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História O Casamento Real - "Não acredito..."


Escrita por: LauraMiraculous

Notas do Autor


Oi pessoal, leiam as notas finais por favor tem treta pra resolver. (Bom não é treta mas é importante) espero que gostem do capítulo.

Capítulo 3 - "Não acredito..."


Corri o mais rápido que pude até o meu quarto, não aguentava pensar na Emmanuelle. Ela era uma linda menininha ruiva de olhos azuis. Eu estava cuidando dela. Estávamos passeando naquele dia, alguns meninos apareceram e roubaram maçãs da família real. Eu disse para eles que largassem isso e que voltassem para casa. Um deles jogou a maçã para Emmanuelle, que a segurou sem entender. Nem eu havia entendido, mas quando reparei, senti braços me segurarem de costas e a Emmanuelle também. Eles haviam a levado para a praça, e a executaram com três balas. Os guardas mataram sem piedade nenhuma, e disseram que eram ordens do rei. Ela tinha nove anos de idade, eu tentei salvá-la, mas consegui socos no rosto pelos guardas. Eu lutava e lutava para tentar tirá-la dali, assim faziam seus pais. Um dos guardas pegou um chicote e tentou me acertar, mas eu consegui desviar, mesmo assim acertou minha perna. Doeu por semanas, tive que ficar de cama, isso aconteceu há dois anos atrás. Não gosto de pensar nisso, mas me faz pensar que essa chicoteada que levei for por não ter conseguido salvá-la. Entrei no meu quarto e me joguei na cama, com a barriga para baixo. Não queria deixá-la no passado, mas ela morreu. Uma criança de nove anos inocente morreu. Ouço uma batida na porta, e peço para as minhas criadas abrirem.

- Abram para mim, por favor. Não deixe entrar, só vejam quem é. – Disse, sem olhar para elas.

- Olá, posso ajudar a senhora? – Disse Leonor.

- Marinette Dupain-Cheng? – Disse uma voz atrás da porta, me sentei na cama, provavelmente já estava encrencada por ter saído de lá correndo.

- Ela... está descansando. – Disse Mirela.

- Ordens do rei. – Disse alguém, com uma voz fria e calma.

- Pode deixar. – Eu disse, me levantando da cama. Fui até a porta e encontrei uma freira. – Quais são essas ordens?

- Venha comigo. – Ela começou a andar.

- Se não voltar por volta de meia hora, me procurem. – Disse para minhas criadas.

Começamos a caminhar, até ela me levar para uma sala do castelo. Entrei, vi um tipo de altar, só que menor, cabia apenas uma pessoa. Olhei para os lados e vi instrumentos de madeira. Pareciam de tortura, para falar a verdade. Olhei para a freira, e ela estava com uma palmatória em suas mãos.

- Desamarre o vestido, quero ver suas costas nua. – Disse ela, desamarrei os laços deixando minhas costas expostas. - Qual é a primeira regra que se deve saber sobre a coroa real? – Ela disse. Me indicando para subir no altar.

- Que se deve ter cuidado, por que se você estiver certa e eles não quiserem admitir, você morre. – Disse, parada no altar. Ela pegou a palmatória e bateu com força em minhas costas.  Eu pus um pé para frente, para não perder o equilíbrio, eu tinha que ser firme e forte. Essas coisas estúpidas que o rei faz, não vão mudar quem eu sou. E não vai mudar o que o povo pensa sobre eles.

- Um homem ameaça o rei, você faz o quê? – Perguntou ela, novamente.

- Eu digo para ele deixar quieto. Pois a revolução virá em breve, e eu acredito no povo de Paris, sei que conseguem.

Mais uma vez ela me bateu com a palmatória. Minhas costas ficariam vermelhas, por alguns dias. Me recusava a demonstrar dor, muito menos chorar.

(Adrian)

Depois que saí do salão principal, fui ver minha mãe, para ver se ela não podia manar Marinette embora. Não me casaria com ela, de jeito nenhum. Quando estava andando pelos corredores, ouvi uns barulhos que viam do quarto da Chloe. Cheguei mais perto, para ouvir melhor. Eram gemidos dela, já entendi, deixei para lá e continuei andando. Logo, cheguei no quarto de minha mãe, mas ela não estava lá. Perguntei para os guardas se sabiam onde ela havia ido, mas nenhum deles sabia. Dei meia volta, e continuei a andar. Me sentei no jardim, atrás de uma árvore, e comecei a admirar o céu, as nuvens e pensar na liberdade. Fechei os olhos para pensar, quando escuto um barulho. Olhei para trás e vi Marinette, sentada no banco, olhando para baixo. Gus Filian apareceu, ele é o mais novo médico formado do castelo. Ele chegou com uma maleta, e dois começaram a conversar. Ele parecia estar insistindo algo a ela, estava meio longe, não pude ouvir. Ela se sentou de costas para ele, que começou a soltar as cordas do vestido dela, achei que iriam fazer algo... inapropriado. Mas não, quando ele desamarrou, eu pude ver umas marcas vermelhas, bem grandes, em suas costas. O que era aquilo? Haviam alguns cortes pequenos, arranhões. Parecia que ela se meteu numa briga. Sem eles perceberem, fui para trás dos arbustos para ouvir a conversa.

- Mari, quem fez isso? – Perguntou ele. De onde ele tirou toda essa intimidade com ela?

- A freira, estava numa aula de etiqueta. Ela me bateu com a palmatória várias vezes. Me recusei a mostrar a ela que eu senti dor. Acho que algumas delas tinham farpas. – Explicou ela. Nunca tinha visto alguém passar por aulas de etiqueta desse jeito.

- Mas, Marinette, isso é tortura. – Disse ele, passando algodão com álcool em seus machucados.

- Não importa, foram ordens do rei. Ele com certeza não gosta de mim, só não sei porque ele não me manda para fora daqui. Não amo o príncipe e não quero ter.... relações... com ele. Amo o Nathaniel, mas agora nem sei como ele está. Acha que ele pode ter conhecido outra garota?

- Não, ele sempre te amou. E ainda te ama, eu o conheço. Mas por favor não faça isso, nem pense nisso.

- Como já sabe o que farei? - Perguntou ela, segurando o vestido, para não cair.

- Eu te conheço desde criança. Por favor, não torture a si mesma. Fazer coisas erradas não vão te tirar daqui. Vão fazê-la sentir mais dor, vão torturar você. Não faça isso, não posso ver uma amiga minha sofrer tanto. Você pode até morrer se não fizer o que querem. – Disse ele, segurando as mãos de Marinette.

- Não me matarão, só tentarei sair daqui. Como você se sentiria se tivesse que se casar com alguém que não ama? E eu teria que... você sabe... ter relações sexuais com ele, e seria quase estupro, porque eu não vou querer. Não estou pronta para casar, só tenho dezesseis anos de idade.

- Eu sinto muito, sinto muito mesmo. Mas o príncipe não é que nem seu pai. O pai dele já teve relações com muitas outras mulheres. – Disse ele, abaixando o tom de voz. Como assim meu pai já transou com outras? – Já ouvi uma garota de quatorze sendo levada ao seu quarto. Ela não queria, mas mesmo assim ele fez. Tive que cuidar de seus ferimentos depois. O rei é muito violento com mulheres. O príncipe não é. Ele cuida bem das garotas, mesmo não gostando.

- Como assim “das garotas”? – Perguntou ela, confusa.

- Você não é a primeira que trouxeram para ele. Adrian as dispensou, não gostou de nenhuma. Não que eu tivesse que gostar, mas também não gostei delas. Eram fúteis, tudo o que ele fazia elas se derretiam de tão apaixonadas. Isso o irritava, então foram embora. Você é a mais legal que ele já deve ter conhecido.

- Não sei se isso é bom. Se ele se apaixonar por mim, vou ter que ficar. Se ficar noiva dele, tudo acabou. – Ele continuou a cuidar de seus machucados, quando ele terminou, fechou seu vestido e os dois se abraçaram.

- Seja forte, como no dia em que Emmanuelle morreu. Seja forte, lute. O povo conta com você.

- Não me fale de Emmanuelle agora. Ela teria onze anos hoje, uma criança tão linda. – Ela começou a chorar, onze anos? Como essa criança morreu? Cheguei a pensar que era filha dela. Mas ela não é nem casada então a hipótese já está eliminada.

- Boa sorte, LadyBug. – Disse ele, acariciando seus cabelos. Ela começou a rir.

- Não acredito que ainda lembra disso. – Os dois se soltaram, ela limpou as lágrimas. – Eu era tão boba. – LadyBug? Eu me lembro desse nome. Ele foi embora e ela se sentou na grama. Resolvi ir até lá.

- Marinette? – Perguntei me aproximando dela. Ela olhou pra mim, ela olhou em meus olhos e eu nos dela.

- O que foi? – Perguntou ela, abaixando a cabeça.

- Quem é Emmanuelle? – Perguntei, me sentando ao seu lado.

- Nem ouse esperar que eu responda. – Disse ela, olhando para baixo.

- Escuta, eu só quero entender você. Me odeia por causa do meu pai, eu não sou ele. Não sei quem é Emma...

- Não diga o nome dela! – Marinette gritou.

- Desculpe, mas eu só quero entender. Ela se foi, não é? – Coloquei minha mão sobre seu ombro.

- Ela tinha nove anos – Sua voz começou a falhar. – Ela foi acusada de roubo, e foi assassinada por ordens do seu pai. Eu tentei salvá-la, tirá-la de lá. – Começou a chorar. – Eu consegui ser chicoteada na perna, e socos no rosto. N-Não consegui s-salvar ela! Ela morreu injustamente com NOVE ANOS DE IDADE! – Apoiei sua cabeça em meu ombro, ela estava muito triste. – Isso foi há dois anos, eu penso que isso... – Ela puxou a barra do vestido, mostrando sua perna, com uma cicatriz longa. – foi o que mereci por não salvá-la.

- Sinto muito, se eu soubesse, não deixaria meu pai fazer isso.

- Só quero que a voz do povo de Paris seja ouvida. Só quero justiça. – Não sei se ela entendeu que não era minha culpa, mas ela ficou quieta com a cabeça em meu ombro. Ela não chorava mais. – Me desculpe por ter sido grossa com você.

- Não precisa se desculpar, apesar de que eu nunca vi ninguém ser desse jeito comigo. – Comecei a rir. – Eu acho que não teremos uma outra escolha, acho que seremos definitivamente; marido e esposa.

(Marinette)

 Eu estava sentada, apoiando minha cabeça no ombro de Adrian, pensando. Eu pensei que não era culpa dele. Estava quieta, quando ele pegou minha mão e começou a acariciá-la. Levantei minha cabeça e olhei para ele e disse:

- Agora acho que teremos que ser mais abertos.

- Então... eu queria te dizer que eu ouvi o que você e o Gus conversaram.

- Você ouviu? – Disse, ele deve ter se ofendido quando disse que não gostava dele.

- E eu tenho que fazer uma pergunta. – Ficamos sentados frente à frente. – Você era a LadyBug? Do dia das bruxas? – Quando ele disse, estranhei, só meus amigos sabiam que eu usava esse nome para brincar de super-heroína quando pequena.

- Como soube? – Perguntei.

- Eu... era o Chat Noir. – Disse ele, olhei sem acreditar para ele. Ele brincou comigo quando éramos pequenos. E depois foi embora, me deixando sozinha sem ninguém para brincar de super-heróis. Levei as mãos à boca.

- Não acredito...

 

 

 


Notas Finais


Fui acusada de plágio da fanfic The Princess and The Kitty Knight escrita por ~Priscilafanfic, e lá a Marinette é forçada a casar com o Nathaniel e ele bateu nela várias vezes. Fui acusada por causa de alguns fatores que citarei agora:
1 - A época.
Me baseei em Game Of Thrones.
2 - A Marinette sendo "desrespeitada"
Baseado em Game Of Thrones novamente já que naquela época nenhuma mulher era respeitada.
3 - Ela irá sofrer um pouco pois o rei é meio sádico.
Baseado na A Seleção (livro) da Keira Cass, inspirado em Maxon Schreave.
4 - O casamento forçado.
Me inspirei em um comic e na Seleção, novamente.

Espero que tenham entendido, mesmo assim, deixei de acordo com a autora da fanfic The Princess and The Kitty Knight que mesmo assim se a deixasse mais tranquila deixaria os créditos.
Então, créditos:
Miraculous As Aventuras de LadyBug e Cat Noir
A Seleção - Keira Cass
Game Of Thrones - George R.R. Martin
The Princess and The Kitty Knight. - ~Priscilafanfic - spiritfanfics.
Espero que tenham gostado, um beijo e um queijo!


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