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História O Aprendiz de Feiticeiro - Capítulo 4 - "Pai e Filho"


Escrita por: AlexyXD

Notas do Autor


Desculpem não ter postado ontem, espero que gostem desse capítulo, ficou um pouco curto mas acho que ficou bom <3

Capítulo 4 - Capítulo 4 - "Pai e Filho"


Depois de limpar a bagunça que eu e o Junior fizemos durante nossa “brincadeira”, eu andei pelo apartamento do Magnus aprendendo aonde ficava cada cômodo, o lugar é enorme, mais de 5 quartos cada um sendo uma suíte totalmente mobiliada com moveis de luxo, não esperava menos de um feiticeiro que viveu tanto tempo quanto o Magnus.

A Cozinha era digna de um programa de TV, acho que era o terceiro maior cômodo do lugar tirando a sala de estar e a biblioteca (o cômodo mais interessante na minha opinião), o terraço tinha uma vista magnifica de todo o Brooklyn, era realmente um lugar maravilhoso, mas eu admito que sinto falta de casa, de acordar cedo e sentir o cheiro do café da manhã feito pela Cassandra, de ver uma mensagem de “bom dia” e um “Eu te amo” na tela do meu celular e ver que foi o Luiz que mandou, mesmo que eu não sinta o mesmo...mesmo que eu não saiba se ele realmente me amava, vivi tanto tempo daquele jeito que vai ser difícil esquecer tudo ou me acostumar com essa nova vida e feiticeiro barra, irmão de Magnus Bane, o maior feiticeiro do Brooklyn, é como se eu tivesse um monte de expectativas depositadas em mim somente por esses detalhes e agora temo não conseguir corresponde-las.

-Deuses...eu estou surtando e nem mesmo é por algo sério, em momento algum eles disseram que tinham expectativa em mim ou que eu era algum messias, acho que eu devo estar finalmente enlouquecendo. – Dizia para mim mesmo enquanto passava as mãos no rosto dando um suspiro cansado antes de ir para um dos quartos que deduzi estar vazio pela falta de roupas no closet, por falar nisso eu não trouxe nenhuma roupa...estou vestindo o uniforme da escola desde que cheguei e já se passa da meia noite, bem, acho que não tem problema eu dormir um pouco, o Magnus não deve se importar se eu ficar aqui.

Retirei o uniforme da minha antiga escola, ficando somente de samba canção e me deitei na enorme cama de casal, cobrindo meu corpo e deixando o sono me guiar ao mundo dos sonhos, ou era o que eu pensava...

Eu me encontrava dentro de um enorme salão no estilo medieval, aonde diversos candelabros de ferro negro tinham pendurados em suas pontas crânios humanos e sua luz era vermelha no mesmo tom dos olhos “dele”, era impossível, ele não podia ter como invadir até mesmo meus sonhos, bem...acho que já passei do limite do que considerava impossível; me pus a caminhar pelo salão notando a presença de belos homens e mulheres trajando somente seda que envolvia sua cintura até metade das cochas deixando a parte superior de seu corpo desnuda, suas expressões eram de puro prazer e ao me olharem de volta sorriram e se curvaram em sinal de respeito...é, não resta dúvida, esse é o Castelo “Dele” a minha frente vi uma enorme porta dupla se abrindo e pude vê-lo, sentado em seu trono com a mesma espécie de “saia” que os humanos que vi no corredor, porém seu olhar não era nublado como o deles, seus olhos tinham um brilho de luxúria e perversidade, diferente do que eu esperava, ele realmente não possui chifres pontudos no topo da testa, vê-lo na minha frente e daquela forma me fez revirar os olhos enquanto ele sorria de forma pervertida

-Porque diabos me trouxe para o seu castelo de perversão Asmodeus? Não deixei bem claro que a única coisa que quero de você é distância? – Falava olhando para o demônio de cabelos negros e olhos cor de rubi que somente me olhava permanecendo com aquele sorriso.

-Ora ora, se não é o meu querido caçulinha, diga criança, gostou do meu “presente” para você? Como está a vida com o Magnus nessas poucas horas? Eu vi sua brincadeira com o Lobisomem queridinho do seu irmão, nossa, aquilo foi delicioso, sabia que você era bom no que fazia, a final tem o meu sangue não é mesmo? – Dizia ele me encarando enquanto se levantava do seu trono e caminhava em minha direção parando a poucos centímetros de distância do meu corpo segurando meu queixo com uma de suas mãos, não queria admitir, mas ele tinha uma força descomunal, senti todo o meu corpo se enrijecer assim que ele apertou meu queixo me fazendo olhar para seus olhos

-Então “Daddy”, pare de enrolar e me diga porque me trouxe literalmente ao Inferno, sabemos que não é para uma conversa entre Pai e Filho, nem mesmo é para uma visita ao trabalho, me fale logo que você quer e depois que eu recusar me mande para o mundo real novamente. – Falava olhando-o nos olhos de forma desafiadora, fazendo o mesmo perder o sorriso pervertido me encarando com seriedade antes de soltar meu queixo e caminhar um pouco parando a poucos metros de distância

-Sabe garoto, acho que você esquece que eu sou seu pai, não falo isso no sentido de lhe criar, mas sim no sentido de que isso prova que eu amei sua mãe, neste mundo me deitei com diversas mulheres, homens e até com humanos que eu não sabia identificar o gênero, mas nunca, jamais tive uma criança com seres humanos que não amei, mesmo sendo um demônio e que isso seja difícil de acreditar vindo do Rei da Luxúria, você e o Magnus são frutos das duas mulheres que mais amei em toda a minha vida e não foi só você que sofreu pela perda de sua mãe, eu também fui ferido pela morte da sua mãe e assim como você o Magnus é órfão, ele sabe mais do que você imagina o que é a dor de perder a própria mãe, mas diferente de você ele se lembra desse detalhe todos os dias da vida imortal dele, mesmo que diga ter esquecido, ele se pune todos os dias pela morte da mãe, acha que foi sua culpa...assim como você acha, mas vocês tem que saber que não é culpa de nenhum dos dois, quando eu engravidei suas mães eu dei a elas a chance de ter vocês e morrerem ou não ter vocês e viverem suas vidas como humanas normais, mas ambas se recusaram e disseram que jamais tirariam a vida de seus filhos, mesmo que para isso elas dessem suas vidas em troca...esse é o preço de ter um filho de um demônio poderoso como eu, para manter o equilíbrio é preciso que ao nascimento de meus filhos, suas mães morram, vocês devem entender isso e parar de se culpar e de ME pois não havia nada que eu pudesse fazer para impedir sem questionar a decisão de suas mães, existem coisas bem maiores que nós minha criança, as vezes...as vezes nem tudo sai como o planejado. – Dizia ele pela primeira vez com um tom de voz triste e cansado, seus olhos já não brilhavam de luxúria, nem mesmo brilhavam, era como se a luz de seu olhar tivesse sido coberta por uma neblina melancólica

-Eu...eu não te culpo de verdade Asmodeus, eu só não entendo uma coisa, se você sabia que minha mãe e a do Magnus teriam que morrer para nos ter, porque as engravidou? Você poderia ter vivido ao lado delas por anos, porque escolheu perde-las em troca do nascimento do Magnus e do meu? Foi pelo prazer de ter um legado? De olhar nossa face e se ver em nós como se fossemos seu reflexo? Ou foi somente pela sua luxúria? – Dizia caminhando em direção ao maior olhando em seus olhos que continuavam nebulosos enquanto os meus brilhavam intensamente esperando pela resposta do mesmo, porém nada saiu de seus lábios além de um sorriso fraco que fez meu ódio sumir.

Deuses...o que eu estou fazendo? Eu realmente vou acreditar no que um Rei do Inferno, o Senhor da Luxúria, Asmodeus está dizendo? Mesmo minha mente dizendo que é uma armação, meu corpo, minha alma e o sangue que corre em minhas veias diz que a sinceridade em suas palavras...eu tenho que acreditar que ele não é todo mal, pois se for, o mesmo sangue mal corre em minhas veias; caminhei até o maior, tocando seu ombro com minha mão e olhando em seus olhos

-Ei, para de se lamentar, eu exagero sempre, é uma das minhas qualidades, sou dramático, posso acabar falando besteira quando tenho esses pequenos acessos de raiva, mas no momento, se você quer mesmo me chamar de filho, não se martirize, você é Asmodeus, um dos Reis do Inferno, o Demônio da Luxúria, Patrono de Sodama e Gomorra não é mesmo? Então não deixe o brilho deste pecado ser extinto dos seus olhos...carregamos ele, você, eu e o Magnus, não ouse perder este brilho novamente ou não será digno de me chamar de filho, Asmodeus. – Falava o encarando percebendo o brilho de seus olhos voltarem com intensidade, transmitindo a luxúria e o desejo, o que me fez dar um sorriso tolo ao me afastar um pouco notando o sorriso pervertido do maior. – Mas não entenda isso errado Asmodeus, não somos o tipo de pai e filho que se abraçam, são carinhosos um com o outro e que fazem festas surpresas, somos o tipo de pai e filho que se suportam, não pense que vou lhe chamar de papai ou que vou vim aqui no inferno correndo para dormir na sua cama quando eu tiver um pesadelo, bem...mas já que estou aqui, tem como mandar minhas roupas para o closet do quarto aonde estou dormindo nesse momento? Sei que você pode fazer isso e não sei nenhum truque mágico para isso ainda, então já que você me levou para o Magnus sem eu preparar nada, acho que é seu dever ajudar-me, não é? – Dizia o encarando enquanto o mesmo revirava os olhos estalando os dedos e voltava a sorrir

-Você é parecido comigo garoto, mesmo que não admita, não falo fisicamente, mas no interior, sua personalidade, seu jeito de ser, você é mais parecido comigo que o Magnus, isso é divertido, seu irmão chegou filhinho, hora de ir antes que ele perceba que lhe trouxe aqui e fique com ciúmes. – Antes que eu pudesse responder as palavras daquele diabo, eu acordei dentro do quarto no apartamento do Magnus pensando que aquilo não passará de um sonho, mas só para conferir fui até o closet do quarto e ao abrir vi todas as minhas roupas ali dentro, inclusive também notei roupas novas lá dentro o que me fez repensar minha opinião sobre Asmodeus ser do mal, pois ele tem um ótimo gosto para roupas

-Nossa, como essas roupas chegaram ai? Eu nem lembro de ter lhe contado como fazer um feitiço. – Disse Magnus atrás de mim olhando para o Closet, é impressão minha ou meu irmão tinha passos leves com os de um gato? Pois eu não ouvi ele entrando no quarto em momento algum.

-Ãn...não, não foi você e nem eu, foi o Asmodeus pelo visto, acho que é a forma dele de dizer “Não fique nu e nem sujo ou desonrará meu nome”, bem, pelo menos agora tenho minhas roupas de volta, senti falta delas. – Disse olhando cada peça em busca de alguma possível falha, mas por sorte não achei nenhuma

-Alexy, não confie no nosso Pai, ele não é de todo mal, mas também nunca faz uma boa ação sem esperar algo em troca, tome cuidado okay? Bem, volte a dormir ainda é de madrugada, desculpe por incomodar, lhe vejo de manhã e ãn...o Alexander está aqui, então vou fazer um feitiço ante ruídos nas paredes do meu quarto para você dormir em paz e estou lhe avisando para vocês não terem o tipo de encontro que tiveram hoje mais cedo, boa noite irmãozinho. – Dizia o Magnus dando um sorriso antes de sair do quarto fechando a porta me deixando sozinho com meus pensamentos.

-Boa noite Magnus, pelos deuses...como eu tenho inveja do meu irmão, mas, cidade nova, vida nova, literalmente, de manhã tenho que falar com o Magnus para me matricular numa escola, ainda não me formei. – Dizia para mim mesmo poucos minutos antes de cair na cama e pegar no sono novamente, porém dessa vez sonhando com um rapaz cujo o rosto não pude identificar, mas que ao estar frente a frente com ele fez meu coração bater tão forte que parecia querer sair do peito enquanto fez outra parte do meu corpo endurecer.


Notas Finais


Agradeço aqueles que estão lendo, isso é muito importante para mim <3


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