História O Casamento Real - Adrian além de violento, é ciumento?

Os dias de lua de mel estavam acabando. Marinette e Adrian tentaram curtir o máximo de seu tempo juntos, sem Gabriel. Hoje, era o penúltimo dia que eles estariam naquela praia, que nem haviam dado o trabalho de visitar.

- Adrian, o que acha de irmos até o mar, darmos uma molhada nos pés. – Disse Marinette, olhando para o mar, através da sacada.

- Odeio ficar na praia, Marinette. – Disse ele, olhando para pergaminhos.

- Mas se odeia praia, por que viemos para cá na lua de mel? – Perguntou Marinette, sem paciência, olhando para Adrian.

- Minha mãe escolheu o lugar, e meu pai concordou. – Disse Adrian, olhando para Marinette.

- Pode fazer um esforço? Quero muito ir lá. – Disse ela, olhando para o mar.

- Não. – Adrian disse, ele odiava mais que tudo praia. Sempre que ele estava lá, nunca conseguia relaxar, sempre tinham pessoas olhando para ele, fazendo perguntas, e para piorar, a areia.

- Eu nunca fui numa praia. – Disse Marinette, um pouco triste.

- Como assim nunca? – Perguntou Adrian, pasmo com a pergunta de Marinette.

- Adrian, eu era pobre, não tinha condições de viajar, nunca fui à praia. – Disse Marinette, olhando para baixo. Adrian se sentiu arrependido de ter dito não.

- Neste caso, você tem condições de ir agora. E eu vou com você. – Disse ele, sorrindo. Marinette abriu um sorriso enorme, e correu até Adrian e o abraçou.

- Sério? Sério mesmo?! Vamos à praia? Isso é demais! – Disse Marinette, o soltando com felicidade. - Vou colocar um vestido simples, e já volto. E troque essa roupa, Adrian. – Marinette entrou no banheiro, quando ela voltou, estava com um vestidinho branco, ele não havia muitos tecidos, não era muito composto de coisas. Era bem simples. Ela arrumou seu cabelo como preferia, e logo saiu. Adrian foi com uma calça, blusa branca, e um sapato preto. Os dois saíram, com alguns guardas em volta, Marinette se sentiu mais viva como nunca, ela correu até a beira do mar, e deixou a água gelada bater em seus pés. Marinette abriu os braços, (tipo o Cristo Redentor) e se deixou levar pela brisa do oceano. Logo depois sentiu mãos delicadamente sendo passadas pela sua barriga, por trás. Adrian beijou seu pescoço.

- Gosta da vista, princesa? – Perguntou ele, sorrindo, enquanto beijava o pescoço de Marinette.

- Perfeita. – Disse Marinette, se virando para Adrian. – Agora está mais linda ainda. – Disse ela, olhando nos olhos de Adrian. Os dois deram mais um beijo. Adrian pegou Marinette no colo, e ela começou a rir.

- Adrian, me põe no chão! – Disse ela, rindo.

- Não, nós vamos mergulhar. – Disse ele, andando mais para o fundo do mar. Aquela praia era mais calma, a água podia estar na sua cintura e nenhuma onda forte caia sobre você. Adrian estava segurando Marinette no colo, e a água já estava um pouco acima da cintura de Adrian.

- Me põe no chão, Adrian. Não quero mergulhar. – Disse ela, dando leves tapas nas costas de Adrian.

- Tudo bem, eu te ponho no chão. – Disse Adrian, desistindo.

- Obrigada. – Disse Marinette, fazendo biquinho.

- Olhe isso. – Adrian andou alguns passos para frente e mergulhou. Marinette estava sentindo algo estranho, ela já havia sentido uma vez, só não sabia o que exatamente. Ela sentiu cabeça girar, ela colocou um pé para trás, para poder recuperar o equilíbrio. Adrian voltou para a superfície, um pouco mais longe de Marinette do que da última vez. Marinette deu uma última puxada de ar, e logo desmaiou, caindo dentro da água, afundando completamente. Adrian arregalou os olhos, e nadou o mais rápido que podia, quando chegou, levantou Marinette da água imediatamente. Ele a pegou no colo, e tentou acordá-la. – Marinette! – Adrian correu o mais rápido que pode para a areia, com Marinette no colo, e chamou um de seus guardas para chamar Gus, imediatamente. Gus logo voltou, junto com Melanie e Adam. Gus correu até Marinette, e colocou seu ouvido perto da boca de Marinette.

- Ela está quase parando de respirar. – Disse Gus, ele começou a fazer respiração boca a boca nela. Adrian tinha tanta adrenalina em seu coração, que nem se permitiu sentir ciúmes de Gus estar “beijando” Marinette. Era somente uma respiração boca a boca, que ela precisaria, senão morreria. Nada adiantou, Gus parou, e começou a fazer uma massagem cardíaca nela. Adrian já chorava, e falava baixo, mas mesmo assim todos podiam ouvir.

- Vamos, Marinette. Não me deixe. – Disse ele, pensando em voz alta. Marinette começou a tossir, e cuspir água. Quando Gus viu que Marinette acordou, ele parou com as massagens cardíacas, e se sentou ao lado, cansado. Adrian a abraçou com força. – O que foi aquilo? Quer me deixar louco de preocupação?! – Perguntou Adrian, com um pouco de raiva, abraçando Marinette, que ainda tossia.

- Eu passei mal, de novo. – Disse ela, tentando se soltar de Adrian, que a apertava com tanta força, que ela nem podia respirar direito. – Adrian, está me apertando. – Disse ela, com a voz fraca.

- Passou mal? Por que passou mal? – Perguntou Adrian.

- O bebê, talvez. – Disse ela, com a respiração ofegante.

- Ah, ótimo, outro tentando te matar. – Disse Adrian. – Esse bebê não está te ajudando em nada.

- Adrian, não comece. – Disse Marinette, tentando se levantar.

- Você está melhor, Marinette? – Perguntou Melanie, ajudando Marinette a se levantar.

- Estou, foi só um desmaio, eu acho. – Disse ela, ficando em pé. – Eu tenho que ir tomar um banho, agora. – Disse ela, Adrian esperou Melanie ir embora com Marinette, Adrian olhou para Gus, e o levantou pela gola da camisa.

- Me diga que ela não vai morrer com esse bebê dentro dela. – Disse Adrian, cerrando os dentes.

- Eu não posso te dizer se vai acontecer algum acidente quando ela desmaiar. – Disse Gus, Adam só olhava os dois.

- E por que não?! – Perguntou ele, com um pouco mais de raiva.

- Eu não sei o que vai acontecer, não está sobre meu alcance, eu não sei o futuro. – Disse Gus, tentando se soltar de Adrian.

- Você gosta disso, não é? – Perguntou Adrian, a fúria em seus olhos era clara. Adam estava vendo aonde a situação chegaria e tentava separar os dois.

- Disso o quê? – Perguntou Gus, em momento algum, ele estava sendo mal educado.

- Está se aproveitando desses desmaios que a Marinette anda tendo, não é?! – Perguntou Adrian.

- Eu... – Gus foi interrompido, Adrian deu um soco no rosto do garoto, como Adrian havia soltado Gus, ele caiu no chão, com a sobrancelha sangrando.

- Adrian! – Disse Melanie, que havia acabado de aparecer. Adam segurou Adrian, para que ele não batesse mais em Gus. – Gus, você está bem? – Perguntou ela, se ajoelhando ao lado de Gus, ele ignorou, e se levantou, pronto para bater em Adrian também, mas Melanie entrou na frente. – Parem com essa briga! – Disse ela. – Gus, se lembra o que aconteceu da última vez que alguém bateu em Adrian? Bom, espera... – Ela se lembrou de si mesma dando um tapa no rosto de Adrian por estar com raiva. – O último garoto que entrou numa briga com Adrian? Ele morreu, sim, morreu.

- Quero que fique longe dela, só fale com ela quando for em relação à saúde dela! – Gritou Adrian.

- Está bem! – Gus se soltou de Melanie brutamente, e saiu andando, Melanie foi atrás.

- Gus, se acalme. – Disse Melanie, tentando acompanhar os passos de Gus.

- Não vou me acalmar, Adrian é ingrato! Salvei a vida de Marinette! Se eu deixasse para Adrian fazer isso, Marinette morreria! Eu não queria que nossos lábios tivessem contato, mas ou era isso, ou era a morte da Marinette! – Disse ele, andando sem olhar para Melanie.

- Você tem razão, mas Adrian só está com ciúmes. Mas de qualquer maneira, por que ficou tão bravo quando ele disse que não queria que conversasse mais com ela?

- Por que ela é minha amiga! Desde os seis anos! – Disse Gus, se sentando num tronco.

- Desde os seis? – Perguntou ela, olhando para Gus e se sentando com ele.

- Sim.

- E... você gosta dela? – Perguntou Melanie, olhando para o chão.

- Não.

- Não mesmo?

- Não, para mim, a Marinette não passa de amiga. – Disse Gus, se levantando e voltando para a casa. Melanie se sentiu de alguma forma, mais aliviada. Talvez aliviada por Gus, porque assim, ele não tentaria conquistar Marinette e deixaria as coisas piores para ele. Ou talvez, por outros motivos...