1. Spirit Fanfics >
  2. O Charme da Raposa >
  3. Concretização

História O Charme da Raposa - Concretização


Escrita por: Koura

Capítulo 16 - Concretização


Ela estava nervosa, mal conseguia fechar os olhos, ficava imaginando o que estaria acontecendo entre sua mãe e o purificador.

"Porque eu deixei..." começou a se questionar e se arrepender da decisão.

Para tentar relaxar ela brincava com os cabelos da criança que dormia com a cabeça nas suas pernas.

"Já se passou um bom tempo..." questionou.

Ela calmamente deitou a criança na cama e se levantou para buscar o seu celular que estava no bolso do seu uniforme. Ao ver quanto tempo havia se passado

"Só se passaram vinte minutos..."

Isso só mostrava o quão ela estava nervosa em relação ao encontro dos dois. Até pensou em ligar para ele para saber como as coisas estavam mas se conteve.

"Vou tentar dormir um pouco..."

Comentou enquanto voltava para a cama, se deitou e fechou os olhos, a casa estava extremamente silenciosa, era possível ouvir a respiração da criança que dormia ao seu lado.

"Inveja de você, dormindo toda despreocupada." ela brincou.

Momentos depois um pequeno movimento na cama chamou a sua atenção, abriu os olhos para ver o que era e notou que a criança havia acordado.

"Boa noite, dorminhoca." ela brincou com a criança que coçava os olhos sonolenta.

A raposa se sentou e começou a ajeitar o pijama da criança.

"Papa?" a criança perguntou.

"Papa teve que sair, já volta." a raposa respondeu.

A criança olhou pelo quarto inteiro mas não encontrou o purificador.

"Papa?" ela chamou pelo purificador.

"Ele já volta." ela respondeu novamente.

A criança se levantou e começou a cheirar o ar, provavelmente um costume que ela tinha quando ainda era uma criança. Em seguida ela começou a andar até a porta do quarto.

"Ei!" a raposa chamou a sua atenção.

Porém algo havia chamado da criança, a criança abriu a porta e sai andando pelo corredor, a raposa se levantou as pressas e a seguiu. Ela seguia curiosa a criança até a entrada da casa, porém estava trancada, a criança não sabia disso e começou a forçar a maçaneta da porta.

"Mama!" ela chamou pela raposa pedindo ajuda co ma porta.

A raposa observou o esforço da pequena por alguns instantes até que decidiu ajuda-la, se aproximou da criança e a pegou no colo, em seguida procurou a chave, por sua sorte a chave fica ao lado da porta pendurada.

"Mama!" a criança chamou ansiosa ao ver a raposa destrancando a porta.

"Calma, pequena. Calma." ela pediu enquanto abria a porta.

Quando terminou de abrir a porta algo chamou a sua atenção, o purificador e sua mãe estavam chegando em casa no exato momento, os dois conversavam com um tom divertido e amistoso.

"Lucian? Mãe?" ela chamou a atenção dois dois.

"Ahri?" ele chamou surpresa por vê-las, "Ainda acordadas?" ele perguntou.

"Filhote?" a sua mãe também chamou surpresa.

"A pequena acabou acordando, quando não te viu na cama saiu a sua procura." a raposa explicou.

"Hmmm, Certo." ele pausou por alguns instantes, "E você? Ainda estava acordada?" ele perguntou curioso.

"Acabei acordando quando ouvi ela abrindo a porta do quarto..." a raposa respondeu.

Ela não queria dar a impressão que estava nervosa esperando por ele voltar, então resolveu mentir em relação a isso.

"Entendo." o purificador observou.

"Papa!" a criança começou a chama-lo esticando os seus braços.

"Pequena!" ele se aproximou das duas e beijou a testa da criança, depois repetiu o mesmo gesto na raposa, porém que na boca.

"Ei..." a raposa protestou sem nem saber o por que.

"Deixa de frescura." a sua mãe comentou.

"Não é frescura!" a raposa protestou, "Talvez vergonha..."

"Para com isso, nós somos kumihos, a ultima coisa que nos temos é vergonha!" a mãe brincou.

"Verdade..." o purificador apenas concordou.

"Ei!" a raposa protestou.

"O que foi?" ele brincou enquanto recebia um olhar de protesto da raposa.

"É isso mesmo minha filhote, para com isso, você esta sendo muito fresca." a mãe brincou novamente.

"Ei! Vocês!" a raposa só protestou desviando o olhar em vergonha.

"Mas foi por isso que eu me apaixonei por você." o purificador declarou.

Ahri voltou a atenção a ele, seu rosto estava vermelho de vergonha, sua mãe riu da reação dela e brincou, "Como é fofa..."

"Mãe!" a raposa protestou novamente.

O purificador e a sua mãe começaram a rir da situação dela, a raposa permaneceu envergonhada.

"Brincadeira de lado, posso pegar um pouco a pequena?" o purificador perguntou.

"Sim." a raposa se aproximou entregando a criança nos braços dele.

"Dormiu bem, pequena?" o purificador começou a conversar com a criança, ela apenas respondia balançando a cabeça porque ainda não sabia falar direito.

"Vamos andar um pouco?" ele começou a brincar com a criança.

O purificador começou a andar sem rumo pela frente da casa, apenas brincando com a criança no colo, a raposa e sua mãe apenas observavam admiradas a cena.

"Eu aprovo."  mãe comentou, a raposa apenas observou confusa sem saber do que ela falava.

"Ele é um bom homem, pena que sofreu muito..." sua mãe continuou, a raposa demorou um pouco para entender, mas quando a ficha caiu veio uma dúvida.

"Ele te contou?" a raposa perguntou.

"Sim..."

As duas raposas permaneceram em silencio, apenas observando os dois brincando a distancia.

"Você perguntou?" a raposa perguntou.

"Na verdade ele me contou..." sua mãe explicou.

Em seguida olhou para sua filha, a expressão dela era de curiosidade.

"Vou te dizer o que aconteceu..."

"Certo." a raposa respondeu curiosa.

Em alguns minutos a mãe contou o que realmente havia acontecido entre eles dois, ao final da historia a raposa se sentiu tão aliviada que até sorriu.

"O que foi?" sua mãe perguntou.

"Nada! Nada não!"

Nesse momento a senhora da casa apareceu na porta.

"Boa noite, senhoritas." ela saudou.

"Vovó? O que faz acordada?" a raposa perguntou.

"Boa noite, Akari." sua mãe apenas saudou.

"Levantei para beber um pouco de água, acabei ouvindo vozes e vim ver  o que era." a senhora explicou.

"Boa noite, Akari." o purificador saudou a distancia e voltou a brincar com a criança.

"O álcool deixou vocês hiperativos?" a senhora brincou.

"Bem isso." a mãe brincou em seguida.

"Os dois parecem estar se divertindo." a senhora comentou ao ver o purificador e a criança juntos, "Como pai e filha..." acrescentou.

Após o comentário as mulheres voltaram a sua atenção para a o pai e filha que brincavam.

"Feliz?" a mãe da raposa comentou.

A jovem observou a mãe por alguns instantes antes de responder.

"Sim..." ela pausou para pensar um pouco, "Obrigada."

"Isso é o mínimo que posso fazer após esses dezoito anos." sua mãe comentou.

Um silencio gostoso e agradável das mulheres, todas apenas observavam contente a cena do pai e filha se divertindo juntos.

"Preparada para ser uma mãe?" a mãe da raposa questionou.

"Não vai ser uma tarefa fácil." a avó da raposa comentou.

"Não precisa se preocupar, a senhora me ensinou muito bem." a raposa respondeu a sua vó.

"Uma coisa é a teoria, outra é a prática." a avó avisou.

"Qualquer coisa eu tenho as duas para me ajudar, não é?" a raposa comentou, sua mãe e avó a observaram ambas com um sorriso em resposta ao comentário dela.

"Não está tarde?" o purificador comentou enquanto se aproximava com a criança no colo, estava dormindo abraçada ao pescoço dele.

"Eu que digo isso a vocês, trocaram o dia pela noite." a avó brincou.

"Você diz isso mas está com agente." o purificador brincou.

"Quem disse? Eu já estou de saída jovem." a avó comentou enquanto se virava para entrar na casa, "Boa noite para vocês." ela se despediu.

"Boa noite." todos desejaram a ela.

"Bem, se me permitem, vou colocar essa criança na cama e tomar um banho." o purificador comentou.

"Certo." a raposa respondeu.

"Boa noite!" a mãe da raposa comentou, "E obrigado por minha ouvir." acrescentou em seguida com um sorriso de satisfação no rosto.

"Caso queira conversar mais, sinta-se a vontade para me chamar." ele avisou.

"Obrigada." ela agradeceu novamente e como apreciação se aproximou dele e o beijou no rosto.

"M-Mãe!?" a raposa protestou.

"É só um beijo de agradecimento, não precisa se preocupar." a mão da raposa brincou.

"Mãe!" a raposa protestou novamente.

O purificador observou a brincadeira entre mãe e filha por alguns instantes antes de interromper.

"Se me permitem."

"Boa noite, Lucian." a mãe da raposa se despediu.

"Daqui a pouco vou para o quarto." a raposa avisou.

"Tudo bem." ele se aproximou da raposa e deu um beijo na testa dela, depois se retirou para fazer as suas tarefas.

As duas permaneceram em silencio enquanto observavam o purificador entrar na casa com a criança.

"Ansiosa?" a mãe da raposa perguntou.

"Na verdade com medo."

"Você sabe que não precisa, com ele ao seu lado você pode relaxar." a mãe comentou.

Ahri olhou para a sua mãe, ela estava com um sorriso de satisfação no rosto.

"Eu sei." a raposa respondeu ao comentário dela.

"Bem, esta na hora de ir." sua mãe comentou.

"Aonde você vai a essa hora?" a raposa questionou.

"Preciso resolver algumas coisas."

A raposa observou curiosa, "Certo..."

"Boa noite meu filhote." sua mãe se aproximou e a abraçou, sua filha repetiu o mesmo gesto, "Boa noite, mãe."

Um abraço longo e caloroso.

"Boa noite." a mãe avisou ao se desfazer do abraço.

"Boa noite."

A mãe começou se retirou sobre o olhar da filha.

"Seu homem esta no banho."

A raposa ficou confusa com o aviso.

"Porque você não o ajuda passar o sabonete?" a mulher brincou com uma expressão ousada no rosto e depois desapareceu na floresta, enquanto isso sua filha corava forte.

"Não é uma má ideia..." a raposa comentou para si mesma.

Momentos depois ela entrou para casa para seguir o aviso da mãe, enquanto isso no banheiro da casa o purificador descansava dentro da banheira com água quente, pensando nas coisas que aconteceram no dia, principalmente sobre as palavras que tinha ouvido da mãe de Ahri.

"Nós não somos muito diferentes..."

O purificador começou a notar uma semelhança na historia dele e da mãe, se sentiu comovido pela situação dela apesar de não ter ouvido a historia por completo.

"Esses dezoito anos devem ter sido bastante puxados para elas..."

O purificador se referia as duas mulheres, mãe e filha. Aos poucos ele estava começando a entender o passado das duas, porém sabia que ainda tinha muito caminho a frente.

"Eu espero poder ajuda-las..."

Ao final do comentário um som chamou a sua atenção, alguém estava batendo na porta do banheiro.

"Desculpa, já estou de saída." ele avisou pensando que a senhora da casa.

"L-Lucian? P-p-posso entrar?"

"Ahri?!" ele pensou surpreso, "Pode..." ele permitiu a entrada dela.

Ao abrir a porta a bela raposa estava totalmente nua, uma pequena toalha cobria pendurada no braço dela cobria seus seios e virilha. A reação no corpo do purificador foi imediata com a  visão dela.

"P-p-p-p..." a raposa gaguejava muito e seu rosto corava.

"Relaxe e respira." ele brincou para a acalmar.

"Posso entrar com você?" a raposa perguntou.

"Seria um prazer." ele comentou.

Ela entrou no banheiro fechando a porta, calmamente seguindo em direção a banheira, ao lado da banheira se virou de costas e deixou a toalha cair para começar a prender o seu cabelo. Durante isso algo chamou a atenção do purificador, ele estava tão hipnotizado pela entrada dela que não viu que algumas das caldas delas haviam desaparecido, só havia um.

"Cadê as outras?" ele comentou apontando.

A raposa olhou para trás para ver o que ele estava falando.

"Ainda estão ai." quando ela falou isso as outras caldas se dispersaram da única que tinha.

"Ohhhh! Mágica!" ele brincou, "Você sempre faz isso?"

"Sim." ela respondeu enquanto guardava novamente as outras caldas e depois a enrolava ao redor da sua cintura.

"Ohhh..." o purificador observou surpreso.

A raposa ainda tava de costas, verificando se o cabelo estava bem preso, nesse momento o purificador aproveitou que ela estava desprevenida e a agarrou pela cintura e a puxando para dentro da banheira consigo, a raposa só conseguiu dar um pequeno grito de surpresa, quando percebeu estava sentada entre as pernas e sendo abraçada por ele. Ela conseguia sentir cada centímetro do corpo dele pressionado contra as suas costas, isso já era estimulo o suficiente para deixa-la com a respiração pesada.

"Assustou?" ele brincou.

"Ei!" ela protestou.

"Brincadeira."

O silencio tomou conta dos dois, silencio que deixava a raposa um pouco nervosa.

"Você está feliz?" o purificador cortou o silencio.

"Como assim?"

"Desde de que viemos para Ionia muita coisa aconteceu, está feliz com tudo isso?" ele questionou.

"Sim, muito feliz." a raposa respondeu com um tom alegre, "Tudo graças a você." ela comentou.

"Graças a min?"

"Sim, se eu nunca tivesse conhecido, talvez nem estaria viva hoje, você me salvou naquela noite." a raposa comentou.

"Você acha isso?" ele questionou novamente.

"Eu tenho certeza." ela respondeu com um tom firme.

"Hmm... que bom ouvir isso." o purificador comentou.

"E você? Feliz? Comigo?" a raposa perguntou dessa vez.

"Sim." ele respondeu.

"E você acha que eu serei uma boa mãe?" ela perguntou novamente.

"Com medo?" ele questionou.

"Sim..." ela admitiu.

O purificador gentilmente a virou para ele, os olhos da raposa estavam com medo, a expressão no rosto dela era de incerteza. Para acalma-la ele calmamente aproximou seus lábios ao dela a beijando, ela ficou surpresa com a atitude mas segundos depois se deixou levar pela sensação, depois de um longo e carinhoso beijo o purificador a olhou nos olhos e comentou com um tom sereno.

"Eu acredito que você será uma bela mãe..." ele pausou.

"E uma bela esposa." ele finalizou.

A reação da raposa foi imediata, seus olhos começaram a encher de água e seu corpo começou a tremer.

"L-Lucian..." ela gaguejou enquanto tentava não chorar.

"Tomara que esses lágrimas sejam de alegria." ele brincou.

"Sim!" a raposa respondeu limpando as lágrimas que caiam pelas suas bochechas.

"Obrigada, Lucian!" ela agradeceu.

"Minha raposa..."

O purificador jogou os seus braços ao redor da raposa e puxou para um abraço caloroso, abraço que mais para frente se tornou e m toques e gestos de um casal apaixonado.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...