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História O Aprendiz de Feiticeiro - Capítulo 5 - Reencontro


Escrita por: AlexyXD

Notas do Autor


Desculpem pelo tempo que eu fiquei sem postar capítulos novos, mas aconteceram muitas coisas na minha vida pessoal e na vida de pessoas que eu gosto, então acabei me distanciando um pouco, porém prometo que vou fazer tudo o possível para postar os capítulos mais rápido como eu disse que faria antes.

Obrigado a todos que leram até aqui e espero que continuem lendo e gostando <3

Capítulo 5 - Capítulo 5 - Reencontro


 

Acordei com o sol entrando pela brecha das cortinas de seda vermelha, era a primeira vez que dormia bem sem ter o Luiz por perto, geralmente ele dormia comigo quase todas as noites, seu corpo me trazia uma sensação de segurança e fazia com que eu percebesse o que era real e o que não era, já que desde que descobri meus poderes eu vinha duvidando da minha própria mente.

Levantei-me, fui ao banheiro fazendo minha higiene pessoal aproveitando para relaxar embaixo da água morna, senti todos os novos fatos estranhos da minha vida escorrerem com a água, como se ela lavasse minha alma, ao acabar o banho olhei-me no espelho e sorri, continuava o mesmo, sem chifres, presas, orelhas pontudas ou seja lá o que é possível feiticeiros desenvolverem devido ao sangue de demônio, sai do banheiro e tratei de me vestir, estava com uma camiseta branca de mangas curtas que tinha um desenho de presas e a frase “New Born”, uma calça jeans escura e tênis all-stars.

Sai do quarto e fui em direção à cozinha encontrando Alexander e Magnus saindo do quarto com sorrisos bobos no rosto, o que me fez dar um pequeno riso, sabe quando você vê duas pessoas felizes e simplesmente é contagiado por essa felicidade? Pois é, quando me notaram Magnus bagunçou meu cabelo e Alexander deu um pequeno tapinha no meu ombro enquanto entravamos na cozinha e então logo tratei de procurar as panelas do Magnus, porém não consegui encontrar nada.

-Magnus, você não tem panelas? Como você faz suas refeições? – Pergunto olhando dentro dos armários ainda a procura, porém sem sucesso.

-Ah, desculpe, eu não avisei, não é? Eu nunca cozinho e como não cozinho nunca vi necessidade de comprar essas coisas, geralmente faço a comida que eu desejar aparecer, posso lhe ensinar se quiser. – Dizia ele com um sorriso antes de sentar-se à mesa juntamente com o Alexander e estalar os dedos fazendo surgir sobre a mesa diversos tipos de alimentos, desde ovos mexidos e bacon até petit gateau.

-Okay, você realmente vai ter que me ensinar a fazer isso. – Disse ao sentar-me, servindo-me de bacon e ovos ainda pensando em meu sonho com o garoto de rosto inexistente

-É bem simples, somente pense o que quer materializar, o tamanho, a textura, a forma, você tem que ser específico quanto ao que quer fazer aparecer ou pode acabar fazendo aparecer uma galinha invés de ovos mexidos e um chiqueiro cheio de porcos invés de bacon. – Falou meu irmão o que arrancou uma pequena risada do seu namorado e ocasionou um selinho entre ambos que me fez sorrir para eles

-Vocês realmente são muito bonitos juntos, me lembram eu e o meu namorado, quer dizer...ex namorado, não sei, eu fugi de lá antes de realmente termos uma conversa sobre nosso futuro. – Comentei olhando para ambos e logo em seguida para a comida em meu prato enquanto a virava de um lado para o outro com o garfo

-Eu soube...o Magnus me contou, sinto muito por tudo o que lhe aconteceu, deve ter sido um choque saber tudo aquilo de uma vez, mas olhe o lado bom, se isso não tivesse acontecido talvez você nem tivesse conhecido seu irmão. – Disse Alexander com um sorriso gentil olhando para mim

-Ele tem razão Alexy, as vezes existem males que vem para o bem, você aparenta ter talento e somos filhos “dele” temos um grande poder, não sou o maior fã do nosso pai e nem mesmo gosto do fato dele ser meu pai, mas a melhor coisa que ele fez por mim até hoje foi ter me dado um irmão e melhor ainda, um irmão que não é controlado por ele como uma marionete. – Dizia Magnus sorrindo, porém, dando um pequeno suspiro em seguida

-Alexander, você é um Shadowhunter, não é? Por acaso conhece alguma Shadowhunter chamada Cassandra? Ela era a Shadowhunter que me criou após a morte da minha mãe, queria saber como ela está eu meio que fugi da minha casa quando vim para cá. – Dizia olhando para o moreno que parou o garfo no meio do caminho entre o prato e sua boca, colocando o talhe de volta no prato e me olhando.

-Alexy, eu conheço sim a Cassandra, ela foi minha mentora em Idris, é um local aonde os ShadowHunters vivem antes de serem mandados para algum instituto ou terem idade o bastante para sair, mas antes que me perguntem quando ela saiu em missão para cuidar de você somente o conselho da Clave foi avisado, eu era apenas um aprendiz de Shadowhunter na época. – Disse ele me olhando com certa tristeza e logo em seguida olhando para Magnus dando um sorriso. – Bem, o que acha de darmos uma volta e passarmos pelo Instituto? Tenho que cuidar de um Shadowhunter transferido, parece que ele fracassou numa missão importante e a Clave acha que aqui ele vai ter mais sucesso, como se fossemos uma espécie de creche para Shadowhunters. – Dizia o mesmo com certa irritação antes de dar um suspiro terminando seu café da manhã assim como eu e o Magnus.

-Eu adoraria Alexander, mas vamos direto ao instituto assim você cuida do seu trabalho e depois sim aproveitamos todo o seu tempo livre juntos. – Falava Magnus dando um sorriso enquanto segurava a mão do moreno que sorriu de volta e logo em seguida ambos olharam para mim. – Ah, é claro que você vem com a gente Alexy, não vou deixar meu irmão sozinho e é bom que assim você conhece o instituto e alguns outros amigos nossos. – Falava meu irmão com certa empolgação antes de levantar e caminhar até a sala.

Eu e o Alexander o seguimos e assim que chegamos vimos Magnus abrir um portal e passar por ele, logo em seguida Alexander passou, pelo visto não me resta escolha, assim que passei tive novamente aquela sensação estranha como se meu estomago tivesse ficado em outro lugar durante a viagem, mas quando o enjoou passou percebi que estava em frente a uma catedral 

-Desculpem se estou sendo mal-educado, mas o Instituto da Clave em Nova York é uma Catedral? Está certo que vocês têm sangue de anjo, mas é sério mesmo? Não é um pouco clichê? – Falei meio no automático arrancando risadas de ambos os mais velhos que abriram as portas e atravessaram, quando atravessei pude perceber que aquilo não era uma catedral comum, fomos até o elevador, que eu não sei como conseguiram instalar isso num lugar como esse, mas okay, quando saímos do elevador vi a maior sala de aula tecnológica do mundo, diversas pessoas mexendo em telas holográficas ou caminhando de um lado para o outro observando mapas e livros. – Okay, retiro tudo o que eu disse, é muito irado. - Falei e novamente mais risadas, algumas pessoas vieram reportar algumas situações ao Alexander e pude ver que ele era importante aqui.

-Ah, esqueci de lhe contar Alexy, o Alexander é o diretor do instituto de Nova York. – Falou Magnus com um sorriso enquanto caminhávamos seguindo o Alexander enquanto ele era cercado por outros shadowhunters

-Uau, agora entendo porque ele sempre saiu tão rápido do seu apartamento naquele dia, bem, ele veio aqui ver um novato, não é? Podemos ir junto? Não me sinto muito confortável num lugar aonde não conheço ninguém e acho que aqui eu só conheço vocês. – Assim que disse isso ouvi uma voz atrás de mim dizendo “Eu não conto Alexy? ” E quando me virei pude ver a Isabelle trajando um vestido preto e com seus belos cabelos negros soltos enquanto me olhava sorrindo

-Seu irmão não lhe contou que eu sou do Instituto de Nova York? Que bobinho, o Alec é o Diretor daqui, aonde acha que eu ficaria? Em Idris? Não, aquele lugar é para diplomatas, eu sou uma guerreira. – Dizia ela de forma tão segura que quase vi chamas em seus olhos

-Não duvido disso Izzy, bem, eu não tinha ligado os fatos ainda então não tinha como eu saber que você estaria aqui no instituto de New York, mas ainda bem que está, assim tenho uma amiga para conversar quando o Magnus estiver “ocupado” com o Alexander. – Dizia dando um pequeno riso, ouvindo um riso baixo de ambos, cessamos os risos quando o Alexander se aproximou o que o deixou curioso

-Do que estavam rindo? Bem, depois vocês me digam qual é a piada, Izzy o novato está no meu escritório? Se estiver vamos logo pois todos nós daremos uma volta quando eu resolver isso. – Disse o moreno num misto de felicidade e rapidez antes de caminhar em direção a algum lugar sendo seguido pelo meu irmão, Isabelle e por mim, passamos por alguns corredores e entramos numa sala que somente podia ser o escritório do Alexander.

Magnus, Izzy e eu paramos centímetros depois de passarmos e fecharmos a porta enquanto o Alexander ia em direção a sua mesa sentando-se em frente a um jovem de cabelos negros, curtos e ondulados, ao ver aquele cabelo algo dentro de mim se remexeu e me pus à andar, sentindo os olhares de Izzy e Magnus nas minhas costas e pude ver o olhar confuso do Alexander enquanto eu me aproximava do rapaz sentado parando ao lado do mesmo somente para confirmar minha suspeita

-Você? É sério? O que diabos você está fazendo aqui Luiz? Você não deveria estar no Brasil junto da Cassandra? – Disse com o tom de voz elevado, tanto pela surpresa quanto pelo fato de ver aquele sorriso de canto que fez meu rosto se aquecer, só não soube dizer se de raiva ou de saudades de saber que eu era o motivo daquele sorriso

-Ah, Oi Alexy, como está sendo viver com seu irmão? Eu soube lá em Idris que ele é o feiticeiro mais poderoso de Nova York, que interessante, acho que a Clave ainda não sabe que você encontrou Asmodeus e nem que o Submundo ganhou outro filho dele como aquisição. – Dizia o moreno com o mesmo sorriso de canto, porém vi certa malicia em seus olhos castanhos, o que era novidade para mim, mas antes que eu o rebatesse Alexander se levantou de sua cadeira e se aproximou de nós dois colocando sua mão no ombro do Luiz

-Seu nome é Luiz Malakof correto? Vem de uma família com poucos Shadowhunters, porém ainda assim tem contatos no conselho da Clave para conseguir uma missão tão importante antes mesmo de ter se formado na academia, agora vamos ao que interessa, você foi mandado para cá pois falhou na sua missão de manter o meu cunhado sobre a vigilância da Clave não é mesmo? Agora vamos deixar as coisas bem claras por aqui, nossa fase de guerra com o Submundo passou e não graças a crianças como você, tivemos muito sangue derramado de ambos os lados, como diretor desse Instituto eu não permitirei que um mero novato ameace um submundano, ainda mais o irmão da pessoa que eu amo, estamos entendidos garoto? Ou prefere que eu relate insubordinação e comportamento agressivo para a Clave? – Alexander disse tudo aquilo com um olhar tão frio que não somente o Luiz suou frio, até mesmo eu fiquei nervoso pelas palavras dele e pelo olhar tão sem vida dirigido ao meu ex

-Sim...sim senhor, perdoe-me, não acontecerá novamente. – Ao dizer aquilo ele me olhou com certa tristeza e suspirou assim como eu e todos na sala

-Não peça perdão a mim e sim ao Alexy, você ameaçou contar a Clave que ele teve contato direto com Asmodeus, tem noção do que fazem com submundanos que já tiveram contato direto com um demônio? Eles torturam em busca de informações, que fique bem claro, se o fato do Alexandre ter tido contato com Asmodeus seja vazado, você será responsabilizado pois é o único aqui que sabe e que eu não confio...então fique de boca fechada sobre esse assunto ou nunca mais abrirá ela para nada a não ser para gritar enquanto nós lhe enterramos vivo. – Dizia o Alexander antes de dar um sorriso para mim, Magnus e Izzy que somente sorriram de volta sendo observados por mim e pelo Luiz que logo tratou de me olhar com desespero

-Desculpa Alexy, eu não sabia que a Clave agia assim, me desculpa, você sabe que eu nunca fiz nada para ver o seu mal...sei que agi mal em não lhe contar a verdade sobre mim e sobre você, mas eu não comecei a namorar você pelo fato de estar em missão, poderíamos ter sido somente amigos...mas eu gosto de você e você gosta de mim, eu sei, você não pode dizer que tudo o que vivemos foi mentira, você sabe que não foi, pode sentir isso assim como eu. – Dizia ele se levantando da cadeira e se aproximando de mim, seu rosto ficou tão perto do meu que pude sentir seu perfume amadeirado que eu tanto gostava, ficar tão próximo dele fez meu coração palpitar e ver o carinho e a paixão em seus olhos me fez sorrir, senti suas mãos se dirigirem a minha cintura e antes que eu pudesse falar algo senti seus lábios tocando os meus, o gosto doce da sua boca em contato com a minha, seu perfume, seu toque, tudo nele fez minha mente ficar nublada, então somente pus minhas mãos envolta do seu pescoço correspondendo o beijo, parando somente quando ouvi o som de um tossido

-Ãn...é, bem, Luiz eu...eu não sei, tudo o que vivemos eu sei que não foi uma mentira, mas descobrir toda a verdade daquele jeito me deixou muito magoado com você e a Cassandra, foi como ter uma faca cravada no meu peito, eu nunca amei alguém, então não sei se o que vivemos foi amor ou paixão, mas eu sei que era algo forte, não podemos simplesmente namorar por anos e dizer que não sentimos nada...eu só... – Falei tudo o que veio a minha mente, mesmo que não fizesse muito sentido, mas meu coração estava palpitando, o gosto e a sensação do beijo dele me trouxe as lembranças de nosso namoro que eu não sei se acabou ou não, eu estava me afastando lentamente dele mas senti duas mãos tocando meus ombros e ao olhar para cada uma percebi que eram o Magnus e a Izzy.

-Estamos indo dar uma volta, o que acha de vim conosco Luiz? Assim você já conhece a cidade e se desculpa direito com o Alexy pelo o que disse sem pensar. – Falava meu irmão o que fez eu, o Alexander e o Luiz ficarem confusos, porém o Luiz tratou de sorrir mostrando seus dentes perfeitamente brancos e alinhados o que me fez sorrir também e ao olhar para o Alexander pude ver que o mesmo sorria, tanto pelo fato de ter resolvido o que precisava quanto pelo fato de já estar liberado para dar a volta que tanto queria com meu irmão.

-Eu quero sim! Quer dizer...eu adoraria, não conheço Nova York e acho que o Alexy também não, seria um prazer e assim posso passar um tempo com o meu diabinho, se ele quiser que eu vá e se ele ainda me deixar chamar ele assim...sabe, depois de tudo o que aconteceu. – Dizia o Luiz me olhando com aquele olhar de cachorrinho que caiu do caminhão da mudança, ver aquela cena me fez dar uma risada e somente olhei para ele fazendo um biquinho.

-Eu deixo sim, mas só se você me der sorvete de morango, aí prometo pensar em lhe desculpar. – Falava com um biquinho de peixe que eu sabia que faria ele rir, mas não foi somente ele que riu, todos inclusive eu rimos do que eu fiz, então aproveitando que estávamos com ânimos melhores tratamos de sair do instituto e caminhar até um parque
 

 

 



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