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História O casamento - Eu aceito


Escrita por: Angell_Eucliffe

Notas do Autor


Não sei bem o que esperar :/

Capítulo 1 - Eu aceito


Fanfic / Fanfiction O casamento - Eu aceito

===> Seja: Jake English.

Eu sou Jake English e hoje é o dia mais importante da minha vida - até agora. Hoje, é o dia do meu casamento com Dirk Strider.

Eu estou me preparando em uma das salas da igreja de frente a um espelho e com a ajuda de Jane Croker, minha melhor amiga, praticamente uma irmã de consideração. Ela está com um vestido solto azul até os joelhos, em seus curtos cabelos está um arco branco e simples, combina com ela. Mas, quanto mais eu tento ajeitar essa estúpida gravata borboleta verde mais ela parece que está fora do lugar. Bufo de frustração e Jane dá uma risada contida.

        - Quer ajuda, Jake? - me pergunta divertida.

        - Sim, por favor.

Me viro e ela se aproxima, colocando as mãos em minha gravata e, como se fosse mágica, a gravata está pronta. Observo meu reflexo e fico abismado com isso durante uns 2 segundos mas logo passa. Estou um tanto ansioso pelo casamento. Digo, é um [b]casamento[/b], eu nunca achei que eu fosse me casar algum dia mas cá estou eu me preparando para esse momento importantíssimo em minha vida.

Eu estou tão tenso e rígido que parece que tem uma vassoura no lugar da minha coluna. Dou uma última olhada em como estou só pra ter certeza que tudo estava no lugar, Meu terno branco está ok, a gravata está ok, meu cabelo está ok. Esta tudo certo.

        - Você está tenso. Relaxe Jake, hoje é seu dia - Jane diz calma, começando uma leve massagem em meus ombros - Você está tenso demais. É seu casamento! Deveria estar sorrindo e gritando aos quatro ventos sobre isso.

        - Mas Jane... e se ele resolver mudar de idéia na última hora? E se ele não quiser mais se casar e disser não? E se ele não me amar mais?! - pego em meus cabelos começando a puxar por pura insegurança - eu estou surtando aqui ! E se...

Ela me da um forte tapa na nuca.

         - Ai! Essa doeu.

        - Era pra doer mesmo. Deixa de paranóia English! É só um casamento, relaxe.

        - Não é só um casamento! É o [b]meu[/b] casamento. Como espere que eu fique calmo?! - abaixo o olhar ainda inseguro e levemente irrirado.

Ela respirar profundamente antes de me responder e soltar meus ombros, agora um pouco mais relaxados.

       - Jake, olhe no fundo dos meus olhos - sua voz está calma mas ela bate o pé impacientemente no chão - Olhe nos meus olhos, English - agora ela usa um tom bem sério. Não tenho como evitar e encaro ela, seus olhos são de um azul céu cheios de calmaria e tranquilidade incríveis. Imediatamente me sinto mais calmo - Escute, tudo vai dar certo. Dirk vai estar lá esperando pela sua chegada tão ansioso e inseguro quanto você, acredite em mim casamentos são assim, não se preocupe.

        - Eu... eu vou tentar.

Essa era uma das coisas que eu adoro em Jane, ela tem essa capacidade incrível de acalmar qualquer um com seu olhar e sua voz doce. Ela com certeza era a melhor.

        - Jane - a chamei.

        - Sim?

        - Obrigado por estar sempre comigo - respondo e a puxo pra um abraço.

Ainda um pouco surpresa ela retribui o abraço. Começamos a rir um pouco, não sei exatamente do que, mas estávamos bem com isso. Jane derrama algumas lágrimas enquanto ri, não sei exatamente o por que.

         - Não chore - digo, segurando seu rosto e secando suas lágrimas com meus polegares.

         - É que... hoje é seu casamento e... John está noivo assim como Rose... céus, estamos ficando tão velhos, parece que foi ontem que você fugiu com Dirk pro Kentucky e ficamos que nem malucos procurando por você - damos risada disso e ela sorri nostálgica, agora Jane só está dando leves soluços.

         - É, realmente, estamos ficando muito velhos...

Então sorrimos um para o outro. Ela ri um pouco, apontando pro meu cabelo, que nem percebi que está todo bagunçado. Bufo em desgosto. Ela dá uma risada contida e arruma ele pra mim. Ela já não chora mais.

Esse momento nostálgico dura pouco tempo pois logo nós olhamos o relógio na parede e ficamos assustados com a hora. Ela grita:

         - Oh meu Jegus! Estamos atrasados!

Então ela sai me puxando porta a fora em direção ao altar.

===> Pare de ser Jake English.
 

Mais cedo, naquele mesmo dia.
 

===> Seja: Dirk Strider.
 

          - Roxy! Eu não acredito que você está bêbada justo no dia do meu casamento - repreendo ela - não podia esperar até a festa ?

         - Ah, cala a boca Struder, Strider. Seu bosta, Ha essa foi boa - ela ri histericamente.

Cubro meu rosto com as mãos e digo:

         - Ai meu Jegus ajude.

Cá estou eu, em uma sala da igreja, me arrumando, ou era pra eu estar me arrumando, junto de uma álcoolatra que era pra estar me ajudando. Eu não devia estar tão surpreso, Roxy sempre estava bêbada, por que no meu casamento seria diferente? Santo Cristo! Não vomita, não vomita, não vomita, não vomi-- ela vomitou.

         - Eu não vou limpar isso - falo mais pra mim mesmo do que pra ela, observando aquele resíduo nojento no chão.

         - Dirk, Dark, Dick Ha Ha pintos hahahaha - e mais risadas histéricas.

Por que  mesmo que eu escolhi ela pra me ajudar? Jegus, essa bêbada esta literalmente no chão abraçada à uma garrafa de vodka.

ela põe a garrafa na testa e começa a falar:

         - Ai meu gog, Jane, olha eu sou um *hic vodkornio - mais risadas - é tipo um unicórnio só que invés de chifre eu tenho uma garrala de vodka, digo, garrafa, não é *hic hilario!!! - mais risadas descontroladas - Jane! Olha, olha! *hic

          - A Jane não está aqui - bato na minha testa - Roxy, senta aqui e se acalma um pouco.

Puxo ela pra cadeira mais próxima e a coloco nela. Pego um pano úmido qualquer em cima da mesa e passo no rosto dela, limpando o vômito que escorria pelo canto da boca dela e seus braços, sujos por ter se jogado no chão, assim como a parte de trás do seu vestido lilás. Ela começa a falar mais e mais e ri mais ainda. Pelo menos ela não está suja.

         - Roxy, me dá a garrafa - digo, estendendo minha mão.

         - Não *hic!

         - Roxy! Me dá a maldita garrafa.

         - Janais! Digo, gamais, danais, foda-se.

         - Para de pirraça e me da essa garrafa agora!

Mesmo fazendo cara feia ela me da a garrafa, que imediatamente jogo na lixeira, Roxy cruza os braços fazendo manha. Suspiro pesadamente.

         - Olhe, me da um desconto ok? Eu sei que você quer beber e tudo mais mas, por favor, você pode esperar a cerimónia acabar ? Aí você pode beber o quanto quiser até cair desmaiada no chão - ela parece considerar a idéia.

         - Uhn... ok - Roxy descruza os braços e sorri levemente, ainda meio fora do ar.

Suspiro aliviado dessa vez, mas isso não é o sufiente. Já fiz ela prometer não beber durante a cerimônia agora só falta descobrir o porquê dela ter bebido tão cedo assim. Uma coisa sobre a Roxy: ela nunca bebe sem motivo. Normalmente quando algo a incomoda ela desconta na bebida e a conhecendo como a conheço sei que dessa vez algo sério a esta incomodando.

         - Roxy...

         - Esse é meu nome! - diz risonha.

         - Por que você estava bebendo tão cedo? - essa pergunta parece acerta um ponto delicado dela pois ela se remeche desconfortável.

         - Eu... não sei do que você está falando *hic Dick, digo, Dirk.

         - Roxy, você sabe muito bem do que estou falando - retruco em tom serio.

Ela realmente não quer responder.

        - Roxy, você sabe que me preocupo muito com você. Por favor, por que você está bebendo tão cedo assim?

Ela abaixa a cabeça, se encolhendo na cadeira e abraça os próprios joelhos.

        - Eu tive outros... pesadelos...

Droga, pesadelos nunca são um bom sinal. Ainda mais pra alguém como ela que sofre com problemas de abandono e com o "vazio". Não quero perguntar mas sei que é preciso, pelo bem dela.

        - Como eles eram? - ela demora até me responder.

        - Você... ia embora e... nunca mais falou comigo... eu vi você e todos os outros crecerem, terem suas famílias e envelheceram... tão felizes... mas eu não estava lá... eu...- ouço Roxy soluçar discretamente, ela está tremendo um pouco e abraçando mais forte ainda seus joelhos -... eu fui esquecida Dirk... e eu via isso de novo e de novo e sempre que eu tentava falar com alguém ninguém me ouvia... Dirk... eu... fiquei com tanto medo... ainda estou com medo...
       

Não aguento e a puxo para um abraço na intensão de acalma - la, nem que seja um pouco. Sinto meu ombro ficar úmido e por isso sei que ela ainda está chorando, mesmo que baixinho. Não suporto ver ela assim, tão triste. Ela aperta ainda mais o abraço, como se estivesse com medo de eu desaparecer bem na frente dela.

         - Você sabe que eu nunca te esqueceria Roxy, melhor, você sabe que eu e todos somos incapazes de esquecer alguém tão maluca e especial como você. Até porque, não posso simplesmente esquecer minha irmãzinha, posso? - afago seus cabelos loiros. Sei que não sou muito bom em me expressar mas pelo menos tentei.

         - Desculpa - ela diz baixo - acho que estraquei seu terno.

         - Nah, não esquenta com isso. Eu posso limpar isso fácil, afinal, quem é o melhor Bro de todos?

         - Com certeza é você - diz rindo de leve.

         - É, eu sei.

         - Convencido - diz, rindo, me dando uma cotovelada nas costelas.

         - Ouch, isso doeu. Bem, isso te fez sorrir então vou ter que ser convencido mais vezes não acha?

         - Voc~ é ridículo - fala me largando e saindo da cadeira - Vole, woce, foda-se.

         - Não sou eu que estou bêbado e vomitei não chão de uma igreja - digo, pegando outro pano na mesa pra secar meu ombro. Ela revira os olhos.

         - Nofa, digo, nossa, joga na cara *hic mesmo.

Ela parece bem mais leve agora. Está até rindo e errando algumas palavras de novo.

         - Dirk... você falou sério quando disse que sou sua irmã e que nunca vai me esquecer?

         - Mais serio impossível - respondo.

         - Você... promete? Que nunca vai me esquecer e que sempre vou ser sua irmã? Mesmo eu nem sendo irmã de sangue?

         - É claro. Jamais esquecer. E não precisamos de laços de sangue pra ser irmãos de verdade.

         - De mindinho? - ela estende sua mão com o mindinho levantado. Roxy parecia uma grande criança as vezes.

         - Oh, sim. Prometo de mindinho pra você - enlaço o meu mindinho no dela, fazendo a nossa promessa mais sagrada.

Roxy sorri levemente, assim como eu, me encarando.

         - Bom... *hic se não me encanto, digo, engano, alguém tem um casamento nessa hora, não acha? - ela aponta pro relógio da parede atrás de mim.

        - Bem, sim eu tenho. A dama de honra, Roxy Lalonde, me acompanha? - digo sorrindo, estendendo minha mão e fazendo minha melhor voz falsamente cortes. Ela ri e pega minha mão.

       - Oh, yeah. Temos um casamento pra *hic ir.
 
Juntos, saímos da sala ambos bem mais leves.

===> Pare de ser Dirk Strider.

===> Seja: o narrador.

Finalmente chegou o momento mais aguardado até então por ambos, Dirk e Jake, a cerimônia de casório, com direito a padre (karkat se ofereceu pro serviço assim que soube que nenhum padre de verdade quis abençoar um casamento gay), choros de emoção e tudo. Dirk estava em pé junto de Dave que está ao seu lado vestindo um belo vestido, assim como John, para ele não se sentir tão deslocado, com a diferença que o Strider mais novo usava um vestido vermelho e John um azul. Dave tentava acalmar o irmão que estava quase surtando de tanta ansiedade que sentia, afinal, Jake estava atrasado e Dirk insistia em ficar criando paranóias. Foram necessários alguns cascudos e a música da marcha núpcial começar paro o Strider mais velho finalmente ficar parado no lugar.

Então ele aparceu, Jake, seu noivo. Lindo e mais adorável do que nunca naquele terno branco e segurando o buquê, de braços dados acompanhado de Jane, sua dama de honra. Ambos caminhavam devagar em sua direção, Dirk via pelo canto dos olhos alguns convidados sorrindo como Roxy e Feferi, outros choravam de emoção assim como John e Karkat. Porém, para Dirk, naquele momento só existia ele e Jake. Dirk tinha certeza que estava sorrindo feito um idiota apaixonado e, bem, ele realmente é e está sorrindo feito um idiota apaixonado. Mas ele não se importava. Só Jake importava e em como ele lhe olhava com carinho e sorria pra Dirk naquele momento. Meio rosado, fofo Dirk diria, parece que o sorriso mal cabia no rosto de ambos os noivos.

         - Cuida bem dele, Strider - Jane disse assim que passou Jake para Dirk.

         - Não se preocupa eu vou - ele responde.

Dirk segura nas mãos de Jake. Karkat começa a falar.

         - Caros babacas, estamos hoje aqui reunidos pra celebrar a união desses dois filhos da puta que gostamos bastante... - os noivos não prestaram muita atenção ao que Karkat dizia, por mais ofensivo que fosse, eles estavam muito ocupados olhando um para o outro e só se deram conta de quanto tempo passou assim que ouviram - os putos já tem seus próprios votos?

===> Volte a ser Jake English.

        - ahn? Ah, Sim! Claro - Você responde, um pouco atrapalhado.

        - Tragam as porras das alianças então e podem começar - assim que Karkat diz isso Prefeito aparece, usando um pequeno terno com óculos escuros e trazendo as alianças em uma mini maleta, com a seguinte escrição "Conteúdo ultra secreto" .

Prefeito é uma criança de 7 anos que foi adotada por John e Dave. Mesmo que eles ainda não sejam casados oficialmente.

        - Obrigado - digo, bagunçando seus cabelos e pegando uma das alianças de ouro.

        - Obrigado, bom trabalho carinha - diz Dirk, trocando um fistbump e pegando a outra aliança.

Prefeito balança a cabeça e vai para perto de Dave.

        - Começa cacete - gruniu Karkat

        - Ok, Ok calma - eu falo, pegando a mão esquerda do Strider - Dirk Martha Strider - Ele revira os olhos - prometo te amar e respeitar, na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza, com seus surtos de Fanboy por animes e pôneis, seu Lil Cal insuportável, suas manias horríveis de-de-DE-- Dirk lhe olha raivoso e aperta forte sua mão, forte demais - de ahn.. esquece, até que a morte nos separe. Você me aceita como seu marido?

       - Então seu puto, você aceita? - gruniu Karkat.

       - Aceito - eu coloco o anel e lhe beijo a mão. Dirk Sorri.

Dirk pega minha mão esquerda e segura o anel com a outra, dizendo:

         - Jake babaca-que-disse-meu-horrível-nome-do-meio English, - Eu posso ouvir algumas risadas ao fundo - prometo te amar e respeitar, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, com sua estranha paixão por caveiras, sua lerdeza insuportável e suas expressões estranhas, ate que a morte nos separe. Me aceita como seu marido?

===> Jake: aceite o pedido.

         - Eu aceito - Dirk faz comigo o mesmo que fiz com ele e percebo que eu mesmo estou quase chorando.

         - Então, eu Karkat Vantas abençou esses putos ou algo assim. Podem se beijar caralho.

Sem esperar por mais nada, puxo Dirk pelo colarinho e o beijo com intensidade e amor que imediatamente é retribuido, com ele segurando minha cintura. Sinto atraves do beijo que ele sorri assim como eu. Ele pega a minha mão e saímos da igreja, com nossos amigos e familiares batendo palmas e sorrindo para nós. Fomos até o carro onde vai nos levar até a festa pos-casamento, entramos e Dirk pega o volante.

         - Esse com certeza foi o melhor momento da minha vida - falo sonhador.

         - Até agora - ele responde, me puxando para outro beijo - vai ter outros bem melhores - outro beijo - e quero que saiba... - e mais outro - que sempre vou te amar - e outro .

         - Você é um sem noção mesmo - respondo, e outro beijo.

         - É, eu sei. E convencido também.


Notas Finais


Então, levo jeito? O que acharam?
Se gostaram eu posso escrever sobre o que rolou na festa depois do casamento ;)
E se quiserem que eu escreva sobre algum casal é so falar :)


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