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História O Casamento do Escorpião - Capítulo 6:


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 6 - Capítulo 6:


Enquanto isso...

—O que faremos Mu? Tem alguma ideia para distrair todo mundo? –cochichou Máscara da Morte, olhando os convidados e acenando com um sorriso sem graça para a esposa, sentada na primeira fila.

—Não faço ideia. –murmurou o ariano de volta.

—Precisamos fazer algo! -murmurou de volta, em um tom mais nervoso, notando que a esposa estava desconfiada de algo.

—Sei lá. Improvisa! Tá todo mundo incomodado pela espera!

—É porque este casamento já deveria ter começado há quinze minutos! –retrucou Giovanni, mantendo um sorriso nos lábios para disfarçar, enquanto falava. -Se o Milo não aparecer, isto aqui evolui para o velório dele. Olha a cara do Demos!

Mu olhou na direção do senhor apontado pelo cavaleiro de câncer, sua expressão não era nada amigável e parecia a ponto de querer esganar alguém.

—Espero que Shura dê conta da situação. -suspirou o ariano.

—Mandaram o Shura? Por que mandaram o bode?

—Acredite, ele é o mais capacitado na questão. Já deveriam ter chamado ele desde o início, mas como são teimosos...

—Por quê?

 

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Ele chega à delegacia, elegantemente trajado com um terno. Os olhos negros inquiridores, observavam a tudo e a todos. Quem o visse diria que era algum advogado de sucesso, procurando algum cliente rico ali preso. Ou um promotor de justiça atrás de informações sobre algum caso em júri. Ele levava uma maleta preta em uma das mãos e se dirige ao policial de plantão no posto de atendimento e fala de maneira cortês.

—Buenos dias, procuro alguns clientes que estão no momento presos. Gostaria de conversar com eles para saber se posso resolver o problema em que se meteram, oficial.

—E quem são eles? –perguntou mais interessado no café que tomava.

—Aiolos e Aiolia Petronades, Saga e Kanon Tassouli, Milo...

—Ah... Eles. -o policial o fitou e riu debochado. - É advogado deles?

—Si.

—Nome, por favor?

—É Alejandro Antônio Juarez y Mendonza. -mostrou ao oficial um cartão.

—Tudo bem. Vem comigo. -pediu o oficial, encaminhando Shura até a ala dos presos. -Visita para as garotas.

—Quem? -indagou Saga.

—O advogado de vocês. -mostrou Shura, que ergueu uma sobrancelha e tentava não rir da situação dos amigos.

—Não é um advogado... É o Shura e... Aiiii! -respondeu Milo, levando um chute na canela de Camus.

—Policial, gostaria de saber por que meus clientes estão presos. Sob qual acusação mantêm homens de bem, pais de família, atrás das grades! -perguntou o espanhol sério.

—Destruição de propriedade do estado e particular, tentativa de suborno a oficial da lei, desacato, este aqui. -apontando para Camus. - Ainda tem que esclarecer as acusações de crimes sexuais e pedofilia.

Shura olhou bem para eles e se virou:

—Não os conheço mesmo!

—EI, SEU ESPANHOL FILHO DA MÃE! –xingou Kanon. -Nos tire daqui!

—Shura é advogado? -Milo perguntou espantado.

—Verei o valor da fiança. Saga você autoriza que o valor seja pago pela "Instituição Santuário"? Afinal, você é o responsável pelas contas. -perguntou Shura polidamente. -Quanto a você, senhor DuPont... verei o que posso fazer para que estas acusações sejam retiradas, afinal essas acusações absurdas foram resolvidas anos atrás. Ligue para a polícia francesa e verá que as acusações foram arquivadas por falta de provas.

—Pode. - respondeu Saga imaginando o que diria a Atena sobre o rombo nas contas.

—Shura é advogado? E ninguém me contou isso? -Milo ainda não acreditando.

—E tem este loirinho que nem o nome verdadeiro dele descobre. - disse o policial, apontando para Shaka. -O metido a riponga.

—E nem saberão. Quando uni minha alma e meu coração a Buda e abracei esta vida que eu levo, joguei fora minha “outra vida”... Ninguém sabe meu nome.

—Eu sei. - riu Milo.

—NINGUÉM SABE... - Shaka retificou olhando torto para Milo.

—Se não falar, não vai sair! –disse o policial.

—Francis Fergus Elliot Furneval. - respondeu Shura imediatamente e Shaka caiu ao chão de susto. -Sim, ele é da família que é dona da Furneval Têxtil. E da Furneval Marítima!

—Este Shura me dá medo. - sussurrou Kanon ao irmão, e depois olha debochado para Shaka. -Furneval?

—Se não notaram... eu não uso este nome mais! -respondeu indignado.

—A família é milionária! –Kanon murmurou. –Você é milionário?

—Minha irmã e meus primos são! Eu abracei uma vida mais simples ao lado de Atena.

—Ele recebe anualmente o valor das suas ações nas empresas da família. –explicou Saga e diante do olhar de Shaka continuou. –Eu que cuido das finanças, esqueceu? Sei o que cada um aqui ganha e gasta!

—Furneval? -Aiolia repetiu, não se contendo de dar risadas. Logo Aiolos se juntou a ele, rindo sem parar.

—Alguém quer dar um passeio pelo Ciclo das Seis Existências?

Shura pigarreou, pedindo ordem.

—Vou ver o que posso fazer por vocês. Não se preocupem, irão logo para casa. -saiu da ala com o policial e o indagou. -Estão ferrados, né?

—Muito. -respondeu o policial.

—Precisarei de reforços. -pegou um telefone e discou um número. -Afrodite, preciso de você... Sem piadas de duplo sentido e vem logo!

 

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De volta ao Santuário.

Os convidados já conversavam entre si para tentar entender a demora da cerimônia. As pessoas notaram a ausência não só do noivo como da maioria dos padrinhos, os cavaleiros de ouro. Certos cosmos já estavam se alterando, tanto pelo calor como pela falta de notícias.

—Precisamos fazer algo. -diz Máscara da Morte.

—Não imagino o que.

—Cadê Afrodite? Ele é bom nesta coisa de distrair as pessoas. -bufou o canceriano.

—Shura ligou para ele. Foi até a delegacia...

—Que delegacia? –perguntou Demos aparecendo do nada.

—Delegacia? Quem falou em delegacia. –Mu se vira para Máscara da Morte, nervoso. -Eu disse Delegacia?

—Não me lembro...- fez de desentendido.

—Vocês não me enganam. Tratem logo de me dizer o que está havendo? Este casamento deveria ter começado há 45 minutos.

—É normal casamentos atrasarem. -respondeu o ariano.

—Quando a noiva faz charme para isso... NÃO QUANDO O NOIVO NÃO APARECE! - gritou Demos.

—É... bem... eu...

—Che bella cosa na jurnata 'e sole... n'aria serena doppo na tempesta!

Demos e Mu pararam de discutir quando ouviram alguém cantar melodiosamente uma canção mundialmente conhecida. Para a surpresa de todos...era Máscara da Morte.

—N'aria serena doppo na tempesta! Pe' ll'aria fresca pare gia na festa,...

—Não sabia que seu marido cantava, Maeve. -Maíse surpresa, sentada ao seu lado.

—Nem eu sabia... - a asgardiana estava mais surpresa ainda.

—Não é que o siri patola canta? -Celeste de braços cruzados, admirando. -É o sole mio?

—Pe' ll'aria fresca pare gia na festa, che bella cosa na jurnata 'e sole. Pe' ll'aria fresca pare gia na festa, che bella cosa na jurnata 'e sole.

Todos os convidados se calaram para assistir ao "concerto".

—Celeste... -Maeve cutucou a amiga.

—Estou gravando tudo! -com um celular nas mãos.

—Ma n'atu sole cchiu bello, oje ne', 'o sole mio, sta 'nfronte a te!

O sole, 'o sole mio, sta 'nfronte a te, sta 'nfronte a te!

Quanno fa notte e 'o sole se ne scenne,

me vene quase 'na malincunia.

 

—O QUE ESTÁ HAVENDO? -uma jovem loira vestida de noiva apareceu, caminhando a passos largos na direção do altar. -O que está acontecendo afinal?

—Vendo o Máscara da Morte dando uma de Pavarotti? -perguntou Mu.

—Sabe do que me refiro! -ela os fuzilou com o olhar. -Onde está meu noivo?

—Bem... eu... err... -os dois se atrapalharam.

—Cavaleiros. -Atena que até aquele momento estava apenas observando o que acontecia, resolveu intervir. -O que está havendo?

—Onde estão os outros cavaleiros e Milo? -perguntou Dohko, ao lado da deusa.

—Bem lembrado. Onde estão eles? -Juliana indagou, fazendo os pequenos gêmeos ficarem milagrosamente sentados e comportados na cadeira ao seu lado. -Estão sumidos há horas!

—Estão presos. Satisfeitos? Desta vez sou inocente. -Máscara da Morte respondeu de uma vez.

—PRESOS?

 

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Delegacia...

—Por que ninguém me contou que o Shura era advogado? –Milo ainda indignado.

—Ele não é. –sussurrou Camus de volta.

—Mas...

—Esqueceu que o Santuário nos dá identidades falsas quando precisamos nos ausentar em missões? -disse Saga.

—Mas, por que ele tem que ser advogado bonzão e meu disfarce é profissional na área de distribuição de alimentos? -Mais indignado ainda.

—Entregador de pizza? Combina com você. -respondeu Shaka.

—Ô Barbie Hare-Krishina, a conversa não chegou a Woodstock!

—O que quis insinuar com isso? -Shaka erguendo-se, fitando Milo.

—Vocês não vão brigar aqui e estragar nossa oportunidade de sair deste lugar! -determinou Camus alterando a voz de maneira que tanto Shaka quanto Milo ficassem quietos. –Sei que estamos nervosos por estarmos aqui, que com certeza todos devem estar se perguntando onde estamos, mas nos atacarmos não irá nos trazer benefício algum!

—Por que tenho a impressão que algo não vai dar certo? -resmunga Saga.

Em uma sala, Shura conversava com um dos policiais, enquanto esperava Afrodite chegar para ajudá-lo. Suspirou aliviado ao ver o pisciniano chegar caminhando apressadamente pelos corredores da delegacia.

—Shura! Como diria Máscara da Morte... Jogaram tudo no ventilador. -dizia nervoso.

—Hã?

—Falei com o Mu agorinha, pelo celular. Eles tentaram enrolar o pessoal até a nossa chegada, mas... Já sabem o que houve.

—Ih... E a família da noiva? Dione?

—Eu não sei. Ai, pobrezinha. Na condição dela! Eu farei o Milo engolir um buquê das minhas rosas se algo acontecer com ela e o bebê por causa deste estresse todo. Tudo culpa daquele irresponsável! Estragou um dia perfeito! -falava sem parar e nervoso.

—Dite, calma hombre... - pedia Shura olhando para os lados.

—Eu cultivei com meu cosmo as mais belas rosas com um perfume suave para enfeitar o altar e a casa deles quando fosse para a noite de núpcias. Eu apresentei a Dione as melhores costureiras de Atenas que lhe fizeram o vestido perfeito em pouco tempo! O bufett! Eu praticamente organizei tudo! E agora o casamento não vai sair! Ai que raiva! -cosmo se elevando. –EU QUE ORGANIZEI ESSE BENDITO CASAMENTO!

—Afrodite! -pedia Shura. –Para de dar piti!

—E agora você tem que fingir que é advogado. O que é perigoso, já que se descobrirem...

—AFRODITE! -Shura gritou.

—O que?

Os policiais estavam ao redor deles, ouvindo tudo e com expressões nada satisfeitas. Em seguida, Shura está na cela ao lado de Aiolia e Aiolos, tendo Afrodite como companheiro de cárcere.

Aiolos ia falar algo, mas Shura ergueu a mão pedindo silêncio.

—Que você foi preso por falsidade ideológica eu entendo. -começou Afrodite e Shura estreitou o olhar. -Mas por que eu fui indiciado como seu cúmplice?

—Porque você tem uma boca enorme e uma língua maior ainda! -vociferou Shura.

—Eu? -indignado.

—Não acredito que se deixaram prender! –Saga lamentou. –Estou cercado de adolescentes irresponsáveis? Achei que este título cabia aos cavaleiros de bronze!

—Cale-se, Saga. -retorquiu Shaka. -Para quem vive se gabando de ter enganado meio mundo por treze anos, tem se mostrado pouca utilidade nesta crise!

—Acho que ele te chamou de idiota, mano. –Kanon comentou.

—Incompetente caberia ao seu irmão, Kanon. Idiota é um título que combine com a sua pessoa. -responde Shaka.

—Já chega. Ele vai voltar voando para a Índia! Cortesia do Triângulo de Ouro! -Kanon avança contra Shaka, mas Saga o segura.

—Ei, violência não leva a nada pessoal! -pediu Milo que logo em seguida recebeu um potente tapa na nuca de Camus. –FICOU MALUCO?

—A culpa é sua, precisava te bater. –respondeu com tranquilidade.

—Não mandei me seguir e participar de tudo, Elsa!

—Inseto Artrópode!

—Seu...

Imediatamente, os nove cavaleiros começaram a discutir entre si, com agressões verbais, referências às mães de cada um, cosmos começaram a exaltar e...

—CALADOS TODOS VOCÊS! –o tenente responsável gritou da porta, acompanhado por um homem de idade, e com roupas esportivas. Todos obedeceram.

—São estes os responsáveis por atrapalharem meu dia de folga? –perguntou o homem.

—Sim, meritíssimo. –respondeu o tenente. –Não o teria chamado se eles não estivessem causando tanto alvoroço. Confesso que temo que apareça mais algum maluco atrás deles.

—E o senhor, quem é? –perguntou Saga.

—Excelentíssimo Juiz de Direito Georgios Dimitrakopoulos. –respondeu o homem. –Já chamaram um defensor?

—Apareceu um falso advogado. –o tenente responde, apontando para Shura.

—Com que intuito brinca assim com o sistema? -indagou o Juíz.

—Na verdade... Eles não querem que as esposas saibam que fizeram tamanha burrada. – respondeu Afrodite, mal humorado.

—Não é bem assim! –respondeu Camus.

—E porque não me deixaram desde o início contar tudo para a Saori? –indagou o cavaleiro de peixes ferino.

Todos disfarçaram e não responderam.

—A Marin vai me matar. –resmungou Aiolia.

—A mim também. –completou Aiolos.

—Quer dizer que em parte, toda esta confusão é porque tentam esconder o que fizeram das esposas? –perguntou o Juíz surpreso.

—E para a noiva desse aqui também não saber. –Afrodite aponta para Milo.

—Posso imaginar. – comentou o tenente, solidário. –Oito anos casado.

—Cinquenta anos aguentando a mesma megera. - disse o juíz. - E me refiro a minha sogra que não morre nunca! Não sabem o que é o inferno!

Aiolos pensou em responder que já havia visto o inferno, mas o cutucão de Aiolia o calou.

—Mas mesmo assim, não posso fazer nada por vocês e. -sons de pessoas falando exaltadas vieram aos ouvidos de todos. -Que bagunça é esta?

—ONDE ESTÁ O ALESSANDROS? O INÚTIL DO MEU EX-GENRO!

—Demos! -Milo ficou pálido.

Logo a sala foi tomada por pessoas vestidas de fraques, ternos, roupas sociais, um homem de meia idade, que era amparado pela esposa e pelo filho, e parecia a ponto de enfartar e uma noiva determinada a abrir caminho naquele mar de pessoas e chegar até as celas.

—Onde está meu noivo? –indagou Dione.

—Oi, Dio. –Milo acenou tímido de sua cela.

—Milo! –Dione foi até ele, tentando abraçá-lo, por fim contentou-se em acariciar seu rosto. -Por que prenderam meu noivo e no dia do nosso casamento?

—Longa história, Dio... Não vale a pena contar. –fez um ar de que não era importante.

—Invasão e vandalismo. – respondeu Kanon, Saga o socou no braço. -OUCH! Doeu!

—O que? –ela encarou Milo.

—Uma invasãozinha à toa, bem pequenininha... colocar suco numa fonte, coisa à toa, amor. –Escorpião respondeu sem graça.

—Quero ver meu marido.

—Me deixe passar!

—Aiolia Petronades!

Logo as outras esposas invadiram o local.

—Dá para me dizer o que houve, Kanon? – Juliana o encarava com as mãos na cintura.

—Kanon de novo? – Celeste perguntou a Saga que confirmou com um aceno de cabeça.

—Shaka! – Raga-si se surpreendeu. -Por que está aqui? Tentou subornar um policial? Justo você que me encheu uma semana por ter pegado o troco errado de uma loja por engano!

—Errr... -ele não soube responder.

—Camus, mon amour, a função de um padrinho não era de cuidar do noivo?  –Desirée perguntou ao marido.

—Me pergunto por quanto tempo carregarei este karma... -suspirou o aquariano. -O que mais pode dar errado?

—Mestre? -Hyoga surpreso, com Alexandre ao seu lado.

Camus olhou para os céus.

—O que foi? –perguntou Kanon, olhando também.

—Estou esperando o teto desabar em minha cabeça.

O barulho no local aumentou com as conversas, vozes alteradas, o tenente e o juíz foram perdendo a paciência.

—Parem com esta bagunça na minha delegacia! -gritou o tenente.

—Que diabos está havendo? Você ia se casar hoje? –o idoso perguntou ao cavaleiro de escorpião.

—Ia, né?

—Solte o meu noivo agora mesmo! –ordenou Dione.

—Solte o pivete para que eu o mate! –esbravejou Demos.

—Isso até que é divertido! -comentou Máscara da Morte, encostado na cela com a esposa.

—Não posso soltar assim! Todos se retirem daqui agora mesmo! –ordenou o juíz Dimitrakopoulos.

—Eu não saio daqui sem antes de me casar com ele! -Dione se segura nas barras da cela. –Hoje é o dia do meu casamento, só saio daqui casada! Eu espero me casar com este irresponsável desde os sete anos de idade!

—Isso é absurdo! –exclamou Dimitrakopoulos.

—Excelência. –a voz de Atena se sobrepôs aos de todos, que se calaram para ouvi-la. -Sou Saori Kido e foi a minha propriedade que estes homens vandalizaram. No entanto, são meus amigos e creio que tudo não passou de uma brincadeira. Meus advogados cuidaram dos trâmites legais, e irei retirar a queixa.

—Há outros fatores. Como a destruição de móveis da delegacia. -lembrou o tenente.

—Pagarei os prejuízos. E eles irão responder a lei quando a audiência for marcada.

—Tentativa de suborno.

—Ele toma remédios controlados. Não os tomou hoje, estava fora de si. –sussurrou Atena ao policial.

—Falsidade ideológica. Ele se passou por advogado. -apontando para Shura.

—Verificou a veracidade disto? O senhor Mendonza trabalha para mim há anos!

—Ele é um pervertido sexual, tarado e pedófilo! -O tenente estava nervoso pelas respostas diretas da deusa e apontou para Camus que suspirou.

—EU NÃO SOU UM PERVERTIDO SEXUAL!

—Do que o acusam, amor? –perguntou Desirée.

—Daquela sua brincadeira sem graça no metrô de Paris! Onde me prenderam por ter te atacado!

—Ah, isso...- ela riu. – Sua cara foi tão engraçada quando os policiais o levaram, amor.

—Não teve graça...

—Mas amei por ter me castigado pela brincadeira. –ela comenta e Camus sorri malicioso.

—Você era a moça atacada por ele? –indagou o tenente.

—Sou. Mas foi uma brincadeira minha.

—E de manter garotos em cárcere privado na Sibéria?

Máscara da Morte assobiou, e Maeve o cutucou.

—Este é o garoto que me acusam de ter mantido na Sibéria! -Camus apontou para Hyoga. – É meu... Meu...

—Seu?

—Filho adotivo.

Hyoga abriu um sorrisão e olhou para Alexandre com os olhos cheios de lágrimas.

—Viu, agora somos irmãos. Vamos ficar sempre juntos, Alexandre. Vou te ensinar muitas coisas, irmãozinho.

—Obrigado papai... - murmurou o menino “adorando”.

—Mesmo assim... Não posso soltá-los assim!

—Já disse que daqui eu não saio sem ele ou sem me casar! -exclamou Dione.

—Dio, amor... Sinto muito. - Milo segurou as mãos dela. –Mas, não foi isso que imaginei para nós.

—Milo, não importa se vamos nos casar nas ruínas de um templo, com o mar Egeu ao fundo, em um palácio de ouro ou aqui neste lugar... Quero ser sua esposa, ficar ao seu lado... Envelhecer ao seu lado.

—Vai acabar envelhecendo por minha causa. –ele riu nervoso.

—Eu te amo, seu cabeçudo. –ela sorri.

—Eu te amo, sua teimosa.

—Alguém tem um lenço? – Aldebaran perguntou, às lágrimas e Afrodite lhe estende um pelo vão da cela. -Obrigado... Snif!

—Se ninguém se opor, nem mesmo os noivos, posso realizar o casamento aqui. –diz Mu.

—E você é um padre? –indagou o tenente, curioso. -Não tem cara de padre.

—Sou... Sou... O pastor da igreja deles. -respondeu imediato.

—Pode casá-los. –disse o Juíz. –Mas aviso que a lua de mel vai demorar.

—Tudo bem! -respondeu Milo.

Máscara da Morte retira o terno e dá ao cavaleiro de Escorpião para que o usasse, todos se silenciaram quando o cavaleiro de Áries começou a cerimônia.

—Talvez Afrodite e Eros tivessem planos para estes jovens, bem antes de seus nascimentos. -começou a falar. –Duas almas destinadas a se amarem, desde que eram crianças. A vida os separou em um determinado momento, mas o destino os uniu novamente anos depois e provou que o amor sempre terá a palavra final. Milo e Dione se completam com o amor, a prudência, o respeito, o companheirismo. Milo, cavaleiro de Escorpião... Aceita esta jovem como sua esposa?

—Sim. –fitando-a com um sorriso.

—Dione Papallonikos, aceita Milo como seu esposo?

—Sim. –respondeu com o coração aos pulos pela emoção.

—Pelo poder dado a mim por Atena, abençoo esta união. Sejam felizes, meus bons amigos.

Saori se aproxima, segurando as mãos de Dione e Milo e sorri:

—Que este amor que os une, só se fortaleça com o tempo. Floresça em seus filhos e aumente a força de seus cosmos, como um só.

Os dois sorriram e acenaram comovidos com a cabeça, em um leve gesto. Depois, deram um beijo por entre as barras da cela.

—A igreja deles é curiosa. -sussurrou o tenente ao juíz.

—Devem ser protestantes.

—Ou Mórmons.

Todos bateram palmas, emocionadas pela cena.

—E agora? –Dione perguntou a ele.

—Agora, senhora Alessandros... terá que esperar a minha condicional. -e riu, levando um tapa da esposa. –Ai.

—Eu o esperei minha vida toda, meu amor. Vou esperar o tempo que for necessário.

—Desta vez ninguém pode me culpar de nada. - Giovanni comentou com a esposa.

— Gostaria que todos saíssem, por favor. -pediu o tenente.

—Tenente, abra as celas e os deixem sair.

—Excelência? -o policial assustou-se.

—O QUE!? -surpresa geral.

—É o meu presente de casamento. Eu assumo a responsabilidade, mas acredito que a senhorita Kido cumprirá a sua palavra sobre seus amigos responderem pelo o que fizeram. Ademais, é quase certeza de que tenha sido um grande mal entendido, e que estes casos deveriam ser esquecidos e arquivados.

—Sim, senhor. –respondeu o policial, abrindo as celas, contrariado. Abriu a cela de Afrodite e Shura e olhou para Máscara da Morte. -Eu te conheço?

—Não. –respondeu tranquilo.

—Juro que já vi seu rosto antes.

—Meu rosto é comum demais, capisce.

—Não. Você se parece com um maníaco que matou uns mafiosos anos atrás, o maluco levou as cabeças deles de lembrança e o retrato falado da única testemunha parecia com o senhor e...

—Vamos embora! Até outro dia! Adeus! -Camus empurrava Máscara da Morte para fora, sendo seguido por todos os demais cavaleiros e convidados.

—Sabia que devia ter matado a faxineira também! -resmungou o cavaleiro de Câncer.

—Cala a boca! -Camus o empurrando, saindo de lá rapidinho.

 

Continua...

 


Notas Finais


Nota: Mu celebrar o casamento? Claro...ele é o mestre do Santuário em meus fics quando Atena não está. É natural que ele realizasse certas cerimônias, como casamentos dos cavaleiros.


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