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História O caminho para uma alma perdida - A companheira perdida


Escrita por: beeTurner

Notas do Autor


GENTE DO CÉU
Oi!
Então, esse capítulo vai ficar grande e preciso dizer que ele está beeeem diferente do que eu tinha planejado. Só que fiz isso, para dar uma animada na história e trazer mais mistério.
Na verdade isso estava planejado, mas era só nos capítulos da fase Shippuden. Adiantei bastante, mas acho que vai ser melhor assim agora.
BEM VINDO GENTE NOVA!
Prometo que vou responder os comentários que ainda não respondi, mas é que o tempinho que surgiu livre no meu dia eu usei pra escrever. Tá tudo bem corrido!
Muitooo obrigada para quem comentou no cap. anterior e deu sugestões de nomes pro doujutsu! Ainda estou pensando nele, então se quiserem falar podem ficar a vontade!!!
Boa leitura e perdoa os errinhos, mas não desiste de mim ;'(

Capítulo 11 - A companheira perdida


"A história de uma rainha

Cujo castelo caiu no mar."

 

Naquele dia Kaori havia tomado uma decisão concreta em sua vida. A ideia estava certa em sua cabeça, longe de ser convencida a desistir. Sua mente focava-se apenas nisso, com tal vontade até mesmo sobressaindo o desejo dela de descobrir seu próprio passado. Não conseguia evitar colocar aquilo no topo de seus objetivos, afinal… Era algo de extrema importância para alguém amado por ela. Se esforçaria ao máximo para qualquer coisa que ele a pedisse. E agora não seria diferente.

Ela irá fazer de tudo para ajudar Naruto Uzumaki, o ninja cabeça oca número um, a trazer Sasuke Uchiha de volta para Konohagakure.

Toda a história que ouviu a comoveu até aquele ponto. Claro que em determinadas partes seu corpo estremecia de raiva, pois não conseguia acreditar em tamanha crueldade e desumanização que havia no tal Orochimaru. Até onde as pessoas chegavam por causa do poder? E até onde elas iriam por sede de vingança?

Kaori arrumava a própria roupa do corpo, preparando-se para deixar o hospital, mas sem um minuto sequer deixar de lembrar do momento do dia anterior em que Naruto havia compartilhado seus sentimentos com ela. A importância de Sasuke para o Uzumaki era um sentimento palpável. Assim como a dor de o ter perdido para um caminho de escuridão.

A morena também não conseguia esquecer das lágrimas que podia ouvir Sakura derramar no corredor. A rosada ouviu tudo por atrás da porta, provavelmente havia ido visitar Kaori quando soube que estava de cama, mas então desistiu ao escutar o que Naruto estava contando. O loiro não notou a presença da colega, mas ele sabia perfeitamente como a menina se sentia. Ele tinha uma promessa a cumprir para Sakura.

O time 7 não estava mais completo e isso os machucava, mesmo que de maneiras diferentes.

    — Eu não vou deixar… Eu não vou permitir que o Sasuke faça isso com ele mesmo. — o genin estava em pé, olhando pela janela do quarto com seus punhos cerrados com força. Havia uma inegável determinação em sua voz enquanto falava. Kaori apenas o acompanhava com os olhos, atenciosa em suas palavras. — Eu vou trazer o Sasuke de volta. Esse é o lar dele, onde ele deve ficar e não nas mãos daquela cobra nojenta como o Orochimaru, dattebayo.

    — Naruto-kun… — a voz de Kaori soou mais suave pelo quarto, atraindo a atenção do amigo que virou-se para ela. A garota já conhecia aqueles olhos azuis que transbordavam determinação, mas agora o brilho era maior. Nada tiraria da cabeça do Uzumaki que ele iria trazer o Uchiha de volta para a vila. Era algo importante para ele e Kaori entendeu isso, então decidindo-se também. Abrindo um sorriso de canto, a morena assentiu com a cabeça. — Nós traremos Sasuke de volta. Essa será nossa missão e vamos conseguir, custe o que custar!

    Um sorriso iluminou o rosto de Naruto, que aproximou-se da cama dela e a fitou animado.

    — Você vai me ajudar, Kaori-chan?

    — Eu não deixaria meu irmãozinho se arriscar por aí sozinho. — disse, então carinhosamente levou a mão até o alto da cabeça de Naruto e bagunçou seus fios com desleixo. Ele havia gostado da maneira como a jovem o chamou.— Vamos trazer Sasuke de volta para Konoha, ou eu não me chamo Kaori.

    — Tecnicamente você não se chama Kaori, fui eu quem escolhi esse nome até você lembrar do verdadeiro…

    Kaori bufou e no lugar do carinho aplicou um cascudo na cabeça de Naruto.

    — Não estrague o momento, baka!

Riu consigo mesma ao lembrar-se daquela cena e em como seu amigo pareceu feliz quando a garota o chamou ternamente de “irmãozinho”. Curiosamente era assim que Kaori sentia-se em relação a Naruto e seu interior não era contra, mesmo sendo tão precoce. O sentimento que havia criado pelo genin era verdadeiro e não mudaria, podia sentir isso.

A morena respirou o ar fresco do lado externo do hospital. Sua recuperação foi rápida e estava liberada para voltar aos treinos, porém com moderação. Foi informada que Kakashi estava fora para uma missão, então teria que treinar sozinha. Já havia pensado em uma outra opção para esse momento ausente de seu sensei e isso estava longe de soar como moderado, mas não podia esperar ou ficar parada se o seu objetivo era ajudar Naruto.

Kaori respirou fundo e seguiu caminhando pela vila a procura de Rock Lee.

 

[...]

 

Dias depois…

 

Seu punho voou rapidamente na direção de Lee e por milímetros não acertou o rosto do rapaz. Ele mesmo arqueou os olhos quando viu o golpe da menina passar tão próximo de o atingir. Kaori evoluiu nos treinos de uma maneira tão rápida que o garoto passou a ter certeza que ela já dominava aquela técnica anteriormente, mas agora estava lembrando-se dos movimentos aos poucos.

Dias haviam se passado desde que ela tinha procurado por Rock Lee e este aceitou animadamente em a treinar. Era satisfatório passar seus conhecimentos para alguém. Kaori inicialmente havia se arrependido de pedir ajuda para ele, afinal seus treinos eram tão malucos quanto o sensei do menino… Ah, a morena conheceu Might Guy e entendeu de onde vinha toda aquela energia de determinação que Lee tinha. Os dois eram cópias engraçadas um do outro.

    — Caramba, Kaori-san… Você está indo muito bem! Guy sensei vai ficar orgulhoso quando ver como eu te ensinei praticamente tudo o que sei. — o peito de Lee estava estufado, já o de Kaori subia e descia rapidamente por sua respiração descompassada. Estava exausta e seu rosto completamente suado do treino. Não era uma tarefa fácil tentar acertar Lee e ao mesmo tempo desviar de seus golpes, mas estava se saindo bem.

    O melhor de tudo era que em nenhum momento seu poder ocular havia ativado. E sim, várias vezes ela passou perto de o usar, mas evitava gastar seu chakra e precisar voltar ao hospital.

    — Obrigada, Lee-kun. Será que podemos parar? Estou tão cansada… — e depois de falar isso a menina se atirou preguiçosamente no gramado do campo de treinamento, descansando por ali mesmo. — Sabe, eu sinto que estou perto de atingir o que eu era antes, mas…

    — Mas…?

    — Parece que falta algo. Meus movimentos não estão completos como eu quero. — disse ela frustrada, torcendo os lábios. Lee coçou o queixo, pensativo por alguns instantes, mas antes que pudesse falar suas deduções foi interrompido pela chegada de duas pessoas.

    — Aí está você, Lee. Caramba, ficamos procurando você por um tempão… — reclamou uma menina de cabelos morenos e presos em dois coques no alto da cabeça, além de uma franja sutil que cobria sua bandana. — Ah, como vai Kaori-san?

    — Quase morta. — brincou, mas ainda estava cansada pelo treino. Tenten acompanhava e ajudava às vezes nos treinos de Lee e Kaori, e não demorou muito para as duas meninas simpatizarem uma com a outra. Já a relação da mais velha com Neji não sabia do 0.

    — Vamos, Lee. A Hokage nos deu uma missão e temos que sair agora. — falou o Hyuuga e só depois disso foi que Kaori percebeu nele e Tenten a mochila em suas costas. Lee ficou mais animado, se isso era possível, e não demorou para ficar ao lado dos companheiros de equipe.

    — Kaori-san, você pode me fazer um favor? — começou Tenten e Kaori logo se levantou para se aproximar da menina. Ela tirou de dentro da mochila uma bolsa que parecia carregar shurikens dentro. — O senhor Yumaro me pediu esse equipamento, mas não vou conseguir devolver. Já estamos um pouco atrasados para a missão. Poderia levar para mim?

    — Claro, Tenten! Pode deixar comigo, eu entrego. — aquele pedido de favor era mínimo depois de toda a ajuda que ela e Lee estavam lhe dando. Jobo Yumaro é o dono da loja de equipamentos e armas ninja, onde Tenten gastava maior parte de seu dinheiro e tempo.

    — Muito obrigada, Kaori-san. Até mais! — agradeceu e o time virou-se para caminharem na direção que os levaria até a saída da vila. Lee olhava por cima do ombro e acenava freneticamente para Kaori, gritando coisas como “Não deixe de treinar, Kaori-san”, “Se você fizer 2000 abdominais por dia vai ficar muito mais resistente” e “Não esqueça das 600 voltas ao redor da vila”.

    — Yare… Yare…

 

[...]

 

Kaori caminhava sem pressa pela vila. Já estava escurecendo, mas sabia que a loja de equipamentos ficava aberta até tarde. Ela estava faminta e pensou se deveria convidar Naruto para comer no Ichiraku, mas lembrou-se que ele também estava fora para uma missão junto de Sakura. Kakashi não tinha retornado ainda, mesmo depois de completar quase uma semana que se ausentou. Quando perguntava do sensei para Tsunade, a mulher sempre respondia que a missão era mesmo demorada e ele estava bem.

A morena ainda não havia se aventurado em usar seu doujutsu junto ao taijutsu, pois achava melhor esperar até a volta do albino. Ele seria mais apropriado para esse assunto do que Rock Lee e Tenten. Até o momento ela se focava em treinar com o sobrancelhudo e algumas vezes arriscava os ninjutsus que aprendia no livro dado por Kakashi. O único efetivo havia sido o jutsu de substituição.

Tenten testou a mira de Kaori com armas ninjas. Após várias tentativas, todas as shurikens acertavam o alvo central ou próximo disso. Sua habilidade com kunais também se sobressaltava, mas ainda achava que não tinha encontrado o item perfeito que faltava para seus ataques tornarem-se precisos e perfeitamente executados.

Não tinha como descobrir o que seria, já que o total de informações que tinha encontrado de si era igual a zero. Shikamaru buscou informações sobre doujutsus semelhantes aos dela e nada encontrou. Procurou a ajuda de Temari, da Vila da Areia, mas Sunagakure possuía tantas informações quanto Konoha. Então em nenhum momento nesses últimos dias Kaori havia conseguido evoluir em suas buscas por respostas. Estava como sempre a mercê de suas dúvidas e desconfianças.

Suspirou longamente ao se recordar desse incômodo fato, mas deixou a frustração de lado quando entrou na loja do senhor Yumaro. Ela foi até o balcão e sorriu para o ancião que lá estava.

— Olá, senhor Yumaro… Muito movimento hoje? — perguntou gentil ao senhor que sorriu para Kaori e pegou a bolsa de equipamentos que ela logo o entregou, como Tenten pediu.

— Quem me dera, minha jovem… As coisas estão calmas demais para as pessoas saírem por aí comprando armas ninjas. — ele comentou aquilo rindo, retirando as shurikens para contabilizar. — Mesmo assim chegaram novos itens hoje na loja. Se quiser dar uma olhada enquanto guardo isso tudo. Tenten tinha que ter me entregado isso ontem, que menina esquecida…

Kaori já não escutava mais o que o velho falava. Seus olhos estavam focados na ninjaken cuidadosamente exposta em uma das prateleiras da loja. Sua lâmina de único fio estava cega, por segurança dos clientes, mas ela ainda era a arma mais imponente que se exibia na loja.  A bainha da espada moldada perfeitamente, o que fazia a mão da morena coçar para tocar belíssimo instrumento. Sua curiosidade foi maior do que a educação e quando viu já estava pegando o objeto em mãos, girando-o cuidadosamente entre os dedos. O peso, o encaixe, a praticidade como ela lidava com a espada… Tudo era tão natural que parecia até mesmo que aquela ninjaken havia sido um dia parte dela. Todo shinobi tinha uma ligação com sua espada e Kaori conseguia sentir a sua com aquela.

Sua cabeça latejou com um lampejo de memória, recordações de uma ninjaken como aquela, porém com um enfeite delicado preso ao cabo. Levou a mão livre até uma das têmporas, pressionando o local para aliviar a dor.

— Senhor Yumaro… Onde conseguiu essa espada?  — perguntou séria. O velho não pareceu feliz de ser interrompido na história que estava contando, então respondeu rabugento.

— Negociei com um caçador de relíquias. Essa ninjaken estava praticamente jogada próxima a um lago. Ele não deu mais detalhes, não gosto também de saber muito sobre o trabalho daquele homem…

— Ela estava assim quando ele a entregou? Tinha mais alguma coisa com a espada? — o coração de Kaori parecia saltar do peito a qualquer instante. Estava faltando algo. Faltava alguma coisa!

— Hm… — o homem se abaixou para verificar por trás do balcão. Demorou alguns segundo lá, mas quando voltou a fitar Kaori ele segurava em uma das mãos uma delicada fita de seda da cor roxa. O ar fugiu dos pulmões de Kaori. — Essa fitinha estava amarrada no cabo da espada, acho que era do antigo dono. Quem abandonaria uma bela espada como essas por aí? A pessoa deve ser muito esquecida mesmo…

E outra vez a morena não prestava atenção do que o velho falava. Seu cérebro raciocinava em uma velocidade que a deixava levemente zonza, precisando se escorar na estante repleta de produtos. Ainda segurava a ninjaken em mãos, apertando-a com firmeza entre os dedos. Aquela espada pertencia a ela, sabia disso assim que a viu e logo adivinhou o detalhe que faltava em sua estimada arma ninja. Precisava raciocinar melhor o que poderia significar todas as novas pistas encontradas, mas dentro da loja não conseguia pensar como gostaria. Havia um nauseante cheiro de incenso do ar que retirava sua concentração.

Não podia levar a ninjaken, não tinha dinheiro para pagar por ela e não queria sair dali como ladra.

— Eu vou comprar essa espada. — disse decidida. Yumaro abriu um largo sorriso nos lábios.

— Ótimo. Ela custa 500 mil ryō.

— Não posso pagar por ela agora. Guarde-a para mim e voltarei com o dinheiro quando conseguir.

— Desculpe, mas leva quem pagar primeiro. — disse ele, começando a virar-se para dar as costas para a menina e voltar para os fundos da loja. Sem pensar duas vezes, Kaori esticou o braço e agarrou o ombro de Jobo, acabando por fazer mais uma coisa que deixaria sua mente completamente confusa sobre tudo que estava descobrindo em um único dia.

Seus olhos formigaram, anunciando que o doujutsu estava ativado. Ao contrário das outras vezes, agora o ambiente se mantinha o mesmo, assim como o som. O tempo não estava “pausado” e não havia a sensação de peso sobre o peito da morena. Seu único foco estava no rosto surpreso e assustado do vendedor.

— Você vai guardar essa ninjaken para mim. Não pode vender para ninguém a não ser para mim! — a voz de Kaori era autoritária, mas ela não perdeu o controle. As feições de pânico de Yumaro suavizaram repentinamente, dando lugar a um rosto sério que logo em seguida se balançou em concordância para o pedido de Kaori.

O genjutsu aplicado funcionou perfeitamente.


Notas Finais


1 - Os samurais viam suas katanas como parte de seu corpo e alma, diferente dos ninjas que os tinham apenas como armas ninjas. PORÉM KAORI É DIFERENTONA.
2 - O nome do vendedor eu inventei, mesmo existindo uma loja de armas ninjas em Naruto.
3 - Prestem atenção em detalhes pequenos, eles dizem muitas coisas!!!

GOSTARAM???? ODIARAM??? Quero saber é tudoooo
Gente, quero desejar pra vocês um ótimo feriado. Aproveitem muito, comam muito chocolate e sejam felizes! Beijão pra vocês e fiquem com Deus.
Até o próximo!


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