- Eu quero, e vou contar. – Disse Melanie, respirando fundo. – Não sei se sabe, mas eu amava um garoto, e ele me amava, eu acho. Nós ficamos juntos por muito tempo. E então, nós brigamos... – Disse ela, Melanie sentiu seu olhos encherem de lágrimas. – E então ele voltou, hoje. E me disse que... sentiu minha falta, e... não podia ficar sem mim... – Ela começou a chorar. – E então eu ainda gostava dele, ainda o amava, e nós fizemos... aquilo... – Disse Melanie, Gus sentiu seu coração despedaçar. Tanto para Melanie quanto para si mesmo. – Só que ele só havia feito uma aposta de me levar para a cama, e ele trouxe sem eu ver, alguns garotos, e eles assistiram tudo. – Disse ela, chorando muito. – Eu estou desesperada... não sei o que fazer. – Disse ela, chorando mais ainda.
- Melanie... – Gus sussurrou.
- Eu sou idiota, burra. – Disse Melanie, batendo em sua própria cabeça.
- Não, não faça isso. – Disse Gus, segurando os braços de Melanie. – Ele foi um babaca em te usar. – Disse ele, Gus estava tão triste por Melanie, que ele mesmo quase chorou. – Mas ele conseguiu... penetrar? – Perguntou ele.
- S-Sim... – Disse ela.
- Deus... – Disse Gus, colocando uma mão na testa.
- Eu preciso da sua ajuda... me ajude a achar algo para não engravidar, por favor. – Disse Melanie, implorando.
- Sim, me deixe ver... vou buscar e já volto.
- Corra. – Disse Melanie, vendo Gus sair correndo de seu quarto. Gus foi tão rápido e voltou tão rápido, que nem precisou passar cinco minutos, e logo ele já estava lá.
- Aqui, tome isso. – Disse ele, entregando um comprimido.
- Está bem. – Disse ela, indo até o banheiro pegar um copo de água.
Melanie tomou o comprimido, e depois voltou.
- Tem certeza que vai funcionar? – Perguntou ela, com a mão na barriga.
- Sim, bom... depende. Há quanto tempo isso aconteceu? – Perguntou Gus, ele estava com raiva desse garoto, mas não queria sair do lado de Melanie, ela precisava de apoio mais do que nunca.
- Não sei ao certo... – Disse ela, se sentando na cama ao lado de Gus.
- Eu sinto muito, Melanie... – Disse ele, olhando para ela, que olhava para baixo.
- Não tem o que sentir, você não tem o que sentir. – Disse Melanie, olhando para o nada.
- Me desculpe... – Disse ele, olhando para baixo.
- Nem o que pedir desculpas. Você é um grande amigo. Não sei como não está comprometido ainda. – Disse ela, sorrindo fraco para Gus.
- A garota que eu queria que estivesse comprometido, está bem na minha frente. – Disse ele.
- Eu? Não, não faça isso com si mesmo... Não perca tempo comigo. – Disse ela, começando a chorar de novo.
- Perder tempo? Com você? Nunca. – Disse ele. – Não me arrependo de nenhum momento que tivemos. – Disse Gus, colocando uma mão no rosto de Melanie.
- Eu não consigo nem... Segurar minhas emoções... Imagine um relacionamento... – Disse Melanie, negando com a cabeça.
- Shhh. – Disse ele, colocando um dedo na frente dos lábios de Melanie. – Não chore mais, não desperdice nada seu com ele.
- Gus, eu não... – Ela começou, Melanie não conseguia nem terminar a frase, era difícil dizer isso, principalmente agora que Gus estava tão perto dela.
- Olhe para mim. – Disse ele. – Eu nunca faria algo como aquilo com você. Eu não sei como... Mas... Eu amo você. – Disse Gus, sussurrando, mas Melanie podia ouvir perfeitamente. Gus começou a se aproximar dos lábios de Melanie, que olhava para a boca de Gus. Melanie sentiu os lábios de Gus, levemente encostarem em seus, Melanie colocou sua mão no peito de Gus, e o segurou, impedindo de se aproximar.
- Eu... não posso fazer isso... não agora... – Disse Melanie, Gus abriu seus olhos devagar, e viu Melanie chorando novamente. – Obrigada, mas você é meu amigo... Só amigo. – Disse ela, negando com a cabeça novamente.
- Melanie, não faça isso. – Disse Gus, sem se afastar de Melanie. Ela se levantou e foi até a sacada, e ficou observando a paisagem, como se Gus não estivesse ali.
- V-Vá embora, Gus. – Disse ela, sem olhar para Melanie. Ele se levantou, e ficou atrás de Melanie, longe por alguns metros, já que ele estava dentro do quarto, e ela na sacada.
- Se isso... Te deixar confortável, eu vou. Mas saiba, que... Eu... te amo.
- Eu não te amo, gosto de você como amigo, apenas. – Disse Melanie, Gus sentiu uma lágrima cair de seu olho. Ele a enxugou, e disse:
- Pois bem... – Disse ele, com um nó na garganta. E logo depois, se retirou.
- Me desculpe... – Ela pensou em voz alta, continuou chorando, e se jogou no chão.
Enquanto isso, com Marinette...
- Amor, fiz um surpresa para você. – Disse Adrian, indo até ela.
- Surpresa? – Perguntou ela, sorrindo.
- Sim. Coloque isso. – Disse ele, mostrando uma bandana.
- Tudo bem. – Disse ela, colocando em seus olhos.
- Vou te guiar, pode confiar em mim. – Disse Adrian, amarrando a faixa para Marinette.
- Se eu bater em alguma coisa, você vai se ver comigo. – Disse ela, com um tom sério.
- É uma ameaça? – Disse ele, sussurrando no ouvido de Marinette.
- É.
- Então pode ameaçar, por que você fica linda assim. – Disse ele, deixando um beijo no pescoço de Marinette.
- Obrigada.
- Vamos? – Perguntou ele.
- Vamos. – Adrian começou a guiar Marinette pelos corredores do castelo, Adrian às vezes soltava algumas risadas do jeito de Marinette agir. Ele a levou para os jardins, ele a posicionou um pouco antes de onde ficava a grama. – Vou tirar seus sapatos. – Disse ele, abaixando e tirando as sapatilhas de Marinette.
- Onde estamos? – Perguntou ela, sentindo o chão gelado, ainda sem encostar na grama.
- Surpresa... – Adrian guiou Marinette mais para frente, e ela sentiu uma grama molhada tocar seus pés, Marinette sorriu. – Abra os olhos.
Marinette tirou a faixa, e abriu os olhos. Podendo ver o jardim, as flores, a grama... mas havia algo mais. Ela viu uma mesa, com duas cadeiras, velas, comida, e tocadores de instrumentos clássicos, que tocavam uma música maravilhosa.
- Adrian, isso é lindo. – Disse ela, maravilhada.
- Vamos dançar um pouco. – Disse ele, estendendo a mão. – Aliás, faz muito tempo que não temos um momento só nós dois. A lua de mel não foi bem o que eu esperava, mas... – Marinette o interrompeu, dando um beijo suave em seus lábios. Seus lábios se separaram, e Marinette deitou sua cabeça no ombro de Adrian. Eles continuaram dançando devagar, de acordo com a música. Marinette nem sabia direito porque, mas aquela música lhe deu vontade de chorar. Aquela música, lhe lembrou sobre alguns momentos que ela nunca esqueceria. Ao invés de segurá-las, como fazia normalmente, ela simplesmente deixou-as caírem de seus olhos, e rolarem pelo seu rosto. Adrian nem percebeu. Ele ouviu Marinette fungar, ele olhou para ela, e viu lágrimas. – Marinette?
- Oi? – Perguntou ela, enxugando as lágrimas.
- Por que está chorando? – Perguntou ele.
- Não sei, me deu vontade. – Disse ela, sorrindo fraco.
- Aqui. Deite-se. – Adrian se deitou com Marinette, na grama, e ela colocou sua cabeça no peito de Adrian, e ele a abraçou com o outro braço. E então, eles ficaram observando as nuvens, conversando e se beijando de vez em quando. Até que...
- Senhor Agreste? – Os dois ouviram uma voz, Adrian se sentou, e olhou para trás, vendo uma criada.
- Sim?
- Sua mãe deseja falar com você. – Disse ela, sorrindo.
- Ah, sim. – Ele disse, se levantando.
- Já vai? Não pode ficar mais um pouco? – Perguntou Marinette, se levantando também.
- Não, princesa. Vou indo, mas volto daqui a pouco, volto o mais rápido que puder. – Disse Adrian, ele seguiu a criada, deixando Marinette sozinha. Ela se sentou na cadeira, e ficou pensando. Marinette resolveu dar uma volta pelo jardim, ela se levantou, e começou a caminhada. Quando de repente alguém a puxa pelo braço, e Marinette, quando vê, está entre algumas árvores, um pouco escondida, e um garoto em sua frente. Era o personagem esquecido, aquele mesmo...
- Por favor não me machuque! – Disse ela, quase chorando.
- Calma, não vou te machucar. Como eu poderia machucar a minha pequena joaninha? Se lembra, LadyBug? – O garoto sorriu, quando Marinette olhou para ele, apesar de toda a sujeira, e poeira, ela o reconheceu. Marinette levou as mãos à boca, e sentiu seus olhos lacrimejarem.
- Nathaniel?
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