Fui Andando pelas sombras- Igual o Nico Di Angelo – o seguindo até o local. Lá ele sentou em um banco, continuando de cabeça baixa, atendeu o seu celular que acabara de tocar.
- Me deixa em paz!! Você não se enxerga não? - Disse irritado.
- É. Tem razão, talvez eu esteja mesmo, mas você não tem nada a ver com isso não é mesmo? Agora se me der licença tenho coisa melhor pra fazer do que ficar aqui ouvindo ruídos de uma rata. Desligou.
Fiquei alguns minutos o observando de traz de uma árvore –Que ligação mais estranha- ninguém apareceu, então presumi que ele estava sozinho. Caminhei até a parte de traz do banco e parei, estava tomando coragem para falar com ele, mas não precisei de muito tempo para isso, porque ele olhou para cima e me viu, mas não esboçou nenhuma expressão.
-Você... Por que não estou surpreso? – Disse voltando seu olhar para frente. Ele bateu uma das mãos no banco, indicando para que me sentasse ao seu lado. Foi o que fiz. Não disse nada, só fiquei ali em silêncio.
- Pode começar, o que quer saber? – Disse olhando para mim. Eu engoli seco, não estava preparada para isso. Sério, não estava nem levando fé que eu conseguiria fazer uma aproximação.
-É... Eu... Bom... – Pigarreei – Estava passando e vi você aqui, então... É isso!
- Claro, super normal andar na rua altas horas da noite de pijama de unicórnio – Ele falou isso sem nenhum pingo de ironia ou sarcasmo na voz. Parecia um tanto quanto desanimado.
-Não acredito! – Falei surpresa analisando meu traje. Ele riu baixo.
- Ainda continua linda, pode ter certeza- Disse em um tom tranquilo.
- Que? Eu ouvi bem? Quem é você e o que fez com o Jongin? –Falei com os olhos arregalados.
- Não sou tão terrível assim, até parece que sou algum tipo de monstro, mas eu entendo o porquê dessa imagem que você tem de mim – Disse voltando seu olhar para o chão.
-Jongin... – Repousei minha mão direita em seu ombro – Você está bem? – Falei preocupada. Ele soltou um longo suspiro.
- Tá tão evidente assim.
- Qual o problema? – Perguntei. Ele ficou em silêncio por um tempo antes de responder.
- Família...
- É tão barra pesada assim? Por isso veio aqui agora?
- Sim.
- Não precisa me contar nada se não quiser...
- Tudo bem, o problema é com meu pai, ele não tem limites, minha mãe discute com ele sempre e tudo acaba em bebida, e bebida acaba em... – Disse Jongin ressentido parando de falar de repente.
- O que aconteceu exatamente? – Falei. Ele retirou minha mão de seu ombro e a segurou carinhosamente.
- Você não deve se preocupar com esse assunto, não faz bem para minha mãe, nem pra mim, e muito menos vai fazer bem a você.
- Sinto muito por isso, não fazia a mínima ideia do que você estava passando – Falei lacrimejando.
- Que cara é essa ______? Não precisa ficar assim, não é como se eu estivesse sendo torturado ou algo do tipo –Disse ele me abraçando.
- Eu não vou chorar – Falei. Sou do tipo de pessoa que é durona por fora, mas por dentro é uma manteiga derretida.
- Não...- Riu – Tá fazendo até biquinho.
- Aigoo! Não to não – Falei um pouco irritada. Ele riu colocando o dedo indicador em meus lábios – Jongin! Por que você gosta tanto de me provocar?
- Você fica fofa quando está com raiva...
- Quantas revelações em uma noite só.
- Desculpa por te encher tanto o saco, e por hoje mais cedo, não deveria descontar meus problemas e frustações em você.
- Não precisa se desculpar, sabe, eu conheço você melhor do que imagina.
- Agora estou mais benevolente, então, claro que precisa, e, fico feliz em saber disso – Deu uma piscadela – Mas acho melhor você ir pra casa, já está muito tarde pra uma garota ficar na rua.
- Você podia se legal assim sempre – Ri.
- Nossa, magoou, talvez eu seja, não prometo nada – Disse Jongin. Ele foi se levantar, mas parou no mesmo instante e esperou um pouco na mesma posição, de repente ele voltou e do nada, tipo, do nada mesmo, segurou meu ombro com as duas mãos, e, me roubou um beijo. Eu estava em choque, mesmo parecendo um palmito, eu retribui. Foi um beijo leve e curto.
- Por que você fez isso – Disse quando nos separamos. Parecia que minha alma tinha saído do meu corpo e voltou depois de entupir o afonso de cerveja. Estava completamente perdida.
-Esse foi o seu prêmio – Falou sorrindo, parecia muito feliz. Ele foi embora e antes de desaparecer na escuridão, me mandou um beijo com a mão. Ele foi para casa e me deixou lá, perplexa, como a pessoa faz uma coisa dessas comigo? COMO? Acho que o velho Jongin this is back.
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