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História O casamento do meu melhor amigo. - Ajudar não dói... dói?


Escrita por: Takkano

Capítulo 1 - Ajudar não dói... dói?


Parou ao pé da grande escadaria e cruzou os braços irritado. O outro homem que já estava no topo, também parou e o olhou suplicante. Derrotado, o belo homem de olhos verdes, suspirou longamente antes de começar novamente a subir os degraus, ainda mais devagar.

Clark Kent e Bruce Wayne aos poucos venciam uma longa distância até chegarem as imensas portas de carvalho da maior igreja de Gothan city.

Há cerca de mais ou menos um mês atrás, Clark e Lois anunciaram seu casamento a todos os amigos do casal. E, infelizmente, Bruce teve o desprazer de ser o primeiro a saber. Pior ainda, como em toda a situação clichê, foi convidado a ser a droga do padrinho, ajudar com os preparativos do casório, ajudar o noivo com a roupa, preparativos diversos e tudo o mais; sem falar que Clark até mencionou uma possível despedida de solteiro.

Os dois entraram na igreja sob protestos e muita birra por parte de Bruce, enquanto Clark apenas sorria e abraçava o amigo, na tentativa de mantê-lo calmo.

O padre, que era um velho amigo de infância de Alfred (mordomo de Bruce), ficou observando do altar os dois homens se aproximarem. Os dois pareciam tão próximos, tão felizes, que foi impossível não sorrir com eles.

O padre veio em direção a eles abraçá-los.

— Clark, Bruce! Que alegria em vê-los. - o padre abraçou Bruce e depois se dirigiu a Clark. – Clark meu filho, não me diga que já trocou a noiva. - ele se referia a Bruce.

Enquanto o padre ria divertido, Bruce fez uma careta hilária e Clark riu meio sem jeito da situação.

— Mas brincadeiras a parte, é sério, não posso casar os dois, é contra os princípios religiosos, desculpem. - novamente o padre caiu na gargalhada sendo acompanhado por Clark. O único que parecia não se divertir ali era Bruce.

— Perdoe padre, mas a Lois não poderá participar do curso até concluir a matéria do jornal, ela teve que viajar, sabe. - Clark, como já tinha o hábito de fazer, abraçou Bruce fortemente o envolvendo pelos ombros. – Mas esse cara aqui vai me ajudar. É meu melhor amigo e sabe tudo sobre mim.

— Bem se é assim não tem problema, vamos começar logo.

O primeiro seria um teste de compatibilidade. Era tipo um jogo de perguntas que o padre faria para ver se havia afinidade entre o casal.

— Bem, como a Srta. Lane não está presente, esse teste será só para o Sr. Clark conhecer o processo; é só um ensaio mesmo. Sr. Bruce, você agora será Lois Lane; não se esqueça.

Clark e Bruce se sentaram lado a lado e o padre ficou de frente para os dois.

— Srta. Lane, o que a fez decidir se casar com o Sr. Clark Kent? - o padre teve que manter a ética e o bom senso para não rir da cara que Bruce fez.

— A força! - Bruce foi categórico.

— O quê? - o padre se assustou. – Quer dizer que foi forçada?

Clark deu um tapa na própria cara.

— Não, eu quis dizer que foi pela sua força de vontade, sua determinação. - Bruce parecia muito sério.

— Não faça isso Sr. Bruce, quase nos matou de susto. - o padre disse meio cômico.

— Desculpe, não foi minha intenção. - a voz de Bruce carregava um certo sarcasmo.

— Continuando. Sr. Kent, e quanto ao senhor, o que o fez pensar em se casar com a srta. Lane?

Naquele momento os olhos de Clark e Bruce se encontraram para logo depois, se perderam um no outro. Bruce sentiu como se Clark tentasse usar sua visão de Raio-X para procurar algo que nem mesmo ele conseguia ver. Mesmo assim, o milionário sabia que ele não encontraria nada lá. E nem era pelo fato de não ser Lois Lane ali, e sim porque Bruce Wayne conseguia, como ninguém, esconder um segredo.

— Sr. Kent? - o padre chamou vendo que Clark estava distraído.

— A segurança! - Clark sorriu sincero para Bruce. – O companheirismo e fé que eu deposito nele.

— Nela você quis dizer, Sr. Kent. - o padre o corrigiu rindo um pouco.

Bruce se remexeu desconfortável na cadeira, com o olhar de Clark.

— Ah, me desculpe! Por um momento eu me esqueci que estávamos falando da Lois, perdão padre. – Pelo sorriso gentil e pelo carinho que ela demonstra por mim. - Clark corrigiu o motivo, olhando para o chão.

— Sério? O primeiro pareceu mais verdadeiro. - o padre parecia meio desapontado com o novo motivo.

— Srta. Lane, o que a atrai no Sr. Kent? Por favor cuidado com as respostas.

— Padre o senhor está de brincadeira. - Bruce fez cara de tédio; o padre apenas sorriu. – Gosto de tudo nele, é um homem bonito, obvio! Mas talvez esse seu jeito simpático chame mais a atenção? É acho que é isso, principalmente.

— Para quem usa meias palavras, até que o senhor se empolgou um pouco, certo senhor Wayne? - o padre o olhou de forma séria, porém, escondia um sorriso com as mãos sobre a boca.

— Ué, pensei que eu fosse Lois Lane? - Bruce riu nervoso.

O padre apenas ria. Era óbvio, para Bruce, que aquilo tudo não passava só de uma brincadeira doida dele.

— Sr. Kent?

— Com certeza gosto dos olhos. Não que ele não seja bom como um todo, mas, os olhos, com certeza, me prende as vezes; esses olhos verdes…desculpe pela ousadia Bruce. - Clark parecia sonhador.

— Ela, senhor Kent; ela! - o padre se levantou. – Não está dando certo, vocês estão se avaliando como se vocês fossem o casal. Mas tudo bem, já tentei isso antes e não dá certo mesmo. Foi só para o Sr. Kent ter uma ideia.

— Tudo bem padre eu já entendi como as coisas funcionam, eu e Lois voltaremos quando ela chegar de viagem.

— Tudo bem fiquem em paz meus filhos, e desculpes pelas brincadeiras, mas eu sempre me divirto com vocês dois. - o padre os abraçou.

Por último, ao abraçar Bruce o padre lhe disse bem baixinho um “eu sinto muito se isso te machucou, Bruce!” e o olhou com aquele jeito piedoso dele. Bruce apenas sorriu fraco e saiu na frente, deixando Clark acertando alguns detalhes.

Clark finalmente deixou a igreja. Lá fora, Bruce o esperava sentado em um dos degraus.

— Viu só, doeu? - Clark riu divertido se sentando ao lado de Bruce e o abraçando como sempre fazia.

Bruce sorriu de volta aceitando o abraço, enquanto respondia mentalmente um “muito Clark; muito!”

 



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