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História O Caminho Da Morte - CAPÍTULO VI - CORAGEM?


Escrita por: SALANONOANOS2S2

Notas do Autor


-Júlia

Capítulo 6 - CAPÍTULO VI - CORAGEM?


Henry tinha uma mente maravilhosa e percebia detalhes com facilidade. Contando com essa sua habilidade, notou pequenos objetos acinzentados que confundiriam até os mais observadores. Eram granadas explosivas que poderiam ser cronometradas para seu clímax. Raciocinou muito antes de prepará-las para seu breve plano. Fez um barulho com o objeto mais próximo (um apito) para atrair o novo inimigo, retirou sua família do local nos últimos segundos antes da explosão da granada e aguardou a entrada de Wallace no galpão. Passados exatamente dois segundos da passagem para o local, as pequenas bombas estouraram. Sua última visão antes de sair correndo com sua família do local foi de muito sangue e pequenos pedaços de pele dispersos, provavelmente das partes superiores, já que abaixou para procurar o ruído.
E nunca mais viram Wallace.
Henry prosseguiu parcialmente aliviado após esse episódio tão apreensivo: mudou-se com a família para uma pacata fazenda no interior da Província do Quebec, no Canadá, onde se mantinha contente e confortável. Não esperava por mais nenhum ato de violência. Havia abandonado essa função depois de tanta tensão em sua vida, que já não conseguia lidar mais.
  Teve seus pensamentos mudados quando avistou, distante, uma tropa do exército russo. Caiu sua ficha. Seu pior pesadelo havia se tornado realidade, a vingança do inimigo. Horrorizado por terem descoberto sua localização, solicitou sua esposa para que fosse na cidade mais próxima visitar seus avós, junta de seus filhos.
  O céu era acinzentado e o ar frio, batendo em sua nuca, gerando arrepios. Estava pronto para vencer mais uma batalha, confiante e sozinho, dessa vez.
  Mirou uma MG-42 enterrada em seu quintal ao primeiro oponente, que agarrava covardemente uma Rifle F-2000. Deu o primeiro tiro com os olhos fechados, aterrorizado. Viu que ele havia caído para desviar-se e, pela primeira vez em alguns meses, se sentiu fracassado. Como se não bastasse, vieram soldados escondidos de trás de árvores em forma de ataque. Correu o máximo que podia e chegou a pelo menos 40 km/h.
  Henry se rendeu. Atirou-se no chão. Não suportaria outro combate e o melhor destino seria em outra vida, sendo essa sem dores, sem confusões, sem ferimentos.
  Sem dó, os russos retiraram de bolsas facas afiadas e introduziram no corpo jogado ao chão, seguido de tiros em sua cabeça e em seu peito. Após o ato, retiraram-se do local, já abatido e deformado.
  Faltavam apenas cinco minutos para as dez horas da noite quando a esposa chegou. Puderam ouvir seu grito há milhares de quilômetros de distância do local. Posicionou suas mãos calejadas nos olhos dos dois filhos ao mesmo tempo e chorou. Chorou o máximo que podia. Viu o corpo do marido ao solo, sem vida. Sua única atitude foi tomar a velha AK-47 do marido em suas mãos, relembrando de seus momentos juntos e atirar consecutivamente na filha menor, no filho e nela mesma. A coragem de sua alma foi maior que o sentimento e a misericórdia.



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