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História O Charme da Raposa - Uma Antiga Rivalidade


Escrita por: Koura

Capítulo 5 - Uma Antiga Rivalidade


"O que gostaria de fazer durante as férias?" O purificador perguntou.

"Não faço ideia, provavelmente passar os dias dormindo." a raposa respondeu.

"Uau! Que interessante." ele brincou, a raposa respondeu com um tapa em seu ombro.

Momentos depois chegaram aos portões do colégio, ao se despedir a raposa fez um gesto especial, se aproximou dele e deu um abraço, como resposta ele a abraçou da mesma maneira.

"Boa Aula." ele desejou ao final.

O período da manha foi normal, tirando a aula de educação física que ela não gostava, boa parte porque os garotos do colégio aproveitavam para ficar observando as garotas, outro motivo pelo qual não gostava da aula era o professor, Henno como é chamado pelos seus alunos, um homem alto e forte, bastante conhecido no colégio pela sua habilidade de luta com espada e magia. Mas ele tinha uma personalidade um pouco forçada para ela.

"Mais duas voltas, garotas!" o guerreiro gritou.

Boa parte das garotas já estavam no seu limite, mas a raposa continuou firme e forte apesar do cansaço. Quando ela terminou  seu coração estava acelerado, seu corpo estava todo suado e grudento, ela não gostava dessa sensação, mas estava se esforçando por um causa maior.

"Ahri, alguma coisa aconteceu?" o professor comentou enquanto se aproximava.

"Porque?"

"Você nunca se esforçou para terminar todas as voltas." ele comentou.

"Estava um pouco animada."

O professor olhou para ela por alguns instantes.

"O que aconteceu? Encontrou um namorado?" ele brincou.

A raposa apenas observou em resposta.

"Perdão, estava só brincando."

"Com licença." ela comentou enquanto se retirava.

Se apressou para chegar ao vestiário feminino, procurou um ducha vazia e começou a se lavar, enquanto passava a mão no corpo uma vontade especial começou a crescer.

"Já faz uma semana..." ela pensou.

Calmamente ela começou a explorar o corpo, sempre alerta para ver se havia mais alguém no vestiário. Enquanto se tocava se lembrou do purificador, isso fez com que ela aumentasse a velocidade, sem querer deixou um pequeno gemido sair, logo após deu uma olhada ao redor para ver se havia alguém por perto, mas o local estava vazio. Quando sentiu que estava tudo seguro voltou a brincar, dessa vez se lembrou do cheiro dele, isso fez com que quase enlouquecesse, suas pernas estavam ficando fracas, isso era sinal que estava quase chegando lá, a esse ponto não se importava se fosse pega por outras alunas, a sensação era muito boa para que interrompesse. Minutos depois chegou aonde queria,  cansada se apoiou na parede para descansar um pouco, começou a imaginar situações envolvendo o purificador, mas foi interrompida quando ouviu o som das outras alunas entrando no vestiário.

"Eu quero com ele..." pensou enquanto voltava a tomar o seu banho.

Depois do banho uma sensação de boa começou a tomar conta dela, como se um peso tivesse sumido, estava até mais animada. Deu uma observada no horário, estava na hora do almoço, normalmente ela iria em direção a cafeteria, mas algo dizia para passar na diretoria primeiro.

"Alguma coisa aconteceu? Você me parece contente." A duelista comentou.

"Nada."

"Certeza?" questionou, "Apaixonada?" brincou.

A raposa em resposta desviou o olhar.

"Oh! Que coisa fofa!" a duelista brincou enquanto pegava nas bochechas dela.

"Pare!" a raposa exclamou enquanto se soltava.

"Ele trouxe algo?"

A duelista voltou voltou a sua mesa e pegou a embalagem com o almoço dela.

"Obrigada." a raposa agradeceu.

Quando ela ia se retirando da sala a duelista lhe chamou a atenção com uma pergunta.

"Vocês já dormiram junto?"

O rosto da raposa corou imediatamente, a duelista riu dela.

"Envergonhada? Que fofa!" a duelista brincou.

"Porque essa pergunta?!" a raposa exclamou.

"Ué, um homem e uma mulher vivendo no mesmo local, coisas acontecem..."  a duelista explicou.

"Mas..." a raposa tentou argumentar.

"Além do mais eu imagino como você se sente em relação a ele." a duelista comentou.

"Como você..." a raposa questionou.

"Praticamente está escrito na sua cara..."

O silencio tomou conta das duas, a raposa pensava nas palavras que a duelista havia dito enquanto a mesma observava curiosa.

"E você acredita que eu seja..." a raposa hesitou.

"Boa para ele?" a duelista completou a frase.

"Sim..."

A expressão de incerteza no rosto de Ahri era bem clara.

"Se eu conheço bem aquele homem, acredito que você seja perfeita." a duelista comentou.

"E como você sabe disso?" a duelista foi questionada.

"Apenas intuição."

Essa não era a resposta que a raposa esperava.

"Entendo..."

"Mas o jeito mais fácil de descobrir e colocando a prova." a duelista intimou.

"E como eu vou fazer isso?" a raposa questionou.

"A oportunidade vai aparecer, não se preocupe."

Mais uma vez a duelista deu uma resposta que a raposa não esperava, mas dessa vez não se importou em questionar, só aceitou o conselho e se retirou para almoçar. Enquanto o período da tarde prosseguia, a raposa imaginava o que seria essa tal de oportunidade que a duelista havia falado, finalmente o sinal da ultima aula tocou, enquanto arrumava suas coisas o professor pediu uma pequena palavra com ela, ele gostaria de conversar sobre o desempenho dela, nada que não esteja acostumada, a conversa levou alguns minutos e no final ele pediu ajuda para levar alguns materiais até a sala dos professores.

"Professor, com licença, alguém está me esperando." ela comentou enquanto colocava os materiais na mesa.

O senhor a liberou para ir embora, enquanto andava pelos corredores vazios do colégio algo chamou a atenção, ouviu a voz de Lucian, por alguns instantes ficou confusa se ele tinha ido atrás dela por causa da demora, prestou um pouco mais de atenção e percebeu que mais alguém estava com ele, por  algum motivo sentiu a necessidade de correr, tinha um pressentimento que algo iria acontecer, boa partes das vezes sempre acertava, quando saiu da construção deu de cara com uma cena inusitada, Henno e Lucian se encaravam.

"Lucian? Professor?" ela chamou enquanto se aproximou.

Chegando mais perto percebeu que o purificador estava com as suas duas armas em mão, enquanto o guerreiro segurava uma espada luminosa com uma mão e a outra tinha um brilho distinto de usuários de magia de combate.

"Rapazes?!" ela tentou chamar a atenção.

Quando ela menos esperava o guerreiro usou a espada ara desferir um ataque em direção ao pescoço do purificador, o golpe foi defendido sem muito esforço,o purificador apenas levantou a arma para bloquear.

"Vejo que não enferrujou!" o guerreiro comentou.

"Na verdade você quem ficou lento." o purificador provocou.

O guerreiro deu um risada como resposta a provocação, quando terminou atacou novamente o purificador, só que dessa vez usou um pequeno truque que abriu a guarda do purificador com a sua espada.

"Acho que eu encontrei uma abertura." ele provocou enquanto lançava um chute, golpe que pegou em cheio e lançou o purificador longe.

"Ainda tem que trabalhar em algumas coisinhas!" o guerreiro brincou.

Lucian ainda estava se recuperando da queda com um rolamento, o guerreiro aproveitou isso para ataca-lo, mas o tiro saiu pela culatra, o purificador usou isso como distração, quando terminou o movimento de rolar já estava pronto para lançar um golpe usando a pistola para acertar ao rosto do guerreiro, a pancada fez com que o guerreiro recua-se alguns passos atordoado.

"Eu não sou você..." o purificador provocou.

Os dois homens voltaram a se encarar, enquanto isso a raposa tentava chamar a atenção dos dois, mas eles apenas a ignoravam como se ela não estivesse nem ali.

"Pelos velhos tempos?" o guerreiro perguntou.

"Pelos velhos tempos!" o purificador exclamou.

Depois dessa troca de palavras os dois avançaram um em direção ao outro, os dois trocavam golpes, cortes de espadas somados com golpes mágicos e tiros eram desferidos a uma distancia que seria considerado impossível de desviar.

"Você parece confusa." alguém comentou enquanto se aproximava.

"Fiora?!" a raposa exclamou.

"Yo!" a duelista saudou.

As duas começaram a observar a luta entre os dois homens, inicialmente a raposa pensou que a duelista iria parar a briga, mas para o seu azar a duelista estava curtindo.

"A quanto tempo eles estão assim?" a duelista perguntou.

"Não sei..." a raposa respondeu.

"Não vai fazer nada?" a raposa perguntou.

"É impossível..." a duelista respondeu.

"Como assim?"

"Eu, Senna e Shauna já tentamos, mas não deu muito certo." a duelista apontou.

A raposa apenas observou, ia fazer uma pergunta a duelista mas chamou a sua atenção para briga.

"Sendo forte assim como não conseguiu protege-los..." o guerreiro comentou durante uma troca de força.

A raposa ficou confusa pelo o que ele disse, mas quando viu a expressão no rosto de Lucian ficou chocada, os olhos que antes estavam cheios de vida desapareceram, foi a primeira vez que ela o viu dessa maneira, além disso notou que a maneira de lutar dele havia mudado, o purificador começou a focar em pontos vitais como se seu objetivo fosse matar o guerreiro.

"Tentando me matar?"

"Tomará que tenha mais sorte comigo do que teve contra ele."  ele provocou.

O purificador parou repousando as suas armas ao seu lado.

"Toquei em um nervo?" o guerreiro provocou novamente.

O purificador observou por alguns instantes, isso chamou a atenção da raposa, mas o que estava para vir a seguir a deixou surpresa, o purificador colocou uma das suas armas apontada para sua cabeça.

"Lucian?!" a raposa exclamou.

"Não vai me dizer que ele vai usar uma carga aqui?" a duelista exclamou  visivelmente surpresa.

"Car..." antes que a raposa pudesse terminar a palavra um som de um disparo a cortou.

Em seguida a raposa ficou sem reação para o que viu, ele havia atirado na própria cabeça, a raposa em resposta levou a as mãos a boca em pânico. Mas algo aconteceu, ao invés dele ir ao chão como esperado, o purificador retomou o equilíbrio a força parando em uma posição extremamente desconfortável.

"O que?!" a raposa exclamou.

"Isso vai ficar interessante!" a duelista comentou.

Momentos depois o purificador se colocou firme e do seu olho esquerdo começou a sair um brilho branco.

"Isso era mesmo necessário?" o guerreiro questionou.

Ao invés de responder a pergunta o purificador curvou o corpo para frente e mudou a posição das armas para simularem tonfas.

"Sabia que você está segurando as armas..." o guerreiro iria comentar algo mas foi interrompido quando o purificador arrancou na sua direção.

A velocidade de Lucian era tão alta que o guerreiro não conseguiu reagir a tempo, o impacto da pancada contra o rosto do guerreiro foi tão forte que o lançou com violência contra um dos muros do colégio,

"Mas que força é essa..." a raposa pensou perplexa.

Para aumentar a surpresa dela o guerreiro saiu dos escombros com um sorriso no rosto.

"Finalmente consegui te deixar sério."

"Não se orgulhe disso..." o purificador respondeu.

Dessa vez foi o guerreiro que usou a sua espada de uma maneira estranha, ele perfurou o próprio corpo com a espada, causando um resultado igual ao de Lucian.

"Vamos continuar?" o guerreiro perguntou.

Mas ele não esperou a resposta, em poucos segundos os dois partiram em disparada um contra o outro, agora a luta era tão intensa que os golpes lançava uma forte rajada de ar ao arredores, tão fortes que era possível ouvir alguns vidros das construções por perto trincando. Após um longo tempo a luta que parecia interminável chegou ao final quando os dois homens tombaram um no outro devido ao cansaço.

"50 a 49?" o purificador comentou respirando pesado.

"Se ferrar..." o guerreiro exclamou.

Quando o dois se acalmaram perceberam algo, já estava de noite. Eles estavam tão entretidos na briga que não perceberam o que estava acontecendo ao seu redor, o purificador deu uma boa olhada ao seu redor até que encontrar Ahri.

"Ahri?"

A raposa não respondeu, ao invés disso correu em sua direção e se ajoelhou ao lado dele, ela observava preocupada o estado dele, cheio de ferimentos e cortes por todo o corpo. Quando ela terminou de verificar, levou suas mãos ao rosto dele e o começou a encara-lo.

"Ahri?!" ele chamou novamente, enquanto isso o guerreiro se levantava apoiando na sua espada e se retirava junto com a duelista.

O corpo da raposa começou a brilhar de azul, brilho que momentos depois tomou conta do purificador.

"Não me diga que..." ele comentou quando percebeu o que estava acontecendo.

A raposa estava usando seu poder para curar as suas feridas.

"Ahri? Ahri!" ele tentou chamar a atenção mas ela não respondeu.

"Você não precisa de dar ao trabalho." ele comentou.

"Cale a sua boca!" ela exclamou furiosa.

Lucian ficou surpreso pela reação dela, mas aceitou porque sabia que tinha feito algo que a deixou chateada.

"Ahri?" ele chamou mas ela ignorou virando o rosto.

"Me desculpe."

Ela ficou ignorando ele até que terminou, mas para surpresa do purificador ela não tirou as mãos de seu rosto.

"Ahri?" ele chamou, nenhuma resposta.

Ele ia chama-la mais uma vez mas foi interrompido quando ela inesperadamente  aproximou o seu rosto e o beijou, isso o pegou de surpresa, depois de um bom tempo ela desfez o beijo.

"Porque você me deixou tão preocupada?!" ela exclamou.

"Todo machucado! Como vai cumprir o seu trabalho direito?" ela questionou.

A pequena raposa parecia muito brava com ele, mas aos poucos foi esse sentimento foi se transformando em outra coisa. Ela se aproximou ainda mais dele apoiou o seu corpo contra o dele e sua cabeça no ombro dele e com a voz um pouco mais calma comentou.

"Porque quando eu estou contigo meu coração parece que vai explodir..."

"Mesmo passando a conviver contigo a pouco tempo, sinto que já te conheço faz anos..."

Lucian ouvia tudo em silencio, gentilmente soltou as suas armas e levou seus braços ao redor dela formando um abraço, ficou impressionado quando a raposa começou a tremer em seus braços.

"Eu senti tanto medo quando você fez aquilo..."

"Senti que ia perder algo muito importante para min..."

A raposa começou a soluçar e em seguida a chorar, o purificador em resposta apertou o abraço.

"Me desculpe." ele disse em um tom calmo.

"Prometo que isso não acontecera novamente..."

Enquanto consolava a raposa, o purificador deu uma olhada o seu redor a procura de mais alguém, mas somente eles dois que ainda estavam no local.

"Ahri?" ele chamou.

"Hmm?"

"Quando chegarmos em casa..." ele pausou.

"Eu posso me desculpar de outra forma?" ele questionou.

"Sim..." ela permitiu.

Com essa resposta o purificador se levantou erguendo a raposa consigo, passou a sua mão no rosto dela para enxugar as lágrimas.

"Vamos." Ele comentou enquanto a pegava pela mão e a guiava até o carro.

Mesmo dentro do carro a expressão dela era frágil, para mudar isso o purificador tomou uma atitude, levou sua mão ao rosto dela chamou a sua atenção, quando a ela se virou ele devolveu o beijo de mais cedo, ao final Ahri olhou para ele e comentou.

"Espero que esse pedido seja bom..." ela brincou.

"Vai ser." ele respondeu antes de ligar o carro e começar a viagem de volta para casa onde a noite será bem interessante para os dois.


Notas Finais


Perdão a queda na já inexistente qualidade, era tanta coisa que eu gostaria de colocar, mas ficaria muito longo.


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