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História O anjo de vermelho - Capítulo seis


Escrita por: pedrittto

Capítulo 7 - Capítulo seis


                          Kevin
           Chegamos até minha casa. Rússia observa cada canto como se fosse uma detetive. Não entendo porquê ela saiu de casa, mas não importa. Ela está cada vez mais perto da sua destruição. Vai ser mais fácil se ela estiver por perto, e sem o querido namorado para a proteger ainda mais.
          Agarro nas suas malas e levo para o quarto de hóspedes. A minha casa não é muito grande, mas tem espaço suficiente para nós dois. O que é bom porque eu não quero dormir com a maldita.
           Volto para a sala e vejo ela sentada no sofá distraída com um copo de Whisky na mão. Ela nem dá pela minha presença. Seu rosto parece triste. O que quer que tenha sido não será pior do que o que eu vou fazer. Mas por enquanto preciso parecer simpático e amigável.
            Suspiro e sento no sofá ao seu lado, e só então se apercebe da minha presença.
            - Você está bem? - Ela olha para mim ainda triste, depois toma um gole de Whisky.
              - Porquê você quer saber?
              - Porque você parece triste. - Me aproximo dela mais um pouco.
              - Porquê você me beijou naquele dia, na festa? Você não me conhece.
             - Eu sei. Você também veio para cá, mas não me conhece. Eu beijei você porque fiquei atraído, e não consegui resistir.
          - Só por isso?
          - Sim porquê?
          - Por nada, não.
          - Porquê você está triste?
          - Eu não estou triste. Estou apenas pensando. - Seguro uma das suas mãos. Ela olha para mim com um brilho nos seus olhos âmbar. Um brilho que me faz pensar por um segundo que ela é um anjo. Eu não devo estar bem!
             - Mulher bonita nunca deve estar triste. - Ela sorri.
               - Você acha que eu sou bonita?
             - Você é linda. Muito linda. - Ela deixa de sorrir e levanta do sofá.
            - Aonde eu vou dormir? - Diz baixinho.
            - No segundo quarto, a direita! - Ela caminha pelo corredor cabisbaixa.
                Será que isso é algum truque? Será que quer me manipular? Já não sei o que pensar. Será que ela é o anjo de vermelho? Ou estou enganado?
                         Scott
              Paro o carro na casa de Rússia. Passei a manhã toda comprando um presente para ela. Depois do que eu fiz ontem é o mínimo que eu poderia fazer. Mas ela tinha de aprender que eu não gosto que me chamem daquele jeito. Quem mandou não me ouvir?
           Tiro as chaves e abro a porta. Ela deve estar na cama chorando, ou dormindo. Entro silenciosamente, e não vejo sinal algum dela.
             - Rússia! - Ela não responde. Deve estar com raiva de mim.  Não a censuro.
             - Rússia, eu trouxe uma coisa para você! - Mesmo assim não há resposta.
             Não tenho paciência para isso. Vou para o seu quarto, mas não vejo ela lá. Vou para o banheiro, cozinha, mas nada. Volto para o quarto. Será que ela saiu? Ou será que foi embora?
            Abro o seu guarda roupa, e me afasto imediatamente. Ela foi embora! Foi embora. Ela me deixou sozinho. Foi embora para fugir de mim.
            Sento na cama e cubro meu rosto com as mãos. Eu estraguei tudo. Ela foi embora sem dinheiro, e não sei o que poderá acontecer com ela. Não sei o que poderá acontecer comigo. Eu não posso ficar sem ela. Ela é muito importante para mim. Eu amo ela, só tenho alguns problemas para controlar a raiva.
           Levanto e ando de um canto para o outro. O que vai ser de mim sem ela? O que eu vou fazer sem ela? Só faltava pouco para eu me livrar de Noah, e fugir com ela para bem longe. Num lugar onde podessemos ser felizes. Estraguei tudo mesmo, e está doendo pra caralho.
            Pego no meu telefone e ligo para ela mas não atende. Merda! E agora? Tento outra vez, e outra, e outra, mas não atende. 
              Se eu podesse voltar no passado, eu não faria o que fiz ontem. Não devia ter feito aquilo. Mas não consegui me controlar. Detesto que me chamem como o maldito homem que matou a minha mãe. Me faz lembrar da agonia, da dor, de tudo que eu quero esquecer.
          Saio do quarto, vou para a sala, e saio. Vou procurar Rússia até nos confins do mundo. Preciso encontrá-la!
   
                       Kevin
          Saio do quarto e oiço Rússia chorando. Me aproximo da porta do quarto dela para ouvir melhor. Ela está mesmo chorando! Será que ela é mesmo uma assassina? A mim parece muito fraca para matar pessoas
Ou será que é isso que quer que eu pense?
             Empurro a porta e vejo ela deitada na cama chorando. Sento na cama e toco no seu ombro. Ela limpa as lágrimas antes de virar para mim.
            Seu rosto parece tão inocente, e ingénuo. Ela parece inofensiva e vulnerável. Seus lindos olhos âmbar (os mais bonitos que eu já vi) brilham com tristeza. Talvez esteja mesmo triste.
            - Porquê você está chorando?
            - Eu não estou chorando.
            - Diz isso, a quantidade de lágrimas que você tem no rosto.
            - Se eu estiver chorando ou não, não é da sua conta! - Ela senta na cama e abraça seus joelhos.
             - Eu sei. Mas eu não quero te ver assim. Alguém como você não deve chorar nunca.
             - Nem todos acham isso.
             - Alguém partiu o seu coração? - Ela chora novamente e se joga nos meus braços. Passo a mão pelo seu cabelo com uma mão e a outra seguro suas costas.
            - Porquê existem pessoas tão cruéis nesse mundo? - Ela gagueja.
           - Me pergunto isso todos os dias. Mas não precisa ficar assim. - Ela me olha e limpo suas lágrimas.
            - Você é muito linda. - Seus olhos se fecham e eu me aproximo para beijar seus lábios macios e doces.
            Suas mãos vão para a minha nuca, e sua língua entra na minha boca de forma astuta. Minhas mãos viajam até sua blusa preta e começa a tirá-la. Ela me pára imediatamente.
            - Você não me conhece.
            - Não me importa. Eu quero te ajudar a esquecer o idiota que te machucou.
            - Só por hoje? - Sua voz soa tão angelical nesse momento.
           - Pelo tempo que você quiser! - Nem eu mesmo acredito nessas palavras. Por favor!
            - Está bem. Mas não quero sexo. - Ela se afasta.
            - Então o que quer?
            - Outras... coisas. Coisas que eu sempre quis mas nunca tive.
            - Por exemplo?
            - Consolo, carinho, palavras carinhosas, e abraços. Só por um instante. - Ela parece sincera. Eu não posso cair.
             Abraço ela, e esfrego seus braços. Seu rosto está em meu peito. Ela fecha os olhos e me aperta em um abraço tão forte que quase me esmaga depois começa a chorar.
            - Não chore Rússia, por favor! - Beijo o topo da sua cabeça. - Você é especial, e não merece chorar. Você merece ser feliz.
            - Eu só quero alguém que me ame. Eu não aguento mais sofrer desse jeito. Não aguento! Eu quero saber o que se sente quando alguém te ama. - Ela gagueja.
            - Você está pedindo isso à mim? - Ela me larga tão rápido que nem tenho tempo de piscar.
            - Me deixa sozinha por favor! Eu não quero mais falar sobre isso.
            - Está bem. - Caminho até a porta, mas quando estou prestes a tocar na maçaneta ela me chama.
             - Kevin! - Me viro.
             - Sim?
             - Obrigada por me acolher em sua casa mesmo sabendo que sou uma completa estranha.
             - Por nada. - Saio e fecho a porta.
             Já sei o seu ponto fraco. Foi fácil demais. Não sabia que ela fosse tão sensível assim. Agora preciso fazer com que ela se apaixona por mim, depois será hora da vingança. Vou destruir sua vida.



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