História O beijo mais doce é o beijo da morte - Cuidado com os monstros que observam das janelas

__Filha!__Ouvi a voz suave de minha mãe me chamar__Como se sente?__Pergunta enquanto verifica minha temperatura novamente.
     Agora eu percebo que a dor sumiu completamente,me sinto bem como sempre.Me lembro de ter sentido falta de ar,e depois eu apaguei,mas agora parece que a dor não se manifestou.
__Parece que sua febre abaixou...__Anunciou ela.
     Realmente me sinto muito melhor.Por momento pensei que minha situação estava crítica,mas agora parece que eu só estava com medo.

               20h e 35min
    Tomei um banho demorado e relaxante,vesti meu pijama e me deitei na cama,ainda sem sono.Fechei meus olhos e me deixei viajar por meus pensamentos."Tem tanta coisa absurda acontecendo na minha vida,que eu não me surpreenderia se acordasse e descobrisse que foi tudo um sonho".É com essa frase em mente,acabei dormindo.

           Cuidado com os monstros
    Que observam da janela do seu quarto
      As sombras estão...
        Mais perto do que você imagina.
      Elas entram na sua casa facilmente
       Elas te enganam com uma face oculta...
       Quem você imagina estar lá... Já se foi a muito tempo.
     
     Acordei com essas palavras me rondando,no começo achei estranho,mas pelo menos não tive nenhum sonho estranho.
     Levantei-me e me arumei para escola.Em seguida fui tomar café da manhã,tomei meu café puro,como sempre.
__Como aguenta tomar o café assim?__Perguntou meu irmão,enchendo seu café de açúcar.
__Como aguenta ingerir tanto açúcar?Cuidado...Vai acabar ficando com diabetes__Alertei-o meio sarcástica.
__Vamos?__Disse ele com a cara emburrada.
__Vamos!__Respondi pegando minha mochila e repousando-a sobre meu ombro.
     Eu e meu irmão fomos para escola apé,já que é perto,não tem motivos para nossa mãe levar-nos sempre.Ele ficou em silêncio,com seu fone de ouvido.Q quando chegamos na escola,ele foi correndo encontrar com seus amigos.Em quanto eu,fui para sala,sentei-me no lugar de sempre e me encolhi.Fiquei aqui encolhida pelas três primeiras aulas,sem que ninguém notasse minha presença,mas precisei sair quando o som do sinal soou.

     Sentei-me num banco,o mais longe possível da aglomeração de alunos no saguão.E lá fiquei o recreio inteiro.Eu já estava acostumada a ficar sozinha no recreio.
    De repente,quando me levantei percebi que havia alguém me observando.Ignorei e continuei andando,até tropeçar em alguém e quase cair de cara no chão.Olhei para a pessoa que eu havia tropeçado a fim de pedir desculpas.Mas quando vi que era a garota que sempre esbarrava em mim de propósito,eu resolvi que hoje eu não iria engolir suas provocações.
__O que você tem contra mim?O que foi que eu fiz pra você?__Perguntei recuperando o equilíbrio.
__Desculpe...É que você tem um cheiro...__Disse parecendo arrependida.
__O que?__Enterrompi irritada.
__Você tem um cheiro de morte__Comcluiu firme,em seguida deu meia volta e se afastou.
      "O que?Eu não entendi nada,se aquilo foi uma indireta...Eu não capitei a mensagem".Dei de ombros e me dirigi a sala de aula novamente.
   
          Término da aula
  Quando a aula acabou,eu comemorei internamente,já não aguentava mais aquela aula de química,não que seja a matéria que eu mais odeio,mas hoje estava especialmente entediante.
   Guardei meus materiais e sai a procura de meu irmão.Cheguei no portão dos fundos da escola,esperando encontrar Linus,mas ao invés dele,encontrei ele...A figura encapuzada,aquele que invade meus sonhos.Ao ver ele,corri em sua direção,praticamente me joguei em cima dele e arranquei seu capuz,expondo seu rosto sem expressão.
    Ele me puxou para um canto mais reservado.
__As pessoas vão achar que você é maluca__Comentou.
__As pessoas tem certeza que eu sou maluca__Disse meio impaciente__E...POR QUE VOCÊ DEMOROU TANTO?__Perguntei elevando o tom de voz,de "impaciente á eufórica".
__Calma...Tenho todo tempo do mundo para explicar,mas... Não aqui.
__tudo bem...Vamos para minha casa__Disse puxando-o pelo pulso.
    Fomos andando até minha casa,em silêncio(para as pessoas não pensarem que estou falando sozinha).