-Tudo bem Deidara ! Concentra, raciocina, se acalma- Pensava freneticamente, bom, até aquele momento se achava apenas um pouco esquecido e distraído, mas agora tinha certeza que isso era elevado a quinta potência. Ok vamos simplificar, depois do dia exaustivo de provas, estava em seu apartamento perto da faculdade, (UFK, prédio de Artes plásticas, cênicas e visuais para ser mais específico.) , tendo o melhor momento do seu dia: Um banho relaxante regado a velas aromáticas, Lana Del Rey e Magic. Estava maravilhoso e revigorante, até escutar, ainda de dentro do banheiro:
-DEIDARA QUE PORRA É ESSA?!- Sasori gritou furioso, o ruivo estava completamente transtornado, chegara cansado de uma longa aula de teatro e ventriloquia, onde tinha discutido com o professor ( que em sua opinião não sabia nada sobre marionetes ), além de ter brigado feio com o irmão por telefone , para encontrar seu apartamento esfumaçado por algo que queimou, ou melhor, se desintegrou dentro do forno e ver que a causa de tudo isso estava tomando um delicioso banho enquanto cantava “Get high by the beach” na maior calma enquanto tudo pegava fogo.
Deidara tremeu no banheiro ao ouvir o grito, acabava de se lembrar dos pães de queijo ( agora bolinhas de carvão) que tinha colocado no forno assim que chegou. Eles demoram em torno de 40 minutos para assar , e seu banho durava 1h 30 até o momento . Estava com medo de sair , dessa vez Sasori o mataria, certeza! O ruivo detestava desordem e lerdeza, eram amigos de infância e tinham resolvido morar juntos assim que souberam que iriam para a mesma faculdade, e bom, Deidara sempre foi meio... Lerdo e bagunceiro.
Dei -Tudo bem Deidara ! Concentra, raciocina, se acalma- Disse repetidamente a si mesmo antes de reunir toda a sua coragem e abrir a porta.
Quando saiu entendeu o motivo de Sasori estar cuspindo fogo . Havia uma nuvem de fumaça negra, ficando mais densa ao chegar perto da cozinha, fazia os olhos lacrimejarem e provocou tosse em Deidara, o cheiro de queimado era insuportável . É, já planejava seu testamento e cremação ( que era seu sonho, já que pra ele a arte era temporária, ele não queria ser congelado como era o desejo do amigo).
Saso -Isso é por que eu já abri todas as janelas, desliguei o forno e já expliquei para o síndico a merda que você fez, de novo.- Empalideceu ao ouvir voz grave de Sasori atrás de si, sentado na poltrona da sala. Virou se para ele de vagar e o viu, apesar da fumaça, que aos poucos se esvaia , via perfeitamente a carranca que formava em seu rosto.
Saso -Você tem ideia do quanto isso é cansativo? Eu tenho uma aula super estressante, discuto FEIO com Gaara por telefone, para eu chegar aqui esperando um ambiente calmo e confortável e encontrar a PORRA DO APARTAMENTO QUASE PEGANDO FOGO E O PRÍNCIPE NO BANHO OUVINDO MUSIQUINHA ALTA NA MAIOR TRANQUILIDADE!- berrou enfurecido.
Dei -D-danna desculpa, eu também cheguei cansado , só queria comer e relaxar.. e acabei esquecendo do mundo un- Disse triste e culpado, sabia que Sasori odiava discutir com Gaara, o irmão era difícil de lidar mas o ruivo amava o otouto , ele que ficou responsável por tudo na casa quando Sasori saiu, inclusive pelas posses do pai falecido, já que a mãe já tinha as suas e não daria conta de tudo. E este sempre era o motivo das brigas, Gaara tinha raiva por Sasori poder seguir seu sonho e ele não. Deidara sabia que o Akasuna se culpava por isso.
Saso - Sabe Deidara isso desanima, desde que a gente se mudou você faz esse tipo de coisa, deixa tudo jogado, não seca o banheiro quando sai e sempre escorrega no chão molhado depois ,deixa as coisas queimarem,deixa torneira ligada, deixa suas argilas espalhadas pela casa ... Eu sempre te digo mas você nunca me escuta e faz de novo, e dessa vez eu não sei se vou continuar aqui, foi a gota d’agua. – disse se levantando, o loiro estava em choque, ele iria embora?
Saso- Bem eu vou me deitar, amanha eu começo a procurar um outro lugar, até lá, por favor, pelo menos tente não fazer essas coisas, somente em respeito a nossa amizade- disse frio, passando por um Deidara estático e indo ao quarto deles.
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