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História O caso do estripador - Caminhos estreitos - Parte 1


Escrita por: Docetechan

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 4 - Caminhos estreitos - Parte 1


***** Autora - ON *****

A manhã começava silenciosa no distrito de Whitechapel, o sol da manhã aquecendo os becos escuros e mal iluminados, imundice pela ruas, Whitechapel não era um local de sorte, talvez parecesse um dos poucos que não recebe luz do dia, somente um céu nublado e poluído infinitamente. Típica manhã de distrito pobre, ou madrugada, mendigos, bêbados e ratos vagando pelas ruas, aninhados num canto imundo. Não era tão importante aquela fatídica manhã nublada, mas um pequeno detalhe pode causar alarde. A aparentemente jovem dona de uma velha pensão saíra de tal abrigo compartilhado para jogar fora todos os resíduos de lixo deixados pelos hospedes, era como qualquer ponto normal da rotina da jovem dona de pensão. 

Com pés descalços e ainda suas roupas noturnas, uma chemise bege ao nível das canelas, a moça morena de cabelos curtos entra no beco onde joga todo do detrito que se encontra na espelunca. Com o mau humor matinal mal chegou a entrar no local e já jogou o saco de plástico fino que se rompeu espalhando tudo e causando uma grande sujeira camuflada pelo escuro do beco. Ela não se importaria se não fosse pelo seu perfeccionismo, andou mais adiante pra ver a sujeira que tinha causado e suas proporções, o que não esperava era pisar sem querer numa poça, não uma poça qualquer, um líquido vermelho e espesso, talvez sangue. Prosseguiu até encontrar a imagem mais enjoativa e aterrorizante que uma pessoa poderia ver naquele dia, e aquilo era o corpo estripado e mutilado parcialmente coberto de lixo recém espalhado. Um grito estridente fora ouvido, o mesmo que apavorado acordou quase todos na pensão, menos a culpada pelo crime.

***** Annie - ON *****

Levantei da cama, talvez marcavam oito da manhã e eu estava tranquila, dia de folga. A noite de ontem tinha sido agitadíssima, uma morte não organizada poderia me derrubar ladeira a baixa e com sérios riscos de ser presa ou até mesmo morta. A minha barriga começa a roncar e eu levanto da cama de molas enferrujadas, correndo até a área do café e me espantando com a provável cena previsível, um bando de policiais, nunca vi tantos aglomerados na minha vida. Era um possível risco, então para evitá-lo andei com falha em retirada, Castiel me segurou e me virou para um loiro de olhos âmbar, com certa semelhança a prostituta que eu tinha matado ontem.

- Então comandante, está é a Annie, a moradora mais antiga dessa pensão. Annie, esse é Nathaniel, o encarregado dessa investigação e o irmão da Ambre.

- Como ela mora aqui por tanto tempo? - Desdenhou.

- Eu morava aqui desde meus sete anos, quanto isso tudo era só uma carcaça de prédio abandonado.

- Oh, me desculpe então.

- Ah sim, ok então, vou sair! - Ele me segurou mais uma vez, me impedindo de prosseguir na minha fuga desesperada.

- Eu, Lysandre e Nathaniel, nós todos vamos precisar de sua ajuda para identificar o corpo, já que você é a mais antigo e vendo isso suponho que saiba quem é.

- Espera, que corpo?!

- Aquele que a proprietária desse albergue achou quando foi jogar o lixo fora. - O loiro falou.

- O meu deus, mais um os terríveis assassinatos. 

- Sinto muito que a dama tenha que ver uma cena como essas logo de manhã, mas é necessário para nos ajudar. - O loiro prosseguiu falando.

Andamos todos para o beco encharcado pelo sangue e lá estava o Lysandre com mais algumas pessoas da equipe policial que estava investigando, todos aterrorizados. Me aproximei da cena do crime e fingi me espantar com o que via, na verdade sentia felicidade e adrenalina do perigo correndo em minhas veias. Me agachei com cuidado e procurei algo para concluir um pensamento lógico para eles. 

- Meu deus do céu, eu, eu, eu sinto muito Nathaniel, mas é a Ambre. - Ele se assustou de início, não parecia acreditar.

- Como pode saber que é ela?! - A condição dele era desesperadora, então apontei para pulseira que em todos os anos que eu a conhecia ela nunca tirou.

Naquele momento ele olhou, lágrimas surgiam em seu rosto que expressava total desespero e tristeza. Ele se ajoelhou a perceber que eu não era a errada da situação, ele abraça o corpo sujo no chão. Uma cena totalmente destruidora para os fracos de sentimento, aquela estava sendo a primeira vez que eu me arrependi de um assassinato.

 



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