História O Casamento Real - O Elefante...

Sarah encarava o rei, que estava sorrindo, esperando que a criada falasse logo o que ele gostaria de ouvir.

- A Marinette tem um amante, e é o antigo namorado dela antes dela vir para cá, majestade. – Disse a criada.

- Um amante? – O rei se levantou da cadeira.

- Sim, senhor. Um amante, e... – A criada foi interrompida por um tapa em seu rosto.

- Não pense em mentir para mim. – Disse o rei.

- Mas... o que eu menti? – Sarah perguntou, sem entender.

- Ela terminou com ele por carta, sua idiota! O que aconteceu para você falar que ela tem um amante? – Disse Gabriel, quase gritando, no inicio da frase.

- Ele a beijou, só que ela se afastou dele, ele segurou os pulsos dela com força... algumas outras coisas também. – Gabriel ficou satisfeito com o que ouviu. Ele tinha o motivo perfeito para acabar com Marinette e seu “amante”.

- Ótimo, vá preparar o elefante.

- Não acha que o elefante nessa situação seria demais? – Sarah perguntou.

- Não acho, vá logo preparar. - A criada fez que sim com a cabeça, mas antes dela sair, tinha que contar uma última coisa, primeiro.

- Majestade, ainda tem mais uma coisa. – Disse a criada. O rei olhou para ela e fez um sinal com a cabeça permitindo que ela falasse. – Esse garoto espancou Adrian, e deu um soco sem querer no rosto de Marinette. – Gabriel, por dentro, estava rindo. Um camponês qualquer era mais forte que seu filho.

- Melhor ainda, traga Marinette para cá, quem vai para o elefante é ela, por traição. E o ruivo... vai para a tortura. – O rei disse, se sentando no trono.

 A criada concordou, e logo saiu do cômodo, ela estava indo em direção ao quarto de Marinette. Quando chegou lá, bateu na porta. Marinette estava sentada na janela, com a cabeça apoiada no vidro, dormindo. Quando ouviu a batida na porta, olhou para Adrian, que dormia na cama, tranquilamente. Ela se levantou, foi até a porta, e a abriu. Encontrou Sarah parada a olhando.

- Senhorita, Vossa Majestade deseja te ver. – Disse ela. Marinette já entendeu que coisa boa não era. Por que o rei queria ver Marinette no meio da noite? Ela olhou para Adrian, e fez que sim com a cabeça. Pode ter sido Nathaniel, que a deixou com graves problemas, agora que espancou Adrian. Ela seguiu a criada até o escritório do rei, que era bem longe do quarto de Adrian e Marinette. Ela respirou fundo e bateu na porta. Um guarda que estava dentro do escritório abriu, lá dentro tinham mais guardas que o normal, algo não estava certo. Marinette entrou, encarou o rei, e fez uma breve reverência, e logo voltou a o encarar. Um dos guardas fechou a porta, e trancou. Marinette tinha que se acalmar, ela deveria estar sentindo muito medo de Gabriel, mas agora ela estava com medo do que poderia acontecer com ela e Nathaniel.

- Segurem-na. – Gabriel disse para os guardas, que obedeceram e seguraram Marinette pelos braços. Ela começou a se debater.

- Me solta! O que quer comigo dessa vez! Me chicotear já não foi um gesto de covardia o suficiente?! – Ela perguntou, gritando.

- Ah não foi mesmo, querida. Você traiu seu querido noivo. – Disse ele, sorrindo vitorioso.

- Não! Eu não o traí! – Ela gritou, se debatendo mais.

- Sim, você o traiu, beijou aquele garoto ruivo. E agora... Receberá sua punição. – Disse ele. – Você vai para o elefante. – Marinette não sabia o que era esse “elefante”, mas pela expressão das criadas, não era nada bom.

- ME SOLTA! NÃO! – Marinette começou a gritar, enquanto os guardas a arrastavam para algum lugar, a levaram para uma sala, e Marinette pode ver algo parecido com uma escultura de elefante, com uma porta onde fica a barriga do elefante, e embaixo, uma fogueira apagada. Marinette entendeu tudo. Ela morreria queimada, dentro de um tipo de forno. Os guardas a jogaram lá dentro, era apertado, e quente. Marinette começou a bater na porta, desesperada. Ela já estava com problemas para respirar de novo. Os guardas trancaram a porta e saíram.

- ME TIRA DAQUI! SOCORRO! ALGUÉM ME AJUDA! – Ela começou a chutar a porta, mas não conseguiu nada. Lá dentro estava cada vez mais quente, ela suava cada vez mais, sua pele não aguentaria o calor.

            Enquanto isso, com Adrian...

Ele dormia em sua cama, quando ele escuta alguns gritos. Ele abriu os olhou devagar, e se levantou, sua barriga estava dolorida pelos chutes que levou de Nathaniel. Ele saiu do quarto e viu uma criada chorando, passando pelo corredor.

- Ei! O que está acontecendo? – Adrian perguntou, a criada não respondeu, só olhou para Adrian, com pena. – Cadê a Marinette? – Ele olhou para dentro do quarto, desesperado. – Cadê ela?! Me fala! – Adrian gritou com a empregada.

- Ela foi levada para o elefante! – A criada desabou a chorar mais ainda. Adrian se desesperou, ele nem sabia onde ficava esse elefante, mas sabia o que ele fazia. Ele começou a correr para os andares a baixo, viu um guarda fazendo vigia e perguntou:

- Onde ficam os elefantes? – O guarda apontou para uma direção e disse:

- No final do corredor, abaixo das escadas. – Adrian saiu correndo para onde o guarda tinha falado.

- MARINETTE! CADÊ VOCÊ?! – Adrian gritava, correndo, olhando em todas as salas, para ver se tinha algum elefante fechado. Marinette ouviu de longe o grito de Adrian, e gritou mais alto.

- ADRIAN! SOCORRO! AQUI! CORRE! – Marinette mal estava conseguindo falar, sentiu seu corpo todo ficar mais fraco, ela estava quase desmaiando, o calor lá dentro era enorme. Adrian seguiu o grito de Marinette, e achou a sala.

- MARINETTE! VOCÊ ESTÁ AQUI?! – Ele gritou.

- ADRIAN, EU NÃO CONSIGO RESPIRAR. – Ela gritou, Adrian viu o elefante em que ela estava e correu até ele. Ele forçou a alavanca para baixo, mas estava emperrada.

- MARINETTE, A ALAVANCA ESTÁ EMPERRADA!

- ADRIAN, RÁPIDO! Eu... não... – Ela estava começando a querer desmaiar.

- EU ESTOU TENTANDO. – Marinette começou a chorar, ela sabia que era tarde demais.

- Adrian... – Ela disse, desistindo.

- Não! Eu vou te tirar daí! Eu juro! – Ele estava começando a chorar de desespero.

- Adrian, eu te amo...

- Não! Marinette não faça isso... eu vou te tirar daí! – Adrian juntou raiva e tudo mais que ele tinha para tentar abaixar a alavanca. Marinette parou de se debater, olhou para as paredes daquele elefante, ela estava morrendo.