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História O barulho da tua quietude. - (em risos não expressos)


Escrita por: horilyts

Notas do Autor


eu tô passando por uma crise com a minha escrita que só por jesus, tanto que as vezes saio apagando tudo, então eu acabei escrevendo isso na aula de geografia pra ver se eu ainda era capaz de fazer algo kasnehua.
bem, caso alguém não entenda: se passa na segunda guerra mundial
boa leitura coração vermelho

Capítulo 1 - (em risos não expressos)


 

Taehyung prendeu o fino cigarro por entre os lábios secos e rachados, e o acendeu.

Jungkook ao seu lado, observava abstraído a neve cair solitária e desolada por toda a rua parisiense. 

O automóvel verde musgo estacionou diligente e recolhia suprimentos para o que viria a seguir.

Tragou necessitado, e logo soltou pelas narinas a fumaça que dissipou rápido, perdendo-se na paisagem deprimida. Jungkook tinha inveja dos cigarros que Taehyung friccionava nos dedos trêmulos e deslizava na boca, que tanto almejava tocar. 

Ouviram-se choros renhidos e o vazio se preencheu com os brados agudos da perda. Inúmeras mulheres choravam, agarradas aos soldados, clamando para que eles lhes dissessem que seus filhos e/ou maridos tinham voltado. Ainda assim, algumas apenas pranteavam ao chão álgido, e a neve fofa ouvia sisuda cada sílaba de lástima. 

Ao deparar-se com tal cena, o mais novo sentiu o peito comprimir, estreitar, até que tivesse a sensação rija da falta de ar.

Virou-se para o lado e observou Taehyung que arremessava o filtro gasto para longe. Procurou as palavras mas nada o veio. 

Nunca o vira fumar tanto em tão poucos minutos, estavam cingidos de incontáveis bitucas sujas e úmidas pelo gelo.

Kim Taehyung levantou-se da sarjeta torpe onde anteriormente estava e bateu seu mais novo uniforme. Andou retilíneo sem olhar para trás. Apenas por um momento, uma fração de segundo, parou seu curso, e mirou a feição jovial  e graciosa que tanto amava.

Jeon observou as linhas ao redor de seu queixo e rebordo que demonstravam o quão risonho era, contentou-se em lembrar da quantidade de vezes que fizera o outro rir, e soube que de forma imperceptível o mais velho lhe presenteava com um riso.

Não haviam termos, ou promessas, para que não tivesse de existir um adeus.

E Taehyung foi-se, sua silhueta se tornou um borrão no branco para por fim entrar no carro militar de novos recrutas da guerra.

As pequenas mãos de Jungkook tremeleavam, talvez o frio fosse o único a lhe enlaçar e abraçar.

Kim Taehyung não voltou mais para casa, mas Jeon Jungkook ainda podia ver as malditas bitucas a queimar.

 



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