1. Spirit Fanfics >
  2. O Charme da Raposa >
  3. Surpresas

História O Charme da Raposa - Surpresas


Escrita por: Koura

Capítulo 13 - Surpresas


O som da porta do quarto fechando o acordou, cansado se espreguiçou e deu uma  observada ao seu redor.

"Para onde ela foi? questionou quando não viu a raposa.

Do seu lado na cama dormia a criança, dormia como um pequeno anjo.

"Essa pequena..." pensou.

Cuidadosamente levou a sua mão na bochecha dela e fez um pequeno carinho. Desde que apareceu o purificador não teve muito tempo com ela, se sentiu um pouco culpado por isso. Permaneceu fazendo carinho até que ela acordou, com um grande bocejo começou a coçar os olhos.

"Bom dia." ele saudou.

A criança apenas observou confusa porque não entendia o que ele dizia, entretanto ele não se preocupou, sabia que a transformação de raposa para humano ocorreu a pouco tempo.

"Dormiu bem?" perguntou mas ela continuou apenas observando.

O purificador deu uma observada mais detalhada na criança, seu cabelos e seu pijama estavam todos bagunçados.

"Com licença." ele comentou enquanto oferecia a mão a ela.

Momentos depois a criança estava sentada entre as pernas do purificador, ele começou ajeitando o cabelo e depois seguiu para o pijama dela, um pequeno vestido.

"Pronto." ele avisou quando terminou.

Apesar disso a criança não se levantou, preferiu continuar do jeito que estava, para melhorar a sua posição ela apoiou suas costas contra e o invocador e puxou os braços dele ao redor dela.

"Com licença?" ele questionou.

O purificador ficou surpreso pela atitude dela, apenas continuou observando a cena até que um som chamou a atenção.

"Pequena?" ele chamou mas a criança não respondeu.

Se aproximou para ver o que estava acontecendo, para sua surpresa a criança voltou a dormir. Em seguida sua reação natural foi um pequeno sorriso.

"Raposas..." pensou.

Em seguida se lembrou dos acontecimentos da noite passada, imaginou que tipo de mulher que era a mãe de Ahri. Aproveitou e fez uma pequena comparação entre as duas mulheres, mãe e filha.

"Tão parecidas, mas tão diferentes..."

Ele continuou pensando até que um cheiro chamou a sua atenção.

"Café?" ele questionou.

No mesmo momento a criança acordou por causa do mesmo cheiro.

"Fome?" ele perguntou, como resposta a barriga dela roncou.

"Isso é um sim..." ele comentou com um sorriso.

Calmamente se levantou com a criança no colo, deu uma ultima ajeitada no cabelo bagunçado dela e se retirou do quarto em direção a cozinha.

"Bom dia, Lucian." a senhora saudou a chegada dele.

"Bom dia." ele saudou em resposta.

"Estão com fome?" ela perguntou enquanto tirava uma bandeja de salgados do forno.

"Sim, principalmente ela." o purificador comentou apontando para a raposa nos seus braços.

A senhora colocou a bandeja na mesa e tirou as luvas de pano, calmamente se aproximou dos dois e levou a sua mão quente ao rosto da criança para um carinho, a criança sorriu em alegria pelo gesto dela.

"Coisa fofa!" a senhora brincou e a criança sorriu.

"Cadê a Ahri?" o purificador comentou curioso por causa da ausência dela.

"Foi no meu quarto pegar algo que pedi." a senhora avisou, "Podem ir comendo." convidou a se sentarem a mesa.

"Com licença." o purificador comentou enquanto se dirigia a mesa da sala.

Calmamente se sentou na almofada com a criança nos braços e segundos depois a senhora chegou com uma bandeja cheia salgados que havia acabado de fazer.

"Sintam-se a vontade." a senha avisou enquanto voltava a cozinha.

O purificador percebeu um pouco de dificuldade ao tentar pegar os salgados por causa da criança, para facilitar tentou coloca-la sentada  na almofada que estava ao seu lado, mas para a sua surpresa a criança se prendeu ao seu pescoço.

"Pequena?" ele a chamou.

A expressão no rosto dela era totalmente contra a ideia de se se afastar dele.

"Sério isso?" ele comentou com uma risada, "Tudo bem."

Novamente ele fez o mesmo gesto, mas só que a colocou sentado entre as suas pernas.

"Melhor?" ele perguntou olhando a criança, ela apenas sorriu alegremente.

"Pequena fofa..." ele comentou e depois os dois começaram a comer.

Apesar da calma o purificador estava ansioso pela chegada da raposa, evitou comer até ela chegar, mas a criança não deixou, sempre que podia oferecia um pedaço do seu salgado para ele comer.

"Como pai e filha." a senhora comentou enquanto voltava para a mesa com uma jarra.

"Acha mesmo?" ele questionou.

"Eu tenho certeza." ela respondeu.

O  purificador ficou pensativo sobre o comentário dela, porém segundo depois se lembrou da ausência da raposa.

"Akari?" ele chamou, "Ela vai d-" antes que pudesse continuar a pergunta a raposa apareceu na entrada da sala.

"Aqui vovó! O que você pediu." a raposa comentou.

"Obrigada." a senhora agradeceu, "Pode colocar em cima da mesa, aproveita para tomar café da manha." ela avisou em seguida.

A raposa deixou a caixa onde a senhora pediu e momentos depois se dirigiu para a mesa junto ao purificador e a criança.

"Bom dia!" ela saudou ao se sentar ao lado do purificador.

"Bom dia, raposa." ele saudou, "Dormiu bem?" perguntou.

"Dormi bem." respondeu, "Melhor ainda depois que você chegou." ela brincou com um sorriso.

O purificador observou surpreso a raposa e como resposta deu um rápido beijo nela.

"Entendo." ele comentou e voltou a comer quando a criança ofereceu outro pedaço do salgado.

O pequena família começou a se se alimentar, a senhora chegou minutos depois para se juntar a eles.

"Estão ótimos os salgados." o purificador elogiou.

"Obrigada jovem, fazia um bom tempo que não os preparava, mas graças a visita de vocês tive a oportunidade." ela comentou em resposta.

Apesar de parecer normal a fala dela, o purificador ficou um pouco confuso com uma palavra.

"Visita?" ele se questionou.

Esperava que ela falasse ajuda ou socorro, por alguns instantes ele levou a cabeça a ideia de questionar a senhora sobre algumas coisas, entretanto isso poderia acabar com o clima de família do local.

"Agradecidos." ele respondeu normalmente.

Porém a partir desse momento não conseguiu tirar os olhos da senhora, o que o fez perceber uma pequena mudança no comportamento dela, as vezes a senhora desviava o olhar  para a porta da sala, depois de um tempo voltava a sua atenção para a comida, se comportava como se estivesse esperando algo.

"Lucian?" a raposa chamou a sua atenção, demorou um pouco a responder porque estava observando a senhora.

"Perdão." ele voltou a atenção para a raposa ao seu lado.

"Algum problema?"  ela perguntou, "Parou de comer." ela comentou.

O purificador  observou o comentário por alguns instantes a raposa antes de voltar a sua atenção para a criança que o oferecia um pedaço do seu salgado.

"Pensando..." ele respondeu, a raposa permaneceu confusa por alguns instantes até voltar a sua atenção para a refeição.

Enquanto mastigava o purificador fez questão de dar uma rápida observada na senhora, ficou surpreso que ela havia feito o mesmo, como se tivesse percebido a intenção do purificador.

"Bons olhos." ela elogiou.

"Como assim?" a raposa perguntou confusa , "Do que está falando?"

Nesse exato momento uma sensação familiar tomou conta do purificador.

"Essa sensação..." ele se questionou em silencio enquanto voltava a sua atenção para a porta da sala que ficava ao lado da mesa.

O silencio do local foi interrompido por uma pequena batida na porta.

"Pode entrar!" a senhora gritou.

"Espera um pouco..." o purificador começou imaginar coisas, "Não me diga que..."

Aos poucos a porta começou a se abrir, o primeiro coisa que viram foi uma pequena mão coberta com pelos, em seguida o resto do corpo foi se mostrando. Por alguns instantes o casal permaneceu em silencio observando atento, principalmente a raposa.

"Bom dia!" uma mulher saudou.

"Bom dia, minha filha." a senhora saudou.

O purificador já estava surpreso com a aparição dela, ainda mais a raposa ao seu lado, seus olhos estavam abertos em surpresa e choque.

"Oi amores!" a mulher-fera saudou o casal.

Nesse momento a raposa se levantou para observar, enquanto isso o purificador olhou para a senhora para ver qual era a reação dela.

"Ela sabia..." ele pensou e voltou a sua atenção para a cena que ocorria ao seu lado.

"Parece que cheguei um pouco cedo?" a mulher-fera brincou, "A comida está boa?" perguntou para a senhora.

"Sente-se e prove por si mesma."

A mulher seguiu o convite e se sentou a mesa, enquanto isso a raposa se aproximava lentamente.

"Com licença..." ela comentou gaguejando bastante.

A raposa se ajoelhou do lado a mulher, as duas começaram a se observar por um instante. O purificador e a criança ficaram atentos ao que estava acontecendo.

"Papa?" a criança puxou a camisa dele enquanto apontava para as duas raposas.

"O que foi pequena?" ele perguntou, momentos depois ele percebeu algo, "Papa?!" ele exclamou consigo mesmo.

Sua surpresa foi interrompida quando percebeu a conversa entre as duas mulheres.

"Desculpe, mas quem é você?" a jovem perguntou gaguejando mais forte do que antes, a mulher a sua frente riu da situação dela.

"Quem sou eu?" ela riu, "Sua vô não te contou nada sobre min?" ela brincou.

"Você..." a raposa comentou, parte dela já sabia a resposta, mas a outra queria ouvir dela para ter certeza.

"A quanto tempo meu filhote!" a mulher sorriu.

"Ma..." a raposa tentou pronunciar a palavra mas não conseguiu.

"Tente novamente." a mulher brincou.

"Mam..."

"Quase lá!" brincou mais novamente.

"Mãe!"  ela gritou com o olhos se enchendo de lágrimas.

"Muito bem, acer-" antes que a mulher pudesse terminar a frase a raposa saltou a abraçando.

"Mãe!" ela abraçou a mulher o mais firme que pode.

"Meu filhote..."

A raposa apoiou sua cabeça no ombro da sua mãe e começou a chorar, felizmente dessa vez era de alegria. A mulher em resposta a abraçou e começou a fazer um carinho nos longos cabelos da raposa.

"Meu filhote." a mulher comentou com um tom de voz de mãe, "Quanto tempo..."

A raposa em seus braços não respondeu, estava ocupada chorando de alegria a ponto de soluçar.

"Calma meu filhote."

Enquanto as duas permaneciam focadas um a na outra, o purificador voltou a sua atenção para a criança em seu colo, ela o olhava com uma expressão de curiosidade.

"O que foi pequena?" ele chamou.

Como resposta ela abriu os braços pedindo algo.

"Quer um abraço?" ele perguntou.

"Papa! Abraço!" ela exclamou pegando o purificador com a guarda baixa.

"C-Certo..." ele gaguejou, ficou impressionada por isso ter acontecido.

Calmamente a abraçou, enquanto seus braços davam a volta no corpo da criança, a pequena se esforçava para conseguir dar a volta no pescoço dele, apesar do abraço meio aberto a sensação era muito boa.

"Minha pequena..."

Enquanto a raposa chorava nos braços da mãe, o purificador tentava não fazer o mesmo em relação a pequena criatura que agora ele reconhecia como filha.

O clima de alegria permaneceu por um bom tempo até que as coisas ficaram mais calmas, a raposa agora estava com a cabeça apoiada nas coxas peludas da mãe enquanto a criança dormia nos braços do pai.

"O que aconteceu com o 'Ainda não está na hora'?" o purificador questionou a mulher.

"Eu disse porque ainda era de noite." ela respondeu.

O purificador apenas observou calado a bela resposta que recebeu, segundos depois tacou um salgado na testa dela.

"Ain! Violência!" ela brincou mostrando a língua.

"Então, a família está completa e reunida." a senhora comentou com um sorriso de satisfação.

"É o que parece." o purificador respondeu se recuperando da situação.

"Vai ser mesmo esse o presente?" a senhora perguntou para a mulher.

"Sim, algum problema?" ela questionou.

"Por min tudo bem, mas será que vai caber nele?" a senhora questionou.

"Desculpe, mas do que estão falando?" o purificador questionando.

"É um pequeno presente de agradecimento nosso para você." a senhora explicou.

"Para min?" perguntou surpreso,  "Tem algo haver com aquela caixa?" questionou.

"Sim."

"É alguma roupa?" ahri se levantou do colo da mãe.

"Melhor não estragar a surpresa." ela comentou a filha.

"Lucian, por favor." a senhora pediu enquanto se levantava, "Me siga."

"Só um minutinho." o purificador avisou apontando a criança em seu colo.

"Deixa que eu resolvo isso." a mãe avisou e com um estalo de dedos fez com que a criança apagasse, "Pronto!"

"Dormiu?" a sua filha perguntou curiosa, enquanto o purificador deu uma rápida checada na criança.

"Sim." ele respondeu, "Aproveitar para dar uma olhada no presente ele avisou."

A raposa se levantou e pegou a sua criança dos braços do purificador.

"Não demoro, provavelmente..." ele avisou a sua raposa.

"Não se preocupe, vá sem pressa."

Antes de sair ele deu um beijo na sua mulher.

"Ohh! Eu também quero." a mãe dela brincou, mas o purificador apenas a ignorou e se retirou.

Após a saída do purificador e da senhora as três raposas permaneceram sozinhas na sala.

"Mãe..."

"Diga?"

"Gostaria de fazer umas perguntas..."

A mãe olhou para filha antes de responder.

"Vá em frente, mas aviso que talvez eu não possa tirar todas as suas dúvidas." ela avisou.

"Entendo..."

Depois disso a filha começou a fazer o interrogatório, entretanto a sua mãe já estava preparada para a situação e finalmente teve a chance de encontrar a filha que havia deixado sozinha.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...