História O caso da minha vida (Hiatus) - Passado difícil

Eliza Taylor P.O.V

- Eu não lembro muita coisa sobre minha vida antes do laboratório mas...

Passado On

- Suba agora Eliza !! - Gritou minha mãe para mim enquanto ela via meu pai passar pela porta.

Esse cenário se tornou comum na minha casa desde que meu pai foi demitido do seu trabalho, meu pai começou a me odiar depois disso.

No começo ele somente me xingava ou me ignorava mas, com o tempo ele foi se tornando cada vez mais frustrado por não conseguir achar um novo empego, o que fez ele sentir mais raiva ainda de mim, ele sentia tanta raiva que ele começou a me espancar.

Eu realmente acreditava em suas palavras já que ele só perdeu o emprego por causa dos dias de trabalho perdido para me levar ao medico. E apesar do meu pai estar me odiando agora eu ainda o amava muito e rezava todos os dias para que ele se lembrasse dos nossos dias felizes.

Aquele dia tinha tudo para ser mais um dia como todos os outros, eu passariao dia com a minha mãe em seu trabalho, depois chegaríamos em casa e tomaríamos banho de banheira, depois jantaríamos juntas e por ultimo ficaríamos na sala assistindo algo na TV ou brincando juntas até papai chegar.

Quando papai chegava, mamãe sempre me mandava para o quarto antes dele entrar em casa para que assim ele não me via e eu escaparia do seu ataque de raiva mas, hoje diferente dos outros dias, papai não chegou sozinho ele trouxe três amigos.

Eu subi correndo para o quarto assim que uns dos amigos do meu pai me olhou dando um sorrisinho de lado.

Me escondi debaixo da cama como todos os dias, não conseguia ouvir nenhum barulho se quer vindo dos outros cômodos da casa e por um momento isso me assustou mas, eu sabia que mamãe não deixaria nada acontecer comigo e com esse pensamento me permiti relaxar até que caí no sono.

Fui acordada pelo som de gritos, provavelmente da mamãe e papai, tampei meus ouvidos com minhas mãos mas, isso não pareceu funcionar já que eles estavam gritavam cada vez mais alto.

Depois de um tempo a casa ficou muda e esse silencio me fez ter arrepios, essa casa nunca ficava silenciosa com papai aqui.

Estranhando o silencio resolvi descer para ver o que havia acontecido.

- Mamãe não gosta que eu desça com ele em casa mas, eu não gosto da sensação que o silencio me traz. - Eu falava isso para mim mesma tentando criar coragem para descer até onde papai e mamãe estavam.- 

Talvez papai tenha saído com seus amigos e por isso a casa esteja silenciosa. -  E foi com esse pensamento que tomei coragem para descer.

Chegando lá a cena que eu vi, gelou meu corpo mais ainda que o silencio presente na casa.

Meu pai e minha mãe estavam mortos bem na minha frente enquanto os homens que eu acreditava ser amigos do papai estavam rindo.

Esbarrei na bancada derrubando um parto que estava em cima da mesma, o que chamou atenção dos três que na mesma hora olharam na minha direção.

- Ah, olha só quem apareceu para a festinha. - Falou um dos homens se aproximando e eu nessa hora não conseguia nem me mexer.

 - O chefe vai adorar esta delicia. - Agora quem se aproximou foi o único loiro do grupo.

Ele me olhava de cima a baixo com um sorriso estranho em seu rosto e eu estava ficando cada vez mais assustada.

- Será que o chefe vai se importar se usarmos a mercadoria antes ?? - O terceiro homem perguntou se aproximando e apertando minha bunda enquanto os outros dois estavam com aquele sorriso estranho ainda em seus rostos .

Eu queria fugir mas, eu estava com tanto medo que minhas pernas pareciam que haviam se tornado chumbo.

- Não.. - Gritei tentando me afastar deles e falhando miseravelmente já que isso fez eles se aproximarem mais ainda.

- Oh a cadelinha esta tentando fugir Austin. - Exclamou o loiro com divertimento na voz.

- Vamos nós divertir logo com ela, antes que o chefe venha..- Falou o homem que agora eu descobri se chamar Austin me prensando na bancada.

Comecei a entrar em desespero mamãe e papai estavam mortos, eu estava presa e sozinha com esses três homens dentro de casa e ninguém viria me ajudar.

Comecei a chorar, e isso pareceu divertir mais ainda aqueles homens.

Fechei os olhos por um momento e desejei que mamãe ainda estivesse viva para me salvar desses homens ruins e foi neste momento que eu ouvi um barulho bem alto vindo da entrada da cozinha, depois esse barulho se repetiu mis uma vez e depois outra até eu não sentir mais os braços dos homens me segurando.

Abri meus olhos assustada com o barulho, vendo os homens que antes estavam em cima de mim agora jogados no chão da cozinha do lado dos meus pais igualmente sem vida.

- Não danifiquem minha mercadoria. - Falou uma mulher entrando na cozinha e caminhando até mim, o que fez eu me encolher brevemente por medo do que ela poderia fazer comigo.

- Tudo bem, eles já foram. - Ela falou me segurando pelo braço e me levando para um carro todo preto que estava parado na porta da minha casa.

Eu entrei no mesmo e mentalmente eu agradeci esta mulher por me tirar daquela casa, já não estava mais aguentando ver minha mãe agora morta jogada naquele chão.

No meio do caminho dormi nos braços de quem eu considerei minha salvadora.

 Passado off

- Grande erro. - Eu agora estava deitada no colo de Alycia.

- Você não precisa me conta tudo agora pequena. Podemos continuar amanhã - Falou Alycia vendo que eu estava segurando minhas lagrimas.

- Obrigada Aly. - Agradeci a apertando mais ainda em meus braços.

Nós braços de Alycia eu me sentia segura, eu sabia que Alycia nunca faria algo que me prejudicasse. Alycia era minha salvadora, igual a dos livros que Chad me contava. E foi com esses pensamentos que me entreguei ao sono.