de Nicole hoje.
   Todos olharam pra Nicole, a mesma continuo com a cabeça baixa sem dar um pio.
- Nicole, você brigou? Minha vó perguntou.
  Lohana ja sabia, e também estava de cabeça baixa, ela tinha dado cobertura pra Nicole ir até a casa de Eduardo, de alguma forma isso também era culpa dela.
- Não, é algo que vai mudar nossas vidas, que pode ser bom ou não, isso depende de vocês, apoiar ou não.   Respondi na frente.
- Fala logo Gabriela! Meu vô já estava alterado.
- Bem, Nicole tem ou tinha um namorado, e mentiu para nós, mas isso não é o mais da história, em uma das vezes que ela foi na casa do menino...   Falei isso e meu vô interrompeu.
- Nicole? Você está grávida? Ele ja tirava sua cinta e fui a frente dele, ninguém ia bater em ninguém aqui!
- Sim! Nicole está grávida! Sim ela vai ter o bebê e sim eu vou apoiar.
Nicole e Lohana subiram correndo para o quarto e me deixaram ali.
- O que? Meu vô perguntou e minha vó já sentia dor no peito.
- EU NÃO ACEITO, DE FORMA ALGUMA! VÃO EMBORA,  NÃO QUERO VOCÊS AQUI MAS, NICOLE DESENRO NOSSA FAMÍLIA. PODEM PEGAR SUAS COISAS E IREM EMBORA! AGORA GABRIELA!
Fiquei assustada da forma de como meu vô reagio, confesso que já esperava tudo isso.
Não falei nada, subi peguei minhas coisas, chamei as meninas que também pegaram suas coisas e saimos.
Meu vô estava na sala, dando remédios a minha vó, fomos até ela, agradecemos por tudo falamos que amávamos ela e que ela era a pessoa mais importante de nossas vidas e que sem a mesma não seríamos nada, ela insistiu para não irmos, mas agora quem queria ir era eu!
Saímos sem rumo algum, sem dinheiro, tentei ligar pra Ana sem sucesso, logo pensei Bruna! Luan estaria em casa será? Tentei ligar sem sucesso também.
Resolvemos que iríamos dormir no carro e no outro dia tudo isso seria resolvido.
Acordei com uma ligação de uma voz conhecida, era minha tia de longe.
- Gabriela? Vocês estão bem?
- Oi, tia Lúcia? Estamos bem sim...
-Tenho uma notícia triste a dar.
- O que? Falei com lágrimas nos olhos ja imaginava o que era.
- Sua vó...
- O que tem minha vó? Já estava chorando.
- Ela faleceu, deu um infarto, logo depois que vocês saíram...
Desliguei o telefone sem dar tchau e chorei muito, minha vozinha, tão feliz, cuidou de mim a vida inteira, não pode ser, estava com raiva de mim, com raiva de Nicole... Mas isso tinha que passar!
Lembrei de tantos momentos, tantas brincadeiras, minha vozinha não podia ter morrido, tudo era culpa nossa! Eu quero ir junto dela, quero trazer ela de volta, coloquei minha cabeça no volante e chorei, meu peito doía, estava apertado...
As meninas dormiam, não sabiam de nada, resolvi tentar mudar de roupa, ligar pra saber onde seria o velório...
Assim que acordaram, contei com muito choro e dor no peito, Lohana chorou mais que Nicole, isso era diferente pra elas, era uma dor que não desejo pra ninguém...
Peguei meu celular e procurei o número.
- Tia? Estava com voz de choro
- Pode falar.
- Onde vai ser o velório?
- (Ela passou o endereço da capela)... acho melhor você não viram, seu vô não quer ver vocês nem pintadas de ouro.
- Nós vamos, ela gostando ou não! Já já estamos chegando ai, ele que não tente nada com a gente, minha vó merece pelo menos nossa última homengem! Falei isso e desliguei na cara mesmo, tava com raiva do meu vô, ele achava que era quem, pra proibir nós de irmos no enterro de nossa própria vó?...
As meninas iam no banco de trás chorando, não pude deixar de soltar algumas lágrimas também, liguei o rádio, precisava de distração até lá.
Liguei a Ana e contei o acontecido até ela chorou e disse que iria nos encontrar lá...
Depois de quase 1 hora dirigindo, parei para comprar um vaso de flor, precisava de alguma forma dar minha última homenagem, resolvi comprar com o que me restava de dinheiro, uma coroa escrita "De suas netas, obrigada por tudo, amamos você!"
Coroa comprada fui em direção a capela, tinha vários carros, todos conhecidos ou da família mesmo. Descemos do carro e o falatório começou, "la vem a vagabunda" "3 netas ingratas, mataram a vó"
- Meninas, prestem atenção, não liguem para o que essas pessoas estão dizendo, elas não somam em nada nas nossas vidas, vamos ficar em um canto quietas, sem falar com ninguém, entendido?
- Sim. Falaram as duas em coral.
- Ótimo!
E foi assim que aconteceu, fomos até caixão,coloquei a coroa atrás, choramos muito, mas era preciso ser forte.
A tarde passou  devagar, a cada minutoa dor aumentava...
- Hora de fechar o caixão! Alguém disse
Nessa hora a dor aperto, o choro foi mais forte, nunca pensei que a dor da perda fosse tão forte..
Depois depois de alguns minutos estávamos no cemitério, todos olhavam para nós e falavam baixinho.
Fui até mais próximo junto com as meninas, e joguei minha rosa e elas jogaram a delas, era aquela nossa última homenagem, era aquele nosso Adeus! Adeus que doeu muito, mas era preciso ser dado.
Saímos dali se rumo, tomei meu carro e fomos até a casa pegar o resto nossas coisas, e o dinheiro... iríamos a um hotel por algum tempo, depois iríamos arrumar uma casa, dali pra frente era só eu e elas.. Uma nova vida começava!