História O Casamento Real - A volta para o castelo

Por favor leiam as notas finais, se quiserem sempre saber quando postarei capítulos novos.

- Então? Vai matá-los, ou vai dar a chance a eles de explicar? – Perguntou Adam, olhando para Adrian.

- Adam, a segure, por favor. – Ele entregou Marinette à Adam, e ele a segurou no colo. – Expliquem.

- Nós a encontramos, desmaiada no chão e alguns homens bêbados rasgando seu vestido. As crianças viram e pegaram seus estilingues e começaram a jogar pedra neles. A Marinette cuidava muito dos meus filhos, vinha na minha casa, lia para eles, os colocava para dormir. Os garotos foram lá e a tiraram daquela confusão. Não os assassine, por favor. A salvamos, quando ela acordar nos reconhecerá. – Disse uma das mulheres. – Por favor, tenham piedade, nós a salvamos.

- Eu confio neles. – Disse Adam. Adrian estava pensativo.

- Tudo bem, vamos. Levaremos Marinette ao castelo. E vocês também. – Disse ele, se virando para os pais das crianças. – Quero ter certeza que são quem dizem que são. – Adrian pegou Marinette no colo, e a levou até o cavalo. Ficou um pouco difícil de achar uma posição boa para ela, mas depois de algumas tentativas, eles conseguiram. Cavalgaram de volta para o castelo, junto com os camponeses que salvaram Marinette. Quando chegaram, Adrian a levou para um médico, e foi resolver o problema com os camponeses.

- Então, o médico disse que ela foi atingida por um objeto cortante, talvez vidro. Ela está inconsciente, mas daqui a pouco deve acordar. Vocês... – Adrian foi interrompido, ele escutou passos pesados vindos do corredor. Ele, junto com os camponeses, olharam, e viram o rei.

- Onde está a Marinette, ela está melhor? – Perguntou o rei, juntando as mãos. Adrian estranhou, de onde o seu pai havia tirado tanta preocupação com alguém além de si mesmo. E ele não suporta a Marinette.

- Ela... está melhorando, pai.

- Vou vê-la. – Disse ele, dando as costas para seu filho.

- Pai, espera. O médico disse sem visitas até ela acordar.

- Não me importa o que ele diz, ela é quase uma filha para mim, me importo com ela. – Adrian sentiu nojo de seu próprio pai. Ele foi em direção da enfermaria, e Adrian foi atrás, para impedir que algo acontecesse. Eles entraram, e Marinette estava deitada na cama.

- Ela está melhor, doutor? – Perguntou Gabriel.

- Sim, ela deve acordar daqui a pouco. Sorte que o que a atingiu não a matou. – Disse ele, se levantando, para uma reverência.

- Adrian, doutor, podem nos deixar a sós, por favor. – Perguntou o rei. Adrian não queria a deixar ali com seu pai. Ela estava inconsciente, qualquer coisa que ele fizesse com ela, Marinette não se lembraria. Ele poderia até estuprá-la se quisesse.

- Pai, quero ficar aqui, com ela. Ela será minha futura noiva, quero ficar.

- Não me importa o que quer, mandei sair. – O doutor foi embora, e Adrian saiu também, depois de insistir mais um pouco. Marinette mexeu a cabeça um pouco, e depois abriu os olhos.

- Ah, minha cabeça dói muito. Majestade? O que faz aqui? – Disse ela, se ajeitando na cama. Para sua sorte ela tinha acordado antes que ele fizesse alguma coisa.

- Acha que eu não saberia que tentou fugir do castelo? – Ele olhou nos olhos de Marinette e começou a se aproximar dela. – De agora em diante, quero que aja como uma princesa, uma princesa digna para casar com meu filho. – Disse ele.

- Se ser uma princesa significa não dar a mínima para o povo, não farei isso até o dia de minha morte. – Disse ela, desafiando o rei. Ele aparentemente não gostou nada daquilo. Ele segurou o queixo de Marinette com força, forçando-a a olhar para ele.

- Lembre-se com quem está falando, sua vadia. Se lembre que sou o rei e faço o que eu quiser, ninguém em toda a França é mais poderoso que eu.

- Sei exatamente com quem estou falando. Uma coroa e um trono não vão mudar meus pensamentos sobre vocês. – Disse ela, tirando a mão do rei de seu queixo com brutalidade. Ele se preparou para bater no rosto dela de novo, mas antes de executar a ação ele pensou melhor. Uns tapas na cara não adiantavam nada contra ela. Ele teve uma ideia melhor, uma ideia que faria ela ter medo dele, e o respeitar.

Adrian andava para lá e para cá, tenso, pensando no que estaria acontecendo dentro daquela sala. Logo, viu seu pai saindo da sala, ele estava calmo, com um sorriso sádico. Adrian entrou com tudo na sala e viu Marinette sentada na cama, pensando.

- Por que fugiu? Quase se matou! – Disse ele, correndo em sua direção para abraçá-la. – Quase tive um ataque de pânico. Nunca mais faça isso. Você está bem? – Os dois se separaram, e ela suspirou.

- Eu... não tenho nada contra você, Adrian, mas eu não posso mais ficar aqui. Tenho que voltar para casa, não suporto ser tratada assim. – Ela logo se arrependeu por ter dito isso. Ele não podia saber que o rei já bateu nela alguma vez.

- Tratada assim? – Ele sabia muito bem a resposta, mas tinha que se fingir de inocente.

- Nada.

- Não é nada, tem algo aí que não quer me contar. – Disse ele. – Me diga, pode confiar em mim.

- Não posso te falar isso, não é que não confie em você, é só que... não posso. – Disse ela, se preparando para descer da cama.

- Aonde pensa que vai? – Disse ele, empurrando de leve, Marinette de volta para a cama.

- Eu quero escrever para meus pais, amigos. Eu não os dou notícia nenhuma há dias. – Disse ela, insistindo em se levantar.

- Não, fique aqui. Vou chamar suas criadas, você fica paradinha aqui. Não se mova. – Disse ele, apontando um dedo para ela. Marinette não obedeceria, ela é tão cabeça dura, que esperou Adrian ir embora, e desceu da cama. No primeiro momento, ficou um pouco tonta. Mas logo depois se recuperou, abriu a porta, viu o corredor limpo. Saiu, e virou a esquina do corredor, quando deu de cara com aqueles camponeses.

- Gente, o que fazem aqui? – Perguntou ela, animada. Ela adorava aqueles pequenos capetinhas.

- Marinette! – As cinco crianças correram até ela e a abraçaram nas pernas. – Nós te salvamos, que bom que está legal.

- Obrigada, seus fofuchos! – Disse ela, abaixando para abraçá-los. Quando ouviu os passos de Adrian no corredor. – Vamos brincar de esconde-esconde com o príncipe? – Disse ela, rapidamente.

- Vamos! – Eles responderam.

- Podem os deixar comigo, sabem que eu cuido bem deles, e eles de mim. – Disse ela, falando para os pais. Eles concordaram com a cabeça, e eles saíram correndo. Adrian ouviu pessoas correndo no corredor, quando foi checar viu Marinette e as crianças correndo.

- O que ela tá fazendo? Era para ela estar deitada! – Disse ele, perguntando aos pais dos meninos.

- Brincando de esconde-esconde com você.

Todos corriam com Marinette, ela deixou eles em sua frente. Adrian não corria mais rápido que as crianças, nem Marinette. Mas pela primeira vez ele conseguiu a alcançar. Ele caiu em cima dela, os dois rindo. Junto com as outras crianças. Ela caiu no chão e ele em cima dela, os dois pararam de rir e se olharam. Ele a ajudou a levantar, e disse:

- Eu te falei para ficar lá.

- Eu não costumo obedecer muitas ordens, ainda por cima se estiverem duvidando da minha capacidade. – Disse ela, sorrindo e colocando as mãos na cintura.

- Não duvidei das suas capacidades, só acho que precisava ficar em repouso depois de tudo aquilo que aconteceu. 

- Afinal, o que aconteceu? Não parei para perguntar. Sentem aqui e me expliquem. – Ela apontou para o chão do jardim, todos se sentaram assim como Marinette, Adrian ficou parado em pé. – Você também. – Disse ela, olhando para Adrian.

- Príncipes não sentam no chão, muito menos na grama. – Ele disse, olhando para Marinette. Ela se levantou, passou no meio da rodinha de crianças, e foi até a frente de Adrian. O seu coração palpitava, ele estava pensando o que ela faria. Sua respiração ficou mais rápida e quase audível.

- Senta aí. – Ela disse, o empurrando para baixo pelos ombros. Ela voltou para seu lugar, Adrian a observava, ela era o tipo de garota que nunca faria algo assim. Sempre o obedeceria, faria tudo perfeitamente, ele não gostava disso. Mas ele gostava do jeito que ela agia, era diferente e ousado. Numa janela qualquer do castelo, a mesma criada que denunciou Marinette para o rei, os observava. Ela novamente correu em direção ao rei, entrou em sua sala e disse:

- Ela está aprontando de novo!