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História O Beijo da Morte - HIATUS - Respire


Escrita por: Maridawn

Notas do Autor


AI, EU NUM GUENTO!!!

Me desculpem os erros e espero que tenham uma boa leitura. <3

Capítulo 1 - Respire


Uma luz, um estrondo, um apagão.

Não sei exatamente o que aconteceu, apenas acordei em uma sala de hospital com agulhas em meu corpo e o som agudo do aparelho ao lado em pausas contínuas. Minha garganta estava ressecada e minha visão embaçada, era como se estivesse dormindo por muito tempo. Me sentia fraco, não conseguia me mexer por meu corpo está dolorido e o peso que sentia sobre o mesmo, apenas meus olhos conseguiam visualizar minimamente o ambiente em que eu se encontrava.

Tentei raciocinar, mas nada vinha em minha mente, nem sequer lembrava direito meu nome. Estava fraco tanto de mente como de físico. Molhei minha garganta com o pouco da saliva em minha boca, virei minha cabeça vagarosamente para o lado vendo uma mulher que parecia dormir. Logo reconheci aquele rosto tão belo. Era minha mãe, que ressonava serenamente.

– Mã... Mãe... – Chamei com um tom quase inaudível e rouco, ela não pareceu escutar. – Mãe... – A chamei de novo forçando mais minha voz, sentindo a garganta rasgar por dentro.

A vi acordando aos poucos, olhava para os lados, talvez a procura do dono da voz. Quando me fitou, seus olhos marejaram e foram acompanhados de um grande sorriso em seus lábios. Correu em minha direção me enchendo de beijos pelo meu rosto, suas mãos seguravam a minha face delicadamente com receio de machucar ou algo parecido. Sorri um pouco, meus lábios doeram como se estivessem rasgando ao fazer tal ato, estavam muito ressecados e racharam de modo lento e torturante.

– Que bom que você acordou, meu filho. – Dizia minha mãe parando de me beijar e voltando a me encarar. Ela chorava. – Está tudo bem, certo? Vou chamar o médio, não se levante.

E antes de sair correndo, me beijou a testa e foi em busca do tal médico. Eu não sabia como reagir, mal conseguia falar pela garganta seca e o mal-estar que sentia.

Minha mãe voltou, não só com o médico, mas com meu pai também. Todos sorriam em minha volta, eu apenas conseguia olhar para eles com a consciência vaga, perdida.

– Bom que acordou. – Sorriu o médico. Sua aparência era jovem demais, seus lábios carnudos e rosados combinava com os olhos cor caramelos não tão pequenos. Ao seu redor havia uma áurea simpática, que passava confiança e respeito. – Consegue se lembrar do motivo de estar aqui? – Perguntou suavemente e eu neguei com a cabeça. – Bem, sabe seu nome?

– K-Kim... Taehyung... – Falei fazendo careta, doía muito meu corpo e garganta, além da minha memória está lenta. Minha cabeça latejava parecendo que poderia explodir a qualquer momento.

 


ººº

 


Passei 2 semanas no hospital me recuperando. Foi realmente difícil voltar ao meu estado normal, estava muito magro, minhas articulações doíam quando eu me mexia e constantemente passava mal. Mas agora eu já me sentia melhor, já andava sem medo de cair, por conta da perna fraturada, e estava fora de ter uma anemia ou outro tipo de problema.

O acidente de carro quase me matou. Segundo algumas testemunhas, me viram atravessando a rua e um carro, que passou o sinal vermelho, bateu em mim, me deixando inconsciente no mesmo instante. O motorista se mandou, e graças a algumas pessoas fui atendido rapidamente. Os médicos diziam que eu tinha uma grande chance de acordar e ter problemas na memória pela forte batida na região da cabeça, mas por algum milagre, nada foi afetado além dos danos físicos.

Receberia alta logo pela minha rápida melhoria, estava contente de poder finalmente sair deste lugar. Necessitava de um ar livre e eu sempre fugia um pouco do hospital para apreciar o campo que eles tinham. Me sentia feliz por ter tirado aquela roupa de hospital e está vestindo minhas roupas casuais, apenas esperava ao lado de meus pais o Doutor SeokJin me dar alta. Este, que me ajudou bastante durante a minha recuperação. Devo muito a ele.

O trinco da porta foi-se ouvido, chamando a atenção de todos.

– Oh! Vejo que já está pronto. – SeokJin entrou sorridente, apenas o acompanhei no seu ato singelo, que sempre me deixava abobado. – Você já está liberado, pode voltar pra casa e descansar. Recomendo não praticar exercícios exagerados, seu corpo ainda está debilitado para suportar pressão. Estamos entendidos, Tae?

Afirmei com a cabeça, atento no que o homem dizia. Durante o período que passei neste hospital, SeokJin e eu pegamos uma forte amizade. Realmente não esquecerei de todo o seu esforço para me ajudar a melhorar a cada dia. Um ponto negativo de sair daquele lugar era que não o veria tão cedo.

O observava em silêncio enquanto entregava algumas receitas para os meus pais, como vitaminas e outras coisas.

Desviei minha atenção para a janela que estava atrás de mim, caminhei até ela sentindo o vento fresquinho se chocar contra o meu rosto. Não via à hora de sair e poder ver meus amigos, a qual me magoou muito por nenhum, ao menos, ter me ligado para saber sobre o meu estado. Me pergunto o motivo do desapego sobre minha pessoa, não lembro de ter brigado com algum deles. Jimin, JungKook... Onde estão?

Fitava a grande árvore no terreno verde e extenso do hospital, viajando nas possibilidades dos meus amigos terem me esquecido, até ser desperto pela voz de minha mãe.

– Tae, querido, vamos. – Sua voz era tranquila, assim como a do Doutor SeokJin. Um tom protetor e acolhedor. Gostava disso.

Sorri para minha mãe e afirmei levemente com a cabeça.

Ao dar alguns passos, sussurros perto do meu ouvido direito me fez parar bruscamente no meio do quarto. Um arrepio percorreu o meu corpo e uma sensação angustiante se formava dentro de mim, principalmente por perceber que somente eu as escutava. As vozes soavam quase inaudíveis, aqueles múrmuros incompreensíveis fizeram minha cabeça doer levemente.

E iria ficar preso naquilo, caso o Doutor SeokJin não tivesse chamado minha atenção.

– Algum problema, Tae? – Aproximou-se pondo sua mão em meu ombro. – Está pálido...

Verificou com a sua outra mão se eu não estava com febre, mas aparentemente nada fora do normal.

– Estou bem, não se preocupe. – Sorri, tentando reconfortá-lo e aos meus pais também, que me olhavam preocupados. – Só estou com fome, nada demais.

– Por favor, assim que chegar em casa, coma algo nutritivo e descanse. – Concordei e o mesmo bagunçou meus cabelos, logo em seguida o ajeitando. – Quero te ver saudável e forte, Tae.

– Obrigado por tudo, Doutor SeokJin... – Intensifiquei o meu sorriso fazendo o mesmo repetir a ação me mostrando o seu. Algo nele me fazia sentir sensações agradáveis, todo aquele carinho que me oferecia, nem os meus pais faziam isso. É quase como se eu estivesse... Apaixonado?

– Vamos, irei acompanhá-los até a recepção.

Por fim, SeokJin foi conosco até a frente do hospital. O caminho todo ele estava agarrado ao meu ombro e algumas vezes me despertava dos pensamentos ao apertar o toque no local, assim, me impedindo de esbarrar nas coisas e pessoas. Nos despedimos e fomos em direção ao carro de meu pai, e ao andar de costas enquanto me distanciava, virei minimamente meu rosto para olhá-lo novamente. Ele estava lá, com prancheta em mãos e um sorriso satisfatório nos lábios. Talvez por mais um paciente entrar quase morto e sair vivo.

Pretendo visitá-lo quantas vezes for preciso, porque eu irei precisar dos seus mimos, e é o que mais necessito agora.

 


ººº

 


De volta a minha casa, o meu quarto se encontrava do mesmo jeito antes de sofrer o acidente e entrar em coma. Os livros espalhados pelo chão, os copos de café ao lado, cadernos em rabiscos... Tentar ser um aluno perfeito dá nisso. Ou eu ao menos tentava, pois lembro que nem o café conseguia me segurar quando o sono vinha.

Resolvi deixar de lado, deitei em minha cama, me cobrindo com a coberta fofa. A imagem de SoekJin não saia da minha cabeça. Incrível quando se está a descobrir o amor, ela fica te rodeando até você conseguir ter a pessoa que perturba os seus sonhos por perto.

O barulho de água caindo sobre o chão me chamou a atenção, lentamente me levantei e fui para a varanda do meu quarto. Me apoiei na grade e fiquei a observar um homem a regar algumas flores na calçada, seus vestes eram pretos combinando com os seus cabelos do mesmo tom. Não conseguia visualizar o seu rosto por está de costas, porém o fato do mesmo ficar de lado várias vezes, me revelava o seu nariz afilado e as maçãs de seu rosto volumosas por, provavelmente, estar a sorrir. Nunca o vi, talvez ele tenha se mudado para a casa da frente enquanto não estava aqui.

Continuei a observá-lo como forma de distração, mas estranhei quando o mesmo parou lentamente o que estava fazendo e virou-se para frente, me olhando diretamente nos olhos.

 

“O tempo passa, os minutos se tornam segundos para ele. Você acha que irá resistir?”

 

Novamente os sussurros em meu ouvido, todavia era mais nítida e conseguia distinguir que era uma voz masculina, porém desconhecida de minha parte. Me assustei olhando para os lados, tentando encontrar o dono da voz, mas nada. O olhei novamente percebendo que o mesmo se mantinha no mesmo lugar, me encarando sossegado.

 

“Seus pulsos podem estar fracos, mas não devemos desistir...”

 

Tornei a escutar mais uma vez, era de outro homem. Segurei minha cabeça entre as mãos, apertando forte pela dor insuportável que havia se formado do nada. A surdez se fez presente, e somente os sussurros eram ouvidos por mim na minha mente. Era agonizante, torturante. Não escutar nada além dos múrmuros, sentia que poderia explodir a qualquer momento pelo desespero se aproximando.

Voltei a fitá-lo, meio zonzo, para a figura que agora estava sorrindo enquanto acenava levemente a mão livre em uma saudação. Seu sorriso era grande, os dentes embranquecidos brilhavam na mesma intensidade que o dos seus olhos transmitiam, e o vento a balançar levemente os seus cabelos negros, o deixava mais harmonioso e bonito.

 

“Lamentável, trágico, impiedoso!

A morte está a seduzi-lo.”

 

De novo aquela voz, muito mais alta e exasperada. A dor em minha cabeça se intensificou me fazendo quase ir de encontro com o chão, porém, me mantive firme ao segurar na barra. Apertei os olhos e gemi com o som agudo, como se fosse um eletrocardiograma em seu “pi” constante e sem pausas.

Horrível...

E mesmo sentindo tudo aquilo, algo me obrigava a levantar a cabeça, abrir os olhos e mirar mais uma vez o desconhecido na calçada da frente. Ele estava a sorrir pequeno e fechado, algo que não conseguia decifrar. O movimentar de seus lábios fez-me escutar uma voz diferente das outras, que mesmo no meio do zumbido incessante, era um tom límpido, rouco e tranquilo que me trouxe a lembrança de algo muito importante do seu comando.

 

“Respire...”

 

Assim o fiz. Puxei todo o ar que havia se esvaído de meu peito e soltei aos poucos enquanto caía e desmaiava no chão gélido da varanda. 


Notas Finais


Cap parado?! Eu sei.
Fanfic vai ter um clima calmo?! Vai... Acho eu. :v

Espero que tenham gostado. <3

Mordidinhas no bumbum e até num sei quando. '3'


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