História O Casamento Real - Estamos nos entendendo melhor...

Os dois não acreditavam, eles haviam brincado, por um dia, de super-heróis. Juntos. Adrian nesse dia tinha conseguido fugir do castelo, já que conhece algumas passagens secretas. Ele encontrou uma menininha de cabelos azuis vestida de joaninha, isso no dia das bruxas. Ele decidiu ser um super gato. E os dois começaram a brincar e esqueceram de perguntar seus nomes.

- Você se lembra? Do dia das bruxas? Do último dia das bruxas? – Perguntou Marinette.

- Claro que me lembro. Infelizmente meu pai não gosta desse feriado e proibiu a todos de comemorarem.

- Foi tão triste.

- É... – Ele concordou.

- Finalmente concordamos em algo – Disse ela.

- Eu fiquei encantado quando vi você de joaninha. – Os dois começaram a rir.

- De onde tirou aquela fantasia de gatinho? – Disse ela, rindo mais.

- Achei em casa, eu ainda tenho ela. Você ainda tem a fantasia da LadyBug?

- Sim, eu acho. Adrian, sabe que hora são?

- Vou ver. – Ele pegou seu relógio de bolso, e olhou as horas. – São três para as quatro.

- Ah não, eu estou atrasada! – Ela se levantou.

- Espera! Onde vai? – Ela parou logo quando ele a chamou.

- Eu tenho uma aula de... etiqueta. – Ele lembrou das palmatórias que ela levou.

- Vou com você.

- Mas você não deve precisar, já deve saber tudo. – Ela disse.

- Não, eu não sei. Vamos? – Ele começou a andar na frente de Marinette. Ela se desesperou, se Clarice o visse iria pensar que Marinette pediu para ele ir, só para não se machucar. Ela o seguiu, quando chegaram na sala, ela bateu na porta e Clarice abriu.

- Alteza. – Disse ela, fazendo uma reverência. – Nossa aula hoje será na sala de refeições.

Quando chegaram no salão, Clarice conduziu Marinette para a cadeira, ela se sentou com medo do que viria.

- Qual é o garfo da salada? – Perguntou ela, enrolando um papel grosso de jornal nas mãos.

- Humm. Esse? – A resposta estava errada. Ela bateu o jornal na cabeça de Marinette. Não foi muito forte. – Ai. – Disse Marinette, esfregando a mão na cabeça. Adrian achou a situação engraçada, e começou a rir, ele tentava disfarçar mas não conseguia muito bem. Marinette olhou para ele, e fez uma carranca. O que fez ele parar de rir na hora, mas ainda sorrindo.

- O garfo de salada é esse. – Disse a freira, voltando o assunto. – Agora, qual a taça para beber vinho?

- Huumm, nunca bebi vinho, mas acho que... essa?

- Sim, correto. – Disse ela.

Marinette suspirou, aliviada. Eles continuaram com a aula, Adrian assistia tudo, às vezes rindo do jeito desajeitado de Marinette. Ela ia servir chá, derramou tudo na mesa, ele riu mais ainda, para colocar os blocos de açúcar era um custo. Marinette nunca havia experimentado um desses, ela pegou um sem Clarice ver e colocou na boca.

- Senhorita, só os cavalos comem os blocos de açúcar assim! – Adrian riu porque Marinette havia quase cuspido tudo para fora, de tanto rir.

- Desculpe. – Disse ela, de boca cheia.

- Não fale de boca cheia! – Deu mais uma batida na cabeça dela com o jornal.

- Desculpe. – Disse ela.

Quando a aula terminou, Clarice foi embora. Marinette suspirou e se apoiou nas costas da cadeira. Adrian foi até ela e se sentou na mesa.

- Eu não sirvo para ser princesa. – Disse ela, fechando os olhos. – Sou um desastre.

- Não, você não é um desastre. Só um pouco, mas nem tanto. Você pega o jeito.

- Se eu não sou um desastre, por que estava rindo tanto? – Perguntou ela, olhando para Adrian.

- Porque estava engraçado, você ainda vai conseguir.

- Engraçado mesmo é como nós estamos nos comunicando diferente desde que soube que brincamos quando crianças. – Disse ela, cruzando os braços.

- Eu tenho que ir, tenho aula de piano.

- Aula de piano? Não sabe tocar?

- Mais ou menos. – Respondeu ele.

- Eu sei cantar, talvez um dia possamos tocar juntos se quiser. Mas agora eu vou indo também, me sujei de chá.

Os dois seguiram seus caminhos, Marinette foi direto para o quarto e Adrian foi para aula de piano.

(Marinette)

Fui até o meu quarto, entrei e vi minhas criadas trabalhando num vestido. Esse vestido era vermelho mate, com alguns desenhos pretos na barra do vestido. Me lembrava a LadyBug, mas não era de joaninha.

- Para que esse vestido? – Perguntei.

- Para a senhorita usar no baile que teremos. – Disse Leonor, se levantando da cadeira.

- Que baile? – Perguntei, me sentando na cama.

- O baile de boas-vindas para você. O rei foi tão atencioso em fazer essa festa, não é? – Disse Mirela, olhando para o vestido, fazendo o bordado.

- É, muito atencioso. – Disse, irônica, mas elas não perceberam.

- Então, fomos te procurar. Você demorou mais que meia-hora, aí vimos você conversando com o príncipe, então presumimos que estava tudo bem. – Disse Mirela.

- É, estava tudo bem. – Disse, me joguei para trás para relaxar e pensar.

- O que acha? – Leonor arrancou o vestido da mão de Mirela, quase o rasgando, para mostrar para mim.

- Lindo. – Eu disse.

- Leonor! Quase me faz rasgá-lo, tome mais cuidado! – Disse Mirela, tomando o vestido de suas mãos.

- Que dia é esse baile? – Perguntei.

- É daqui há dois dias. – Mirela respondeu.

- Vou cochilar um pouco, então podem ficar aí se quiserem. Só não façam barulho. – Vesti uma camisola, e me deitei.

(Adrian)

Sai da sala de refeições, pensando que talvez na próxima aula a Clarice pegue um pouco mais pesado com ela por ter feito um pouco de gracinha. Continuei andando, quando encontrei Adam no corredor. Ele estava beijando uma garota. Pigarreei, fazendo os dois se separarem e ela ficar mais corada que um tomate.

- A-Alteza. – Disse ela, fazendo uma reverência e saindo.

- Adam, precisa fazer isso em público? – Perguntei.

- Ah, como se você se importasse. Então, eu estava pensando... e se a gente testasse sua futura noiva?

- O que quer dizer com isso? Não se atreva a... – Comecei.

- Calma, não é nada disso. Eu quis dizer, eu poderia dar em cima dela para ver se ela aceitaria, se ela é leal a você ou não. Ela não sabe quem eu sou, então vai ser um bom teste.

- Nem a mim ela quer, imagina você. – Eu disse, cruzando os braços.

- Haha, muito engraçado! – Disse ele, irônico. – Estou falando sério, amanhã a testamos. O que acha?

- Não sei, não. – Disse, um pouco desconfiado.

- Ah, sério? Você me conhece e ficará assistindo.

- Tudo bem, mas não seja rude. E a respeite, estou falando sério.

- Eu vou tratá-la como qualquer outro homem. Senão ela desconfia, ela é muito esperta.

Depois que tive minha aula de piano, tinha um treino de esgrima. Quando cheguei, não acreditei no que vi.

(Narradora)

Depois que Marinette cochilou por uns vinte minutos, ela se levantou, colocou um vestido bem mais simples, sem o espartilho. Ela saiu com um vestidinho azul marinho, sapatilhas, um coque e foi para os jardins. Quando chegou lá, encontrou um equipamento de esgrima. Floretes e espadas. Ela pegou um florete, e foi até um boneco que pano que tinha para treino. Ela treinou alguns golpes, Nathaniel a ensinou a segurar uma espada e se defender com ela. Só não sabia atacar, ela treinava sozinha, quando Adrian Agreste atravessou os portões para o grande jardim.

- Marinette? – Ele disse, indo em sua direção, fascinado porque a garota sabia pelo menos como segurar uma espada.

- Adrian, eu não te vi aí. - Ela abaixou a espada, e disse meio corada.

- Não sabia que lutava.

- Meu amigo trabalha com o pai em fabricar espadas, ele me ensinou a segurar uma. – Disse ela.

- Amigo generoso esse, não é? – Quando ele disse, ela abaixou a cabeça.

- É...

- Vem, lute contra mim. – Disse ele, pegando duas espadas. Uma para Marinette e outra para Adrian. – Aqui, pegue essa.

- Eu não sei lutar, não teria chances. – Ela disse.

- Ah, me mostre o que aprendeu.

Adrian fez um movimento, e Marinette conseguiu desviar sua espada. Ele tentou novamente, colocou um pé para frente, e inclinou sua espada para mais perto dela. Marinette caiu no chão, e ele a ajudou a levantar. Ele estava a ajudando muito, para aprender a lutar. Uma criada passou por ali e viu tudo, ela desesperada correu até o rei.

- Majestade! Majestade! – Disse ela, correndo apressada. Ele olhou para ela, sem entender nada.

- O que foi?

- A princesa! E o príncipe! Estão... lutando! – Disse ela ofegante.

- O quê?!