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História O Charme da Raposa - Uma Familía


Escrita por: Koura

Capítulo 11 - Uma Familía


"Lucian? Lucian!" a raposa chamou.

O purificador continuou dormindo.

"Lucian, temos um problema!" a raposa avisou.

Imediatamente ele se levantou sacando as suas armas que estavam ao lado do seu travesseiro, observou ao seu redor com as suas duas pistolas preparadas mas não encontrou nada.

"Aonde estão?" ele perguntou sem tirar o foco dos seus arredores.

A raposa ficou com o coração apertado por ter feito isso com ele, mas ao mesmo tempo tempo não sabia que um simples aviso dele o ativaria de tal forma.

"Lucian, olhe para cá, tenho uma coisa para te mostrar."

O purificador continuou em vigia por alguns instantes, quando relaxou voltou a sua atenção para a raposa que estava sentada na cama, mas o que chamou a atenção foi o que estava ao lado dela.

"Quem é ela?"

Na cama em que o casal compartilha, dormia uma garotinha de longos cabelos castanhos, porém o que chamou a atenção do purificador foi as características especiais dela, um par de orelhas de raposa castanhas e um pequeno rabinho branco.

"Adivinha." ela comentou.

O purificador pensou um pouco, se lembrou que a noite passada o a raposa trouxe o filhote para dormir com eles.

"O filhote? Como isso aconteceu?"

"Não sei, eu acordei e ela já estava assim." a raposa comentou.

Os dois permaneceram em silencio observando a criança , o purificador curioso sobre o que poderia ter acontecido durante a noite e a raposa admirada calmamente levou a sua mão ao rosto da criança, com todo o cuidado para não acorda-la.

"Uma criança kumiho, primeira vez que vejo uma..." a raposa começou a comentar, o purificador apenas observou.

"Não muito diferente de uma criança normal..."

"Ela é linda..." a raposa comentou.

A conversa foi interrompida quando a criança deu sinais de que estava acordando, os dois ficaram em silencio esperando por isso,o purificador estava curioso para ver qual seria a reação dela ao acordar. A pequena garota se levantou e bocejou, com os olhos cansados observou as duas pessoas que estavam no quarto com ela.

"Será que ela não percebeu?" a raposa comentou.

"Questão de tempo."

Enquanto os dois conversavam a garota começou a se levantar, foi quando ela percebeu que tinha algo de diferente, olhou para o que costumava ser suas patas e saltou em pânico como reação.

"Isso te responde a pergunta?" o purificador brincou.

A garota mordeu o braço pra tentar arrancar mas a dor fez com que parasse, tentou no outro porém o resultado foi o mesmo, sem saber o que fazer se sentou sem reação. O purificador apenas observava a crise da garota, mas quando viu a expressão de preocupação no rosto da raposa, ela gostaria de fazer algo mas não tinha nenhuma ideia. Ele então se levantou, fez um pequeno gesto para a raposa e saiu do quarto, começou a andar pela casa atrás de algo.

"Bom dia, Lucian." a senhora saudou quando o encontrou no corredor.

"Bom dia." devolveu a saudação.

"Procurando algo?" ela questionou.

"Sim, a senhora tem um espelho?" a pergunta dele a deixou curiosa.

Minutos depois os dois estavam na porta do quarto, graças ela o purificador arranjou um espelho que ajudaria na situação da garota.

"Para o que vai precisar dele?" a senhora questionou.

"É melhor a senhora ver."

"Com licença." o purificador anunciou enquanto abria a porta do quarto.

A reação da senhora foi rápida, a expressão de surpresa era visível no rosto dela, mas logo desapareceu, como se ela já esperasse por aquela situação.

"Ahri?" a senhora chamou.

"Vó?!"

A raposa exclamou surpresa, ela estava sentada sobre os calcanhares e o criança estava sentada sobre as suas pernas. A garotinha estava apoiada na raposa e sua cabeça apoiada em um dos ombros dela.

"Um espelho?" a raposa comentou quando viu o objeto na mão do purificador.

"Sim."

O purificador calmamente se aproximou das duas, a senhora permaneceu na entrada do quarto apenas observando. Ele colocou o grande espelho na frente das duas e chamou a atenção da criança.

"Ei, pequena!" ele comentou em um tom bem calmo.

A criança tirou a cabeça do ombro da raposa e virou para o espelho, por alguns instantes ficou parada apenas observando, aos poucos saiu do colo dela e começou a engatinhar em direção do objeto, o purificador permaneceu apoiando o espelho enquanto a criança se observava. Com a mão tímida ela começou a tocar na sua imagem que refletia no espelho, começou a explorar a sua nova forma humana, a expressão no rosto dela era de curiosidade quando o purificador olhou mais de perto.

"Isso vai ajuda-la a entender o que aconteceu." a senhora comentou em relação a raposa.

"Tomará." a raposa comentou.

A criança tentou se levantar, perdeu um pouco o equilíbrio por falta de prática, em pé girou na frente do espelho para verificar as mudanças, quando parou olhou para o purificador.

"Hmm?"

Ela levantou a mão e apontou para a sua imagem no espelho, o purificador levou alguns segundos para entender o que ela queria dizer. Em resposta apontou para imagem do espelho e em seguida apontou para ela, queria dizer com gesto que aquela imagem refletida era ela. Com a resposta a criança abaixou a mão e se sentou, mas não deixou de se observar.

"Com licença." ele comentou ao apoiar o espelho na parede.

Se aproximou das duas garotas que estavam na cama.

"Vamos ver no que vai dar." comentou.

A garotinha havia parado de se observar no espelho e tornou a sua atenção para as pessoas que estavam no quarto, olhou para a senhora que sorriu em resposta, depois olhou para a raposa que apenas a observava ansiosa, quando foi para o purificador a expressão dele a chamou atenção, curiosa ela se levantou de onde estava e se aproximou dele, ergueu os braços e esperou a ação dele.

"Colo?" o purificador comentou.

Olhou para as duas mulheres no quarto, como se estivesse pedindo permissão a elas, mas não pareceram se importar com isso. Cuidadosamente a pegou do chão colocou no seus braços, a criança começou a explorar o rosto dele com as suas mãos, quando se sentiu satisfeita o abraçou pelo pescoço e depois descansou sua cabeça no em seu ombro.

"Awmn..." as duas mulheres se maravilharam com a cena.

"Ela realmente gostou de você..." a senhora comentou.

"Você acha?" ele questionou.

"Tenho certeza." a senhora respondeu.

O purificador olhou para a raposa, ela estava com o belo sorriso no rosto enquanto os observava.

"Precisamos colocar algumas roupas nela." a senhora comentou.

"Você tem alguma?" a raposa perguntou.

"Algumas peças antigas que você usava quando criança, aposto que vai ficar bem nela."

"Verdade?!" a raposa exclamou curiosa.

A garota que estava no colo do purificador olhou curiosa para a raposa.

"Vou ir na frente para procurar algumas peças, te vejo no meu quarto." a senhora avisou enquanto se retirava.

O casal permaneceu no quarto, a raposa se levantou da cama e se espreguiçou, se aproximou do purificador com uma expressão de duvida.

"O que vamos fazer?" ela questionou enquanto levava a mão no rosto da criança.

"Como assim?"

"Agora que ela não é mais uma raposa..." ela comentou.

O purificador ficou em silencio enquanto pensava sobre o assunto, a resposta que a raposa queria ouvir dele era óbvia.

"Vou pensar sobre isso."

"Entendo."

"Vai lá arrumar alguma coisa para ela vestir."

Comentou enquanto passava a garota para a raposa.

"Não demoramos." ela comentou.

"Não se preocupe." ele pediu enquanto fazia o cafuné nela, depois repetiu o mesmo gesto com a criança.

"Se divirtam as duas." ele desejou.

A raposa saiu carregando a criança e deixando o purificador sozinho no quarto.

"O que eu posso fazer agora?"

Ele se questionou, tinha em mente continuar o reconhecimento  que estava fazendo um dia atrás, mas por algum motivo não viu necessidade, provavelmente porque começou a pensar na possibilidade do chamado para a vila fosse um alarme falso, motivo principal que o levou a pensar isso foi a ausência de interesse pelo assunto, desde que chegaram a senhora nem se quer tocou no assunto e a vila vive como se não existisse nenhum tipo de ameaça os rodeando.

Saiu do quarto e começou a andar sem rumo pela casa enquanto pensava sobre o assunto, sua caminhada acabou o levando a pequena praça da vila, se sentou em um dos bancos de madeira para passar o tempo. A praça estava repleta de crianças brincando, suas mães ficavam  em um pequeno grupo conversando enquanto observavam seus filhos, além disso o clima era  muito agradável.

"Eu adoraria morar aqui." ele pensou.

A possibilidade era bastante remota devido ao seu trabalho em Demacia, mas se aparecer a oportunidade ele estaria disposto a  toma-la, desde que chegou achou interessante as pessoas, a cultura e a região, não era aquela coisa padronizada que existia em Demacia.

Um bom tempo se passou desde que chegou a pracinha, porém a vontade de sair era inexistente, estava adorando passar o dia apenas observando as coisas. Aproveitou o clima agradável e fechou os olhos, a sensação o vento fresco batendo contra sua pele era algo muito prazeroso, com os olhos fechados ficou pensando sobre questão relacionadas a situação que estava passando, mas foi interrompido.

"Papa!" uma criança aparentemente o chamou com uma voz bastante doce, mas como achou que fosse com outra pessoa perto, permaneceu quieto sem responder.

"Papa!" a criança chamou uma segunda vez, dessa vez a voz estava bem proxima.

" Isso é comigo?" ele pensou.

Para tirar a duvida resolveu abrir os olhos, imediatamente ficou surpreso ao ver que era.

"Pequena?" ele se referia a criança kumiho.

Ela vestia uma uma camisa de mangas longas da cor branca que se prendia por um laço rosa, na cintura estava enrolado varias vezes uma faixa da mesma cor que o laço, servia para não deixar que a camisa folga-se, abaixo das faixas tinha um grande de camadas que ia do rosa ao branco e aparente ela estava descalça.

"Parece uma princesinha." ele comentou enquanto fazia um cafuné na cabeça dela.

"Papa!" ela chamou com um belo sorriso no rosto.

"Oah!" ele exclamou surpreso.

Momentos depois uma jovem veio correndo em sua direção, por alguns instantes achou estranho a aparência dela.

"Ai está você!" ela gritou para a garotinha.

"Ahri?!" ele exclamou surpreso quando a reconheceu pela voz.

A raposa estava diferente, vestia uma blusa vermelha de mangas longas, uma saia branca com um cordão de enfeite e um par de sapatos, tudo no estilo bem clássico Ioniano.

"Agora você parece uma Ioniana de verdade." o purificador brincou.

"Nhee...." a raposa resmungou.

"Você está linda." o purificador elogiou.

"Obrigada!" ela sorriu em resposta.

"E o seu cabelo? Orelhas e rabos?" ele questionou quando percebeu a mudança.

"Gostou?" ela questionou se inclinando.

O cabelo, orelhas e rabos dela haviam mudado de cor, agora eram pretos o cabelo e orelhas,  e sua calda da cor branca.

"Sim, parece mais madura." ele brincou.

"Já sou maior de idade!" ela protestou.

"Mas isso não quer dizer maturidade." ele respondeu.

"Nheeeeeee..." ela resmungou.

"Porque não se senta, parece que estava correndo atrás de alguém." o purificador comentou apontando para a criança.

"Ela saiu correndo quando fui colocar os sapatos nela." a raposa comentou enquanto mostrava o par que estava segurando.

"Posso ter a honra?"  ele se voluntariou para calçar os sapatos na criança.

"A honra é toda sua." a raposa entregou os sapatinhos com as meias a ele .

O homem se levantou do banco enquanto a raposa colocava a criança curiosa sentada no banco, ele se ajoelhou e pegou uns dos pés descalços delas, deu uma pequena batida para tirar a terra, com cuidado e carinho colocou a meia nela, depois teve o mesmo cuidado com o sapato, ficou atento para não apertar o pé da criança, depois repetiu o mesmo processo no outro pé.

"Pronto!" ele comentou enquanto se levantava.

A criança olhou para o trabalho que ele havia feito com curiosidade, o purificador estendeu a mão para que ela ficasse em pé para ver como ficou, em segundos a raposa começou a correr ao redor dele enquanto apreciava.

"Acho que ela gostou." ele comentou.

"Sim."

"Que roupa é essa?" o purificador perguntou curioso.

"Uma roupa de dinastia." a raposa respondeu orgulhosa.

"E isso significa?"

"Roupa de marca." ela respondeu ainda mais orgulhosa.

"Entendo."

O purificador se sentou novamente enquanto a criança corria sem rumo, ele e a raposa ficaram apenas observando ela se divertindo, minutos depois outras crianças se aproximaram dela para brincar, rapidamente ela se enturmou e começou a brincar.

"Nós parecemos uma pequena família." o purificador brincou.

"Verdade..." a raposa respondeu.

"Eu amo isso..." ela pausou.

O purificador curioso olhou para ela.

"Amo ainda mais o fato de você ser o pai." ela declarou com um belo sorriso de satisfação no rosto.

Pela primeira vez a raposa conseguiu pegar o purificador de guarda baixa, era visível a surpresa misturada com vergonha no rosto dele.

"Envergonhado?" ela brincou.

"Quem sabe."  ele comentou enquanto tentava esconder a vergonha.

A raposa calmamente se aproximo e deitou a sua cabeça no ombro dele.

"O que pretende fazer agora com ela?" ela perguntou.

"Você sabe que eu ainda não pensei sobre o assunto." ele respondeu em um tom sério.

"Mas a resposta é simples."

"Isso quer dizer?!" ela exclamou, parte dela já sabia a resposta, mas queria ouvir dele para ter certeza.

"Seja uma boa mãe." ele finalizou.

A raposa reagiu o abraçando forte enquanto agradecia.

"Obrigada! Obrigada! Obrigada!"

O clima que já estava agradável mais cedo agora estava perfeito, fazia um bom tempo que o  purificador não se sentia tão vivo, mas ainda havia algumas questões que gostaria de desvendar, porém decidiu deixar isso para outro dia, por hoje desejava apenas aproveitar ao lado da sua recém proclamada família.



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