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História O baile de máscaras - Dar uma de Cinderela


Escrita por: Liberum

Notas do Autor


Oe amoressss.....
Eu estava lendo umas fics ai e tive uma super imensa vontade de escrever uma de Miraculous... Como eu sei que não teria tempo de fazer uma fic grandenha eu optei por fazer essa shot que eu acho que ficou um amorzinho <3
Espero que gostem, Kissus <3

Capítulo 1 - Dar uma de Cinderela


- Marinette querida você recebeu um convite para um baile esta noite. – Disse minha mãe entrando pela sala com o avental cheio de farinha e aquele doce cheiro de croissants.

- Eu não vou a bailes mãe, você sabe muito bem. – Respirei fundo enquanto me acomodava mais no sofá.

- Você deveria ir, vai ser divertido. Além do mais, eu e o seu pai iremos sair hoje à noite para um jantar, e você já fica sozinha demais nessa casa. – Minha mãe se sentou ao meu lado com aqueles olhos brilhantes me mandando indiretamente dar uma de cinderela essa noite.

- Então eu não tenho muita opção, não é? – Respirei fundo mais uma vez.

- Ah não fique assim, Alya ira também, vão se divertir. – Ela sorriu radiante enquanto voltava para a cozinha – Vá comprar seu vestido, porque se não me engano o baile é as 8 e você deveria chegar na hora certa pelo menos uma vez na sua vida. – Ela gritou da cozinha.

- Obrigada pelo incentivo mãe. – Desliguei a TV em seguida.

 Subi ao meu quarto e me deparei com aquelas milhares de fotos do Adrien. Nunca foi minha intenção parecer desesperada, ou o amar platonicamente, mas olhando agora para essas fotos eu não entendo muito bem o motivo disso. Sim, ele sempre foi uma pessoa educada e gentil comigo, mas o que poderia evoluir disso. Sem contar com o fato de que eu não consigo trocar ao menos três palavras com ele sem parecer uma completa idiota.

 Talvez hoje fosse mesmo um dia para tentar coisas novas. Talvez eu precisasse ser alguém diferente. Pelo menos uma vez.

 Tirei foto por foto que estava em meu quarto, troquei de roupa, peguei minha carteira, e antes de sair de casa acabei soltando os cabelos, simplesmente pelo fato de que hoje seria o meu dia de quebra as regras. Tentaria não ser desastrada, ou até mesmo azarada o que era o meu usual. Eu conseguiria, por pelo menos um dia eu conseguiria.

 Assim que saí da confeitaria ouço meu telefone tocar.

Cell On

- Marinette você vai vir ou não ao shopping comprar um vestido? – Alya mantinha aquele tom arrogante que já me era familiar.

- Eu já estou indo okay. – Dobrei as esquinas andando o mais rápido que podia – Pera, como você sabia que eu iria para o baile?

- Porque sua mãe tem ótimos argumentos, e porque você fica inebriada com cheiro de croissants de manhã. – É, isso era verdade – E bem, se a sua mãe não te convencesse eu ia te obrigar de qualquer maneira.

- Touché. – Avistei o shopping logo a frente – Você já está na loja?

- Não, eu estou na praça de alimentação.

- Já to chegando, compra umas batatas para mim? – E então ela desligou na minha cara.

Cell Off

- Depois ela vem com aquele papo de amiga. – Resmunguei comigo mesma.

 Andei um pouco mais rápido.

 Isso não conta como atraso já que quem marcou isso foi minha mãe. Eu gostava de pensar assim de vez em quando, me fazia sentir que eu não era completamente um caso perdido.

 Depois de mais uns três minutos de uma corrida leve eu me encontrava no meio da praça de alimentação, e Alya me esperava com batatas fritas. Ela sempre foi uma boa amiga.

- Isso daqui é para você, mas você não merece! – Ela fez um bico e colocou o pacotinho com batatas na minha mão - Eu sei que você me xingou quando eu desliguei na sua cara. – E então começamos a andar lado a lado.

 Como definir minha amizade com ela? Era sempre assim. Conturbado, com arrogâncias e atrasos, mas sempre com companheirismo. As amizades não deviam ser assim? Sempre com companheirismo acima de tudo...? Eu gostava de pensar que sim.

- Você está bonita de cabelo solto. Essa confiança toda é para chegar no boy? – Ela me empurrou de leve.

- Não vou chegar em boy nenhum. Não tem boy. – Fiz um biquinho enquanto andávamos rumo a nossa loja favorita.

- A Marinette não zoa com a minha cara, todo mundo sabe que você gosta do Adrien, acho que até ele sabe.... Você não é boa em disfarçar. – Ela debochou, mas não era maldoso, era simplesmente a verdade.

- Bom, independente dos meus sentimentos no passado…. – Comecei, mas fui interrompida.

- Você quer dizer ontem? – Ela pigarreou.

- Independente dos meus sentimentos de Ontem – A encarei – Eu decidi que hoje eu não vou tentar algo, ou se quer falar com ele. Vamos deixar esse dia limitado a apenas eu e você pode ser?

 Alya me encarou perguntando silenciosamente o que havia de errado em mim naquele dia, e logo depois sua expressão mudou para uma de desafio como se ela soubesse que eu não seria capaz de cumprir essa proeza.

- Ué, pode né. – Ela deu de ombros.

- Mas e você e o Nino? – Provoquei.

- Não começa Marinette.

 E então já estávamos na frente da loja.

- Tem alguma especificação do que será esse baile? – Perguntei enquanto dava uma rápida olhada nos vestidos da loja.

- Você não leu o convite? – Ela me olhou incrédula - Só você! Enfim, e um baile de máscaras. Você sabe onde vai ser? – Ela me olhou sugestiva.

- Alya é sério eu não vi o convite, minha mãe que me falou dele.

- Vai ser da mansão dos Bourgeois - Ela riu.

- Na casa da Chloe? – Ri ainda mais – Como a gente foi convidada para esse baile mesmo? – Okay agora eu não estava acreditando. Fatídico dia para coisas impressionantes ocorrerem.

- O agente do pai dela acabou convidando todo mundo da nossa sala, porque a Chloe é uma pessoa tão popular, e todo mundo ama tanto ela. – Alya disse irônica me arrancando gargalhadas tão naturais – Para você ver.

- Ual. Por essa eu não esperava. – Paramos diante de uma arara de vestidos – O que você tem em mente para hoje?

- Eu não sei. Como é um baile de máscaras e os Bourgeois tem fama de fazer tudo num estilo muito rustico beirando um medieval eu gostaria de um vestido de época só que um pouco modernizado – Ela sorriu diante do vestido – Eu estava pensando em um tom champanhe como esse – Ela colocou o belo vestido em sua frente e deu uma rodada – Acende minha pele. – Ela sorriu consigo mesma – Mas e você, no que está pensando? Um branco com flores, um rosa?

- Na verdade eu queria um vestido vermelho. – Disse com um sorriso de lado.

- Nossa a senhorita está mesmo diferente hoje. – Alya me sorriu – Você sabe que tudo tem um significado não sabe? Você acredita?

- Acredita em que? – Perguntei enquanto andava pelos corredores da enorme loja.

- No destino, de que não existe acaso. – Ela pegou uns três vestidos e colocou pendurado em seu braço.

- Meio que acredito. – Dei de ombros enquanto Alya seguia para o vestuário.

 Ainda não tinha me decidido, e enquanto procurava o vestido as palavras de Alya não saiam de minha cabeça. Estava super distraída quando uma atendente chega, me assustando do nada.

- Posso ajudar? – Ela disse com um sorriso um tanto enigmático.

- Ah bem, não precisa se preocupar eu só estou em busca de um vestido. – Sorri de forma gentil.

- Eu acho que sei exatamente o que procura. – Mais uma vez aquele sorriso misterioso que me deixava curiosa – Você está procurando o vestido perfeito para o baile dos Bourgeois? – Ela disse rápido.

- Sim eu estou.

- Venha comigo, acho que tenho algo que vai combinar exatamente com você. – A linda moça de cabelos pretos com umas mechas vermelhas foi me guiando em meio aos corredores até que parou de frente a uma porta a qual eu nunca havia reparado na loja. – Pode entrar – Ela disse enquanto andava em meio ao pequeno quartinho arrumadinho, com algumas caixas e uns cabides pendurados. – Aqui está! – Ela pegou um cabide com uma capa e colocou nas minhas mãos. – Tenho certeza que irá servir.

- Obrigada. – Achei muito estranho essa atitude, mas não vi maldade, havia algo nela que me fazia confiar plenamente em suas escolhas.

 Saímos do quartinho e ela me guiou até o lugar onde eu estava antes, Alya parecia ainda não ter saído do provador, até porque três vestidos é muita coisa para se experimentar, ainda mais com aquela proporção.

- Ah, eu já estava me esquecendo! – Ela tirou uma máscara vermelha de bolinhas pretas de uma pequena bolsa que carregava, e acabei me dando conta que o vestido devia ter essas cores – Aqui está.

- Olha muito obrigada, eu nem sei como agradecer. Na verdade, nem sei seu nome. – Eu se quer havia perguntado.

- Me chamam de Tikki. – Ela sorriu e seus olhos brilharam de uma forma enigmática.

 Há vi saindo pelos corredores e logo Alya apareceu.

- Ta olhando para onde Marinette? – Alya me perguntou olhando na direção que eu olhava.

- Nada, só algo estranho aconteceu. – Sorri sozinha, eu devia estar parecendo uma lesada.

- Coisas estranhas sempre acontecem com você. – Ela riu e eu acabei me contagiando com a sua risada.

- É você tem razão....

- Mas vamos logo ao caixa porque já perdemos tempo demais aqui. – Logo vi que tinha apenas um vestido em sua mão, mas ele já estava coberto com aquela capa de cabide.

- Não vai deixar eu ver o seu vestido? – Perguntei com cara de cachorrinho.

- Não, e eu nem quero ver o seu, se não vai perder a magia. – Ela correu para o caixa e eu fui atrás dela.

 Alya logo passou o vestido dizendo o nome da vendedora que havia a ajudado e logo foi a minha vez.

- A Tikki que me ajudou com esse vestido. – Sorri entregando o cabide a ela.

- Senhorita me desculpe, mas não há ninguém com esse nome aqui. – Ela me olhou como se eu estivesse inventando.

- Tikki, com cabelos pretos e mechas vermelhas. – Tentei mais uma vez.

- Sinto muito senhorita, mas realmente não há ninguém com esse nome por aqui! – Assenti com a cabeça achando aquilo muito estranho – Esse vestido já está pago muito obrigada, é só levar.

- Mas eu não paguei. – A olhei sem entender.

- Não, você já pagou, olha.... – Ela me apontou o computador e lá estava escrito que eu tinha comprado esse vestido a uns dois dias e que hoje estava marcado para eu vir busca-lo – Não se lembra?

- Ah, eu havia esquecido, obrigada... – Peguei o vestido e sai da loja.

 Como eu havia comprado um vestido de dois mil dólares com dois dias de antecedência para um baile ao qual eu nem sabia que iria?

 Não sei se eu agradecia pelos acontecimentos extraordinários ou se eu me assustava. Para falar a verdade eu nem tinha visto o vestido de fato, para falar a verdade eu nem sei se ele cabe.

 Eu e Alya saímos da loja e eu acabei por contar tudo o que havia acontecido.

- Garota você está sortuda hoje, aproveita. – Ela me encorajou enquanto tomávamos sorvete – Pensa assim, talvez essa Tikki seja sua fada madrinha, você é como uma cinderela dos dias atuais.

 Eu poderia contestar, mas tudo estava tão fora dos padrões esse dia que eu achei melhor simplesmente concordar.

 Como ainda estávamos com tempo acabamos vendo uma sessão de cinema e logo em seguida fomos para casa nos arrumar.

 Quando cheguei em casa meus pais já não estavam e em cima da mesa estava apenas um bilhete escrito:

 “Aproveite sua noite de princesa minha querida, acredite que um baile pode mudar sua vida ou o seu modo de ver a vida....

 Se permita viver essa noite.

Ps: Joaninhas dão sorte.

Ps²: Nunca tire os olhos do gato

Ps³: Não se esqueça do beijo a meia noite”

 Okay, minha mãe era estranha, ou talvez o dia esteja estranho. O que ela quer dizer com joaninhas e gatos? Mon Dieu o que ela quer dizer com beijo a meia noite?

 Meditei por uns segundos sobre como tudo parecia meio maluco e subitamente me pego olhando as horas, já eram 6 horas. Eu tinha duas horas para me arrumar.

 Subi para o meu quarto e coloquei o cabide em cima da cama. Entrei no banheiro e tomei um banho sem pressa. Acabei me dando conta que ainda não havia visto o vestido.

 Sai do banheiro enrolada na toalha e da minha janela aberta pude avistar um gato preto com olhos verdes me encarando. Seus olhos brilhavam de uma intensidade um tanto familiar, como... como.... Como os de Tikki. Pensar nisso me fez arrepiar, a porta do banheiro acabou fechando com força por causa de uma brisa de vento, e foi só eu olhar para trás e logo em seguida a frente e o gato não estava mais lá. Como eu disse o dia estava sendo estranho.

 Respirei fundo e fui em direção a minha cama onde estava o vestido misterioso.

 Abri o zíper devagar e então eu o vi. Ele era tomara que caia e inteiramente vermelho, sendo que no decote havia uma faixa preta que ia descendo com bolinhas pretas pelo vestido, era estilo princesa. Junto com o vestido vinha as luvas também preta que vão até o cotovelo, e aquela mascara vermelha de bolinhas pretas. Percebi que em um saquinho separado dentro da capa do vestido tinha um sapato escarpam preto e por incrível que pareça, era meu número.

 Assim que me vesti tive a sensação de que o vestido havia sido feito exclusivamente para mim, como se tivesse sido planejado com as minhas medidas desde de o começo. Me olhei para o espelho um tanto embasbacada. Não estava acostumada a me ver tão bonita.

 Acabei fazendo uma trança na parte de trás do meu cabelo e deixei alguns fios soltos juntamente com minha franja.

 Coloquei aquela máscara e então me dei conta de que eu estava bem diferente do que eu era por fora, porém, muito similar ao que eu era por dentro.

 Olhei para a capa de cabide indo a guardar no armário e vi que ali dentro ainda tinha uma pequena bolsinha bem igual ao da atendente misteriosa, e vi que dentro dela tinha um bilhete.

“De flor em flor voa a joaninha.

Hoje você representa a sorte, e cada sorte tem acompanhada o seu azar. Você irá encontra-lo hoje à noite, e equilíbrio para o seu mundo você encontrará....

Nada sela tão bem um destino como um beijo a meia noite.

-T ”

 Profecias estranhas.

 Aquele T é claramente de Tikki, mas pelo visto ela nem existe. Talvez eu só esteja maluca. Outra coisa que eu não entendo e essa parada de beijo. Eu não consigo nem formar uma frase perto do garoto que eu gosto, como eu vou beijar alguém?

 Meus pensamentos são interrompidos pela segunda vez no dia com o toque do celular. Com certeza era a Alya.

Cell On

- Eu não estou atrasada! – Disse assim que peguei o telefone e encarei o relógio para perceber que eu tinha uns vinte minutos para chegar na festa.

- Eu sei, só estou avisando que é para a gente se encontrar na frente da mansão as 8, não quero entrar sozinha no covil da Chloe. – A voz de Alya estava um pouco agitada.

- Tudo bem. Estou saindo de casa agora. – Peguei minhas chaves e documentos e coloquei na bolsinha enquanto ia descendo as escadas.

- Eu também to, nós nos vemos lá. Beijos. – Ela desligou o telefone e eu já estava na porta da confeitaria.

Cell Off

 Não demorou muito e eu já estava na frente a mansão dos Bourgeois, vi que Alya estava perto do grande portão.

 Ela acabou comprando aquele vestido champanhe, onde o corpete dava um estilo moderno e ao mesmo tempo medieval e seu cabelo estava solto de um lado só. Ela estava radiante.

- Ual, isso tudo é para o Nino? – Brinquei com ela, que possessa se virou pronta para me xingar e então perdeu a fala.

 Ficamos alguns minutos em silêncio e eu já estava começando a ficar assustada.

- O que foi Alya? Fala alguma coisa. – Sorri nervosa, o silêncio dela estava começando a me constranger.

- Marinette, você está linda, e eu não digo isso da boca para fora. – Ela se aproximou de mim e sorriu marota – Chloe vai ficar muito irritada com você por roubar todos os fleches dela essa noite.

- Acho que eu mereço um dia de cinderela não é mesmo? – Sorri enquanto enganchava meu braço no dela, e íamos andando devagar até a entrada da mansão.

- Eu juro que ninguém vai te reconhecer desse jeito! – Ela falou ainda empolgada.

- É a máscara. – Brinquei.

- Eu to falando sério! – Ela me encarou por dois segundos.

 Chegamos na portaria e entregamos nossos convites.

- E então, quem é você essa noite? – Ela me perguntou assim que entramos no grande salão.

- Essa noite eu sou a sorte.... – Sorri de lado como se algo que me fosse fundamental começasse a fazer sentindo.

- Uuuuh, eu gostei. – Ela riu brincalhona – Bom, eu sou a Milady.... – Ela foi interrompida.

- Boa noite, - Disse um rapaz moreno de smoking ao qual eu podia jurar que era o Nino – Me daria a honra dessa dança Milady? – Ele olhou dentro dos olhos dela de uma maneira tão intensa que eu mesma me senti corar.

 Alya me olhou com os olhos esbugalhados, um misto de medo com felicidade.

- Com certeza. – Ela tentou soar o mais nobre que sua voz agitada permitia.

 E então poucos minutos depois eu a vi rodopiando pelo salão, como se ela dançasse ali em todos os bailes. Eles dançavam de uma forma sincronizada como se já conhecessem a sintonia um do outro, e por meros segundos me permiti sentir inveja de minha amiga que sorria feliz e se apaixonava em uma noite perfeita como essa era.

 Sorri comigo mesma feliz por Alya, e me dei conta dos olhares que estavam sobre mim, e por mais estranho que seja admitir isso, eram muitos. Sorri educadamente e me direcionei a uma das janelas que ficava do outro lado da porta de entrada.

 A lua estava cheia, e a Torre Eiffel parecia tão magnifica. Era a típica noite de amor em Paris. O som das cordas no salão fazia você querer entrar nessa bolha de amor que Paris era, e pela primeira vez eu sentia vontade de entrar nessa bolha.

 Acabei pensando naquele bilhete “Hoje você representa a sorte, e cada sorte tem acompanhada o seu azar”

- Bom, se hoje eu sou a sorte, - Murmurei comigo mesma enquanto me virava para ver as danças e a entrada da porta do salão – Quem poderia ser.... – E então eu o vi. Ele também usava um smoking, seus cabelos loiros pareciam macios e seus olhos verdes reluziam tanto que eu os enxergava mesmo de onde eu estava - Ah, ele é o azar. – Constatei assim que nossos olhos se encontraram e tive um breve arrepio me lembrando daquele gato.

 Eu não ia quebrar o contato visual, não ia desviar, e se ele não fosse até mim eu não teria medo de ir até ele. Porém, ele era o azar. Não demorou dois segundos e Chloe se agarrou em seu braço, bem, ele parecia ser um parceiro a altura para ela.

 Chloe estava vestida como a abelha rainha que era. O vestido amarelo com linhas pretas a deixavam elegante e ela roubara muitos olhares com o cabelo solto em cascatas em suas costas.

 A vi grudando no braço do azar e puxando ele para uma dança. Acabei por observa-los também, enquanto observava Alya. Gostaria que alguém me chamasse para dançar, mas ninguém o fazia.

 Quando estava cogitando seriamente em ir embora um menino vem em minha direção. Ele era um pouco mais alto que eu e possuía cabelos ruivos.

- Me daria a honra de me acompanhar nessa dança Marinette? – Pelo tom de voz eu já sabia que se tratava de Nathaniel.

- Como sabe que eu sou a Marinette? – Perguntei lhe estendendo a mão.

- Eu reconheceria seus olhos sob qualquer circunstância. – Ele segurou a minha mão, e posicionou sua outra mão em minhas costas me guiando lentamente aos passos sincronizados.

- Obrigada pelo elogio Nathaniel. – Sorri de lado.

- Como você sabe que sou eu? – Ele perguntou um tanto surpreso.

- O cabelo te entregou! – Sorri gentil enquanto dançávamos musica após música.

 As danças não eram difíceis, porém chegou uma na qual trocávamos de par.

 Assim que Nathaniel se foi, Nino chegou em seu lugar.

- E então, vai se declarar quando para a Alya? – Perguntei séria, mesmo essa pose não fazendo nem um pouco o meu estilo.

- Logo, logo.... Eu gosto de surpreender, já tenho algo em mente... – Ele sorriu – E você e o Adrien?

- Não tem eu e Adrien. – Revirei os olhos.

- A vai Marinette, o que falta para algo acontecer entre vocês? – Ele perguntou enquanto me girava.

- Basicamente falta ele. Ele todo. – Ri de minha própria piada.

- Bem, quem sabe as coisas não mudam? A noite ainda não acabou. – Ele piscou para mim enquanto trocava de par.

 Logo reconheci que era o azar. Ou devo dizer Adrien? Por mais que usássemos máscaras, ou brincássemos de não sermos nós mesmos durante o dia, não significava que não nos conhecíamos por dentro.

 Diferente dos outros pares, sua mão em minha cintura era firme, quente e me trazia para perto. Ele não tinha medo de me trazer para perto.

- Boa noite my lady. – Ele sorriu de um modo cafajeste que combinava muito bem com essa imagem de gato de rua arrumadinho.

- Boa noite. – Por incrível que pareça eu não gaguejei, e parecia que eu não iria gaguejar uma vez essa noite.

- Eu estou tentando bolar algo inteligente ou galante para te dizer desde que eu te vi, mas não to conseguindo raciocinar. – Ele riu baixo – Você está linda.

- Obrigada. – Sorri de lado mordendo o meu lábio para tentar controlar o sorriso gigante que eu queria dar.

 Dançamos em silêncio após isso, e ele fez de tudo para não mudar de par, e conseguiu.

- Chloe vai ficar possessa quando perceber que você não está trocando de par. – Disse baixo.

- Tudo bem, eu posso lidar com isso. – Ele deu de ombros.

 Logo as coreografias foram cessadas e todos dançavam agarradinhos como queriam.

 Não sei onde achei confiança, mas coloquei meus braços ao redor do pescoço de Adrien e olhei firme em seus olhos, quase tão firmes quanto suas mãos em minha cintura.

- O que deu em você hoje? – Ele perguntava baixinho pois seu rosto estava muito perto do meu. Mais perto do que jamais esteve.

- Eu não sei. – Sussurrei de volta – É algo ruim?

- Não, nem perto disso. – Ele me girou devagar e logo me inclinou quase que dramaticamente. E foi então que eu percebi que éramos os únicos que dançavam pelo salão.

- Me acompanha? – Ele estendeu seu braço e eu logo o segurei, enquanto ele me levava até a varanda que dava de frente a Torre Eiffel.

 A lua já tinha se centralizado no céu puramente negro, a torre brilhava, e é como se meu corpo absorvesse cada parte daquela noite, cada pequeno detalhe até mesmo irrelevante. É como se eu tivesse nascido apenas para provar dessas sensações.

 Eu estava observando tudo a minha volta, e quando de relance meus olhos passaram por Adrien eu percebi que ele me olhava profundamente.

 Sorri sem graça abaixando a cabeça e depois olhando em seus olhos.

- Está me deixando envergonhada, não sei lidar com esse tipo de atenção. – Olhei para baixo rapidamente, eu não sabia se conseguiria sustentar o olhar.

- Hey – Senti sua mão erguendo meu rosto delicadamente – Só estou falando a verdade.

- Mas e então, porque me trouxe aqui? – Mudei de assunto enquanto encostava no batente e o olhava.

- Eu não sei, eu queria ficar a sós com você. – Adrien mexeu nos cabelos como se buscasse um sentido para seus atos.

- Porque queria? – Me aproximei dele totalmente inconsciente disso.

- Porque eu queria tentar uma coisa. – Ele colocou um fio solto de meu cabelo atrás de minha orelha.

- Que coisa? – Minha voz saiu tão baixa que eu mesma não tinha certeza se havia me ouvido.

 Adrien acariciou minhas bochechas de leve, levando suas mãos a lateral de meu rosto e devagar tirou minha máscara.

- Primeiro eu precisava ver seu rosto – Ele sussurrava enquanto seu nariz quase tocava o meu.

- E segundo? – Olhei dentro de seus olhos verdes e senti batidas do meu coração falharem, senti respirações pararem. Senti seus lábios tocando os meus ao mesmo tempo que ouvi a primeira badalada. Eu não havia me dado conta que já era meia noite. Sua mão se prendeu a minha cintura como se ele tivesse feito esse ato milhões de vezes, eu agarrava o seu cabelo de uma forma íntima demais para algo que ocorria pela primeira vez e tudo parecia em câmera lenta enquanto se seguia rápido demais.

 Seus lábios se separaram dos meus, mas eu não queria que se separassem, o puxei de novo me inebriando naquela sensação que era o ter em meus braços, coisa que eu achei que não seria possível, mas naquele momento era.

Eu podia fechar olhos e me iludir dizendo que era um sonho, mas era real, era real a ponto deu sentir cada calafrio, e cada suspiro que eu soltava sem querer.

 Nos separamos e dessa vez recuperávamos o folego.

- Eu acho que eu tenho que ir embora. – Disse meio sem ação. A meia noite apresentava a sua última badalada e me atingia em cheio. Eu percebi que eu realmente era Marinette.

 Não uma brincadeira, ou sorte ou uma joaninha, eu era apenas eu, e eu não sabia reagir a isso, e tampouco ele saberia reagir no dia seguinte.

 Andei às pressas pelo salão sem olhar para trás, porque eu sabia que se olhasse ele estaria lá e então seria pior, eu não saberia o que fazer e me sentiria mais perdida do que já estava.

 Sai da mansão e acabei tropeçando no vestido e caindo no jardim. É, eu tinha voltado com força total.

 Não demorou muito e eu estava em casa. Tomei um banho e respirei fundo tentando assimilar tudo o que tinha acontecido que parecia que nunca iria acontecer.

 Uma chuva forte começou a cair e logo em seguida eu recebi uma mensagem dos meus pais avisando que devido a chuva eles dormiriam em algum hotel.

- Só Paris para chover assim do nada... – Falava sozinha enquanto ia para o meu quarto – A noite estava tão bonita, não parecia que ia chover.

 Abri a porta do meu quarto, como eu ficaria sozinha durante a noite optei por colocar apenas uma blusa para dormir.

 Estava indo fechar a varanda quando sinto uma mão encostar na minha.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH. – Eu normalmente não sou de gritar, mas eu estava sozinha em casa e estava chovendo. Quem poderia estar na minha varanda?

- Não grite My Lady. – Adrien me olhava com o cabelo todo molhado e o smoking ensopado.

- O que você está fazendo aqui? Como achou a minha casa? Porque você veio? Eu não to entendendo! – Eu devo ter começado a falar muito rápido pois ele me olhou assustado.

- Posso entrar primeiro? – Ele perguntou sorrindo maroto.

 O deixei entrar e fechei a porta em seguida.

- Antes que você faça mais perguntas, deixa eu explicar. – Adrien tirou o paletó e abriu uns botões da camisa – Você fugiu do nada, o que é bem pior do que você gaguejar ou me bater, sei lá, e então eu vim atrás de você. Alya me deu seu endereço, e bem ia ser estranho se eu batesse na porta.

- Ah, mas não seria estranho entrar pela varanda. – O olhei inquisitiva.

- Porque fugiu? – Rapidamente fiquei séria.

 Eu na verdade não sabia, quer dizer, eu sabia.

- Eu só tive medo. – Torci minha blusa com as mãos. Eu estava nervosa.

- Medo do que, sou só eu. – Ele se aproximou de mim.

- Exatamente por ser só você. – Percebi que ele ainda mantinha a máscara.

- Olha eu não vou esquecer de você no dia seguinte. Não vou brincar com seu coração. – Ele me olhou sério.

- E quem me garante, você é modelo, popular, você é o tipo de garoto que não ficaria comigo. Eu não sou nem metade do que alguém deveria ser para estar ao seu lado. – Era isso o que rondava minha mente desde que ele me beijou. Eu simplesmente não era o suficiente para ele.

- Olha, - Não tinha me dado conta do quanto ele havia se aproximado até olhar para cima e o encontrar na minha frente – Deixa que eu decido isso. – E ele me beijou novamente.

 Eu não sabia porque, mas sentia um calor me preenchendo enquanto ele ia me beijando, enquanto suas mãos tocavam minha cintura e ele gentilmente me aconchegava em si.

 Talvez esse seria o momento onde eu deixava as coisas acontecerem. Eu não estava mais com medo.

 Seus lábios foram descendo devagar pelo meu pescoço e senti suas mãos subindo minha blusa, a única peça de roupa que eu mantinha, e simples assim eu estava exposta, apenas com minha lingirie.

 Não sei de onde tirei coragem, mas devagar comecei a desabotoar os últimos botões de sua camisa arrancando aquela blusa em seguida. Ele não demorou muito e se livrou de sua calça.

 Algo em minha mente gritava dizendo que estávamos indo rápido demais, mas sinceramente eu não ligava.

 Adrien foi me guiando até chegarmos em minha cama. Ele se colocou a cima de mim e então nossos olhos se encontraram.

- Eu nunca fiz isso. – Disse um tanto nervosa, enquanto me ajoelhava.

- Eu também não. – Ele sorriu enquanto se ajoelhava.

 Não sei o motivo mais começamos a rir de uma maneira boba, até que os risos foram cessando. E então logo fomos nos aproximando e seus lábios doces tocavam minha pele, descendo pelo pescoço, clavícula, chegando aos seios e logo voltando a minha boca, enquanto ele me deitava novamente e tirava a última peça de roupa que me restava e em seguida tirava a sua.

 Seus olhos se fixaram aos meus e então o sentir devagar entrando em mim. A ardência logo se fez presente e acabei soltando um gemido de dor. Ele devagar foi se encaixando até se colocar por inteiro e então ficou parado para que eu me acostumasse.

- Você confia em mim? – Ele perguntou olhando em meus olhos ainda parado.

- Eu confio. – Disse num fio de voz. Estava começando a me acostumar.

- Você me ama? – Ele perguntou mais próximo de meu rosto.

- Sim. – Eu disse baixo e ele selou nossos lábios enquanto começava a se movimentar devagar dentro de mim.

 A sensação de dor era logo substituída por prazer, e eu sentia o suor descendo por nossas peles, naquele momento não éramos duas pessoas, mas apenas uma. A velocidade em que nos chocávamos só aumentava mediante ao nosso desejo, porque ali onde estávamos nós nos desejávamos, e eu ainda não conseguia acreditar.

 Não demorou muito e começamos a sentir leves espasmos pelo corpo e então havia acabado. Ele saiu de dentro de mim enquanto ainda ofegávamos e tentávamos recuperar o folego.

 Adrien me puxou para que eu deitasse em seu peito e ali eu fiquei.

 Não demorou muito e ele já havia pegado no sono, e sem perceber eu sorria sozinha. Me aproximei devagar de seu rosto e tirei a sua máscara e só conseguia lembrar do bilhete de minha mãe dizendo para que eu não tirasse os olhos do gato.

 

 É, acho que não vou tirar os olhos dele por um bom tempo...


Notas Finais


Bom pessoinhas, desculpe qualquer erro, e bem se gostarem estamos ai u.u
Até :3


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