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História O Capitão do seu coração - É com o nascer do novo dia


Escrita por: SahCoelho

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 2 - É com o nascer do novo dia


Simplesmente não conseguia enfrentar as consequências de sua atitude naquela noite. Sequer podia encarar o fato de estar abandonando o homem que ama. Durante todos os meses, não chegara a imaginar o que sua vida tinha virado de cabeça para baixo. E poderia ter sido tudo tão diferente caso seguisse os conselhos que Heechul insistia em dizer.

Dei um jeito de conseguir passagens no vôo de quinta-feira, ás 10:30 para China. — disse Heechul no telefone. Ele e JungSu colocavam em dia as propostas oferecida pelas empresas parceiras do arquiteto. Entre os contatos, havia uma loja na China que a pouco expandira os negócios. E JungSu viu a chance de sair do país o quanto antes.

E a hospedagem? Arranje algo perto da loja, Sunnie cansará fácil com a nova rotina.

Mesmo tomando todo o cuidado do mundo, expor-se não seria recomendado, ainda mais com a alta cópula que YoungWoon insiste em manter dentro e fora do país.

— Conversei com Henry e com muita insistência dele, ficaremos em sua casa. Ele contou que arrumou outra família? — JungSu riu ao lembrar das mensagens trocadas com o amigo chinês. Henry parecera desesperado ao contar do breve caso que manteve com o ultimo chefe.

O que? Ele teve o descaramento de largar o chinês bonitão?! Essa pequena criança não tem noção do quão milionário Zhou Mi é. — disse Heechul.

— Henry está confuso, Chullie.

Acho que não é só ele. — disparou. — Sou eu, seu melhor amigo, querendo saber o porquê dessa fuga repentina...dessa mudança.

— Perdão, Heechul, mas não posso dizer. É meu passado e apenas eu posso resolver.

Não tinha intuito de magoar o amigo, no entanto, era melhor do jeito que estava. Quanto menos gente descobrindo sobre seu passado conturbado, menos preocupações a resolver.

Vou fingir esquecer tudo, está bem? Quem sabe você acabará me contando. — falou. — Depois continuaremos essa conversa, SiWon chegou e um movimento em falso, ele acordar os trigêmeos.  — SiWon trabalha na brigada de incêndio da região. Ocupa o posto de brigadista coordenador dos socorristas.  Atualmente, treinava e orientava nas ocorrências.

— Sem drama, Chullie. 

➸ ♡

Sem deixar o clichê de lado, do céu escuro tímidos pingos de água caiam contra o para-brisa do carro preto, Kim YoungWoon avistou outro veículo estacionando perto de si. Pelo retrovisor, reconheceu o homem que agora caminhava quase com pressa até seu automóvel .

— Não acreditei assim recebi sua mensagem. Alguém reconheceu seu carro? — perguntou o homem, ajeitando-se no banco do carona, pronto para ouvir o caso de amor do amigo. YoungWoon esfregava na cara do amigo como era bom estar apaixonado.

— Vim com meu carro de passeio, e a essa hora, aposto que todos estejam dormindo. Mas pouco importo em ser visto. O que tenho a tratar com você é sério e pessoal. — respondeu YoungWoon. Deixou as duas mãos fixas no volante, descontando a frustação ao relembrar da fuga do Park.

— Receberam alguma ameaça? Miyako ficou de informar-me caso houvesse ameaças. — afirmou o detetive.

YoungWoon reprimiu uma piada quando viu o amigo buscar o número da agência de detetives onde trabalha no celular. Ele e Kim JongWoon mantinham uma amizade desde que se conheciam por gente.

— Acalma-se, JongWoon. Não recebemos nenhuma ameaça familiar ou política. — disse. Respirando fundo, despejou: — JungSu fugiu levando nosso...espera, vamos mudar isso...meu filho junto. Quero que os procure para mim.

— O quê? Acredito que JungSu não é capaz de fazer uma coisa dessa. Às vezes, decorreu de precisar comprar algo para o SunWoo ou surgiu um imprevisto familiar...

YoungWoon teve que se obrigar a continuar tendo aquela conversa.

— Ele não tem familiares vivos em Seul, e mesmo que tivesse ido atrás de parentes, avisaria a mim. Contatamos a polícia rodoviária e disseram não ter passado nenhum carro com o número da placa que descrevemos. Isto confirmar que JungSu ainda esteja na cidade. — YoungWoon recordou-se de procurar o arquiteto pela casa desesperadamente. Até saber pelo segurança particular da saída do menor. Esperaram por horas e nada. — Por nossa amizade, JongWoon, peço que ajude-me a encontrar meu filho.

Antes, JungSu dizia como o amava e fazia planos futuros juntos, mas agora, ele havia fugido e levado seu único filho. Tinha errado em alguma parte? Agira por impulso, talvez?

Não dera atenção à possibilidade do Park ser um excelente golpista que o preencheu de palavras bonitas e sentimentos. Claro que, se ele ignorasse tudo o que JungSu fazia com ele, acabaria louco.

— Apenas ele? Está ignorando o fato do JungSu existir. Ele é o omma, não posso arrancar a criança de seu progenitor, YoungWoon — orientou JongWoon. Como detetive a mais de dezoito anos, aprendera a distinguir as emoções do clientes. Primeiro, a raiva secava a pessoa e segundo, bom, a vítima deseja vingança. — Sei que sente-se traído, mas estamos falando de duas pessoas.

— Park JungSu pode ser algum chantagista contratado por opositores, por isso, não o quero mais nas nossas vidas e SunWoo não merece viver assim. — explicou o Presidente — Irá me ajudar?

Mesmo os exames de DNA darem positivos, investigara a vida do arquiteto, nada estava fora do lugar. JungSu formara em arquitetura, sem parentes e o pequeno escritório que mantém é alugado. Permitira-se apaixonar por um desconhecido sem deixar tempo da desconfiança surgir.

— Está bem, irei procurá-lo. E caso apareça uma pista, você saberá. — disse por fim. Olhou para a tela do celular, observando às horas: 01:45. Ótimo. Mas uma madrugada sem dormir. Sua mãe o mataria se visse como o filho apresenta olheiras nos olhos e postura cansada. — Ah, antes que esqueça: JungSu é inocente.

Aish, sem paciência para suas teorias fajutas, JongWoon. Saía do meu carro e comece as buscas.

E foi o que o detetive fez, sem antes mostra a língua para o Presidente.

— Ah, Park JungSu, você não sabe o estrago em que se meteu. — YoungWoon sorriu cínico, dando partida no carro, desaparecendo na rua escura.

➸ ♡

Distante da cidade grande, a marina de MiSook¹ abrigava embarcações de pequeno porte. Empresários e artistas alugavam o espaço deixando seus iates por lá. A empresa encarregada de conservar tudo,  abria vaga uma vez ao ano por ser tão concorrido.

No meio das embarcações, um pequeno iate ficava mais afastado dos demais, a embarcação pertence a Park Leeteuk, ou melhor dizendo, Park JungSu. O arquiteto, como todo pós graduado, juntara dinheiro e realizando um sonho, comprara um iate. O antigo proprietário, um senhor viúvo, pouco usara a embarcação. A tintura na cor branca, permanecia firme e vibrante, e os motores eram vitoriados pela empresa dona da marina. No interior, três degraus separavam a cozinha da sala, o banheiro comportava uma pessoa e na ponta, ficava a cabine; na parte de trás JungSu apelidara de “quintal”.

Minúsculo e aconchegante.

Lugar perfeito para esconder-se. Dificilmente Miyako ou quem queira que fosse o encontraria ali. HeeChul é o único sabendo do “esconderijo”.

Com seu mais confortável roupão e uma toalha enrolada na cabeça, JungSu acalentava SunWoo nos braços, o pequeno tentava apertar o queixo do progenitor e lutava em deixar os olhinhos abertos. Observava seu bebê, via a semelhança de SunWoo com YoungWoon, as orelhinhas empinadas, bochechas salientes; e olha, a boca com certeza parecia com a sua. Está bem. Os genes foram misturados.

Nesse vinculo, todas as preocupações desapareciam para JungSu. Permitiu o vento refrescante entrasse com permissão por entre a porta, confortando o ambiente parcialmente iluminado. Sem demora, SunWoo entregava ao sono.  

Agora, fora da embarcação, JungSu, já vestido de roupas agradáveis matutava planos, este que incluía ele e o filho. Tudo em ordem, ignoraria o coração que solicita a presença do Presidente e finalmente, arrumará a vida do jeito que anseia.

➸ ♡

Depois de passar pela porta de sua mansão, YoungWoon sentiu a orelha direita ser puxada. Antes de reclamar de dor, um tapa forte foi desferido no braço.

— Você é inútil, YoungWoon! — gritou a autora da agressão.

O homem encolheu quando viu a pequena mão ser levantada novamente.

— Mãe, isso doeu. — resmungou baixo, massageando os lugares doloridos. — Seu amor por mim é lindo.

A mãe de YoungWoon, uma brasileira vinda do sudeste do Brasil, esbanjava elegância mesmo sustentando um semblante raivoso. Dona de grife famosa, Lúcia possuía o gênio forte, tinha fama de exigente, odiava ser a segunda pessoa a saber das coisas.

— Fui acordada pelo secretário Lee, a uma da manhã, dizendo que JungSu fugiu levando meu neto. Dirigi igual louca, porque graças ao meu filho, tive que morar em outra casa. — falava, apontando para o filho. YoungWoon lembrava a estilista que ela resolvera trocar de moradia, alegando “privacidade ao casal”. Vários “cala a boca” e “trocado na maternidade” o fez desistir de se alto-defender. — Quando digo que o filho não é nada sem a mãe, a sociedade vem e nos condena. Explique-se, YoungWoon!

Ela cruzou os braços sobre o robe azul de cetim, esperando.

— A senhora...

— Arrancou algo dele, Lúcia? — outra voz feminina foi ouvida. — Tenho clareza em dizer que seu filho tem culpa nessa fuga do Park.

—Halmeoni, o que a senhora está fazendo aqui? — Sem esperar a resposta, YoungWoon arrastou as duas mulheres para o escritório da casa, certificando-se que ninguém escutaria a conversa atrás da porta. — Esse assunto cabe eu resolver. As buscas foram iniciada, logo encontraram SunWoo.

— Meu neto nasceu de um repolho, YoungWoon? — perguntou a estilista. Beleza não faltava naquela família. — JungSu é o omma, ambos deveram aparecer.

Novamente o nome dele foi proclamado, desagradando o Presidente. Continua em seus planos, elucidar a reputação do arquiteto. Todos vinham JungSu como mocinho, coitadinho da relação; e ele era o que? Vilão? Esclarecendo com suas próprias palavras, contara o ocorrido da noite. E para sua surpresa, as mulheres defenderam JungSu.

— Enquanto dirigia para cá, conversei com o filho mais velho da JungYeon. Salvei o número dele desde o caso das roupas roubada no desfile do ano passado.  — Tiveram que cancelar o desfile e o prejuízo fora grande para a grife. Duas semanas depois, encontram as roupas em um depósito clandestino. A suspeita de ter armado tudo, era emprega da grife, a mulher pretendia vender as peças a outros estilistas. — Ele é excelente como detetive, atencioso e rápido também. — comentou Lúcia, visualizando a tela do celular, procurando a foto do homem. — Recorda-se do RyeoWook, Seohyun?

A mais velha forçou a vista para enxergar melhor a imagem.

— Ah, sim, JungYeon praticamente se rasga ao falar do filho. Por que YoungWoon não pode ser inteligente assim? Ou tomar atitudes bem pensada igual do outro irmão? Tenho vergonha em comentar dele as minhas amigas.

— São os genes do pai.

YoungWoon bufou, despencando o enorme corpo no sofá que havia no escritório. O estofado de couro o comportava bem e fez com que esquecesse das provocações.

— Omma, halmeoni...Um detetive fora contratado por mim. Cancele com o Ryeowook. Não anseio em ter mais gente envolvida. — esclareceu.

— Seohyun, vamos tomar chá e depois subimos para o quarto do JungSu. Em breve eles retornaram, planejo reformar tudo, seu bisneto deve estar cansado da decoração.

Ih, novamente ignorado.

Sozinho no ambiente, vagou nas lembranças. Repudiou-se por pensar no arquiteto nú em cima de si, sussurrando promiscuidades. Péssima hora, péssimo momento.

Que Deus o ajudasse ou ele mataria JungSu.


Notas Finais


¹ : Não existe essa cidade. Inventei tudo.

Como foi o natal de vocês? E comi tanto, que olha, sai quicando igual bola de praia em mão de criança.
E sim, demorei muitooooo pra sentar e escrever, hoje na parte da tarde, segurei na garrafa de água gelada e comecei a escrever. Desculpa! BTW, escrevi ao som do CD do filme Dirty Dancing. #recomendo
Prometo não demorar tanto, o próximo já tá escrito na minha cabeça.
Ah, obviamente terá erros, mais volto mais desperta e corrijo.


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