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História O Artista - Obra dois: Retrado de uma Jovem Moça


Escrita por: finitelove

Notas do Autor


Eu não demorei para atualizar até, estou tão feliz com a fic e com os comentários positivos que tive logo no primeiro capítulo que parece que recebi um impulso extra! Eu agradeço cada palavra de vocês de coração <3
Personagens secundários da fic:
Kelly Chang - Arden Cho
Kit Chang - Harry Shum Jr.
Hall Peters - Joseph Gordon-Levitt
Boa leitura :*

Capítulo 2 - Obra dois: Retrado de uma Jovem Moça


Naquela manhã quando Heide pegou o metrô para ir para seu trabalho, tudo parecia diferente. Parecia quieto demais, parecia sombrio. Várias vezes as luzes de seu vagão se apagaram revelando apenas as luzes ofuscadas dos túneis antigos da linha de transporte, ninguém falava uma palavra, ou olhavam seus smartphones ou lia algum livro, apenas o barulho metálico dos trilhos em contato com o trem.

O barulho do metrô, a dispersão das pessoas, as luzes passando em alta velocidade diminuindo e aumentando a luminosidade do local fez com que aquele vagão fosse pequeno para ela, a mesma se sentiu incomodada com a situação, parecia que faltava ar em seus pulmões, ela se sentia pressionada contra as pessoas e não via a hora de tudo aquilo acabar e ela poder saltar para a estação pedida. O metrô foi ganhando mais velocidade, a mesma segura em uma barra para não cair, a mão esquerda livre começou a incomodá-la.

Heide sentiu a mesma mão tremer de um jeito diferente, a mulher começa encará-la, choques faziam seus músculos contraírem e sua mão tremer de forma diferente, não estava frio, ela não levava peso, por que isso? A mesma inquieta com aquele reflexo deposita o membro junto a outra e segura a barra de ferro, o choque trêmulo passou para sua perna direita e quase a mulher se desiquilibra caindo no local. Heide estava tremendo de forma que não conseguia se sustentar em pé e não sabia o porquê. A estação desejada chegou e a mulher salta desesperada pelo lugar, a sua mão ainda tremia de forma que a mesma não conseguiu segurar o telefone que tocava. De repente o espasmo passou e ela conseguiu se manter firme. Atendeu a ligação de Parker.

- Novack – ela começa a chamada.

- Novack, eu preciso de você agora no prédio!

- Estou na estação em três minutos estou na sua sala, mas você pode me adiantar alguma coisa?

- Ótimo, na frente do prédio tem um táxi, entre nele, estou te esperando. Seu trabalho como investigadora começou.

Aquilo não a fez se sentir melhor, ela ser agente, investigadora ou qualquer coisa não lhe davam mais tranquilidade depois da crise que teve no metrô, parecia que nem mesmo ela sabia colocar tudo sobre controle. Quando subiu as escadas revelando a sua movimentada, Heide parou por um instante e respirou fundo, mais alguns passos e já conseguiu avistar o táxi falado, a mesma entrou no veículo e encontrou Charles Parker com uma feição não muito amistosa, assim que a mulher entrou o motorista deu partida para o destino.

- Para onde vamos? – Heide pergunta.

- Hoxton – ele respondeu colocando seus óculos escuros – uma garota chamada Lizbeth Stevens morava com algumas amigas parece que ficou sozinha durante essa semana, hoje as amigas voltaram e a encontraram de uma forma bem... Inusitada.

- Inusitada como?

- Só vendo para te explicar.

- Você mandou a perícia para lá? – o mesmo assentiu – nossa faz tempo que não vejo os irmãos Chang – ele concordou. O trânsito não facilitou muito, eles demoraram um pouco mais de deviam, mas o trajeto todo Parker e Heide não falaram muitas palavras, ela continuava inquieta, sempre observando suas mãos que não davam nenhuma outra resposta. Ela precisava de foco, ia entrar em uma cena de crime.

O local situado no bairro periférico revelava um pequeno prédio antigo, demarcado por faixas de contenção por um perímetro e vários guardas tentando conter a curiosidade dos vizinhos, Heide checou pela última vez se suas mãos tremiam e entrou no pequeno local junto de Parker. A casa da vítima era pequena e bagunçada, um típico apartamento de estudantes, de longe ela pode ouvir o barulho dos flashes do casal de peritos. Kit e Kelly Chang fotografavam o corpo que se situava no chão, ao verem o casal de investigadores pararam seu trabalho.

- Oi gente – Kelly tentou dizer algo aos dois, mas a atenção foi dada ao corpo da vítima.

 Heide conseguiu se aproximar e ver claramente o que havia acontecido. Lizbeth Stevens estava estirada no chão, em uma posição meramente escolhida, sobre um pano de cortina preto por baixo, seus cabelos rubros estavam todos enfeitados com penas e pedrarias, ela usava um lindo vestido clássico, seus olhos estavam abertos e seu corpo virado de lado. ela parecia estar em uma pose fotográfica.

- O que houve aqui? – pergunta a investigadora.

- Ela foi encontrada assim há duas horas atrás, suas duas companheiras de quarto haviam acabado de chegar de uma viagem, vou interroga-las agora se me derem licença – respondeu Parker, o resto do grupo concordou e Parker saiu do quarto, em seu lugar um homem vestido de jaleco branco entrou no recinto. Hall Peters, o médico legista.

- Como ela chegou á esse ponto? – o homem pergunta.

- Acreditamos que foi enforcamento, mas as marcas não estão visíveis – começa Kit – ela com certeza sofre uma pancada na cabeça e depois ele a matou – o legista começou a analisar algumas partes do corpo, sem interferir na posição colocada.

- Precisamos leva-la para o necrotério, com certeza o assassino a vestiu. Ela já teria urinado ou defecado se estivesse vestida antes, a pessoa que fez isso cuidou dela antes.

- É uma pose de arte – Heide, que pouco havia falado tomou a voz no local – ela foi colocada igual á um quadro... Acho que é Botticelli – todos a olharam espantados.

- O assassino dessa garota recriou um quadro com o corpo dela? – pergunta Kit ainda desacreditado.

- Novack está certa – disse Kelly olhando seu smartphone – ela está na mesma pose de um quadro de Botticelli, para ser mais específica o quadro se chama “Retrato de uma Jovem Moça”.

- Precisamos agilizar tudo isso, quem fez isso tem potencial para fazer muito mais quadros – involuntariamente Heide soltou esse comentário e os peritos voltaram ao seu trabalho com rapidez, a mesma continuou observando tudo tentando entender o caso, logo a vítima foi levada ao necrotério e Parker voltou, o casal voltou para o prédio da Scotland Yard, juntos leram todos os relatórios possíveis para entender o caso.

- Lizbeth Stevens, dezenove anos, mora em Londres há dois anos para estudar, estado civil é solteira e os pais moram em Sheffield. As duas colegas de quarto foram viajar para o sul da França e ela ficaria três dias sozinhas, ninguém notou seu sumiço e quando hoje de manhã as duas voltaram a encontraram naquele estado. Confere? – Parker assentiu que sim.

- As duas pareciam estar muito abaladas, disseram que Lizbeth não tinha muitos amigos e sempre foi sozinha, não tinha namorado ou coisa assim, além disso não tinha inimigos. Lizbeth foi escolhida por uma pessoa desconhecida – Parker responde e a cabeça de Heide foi colocada para trabalhar.

- Parker me dê fotos recentes da vítima – o homem entrega uma foto da garota. Ela era pálida, olhos tímidos e cabelos ruivos, a investigadora analisou com muita exatidão cada detalhe da foto, foi quando uma luz começou a aparecer – Parker você tem o relatório de chamas de desaparecimento desse mês?

- Sim, mas o que isso tem a ver? – ele pergunta coçando a cabeça.

- Nesse mês houve alguma chamada de garotas jovens, ruivas, uns dezoito anos por aí?

- Posso verificar agora – o homem colocou-se na frente de seu notebook e começou a digitar algumas palavras, logo ele tinha uma lista de desaparecidos – você está procurando garotas ruivas e mais jovens... Bem, nesse mês foi notificado três desaparecimentos que batem com esse perfil – a mulher foi junto de Parker verificar os dados, de fato.

- Três garotas com o mesmo perfil de Lizbeth Stevens. Ele precisava treinar, para conseguir chegar a obra-prima, o quadro certo. Ele conseguiu – Heide solta essas palavras. Nesse momento Hall entra pela porta sem ser convidado, pela primeira vez Heide e ele se encaram certamente, já havia passado dois anos. Hall e Heide quase se envolveram em um caso amoroso, nada ocorreu pois a mulher queria que o convívio dos dois fosse apenas profissional, depois disso tudo pareceu distante entre eles, até mesmo encontros por acaso se tornaram bem incômodos, algo mal resolvido. Porém eles precisavam deixar isso para lá e seguir o caso.

- Eu trouxe o primeiro relatório da perícia – ele disse quebrando o silêncio – Lizbeth recebeu uma pancada na pancada que a fez desmaiar, ela foi levada até o banheiro de sua casa aonde foi estrangulada até a morte. Lá foi lavada e vestida do jeito que estava, encontramos sabão e sais de banho em seu corpo, a pessoa que fez isso foi muito cuidadosa e metódica.

- Estamos lidando com um serial killer – interrompe Heide fazendo os dois homens da sala se calarem.

- Devo dar o alerta? – Parker pergunta.

- Sim, nesse exato momento estamos lidando com um psicopata que tentará recriar mais quadros em breve.


Notas Finais


Quadro inspirado no crime: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5a/Sandro_Botticelli_069.jpg/250px-Sandro_Botticelli_069.jpg
Eu achei meio ameno esse capítulo, o Caleb não apareceu porque no próximo capítulo ele aparecerá e enfim teremos o encontro de Heide e Caleb huhuhu
Espero que tenham gostado :))
xxxxx dessa coruja


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